Desejos De Uma Vingança / Hiatus escrita por Asheley Dream


Capítulo 4
Escolha errada


Notas iniciais do capítulo

Novo ponto de vista da história *-*



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Meu nome é Kevin Colle, minha história não tem um começo nem um final feliz. Não estou justificando o que fiz pelo meu passado triste, apenas espero que quando você conhecer minha história e não cometa os mesmo erros que um dia cometi, pois o passado não volta e o futuro é incerto.

 Minha família nunca teve muitas oportunidades na Cidade grande. Há dois anos cometi um erro que me atormenta até hoje, se eu pudesse voltar no tempo e mudar tudo o que eu fiz de errado. Nunca quis mal pra ninguém, mais você sabe como a vida é.  Ela não é fácil, ainda mais pra pessoas como eu. Pobre, sem grana, é com uma mãe viciada em calmantes e dois irmãos que só tem a mim.

O meu pai abandonou a gente quando eu tinha 7anos de idade. Ele e minha mãe brigavam muito, ás vezes ele batia nela, eu escondia meus irmãos dentro do armário para que ele não batesse neles também. Uma vez ele chegou bêbado em casa, minha mãe e meus irmãos foram a igreja em busca da paz e da felicidade que não tinham em casa, já eu era um caso perdido pra deus, não acreditava mais em paz, ainda mais depois do que aconteceu naquele dia terrível.

_Cadê sua mãe? Ele falou tropeçando nas palavras.

_Oi pai, a mamãe foi pra igreja com a Alyssa e o Adam.

_ Cadê a comida? _Ele falou se sentando à mesa esperando o jantar.

_Pai... Não tem nada no armário, com todo respeito o senhor não comprou nada.

_Que isso garoto? Você quer me tirar do sério menino? _ Ele foi tirando o cinto da calça e vindo pra cima de mim com muita raiva.E eu ali sem saber o motivou de tanta raiva e o que levou ele a fazer aquilo comigo.

_ Não. Pai... Não... Para por favor! Para! Pai...

Nesse dia ele quebrou o meu braço em dois e me deixou cicatrizes que até hoje só de olhar para elas eu cinto arrepios na espinha e ódio, muito ódio. Depois do que aconteceu eu não me lembro de mais nada a não ser ele vindo pra cima de mim. Só sei que a minha mãe me encontrou inconsciente no chão da sala e eu já acordei no hospital, nunca mais ouvi falar dele, simplesmente sumiu como se nunca tivesse existido. Assim e melhor, não gostaria de ter o desprazer de encarar a cara dele outra vez. Se voltar pra casa e encontra-se ele lá eu ia matar ele, iria fingir que nada tinha acontecido e então quando ele menos esperasse...    Meu irmão Adam se envolveu com pessoas da pesada, ele já foi preso duas vezes, minha mãe não se importa, não sei o que fazer pra ajudar ele. O Adam não quer ser ajudo mais ele e meu irmão. Bem a Alyssa parece ser a única pessoa decente entre a gente, ela continua estudando e sonha em ser médica, um dia, quem sabe? Quanto a mim? Bem... Tentei ser um exemplo por meus irmãos, até arrumei um trabalho mais o dinheiro não era suficiente pra pagar às despesas da casa e da escola da Alyssa, par piorar a situação a empresa na qual eu estava trabalhava faliu. Como previsto eu fui demitido. Sem emprego e desesperado tomei a escolha errada, umas das piores da minha vida. 

_E ai cara! Hoje a gente vai fazer um rolo, ta a fim de ir? Vamos, não e você que vive dizendo que esta precisando de dinheiro? _Era meu amigo se é que eu posso chamar o Johnny de amigo. Fazendo-me uma proposta dessas num momento muito ruim da minha vida, mas se eu não estivesse... Tão desesperado, eu teria pensado um pouco mais, não teria tomado essa atitude que me prejudicaria para o resto da minha vida.

_Claro que eu estou precisando de dinheiro, mas roubar?

