Make This Place Your Home escrita por WaalPomps


Capítulo 1
Just know you’re not alone


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu já escrevo fic há anos, mas nunca escrevi de uma novela brasileira, então deem um desconto ok? UHAHUAHUAHUA



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A noite já havia caído na Casa Verde, mas as ruas ainda estavam movimentadas. Era impressionante como mesmo com o crescimento descomunal daquela cidade, o aconchegante bairro permanecia o mesmo.

Os vizinhos iam de porta em porta, as crianças corriam e as flores enfeitavam os canteiros, flores que seriam colhidas no dia seguinte pelos moradores. Depois de ter saído dali quando criança, aquele era o último lugar onde Fabinho pensaria em voltar a morar, mas como era a vida, não?

Ele entrou em casa, acendendo as luzes e jogando os sapatos para o canto, enquanto caminhava para seu quarto. Começou a desabotoar a camisa sem nem ter tirado a jaqueta. Parou em frente à cama e desabou, fechando os olhos, exausto. Ouviu a porta da frente se fechando e vozes conversando. Sorriu de canto, tentando calcular quanto tempo demorariam a encontrá-lo.

_ Paaaaaaaai. – 45 segundos, um novo recorde. A garotinha montou em suas costas, começando a pular animada – Adivinha? Eu fiz um gol hoje, lá na Toca do Saci.

_ Isso porque puxou a mim, e não ao perna de pau ai. – ele se virou com cuidado na cama, deixando que a filha ficasse sentada sobre sua barriga. Encarou a esposa na porta, com o usual sorriso provocativo.

_ Mas não seja um moleque que nem sua mãe era. Você é minha princesinha, está bem? – Isabelle concordou rindo, mostrando a janelinha do dente da frente – E agora acho bom você ir tomar banho, porque está com cheiro de um porquinho.

A criança riu, se inclinando o beijando o rosto do pai, antes de sair correndo. Ele a observou passar do lado da mãe. Giane o encarou com a sobrancelha arqueada, antes de se aproximar e começar a estapeá-lo.

_ Eu. Vou. Te. Mostrar. O. Moleque. – ela frisava cada palavra, enquanto distribuía os tapas, fazendo o homem rir.

_ Ô maloqueira, que isso... Vai dar exemplo errado para nossa filha. – ele segurou os pulsos dela, derrubando-a na cama e ficando por cima. A mulher bufou, enquanto ele lhe dava um selinho – Também te amo viu?

_ E quem disse que eu amo um fraldinha idiota? – ela perguntou, se soltando dele e saindo da cama, em direção ao banheiro onde a filha já tomava banho.

_ Você, quando casou comigo. – ele gritou, ouvindo-a gargalhar. Tirou a jaqueta, jogando-a no canto do quarto, e voltou a se deitar. Havia sido um dia agitado na Crash Mídia, para ambos. Depois que a agência de Natan havia ido para o buraco de vez, anos antes, a agência de Érico havia crescido absurdos. E depois de tudo resolvido, tanto sobre a Toca do Saci, quanto sobre a ideia vazada, Érico e Maurício o haviam convidado a voltar. A princípio recusou, mas ela, como sempre, o convenceu a mudar de ideia.

Agora, os dois trabalhavam para a Crash, ele no criativo, ela como fotógrafa. Ela ainda trabalhou como modelo por uns três anos, apesar de ter feito o curso de fotografia e ter começado a atuar mais atrás das câmeras. Mas quando Isabelle chegou, a corintiana resolveu ficar apenas nos bastidores.

A chegada da criança foi, na verdade, uma grande surpresa. Os dois já estavam morando juntos havia um tempo, já que Margot e Silvério haviam se envolvido (N/A: sim, eu acho os dois fofinhos, tem química. Por mim, eles ficavam juntos UHAUHAHU), e Giane apenas havia trocado de casa com a sogra/madrasta. Não tocavam no assunto casamento ou filhos, achando que o arranjo atual estava bom para eles.

Mas uma noite no Cantaí, comemorando a reconciliação de mais uma briga idiota (tinham pelo menos duas na semana), ele havia conseguido terminar uma campanha grande, ela fotografado um ensaio importante, beberam um pouco mais do que deviam e se esqueceram de tomar as devidas precauções, e nove meses depois nascia Isabelle.

Claro que haviam se casado, mas só no civil. Irene e Margot reclamaram horrores, e por fim concordaram com um almoço para a cerimônia, mas nada extravagante. Giane podia ter se tornado mais feminina e achar casamentos bonitos, mas não conseguia se ver usando um vestido gigantesco e causando em uma super cerimônia, igual havia sido o casamento de Maurício e Malu.

