My Happy Ending escrita por brubs


Capítulo 14
Solstício de Inverno Parte 1


Notas iniciais do capítulo

OOOOOIIIIIIII Povo!
Vocês sentiram minha falta? Porque eu morri de saudades de vocês!
Era pra ter postado semana retrasada, mas o site tava mudando de servidor.
Mas quem liga!
I'm back, baby!
Não liguem, por debaixo dessa doideira existe uma garotinha sofrendo.
Aproveitem o cap!



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Pov Reyna

Derek

Droga! Como foi que ele me achou?

Dois meses fugindo dele, tentando não deixar rastro. Quando finalmente penso que voltar para o acampamento é seguro, o infeliz me aparece. E logo agora que as coisas com o Valdez se ajeitaram?

– Ela é uma vencedora. – Derek disse com aquele falso tom doce. – Uma vencedora muito sexy, por sinal.

Leo apertou minha mão e virou para encarar Derek.

– O quê disse? – Ele perguntou entre os dentes.

– O quê você ouviu.

Derek parecia o mesmo de dois meses. Alto e forte, de mais ou menos dezenove anos. Cabelos dourados e olhos verdes penetrantes. Usava uma calça jeans escura suja de terra e uma blusa polo azul esfarrapada e amarrotada. Ele estava sujo e com cortes nos membros, mas sua expressão mostrava que ele estava bem disposto.

Leo deu um passo à frente, mas eu puxei sua mão. Ele recuou, mas ainda fuzilava Derek.

Dakota veio até meu lado e me olhou um pouco hesitante.

– Dakota – Disse Derek estendendo-lhe a mão. – Quanto tempo.

– Derek – Disse Dakota cumprimentando. – O quê quer?

– Eu soube que existia um lugar seguro para semideuses romanos, achei um garoto que me ajudou a chegar aqui e vim.

– Cadê a Melanie? – Perguntei ainda pasma.

Ele não respondeu. Um garoto de uns quinze anos, moreno, olhos escuros, com uma calça jeans escura, uma blusa do Green Day, jaqueta de aviador de couro e uma espada de lâmina preta, se aproximavam andando junto com Hazel.

– Nico? – Chamei.

– Oi, Reyna. Vejo que você voltou pra casa. – Ele falou lançando-me um sorriso de canto.

Derek ainda me olhava com intensidade, Leo se segurava pra não voar no pescoço do semideus. Nico me olhou desconfiado e depois olhou para Derek e depois pra mim de novo.

– Vocês já se conhecem?

– Sim. – Falei cautelosa. – Foi você quem o trouxe?

– Sim. – Ele disse parando ao lado de Derek. – Achei-o em Seattle, lutando com um grupo de dracaenae’ s.

Seattle, só o nome da cidade me traziam más lembranças. Derek, Melanie, o casarão dos dois, tudo o quê eu passei, todas as lembranças reprimidas vieram-me à tona.

Balancei a cabeça pra tentar afastar tais lembranças, mas não deu certo. Tudo que eu tentei esquecer voltou, muito mais forte. Meus olhos começaram a ficar marejados e eu sentia as lágrimas querendo sair.

Você não vai chorar na frente dele. – Disse minha consciência. – Não dê esse gostinho a ele.

Consciência tinha razão, eu não poderia parecer fraca, não na frente dele.

Levantei a cabeça e lhe lancei meu melhor sorriso. Que me assustou um pouco.

– Isso é muito bom. – Falei sorrindo. – Todo semideus é bem-vindo. Nico leve-o pra arquibancada, depois dos Jogos eu mesmo faço questão de lhe mostrar o acampamento.

Derek me lançou um sorriso cínico e foi para a arquibancada. Os outros se arrumaram também e eu me virei pra ir lutar com Jason, só que tinha me esquecido de Leo.

– Que história de “faço questão de lhe mostrar o acampamento”? E quem é ele pra te deixar tão abalada assim? – Ele perguntou quando me virei.

– Ele é um amigo que conheci em Seattle. – Quando eu disse amigo, minha vontade foi dizer “paranoico psicótico”. – Só isso.

Leo não parecia convencido, mas depois de eu quase implorar pra que ele parasse de insistir ele não me perguntou mais nada.

– Depois dos Jogos tem o luau. – Ele disse me abraçando. – Quero que guarde uma dança pra mim.

Dei-lhe meu melhor sorriso malicioso que consegui.

– Só uma dança?

Ele riu e me deu um beijo e desejou boa sorte. Desci os degraus do Coliseu e fui para o centro da Arena. Peguei o elmo e a espada. Fiquei de frente pra Jason e nós levantamos as espadas.

Jason deu o primeiro golpe, mas eu desviei com a lâmina da espada e bati o punho da mesma em seu ombro. Ele recuou e eu me posicionei de novo. Quando Jason estava pronto eu tentei acertar seu peito, mas ele foi mais rápido e desviou o golpe com o punho.

Ficamos um tempo lutando, Jason estava mais rápido e mais forte, a cada golpe parecia que ele não se cansava.

E eu? Bem, eu não sei o que tinha de errado comigo por que minhas forças iam embora a cada movimento que eu tentava fazer. Não sei se era o fato de ver Derek de novo ou as lembranças que eu tive, só sei que eu não conseguia me concentrar.