_Eu não sei, não. _Balancei a cabeça em desaprovação.

_Vamos... Vai ser fácil, não vai dar problema e só você dizer que "Sim". Vai ser irado, você vem ou não?

Então sem pensar duas vezes tomado pelo desespero, da fome, e dos problemas, eu fiz a coisa mais estúpida que uma pessoa poderia fazer, eu simplesmente disse:

_Eu aceito! Vamos lá._ Se a minha vida já estava ruim o que podia piorar? Era isso que eu pensava, mais ela sempre encontra um jeito de piorar ainda mais, não é?  

_Não vai se arrepender, me encontre aqui ás 22h30min, falou?

_Pode deixar, eu vou esta aqui.

_Eu sei que vai. _Ele deu um sorriso e foi embora.

No começo, começamos a roubar as pessoas que passavam na rua tarde da noite chegando do trabalho ou de qualquer outro lugar. A gente realmente ganhava muito dinheiro, porém como previsto o dinheiro atraiu a ambição, é a gente estava sempre querendo mais. De um simples assalto na rua começamos a assaltar casas, lojas, é até a levar carros, a gente não tinha limites, erramos um grupo de quatro garotos achando que nunca íamos ser pegos até que... Um dia em um assalto a uma loja o alarme da loja disparou, ficamos muito nervosos, escutamos a polícia na rua bem perto da loja.

_Corre cara! Deu merda! Rápido! Esquece isso ai, vai à polícia ta chegando! _ Falava, muito nervoso com a situação, nos apressamos para que fossemos mais rápido para sair da loja antes da polícia chegar.

_ Eu to indo, vamos nessa, anda!_ Eu tinha muito medo, e se eu fosse preso? A minha mãe não ia aguentar, sem falar na Alyssa, coitada iria ficar desorientada sem mim, eu sou a única pessoa na qual ela pode confiar, o que vai ser dela?

Corri o mais rápido que pude pra fora da loja na esperança de não ser preso, eu não podia acabar assim, desse jeito. No momento em que corremos para fora, indo embora, a polícia tinha acabado de chegar, trocamos tiros com a polícia e meu irmão Adam foi baleado nas costa. Quando me lembro desse dia eu sinto culpa, como pude deixar isso acontecer? Logo eu que tinha que tomar conta deles. Como pude me juntar a meu irmão para roubar? Eu tinha que tirar ele de lá, a culpa é minha por ele ter sido baleado.

_Hahaha!_Eu vi meu irmão cair no chão e naquele momento eu vi que não podia continuar com aquilo, não mais...

 Voltei pra pegar ele e na fuga ficamos pra trás, mais a gente conseguiu escapar da polícia. Entramos num galpão abandonado e esperamos, torcendo para que a polícia não nos encontrasse, percebi que meu irmão estava sangrando muito, o tiro atravessou o peito dele e eu sabia que eu iria perde ele ali naquele galpão sujo e escuro, irmãos e bandidos, companheiros até o fim.

_ Irmão? Irmão? _Ele forçava a voz.

_Sim? Shshshsh... Não precisa falar, ficar quietinho, nós dois vamos sair daqui. Você e forte é vai aguentar, por favor! Só mais um pouco! _Eu comecei a chorar, tive que mentir por meu irmão sabendo que não era verdade, você já teve que mentir pra uma pessoa que você ama, Sabendo que não era verdade? Que nada do que você estava falando era verdade? È eu tive que faze isso. Não foi fácil, mais foi preciso, ás vezes mentimos por não conseguir aguentar a verdade e querermos acreditar na mentira.

_Seu mentiroso! Eu sei... Que eu vou morrer aqui nesse... Lugar sujo é imundo. _Ele estava forçando a fala, mas mesmo assim ele sabia que era o fim, eu não queria aceitar.

_Não! Para com isso cara!

_Escuta... Não conta nada pra mamãe. E diz pra Alyssa que eu a amo muito, fala também pra ela continuar estudando.

