Desejos De Uma Vingança / Hiatus escrita por Asheley Dream


Capítulo 7
Um ladrão


Notas iniciais do capítulo

desculpa a demora :P ai vai mais um capitulo bjs até... *-*



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Em casa estacionei o carro na garagem, peguei minhas chaves e entrei. Quando abri a porta da sala, vi uma mala preta perto do sofá. Olhei em volta e não vi ninguém e pelo que sei minha tia não estaria em casa agora. Escutei passos atrás de mim então senti uma mão tocar meu ombro esquerdo. Sem pensar duas vezes dei uma cotovelada nele e me virei rapidamente dando-lhe uma banda em quem quer que fosse. Só quando o vi caído no chão e que percebi, tinha acabado de bater no meu tio Calisto.

_Desculpa! Eu não sabia que era você. _Falei desesperada.

_Nossa! Solki você me bateu forte. _Falou se levantando. Com as mãos nas costas doloridas.

_Desculpa! _ Preocupada disse.

_Tudo bem, da próxima vez, eu aviso, antes de colocar as mãos no seu ombro. _Rindo ele falou.

_Bom, quer que eu pegue um saco de ervilhas congeladas? _Perguntei com medo de ter deixado uma marca roxa nele. Ele confirmou com a cabeça. Fui até a cozinha. Acompanhando-me ele puxou uma cadeira e se sentou. Em quanto isso abri a geladeira e peguei o saco de ervilhas. Entreguei a ele que imediatamente o colocou nas castas machucadas.

_Como você cresceu. _Sorrindo, falou.

_Quem te ensinou auto defesa? _Perguntou curioso.

Eu havia me matriculado em uma academia que ensinava auto defesa, logo depois da morte do meu pai. Afinal, se eu ia caçar aquele assassino tinha que saber pelo menos auto defesa.

_Concentração Solki! Vamos! Da uma banda nele. _Era Jack meu professor de auto defesa. Derrubei Luke no chão, como Jack ordenou.

Jack: Pele bem bronzeada, alto, cabelos pretos como à noite, não muito malhado. veste um estilo esportivo.

_Isso ai Solki! Muito bom. _Orgulhoso falou. Estendi minha mão a Luke, ajudando ele a ficar de pé.

_Se continuar a sim, vai me superar. . _Disse Luke como um de seus belos sorrisos no rosto.

_Quem sabe? _Falei dando um soco no braço dele.

_È ai pessoal! Estão a fim de jantar nesse novo restaurante que abriu “O Magnífico”? _Perguntou, empolgado Jack.

_Não posso._ Falou, desanimado Luke. _Tenho que voltar pra faculdade. _Luke faz faculdade de medicina.

Luke: Cabelos loiros claros, olhos castanhos, malhado, pele bronzeada, se veste num estilho despojado, calça jeans e camiseta Pólo.

_E você Solki? _ Perguntou.

_Estou faminta. _Falei rindo.

Despedi-me de Luke. Fui até o vestiário trocar de roupa. Tomei um banho e me troquei. Deixei meus cabelos loiros soltos e passei um gloos nos lábios. Como tínhamos sempre o hábito de sair depois dos treinos, nunca estava despreparada. Saindo do vestiário encontrei Jack me esperando na porta da academia. Fomos até O magnífico em seu Áudio A8 preto. O jantar foi maravilhoso. Depois decidimos tomar sorvete na soverteria “Sabores da vida”. Engraçado a vida tem sabores amargos, mas esse sorvete de chocolate e muito bom. Jack como sempre atrapalhado deixou cair um pouco de sorvete na blusa.

_Você é muito atrapalhado. _Disse rindo.

_Toma. _Entreguei a ele um guardanapo. Depois do sorvete, Jack me levou pra casa. Em casa, perguntei a ele se não queria entrar. Aceitando o convite ficamos vendo “V de vingança”. È um ótimo filme. Depois do filme ficamos conversando.

_Solki. _Ele disse numa voz doce.

_Sim? _Falei com sono.

_Porque você insiste nessa história de vingança? _Perguntou, pensativo. Olhando-me.

_Eu não consigo parar de pensa naquele desgraçado. Como ele pode? Ele tirou uma pessoa muito importante da minha vida. A cena da morte dele não para de passa na minha cabeça.

_Pai! Pai...

_Filha...