Foi em um desses meus devaneios que Jason atacou,quando percebi seu golpe era tarde demais, sua espada se chocou contra minha e ele girou as duas. Jogou a minha do outro lado da arena do Coliseu e apontou sua espada para meu coração.

– Ganhei? – Ele disse, ofegante, meio confuso e preocupado.

– É. – Respondi ofegante, também.

Seus olhos se cravaram em mim, aquele azul gelo, agora tinha um tom mais escuro. Jason baixou a espada de ouro imperial e estendeu-me a mão. Eu cumprimentei-o, e ele subiu a arquibancada do Coliseu.

Fiquei parada olhando todos a minha volta, a maioria tinha um “o” estampado no rosto, Jessie tinha um sorriso triunfante, Derek parecia se divertir vendo minha desgraça. Todos cochichavam com a pessoa do lado.

Passei os olhos por cada um dos meus amigos, Percy tinha uma interrogação no meio da cara, Annabeth me olhava de um jeito estranho, Piper e Hazel pareciam disputar pra ver quem consegue encostar o queixo no chão primeiro. Dakota e Frank murmuravam algumas coisas com caras de narrador de jogos de futebol.

Procurei Leo, mas ele não estava na arquibancada, ele estava descendo feito um louco os degraus do Coliseu. Leo caminhou até mim, passou um de seus braços por meus ombros e conduziu-me até um banco que ficava ao lado das mesas de suprimentos. Eu sentei e ele ficou de pé na minha frente.

– O quê aconteceu com você? – Ele perguntou enquanto me entregava uma garrafa d’água. - Você perdeu? Você nunca perde!

– Eu não sei! – Gritei com ele. Leo se afastou um pouco assustado. – Não sei o que aconteceu, só não consegui me concentrar eu... Eu não posso lutar com a Jessie.

– O quê!? Você está brincando, né? – Ele perguntou se aproximando abismado.

– Leo, entenda. Se eu não consegui ganhar do Jason, eu não vou conseguir ganhar da Jessie. E se ela ganhar, ela vai virar pretora, vai mandar no acampamento todo e vai fuder com tudo e... – Eu soltei tudo de uma vez sem respirar.

Leo me olhou com pena e preocupação.

– Eu não vou conseguir ganhar dela. – Falei afundando o rosto nas mãos.

– Ei. Olha pra mim. – Ele disse segurando meu rosto. – Você vai lá naquela arena, vai lutar com a Jessie, vai quebrar a cara dela e depois vai voltar pra cá e comemorar com seu namorado gostosão, entendeu?

– E se eu perder? – Perguntei manhosa.

– Se você perder, você vai desafiá-la de novo, quebrar a cara dela e voltar pra comemorar com seu namorado gostosão! – Ele disse roubando-me um beijo.

– Nunca mais repita isso. – Eu disse rindo um pouco.

– Eu fiz a “Destemida Pretora” sorrir? – Ele falou com um falso tom de espanto. – Deuses, o apocalipse zumbi vai ser hoje, preparem suas armas e matem todos que clamarem por cérebro. – Ele disse jogando as mãos pra cima.

– Para. – Falei rindo – Estou começando a me arrepender de ser sua namorada.

– Minha querida Reyna, - Ele começou segurando minhas mãos. – Você nunca vai se arrepender disso!

Arqueei as sobrancelhas e Leo me lançou uma piscadela.

– Vamos lá, my queen. – Ele falou me empurrando até o centro da arena.

– Você vai entrar nessa arena... – Ele disse e me beijou. – Vai ganhar a luta com a Jessie... – Outro beijo. – Vai ir pra esse tal luau... – Outro beijo. – E voltar pro papai aqui! – Mais um beijo.

– Você é estranho, sabia? – Perguntei abraçando seu pescoço.

– E isso é o que você mais gosta em mim, my Queen! – Ele disse acariciando meu rosto.

– Agora vai e arrasa! – Leo me deu um beijo na bochecha.

– Então... – Perguntou alguém atrás de mim. – É você a puta que tirou o Leo de mim?

– Desculpa, mas a única puta aqui é você, querida. – Falei.

– O que disse? – Jessie perguntou rangendo os dentes de raiva.

– O que você ouviu! – Falei em um tom arrogante.

– Você me paga Reyna.

– Quando você estiver no Maid, quem sabe eu não deixe uma gorjeta. – Falei dando as costas a Jessie e pegando uma espada.

– Como você... – Ela estava pasma demais pra terminar.

– Que você trabalha lá quando sai do acampamento? Ah fofa! Eu tenho meus contatos. – Me senti a diva falando com ela desse jeito.

A verdade é que Hylla me disse. Em uma de suas aventuras, minha irmã parou em uma Maid aqui na Califórnia e viu a Jessie, depois me contou.

Fiquei esperando Jessie se recompor e pegar sua espada. Agora eu não estaria em desvantagem, ela também estava abalada, então talvez, eu consiga ganhar e manter meu posto de pretora.

Ela pegou sua espada e ajeitou o elmo, fiz o mesmo e nós fomos para centro da arena. Nós levantamos as espadas e começamos a luta.

Continua...


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram?
Todos curiosos por causa da luta, né?
O próximo acho que sai na trça, não sei, tudo depende do humor da minha mãe. Por que as vezes dá á louca nela e ela desativa a internet, e eu não gosto de postar pelo cel.
Até o próximo!