_Ta! _Confirmei pra ele, pois eu nunca iria poder contar isso pra minha mãe, ela já tem muitos problemas e a morte do meu irmão só vai piorar tudo isso e a Alyssa? Ela é muito grudada com o Adam, nossa isso tudo é minha culpa.

_Kevin? Promete que você vai para de roubar?

_Sim, eu vou, por favor! Não me deixa! _Eu me derramei em lágrimas estava vendo o meu irmão partir e não podia fazer nada. Então eu olhei dentro dos olhos dele e ele me deu o sorriso mais lindo do mundo.

_Eu te amo cara! _E ali eu vi o último brilho dos olhos dele se apagarem junto com um pedaço de mim. Olhei pras minhas mãos ensanguentadas de sangue. O sangue do meu irmão depois teve a parte mais difícil que foi leva o corpo do meu irmão e jogar num beco sujo, deixando que a polícia o encontra-se.

_Desculpa! Desculpa irmão, eu sei que você merecia mais. _Dei um beijo na testa dele e fui embora daquele lugar o mais rápido que pude. Dei um jeito de sumir com as roupas sujas de sangue. E fui pra casa acabado por dentro, mas por fora em um estado de plena quietude.

Chegando a minha casa abrir a porta e as luzes estavam apagadas, só um abajur estava ligado. Minha mãe estava sentada na poltrona da sala dormindo, esperava a gente chegar e pegou no sono. Não quis acordar ela por que iria ter que inventar uma história pra dizer o porquê meu irmão não veio comigo pra casa e já estava com a cabeça a mil não ia dar certo inventar uma mentira agora soaria falsa e com certeza ela perceberia algo de errado. Subi por quarto e fui dormir ou pelo menos tentar dormir. O dia amanheceu. Levantei como se nada tivesse acontecido. Tomei banho e desci pra tomar café, chegando à cozinha vi minha mãe chorando como nunca tinha visto.

_O que foi mãe? _Perguntei, preocupado.

_O seu irmão, ele não veio com você, por quê? _Ela me olhou com os olhos cheios de lágrimas.

_Ele quis ficar na festa, você conhece o Adam. _ Disse a verdade, pois o Adam é muito cabeça dura a única parte que era mentira era a festa, mas como eu queria acreditar naquilo que eu estava dizendo, queria que ele passa-se pela porta e desse um daqueles sorrisos safados dizendo “Bom dia! Idiota! A festa estava ótima você perdeu a diversão" E minha mãe fala-se "Parem com isso meninos, venha sente-se aqui e tome o seu café." Nunca mais minha vida vai ser a mesma sem ele.

_Eu sei filho, mas... Não sei, tive uma sensação estranha, deixa pra lá daqui a pouco ele chega pra tomar café não é? _Ela sorriu e continuou a colocando a mesa.

_È verdade, daqui a pouco ele chega. _ Falei essas palavras com a garganta doendo.

 Dias depois, minha mãe foi até a polícia da queixa do desaparecimento do meu irmão. No outro dia um cara foi jogar o lixo fora e sentiu um cheiro muito forte quando chegou perto da caçamba de lixo e a abriu encontrou o corpo do Adam e chamou a polícia que imediatamente avisou a minha mãe.

Sentada na poltrona abraçada com a foto do meu irmão o telefone tocou, ela atendeu deixando o porta retrato cai no chão, se quebrando em mil pedaços exatamente igual ao coração dela naquela hora. Ela gritou comigo me culpando por não ter arrastado ele pra casa.

_A culpa e sua! Você devia ter trazido ele a força pra casa! A culpa e sua! Toda sua! _ Ela falou me batendo e chorando ao mesmo tempo. Sabia que a culpa de por tudo o que ela estava sentindo era minha, de que eu fui o grande causador dessa dor. A tarde estava me arrumando por enterro. Minha mãe entrou no meu quarto em quanto tentava colocar a minha gravata, sem falar nada ela deu o nó na minha gravata e me abraçou.