_ Eu não consigo. Não posso seguir em frente com esse desgraçado livre. Não tenho mais ninguém. Ele era minha única família. Era tudo o que eu tinha. _Desabei em lágrimas abraçando ele.

_Isso não é verdade, você tem a mim, e tem a sua tia Elena.

_Eu sei. Isso que sinto é um sentimento muito mais forte que eu. Você não sabe o que é não poder dormir? Toda vez sonho com aquela cena horrível. Acordo sabendo que o assassino esta livre, tirando mais vidas, que nada aconteceu com ele. Ele arrancou um pedaço de mim. Só irei descansa quando acabar com ele. Então poderei ter bons sonhos. _Com os olhos cheios de lágrimas falei. Jack me abraçou mais forte me confortando e não tocou, mas no assunto.

***

Sai de meus pensamentos voltando à realidade. Meu tio olhava pra mim esperanto a resposta de sua pergunta.

_Tive aulas de auto defesa com um amigo. _Respondi a pergunta.

_Ele te ensinou muito bem. _Rimos juntos.

_Concordo. Mais mudando de assunto. Como você está? Por onde andou? Nossa!Podia ter dado pelo menos um telefonema? Por que não ligou? _Disparei um interrogatório de perguntas. Desde que meu pai morreu, meu tio nem ligou pra saber como eu estava, nunca fomos muito próximos, mas poxa um telefonema ia matar alguém?

_”Nossa!” Digo eu. Contas perguntas. _Ele falou rindo.

_Desculpe, é só que... Faz tempo que não o vejo.

_Verdade, faz tempo mesmo. Vou responde suas perguntas. Sim, estou bem. Andei viajando a negócios. Perdi seu número e não estava falando com sua tia, por isso não liguei. _A última resposta não me pareceu novidade.

_Eu te perdôo, não podia nem se quer ter dado um tempo nesse negócio de briga e me colocar em primeiro lugar?

_Sinto muito, fui um idiota. Sabia que estava passando uma situação difícil, mas no momento só pensei em mim e não em você. Você me perdoa? _Ele realmente pareia está sendo sincero e me deu uma pontada de pena.

_Já está perdoado. _Disse dando um abraço de urso nele. _Fico feliz que esteja bem.

_E eu por você. _Ele sorriu com um belo sorriso.

_O que está fazendo aqui? Vocês voltaram? _Perguntei, lembrando da mala na sala. E também tomando cuidado pra não parecer que o estava expulsando.

_Não. Eu e sua tia não voltamos. _Podia notar a tristeza em sua voz. _Vim buscar algumas coisas.

_Hum... Por isso a mala? Pensei que por um momento, tinham voltado. _Falei, pensando em qual foi a motivo da separação?

_È, por isso a mala. Quem sabe um dia talvez a gente volte? _Falou mostrando outro de seus sorrisos.

_Porque se separaram? __Perguntei, pela primeira vez com curiosidade.

_Um dia te conto. _Ele disse demonstrando um pouco de mistério na voz. Percebi que em seu rosto surgiu uma expressão de que tristeza.

_Quer ficar pra jantar? È Pizza. _Alegremente, falei.

_Claro! De calabresa e uma portuguesa. _Concordei com a cabeça. Peguei o telefone liguei pedindo duas pizzas. Vinte minutos depois a pizza chegou. Comi uma fatia de cada. E meu tio me acompanhou. Depois tomamos sorvete de morango e creme. Ficamos conversando, lembrando do tempo em que... Eu, ele é minha tia saiamos pro cinema, pra restaurantes, etc. A gente se divertia bastante. Ele perguntou como foi o meu primeiro dia de aula? E se, minha tia estava com alguém? Respondi contando o meu dia. E falando que não tinha visto minha tia com ninguém.

_Tenho que ir. _Ele se levantou, olhando o seu relógio. Pegou a mala. Levantei-me do sofá, e fui abrir a porta.

_Espero que venha mais vezes. _Disse, dando um abraço de despedida nele.

_Eu também. Até.

_Até...

Guardei as pizzas e lavei a louça, subi por meu quarto, tomei um banho e coloquei meu pijama. Sentei na cama, peguei meu diário e comecei a escrever.