_Desculpa filho eu fiquei muito nervosa, “a culpa não foi sua” não deveria ter dito aquilo. Quando terminar, desça pra gente ir, eu e sua irmã já estamos prontas. _Então me dando um beijo na testa ela saiu. È claro que a culpa foi minha, toda minha. No cemitério o coveiro jogava a terra em cima do caixão. O Senhor C apareceu do nada,  e veio nos cumprimentar.

_Meus pêsames, é uma pena estarmos nos conhecendo nessas circunstâncias. Adam era um grande amigo. _Suas palavras pareciam verdadeiras, mas só “pareciam”. Tudo nesse homem é uma mera interpretação. Se ele não fosse chefe de uma quadrilha diria que seria um bom ator. Ganharia o Oscar, melhor interpretação.

_ Desculpe perguntar, mas de onde conhece meu filho?

_Ele estava procurando trabalho. Indiquei-o a alguns, nos tornamos grandes amigos. Saiba que se soube-se quem fez isso ao Adam, eu mesmo tomarei as medidas certas para trancafiar esse mostro na cadeia. _Ele deu um sorriso falso. O mesmo sorriso sempre dar quando quer demonstrar que é uma pessoa confiável, coisa que não é. Minha mãe caiu feito boba, não é culpa, quem não conhece o senhor C não imagina do que ele é capaz de fazer para obter o quer.

_Preciso falar com você Kevin. _O acompanhei entrando mais ainda no cemitério longe da minha família.

_Olha aqui garoto!Melhor devolver a parte do seu irmão no assalto. Pensou que eu fosse idiota? _Ele me segurou pelo colarinho da minha camisa.

_Não sei me diz você?

_Se fazer mais uma piadinha vou quebrar todos os seus dentes, ou melhor, mando alguém fazer isso por mim, não quero sujar minhas mãos com um merda feito você! Estamos entendidos?

_Sim!

_Sim o que?

_Sim senhor C, estamos entendidos.

_Acho bom, começar a usar a educação que sua mãe te deu. Sua irmã é linda. Ela me lembra alguém que conheço.

_Sei sua avó? _Ele me deu um soco na boca do me estomago, me fazendo caído no chão à procura de ar.

_Eu avisei, para não falar mais piadinhas babaca! Pensando bem gostei da sua irmã, qual é mesmo o nome dela? _Ele falou colocando o pé em cima de mim.

_Santa Ladra, protetora dos ladrões. _Recebi um chute com toda força nas minhas costelas.

_Muito engraçado Kevin. Pode ser que ela te ajude?Quem sabe?Lembrei nome dela, é Alyssa, não é? Lindo nome.

_Fique longe dela ou eu vou...

_O que? Vai fazer o que? Seu inútil! Se tocar em um fio do meu cabelo será muito comparado ao que eu irei fazer com você. Levante-se seu verme! _ Ordenando disse.

_Quero o meu dinheiro amanhã à noite, se não estiver com o dinheiro... Acho que conhece meus métodos. Se não os conhece, adorarei lhe demonstrar. _Ele foi embora.

A pior coisa que fiz na vida foi me envolver com esse homem, ele não tem coração, nem alma. È rico, por isso não entendo o porquê de querer sempre mais dinheiro? Além disso, ele manda na cidade. Comanda todos os bandidos e decide onde, como e quando, acontecerão os assaltos. Sei onde o dinheiro está não quero ter que voltar aquele galpão abandonado, onde tudo aconteceu, onde vi meu irmão morrer nos meus braços. O senhor C é bem convincente quando quer as coisas. Voltei pra casa em silencio, e fui por meu quarto. Deparei-me pensando nas palavras que o senhor C disse, ”Acho que conhece meus métodos”. Não irei deixar que ele faça algo com a minha família.

_Canalha! _Me levantei da cama rápido.

_Tenho que fazer algo. _Desci as escadas correndo, minha mãe me viu descer nervoso e perguntou.

_Filho? A onde você vai? _Antes que ela termina-se a frase já havia batido a porta, saindo de casa.

         


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostou? O que achou?



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