Mais um dia, sem te vingar. Eu odeio aquela maldita hora. À hora em que você saiu do carro. Eu sabia que aconteceria algo, eu senti. Não fui corajosa o suficiente para impedir que você sai-se. Estava pressa em meus próprios medos. Um atalho errado foi o suficiente pra tirar um pedaço da minha vida. Meu tio Calisto veio aqui hoje. Conversamos sobre momentos felizes, tempos em que a alegria reinava. Há tempos que não sei o que é isso. Só me sinto feliz quando me lembro de você, então recordo da noite em que tiraram você de mim. Hoje conheci um babaca na escola, o nome dele é Kevin. Acho que ele pode ser o seu assassino, assim como o bandido que procuro Kevin tem “olhos verdes”. Ainda bem que é meu último ano. Acabei atropelando ele na saída do estacionamento, não se preocupe ele esta bem. Agora vou ter que dar uma carona pra ele à manhã. Irei comprar outra bike o mais rápido possível. Não esqueci a nossa vingança, por isso amanhã mesmo irei retomar minhas investigações. Não vou para, ainda, mas agora que descobri mais pistas. Sinto sua falta. Eu te amo pai.

Guardei o diário na gaveta, e apaguei a luz. Não demorou muito tempo até que eu caí-se no sono. Então, comecei a sonhar.

_Você é o melhor pai do mundo! _Gritei alegremente. Estamos em casa, na sala, vendo televisão.

_E você a melhor filha do mundo! _Ele me envolveu num abraço. Posso senti o abraço, o cheiro dele, o calor. Está parecendo tão real. De repente... Um homem todo vestido de preto, usando uma mascara preta na qual só posso vê seus olhos. Olhos verdes. Não!Não pode ser!Ele puxou meu pai para longe de mim. Apontou a arma e atirou.

_Não!Seu desgraçado! _Gritei dando socos no peito dele.

Ele me empurrou. Eu caí. Fiquei não chão em pânico, sem reação. Ele mirou a arma em mim e atirou.

***

Assustada, acordei. Passando o sonho, repetidas vezes na minha cabeça, como um filme de mau gosto. Com meu coração a mil, doendo no meu peito de tanto que bate. O abraço, tão... Real, pude sentir. Comecei a chorar me dobrando em uma bola, em posição fetal. Não conseguir, mais dormir depois do sonho, então fiquei a noite toda o relembrando.

Fui tirada de meus pensamentos quando o despertador começou a tocar. O desliguei. Levantei-me, tomei um banho. Olhei-me no espelho, percebendo várias olheiras enormes, passei um pouco de maquiagem para disfarçar. Desci, avistando minha tia na cozinha. O cheiro está ótimo!

_Bom dia! _Disse alegremente. Esquecendo-me dos meus problemas.

_Bom dia, meu anjo!

_Hum... _Disse experimentando uma panqueca com calda de melado.

_Desculpa, tinha muito trabalho ontem. Por isso chequei tarde.

_Tudo bem, eu entendo tia. Meu tio esteve aqui ontem.

_È, eu sei. Ele ligou para mim avisando. _Ela continuou fazendo o café. Parecendo não da muita importância a visita do meu tio.

_Tia, tenho algo pra te contar.

_O que aconteceu, meu anjo? _Preocupada falou.

_Não é nada sério. Que dizer na realidade é. Atropelei um garoto ontem na saída do estacionamento. __Disse a última frase rápido.

_Ai meu deus! Ele está bem? _Muito nervosa, perguntou.

_Sim, está tudo bem com ele. Só a bike é que ficou amassada.

_Que bom, quero dizer... Pra ele, coitada da bike. _Rimos juntas. _Compre outra bike no seu cartão.

_Vou comprar, só queria te avisar antes.

_Meu anjo, o dinheiro é seu, com tanto que não o use com coisas ilegais.

_Você é demais tia!Eu te amo. _Disse. Abraçando a bem forte.

_Também te amo querida. Agora tome seu café e vá para a escola. _Ela ordenou.

_Pode deixar.

_Tenho um presente pra você, vá à garagem.

Terminei de tomar meu café. Despedi-me da minha tia, agradecendo o pressente mesmo sem saber o que é. Na garagem, acendi a luz e vi... Uma Harley Davidson.

_Não acredito! _Pensei em voz alta.

Minha tia é demais! Subi na minha moto e segui em direção a casa do Kevin.


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Notas finais do capítulo

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