Concordou em usar um vestido branco, simples e curto, mas não quis que escondesse a barriguinha que já aparecia. Afinal, apesar de tudo, os dois estavam curtindo a ideia de serem pais, e se divertiam brigando pelo nome e time da criança.

Por fim se casaram em uma tarde de outubro, no alto da primavera, na mansão de Malu e Maurício (a moça já havia colocado a mãe para correr há tempos, logo que pegara a guarda dos irmãos para si). Com o tempo a relação de Fabinho e Plínio melhorara, apesar de não ser ainda a considerada a de pai e filho, e o homem ficou com prazer ao lado de Irene no altar improvisado.

Antonio, o irmão de três anos de Fabinho, entrou com as alianças (N/A: bom, a Irene vai ficar grávida e tal né, então to especulando que vai ser menino), e todos os moradores da Casa Verde compareceram, além de alguns amigos que Giane havia feito. Sueli Pedrosa e Lara disputaram pela cobertura do casamento, e Caio se recusou a comparecer. Nada além do esperado. Os noivos trocaram farpas até durante o casamento, mas sempre haviam sido e sempre seriam assim.

_ Não vai tomar banho não? – Giane entrou no quarto enrolada na toalha, e Fabinho a encarou, abrindo um sorriso safado – Pode ir parando ô bezerrão. Já pro chuveiro, que nós vamos ao Cantaí.

_ Sério? – ele gemeu, desgostoso. Não que não gostasse do lugar, mas estava moído – Qual é Giane, trabalhei que nem louco hoje. Só quero minha cama.

_ Mas é um bebê reclamão mesmo, não muda. – ela riu, se aproximando da cama já de calcinha e sutiã – Vai, toma um bom banho, coloca uma roupa legal, e quem sabe quando voltarmos do Cantaí, não se dá bem.

_ Se a Isa não levantar no meio da noite de novo. – ele lembrou, fazendo a fotógrafa rir.

Se acostumar a uma criança pequena em casa não foi fácil, para nenhum dos dois. Giane dizia que seria fácil tirar de letra, já que havia cuidado de Fabinho e que como ele ainda era reclamão, não seria nada diferente. Mas é diferente quando se trata de alguém que só faz chorar, comer e sujar as fraldas, e depende de você para tudo. E pra completar havia os conflitos do ex-badboy em relação a se seria um bom pai ou não.

Brigaram muito, dormiram pouco, mas foram alguns dos meses mais felizes de sua vida. Nenhum dos dois sabia dizer como podiam amar tanto alguém quanto amavam a filha, como conseguiam tirar energia para ficar com ela, mesmo quando estavam exaustos, ou como ela podia fazê-los sorrir mesmo nos piores momentos.

_ Isa, chama sua mãe. – pediu Fabinho do sofá, com a filha na perna. Já havia terminado de se arrumar, mas a maloqueira ainda estava no quarto – Nunca vi moleque demorar tanto.

_ Continua me chamando de moleque pra ver onde que dorme hoje fraldinha. – a corintiana entrou na sala com um vestido preto na altura dos joelhos, e estava muito pálida.

_ Você tá bem mamãe? – perguntou Isa, e Fabinho olhou a esposa, preocupado.

_ To sim meu amor,só com fome. – ela fez uma careta engraçada, enquanto sentava ao lado do marido e beijava o rosto da filha – Podemos ir?

Foi uma noite gostosa, apesar do casal não ter saído muito da mesa. Fabinho porque estava cansado, Giane porque ainda estava um pouco ruim, mesmo após ter comido. Isabelle por outro lado não parou quieta. Correu para todos os lados, conversou com quase todos os presentes, até mesmo subiu no palco. Mas perto das 21h já estava quase dormindo no colo do pai.

Chegaram em casa com a criança já adormecida. Pelo tanto que havia corrido na escola de manhã, na Toca à tarde, e no Cantaí, os pais suspeitavam que não se mexeria até o dia seguinte.

_ Vai tomar um remédio ver se melhora, eu ponho ela na cama. – Fabinho sugeriu, vendo que a esposa ainda não estava com uma cara boa. Ela concordou, rumando para o quarto deles, enquanto ele levava a filha para cama.

Tirou o vestidinho que ela usava, colocando o short e a camiseta do Corinthians (nessa batalha ele perdeu). Carregou a menina até o banheiro, a acordando para escovar os dentes, enquanto ele escovava o cabelo dela.

Depois de carregá-la de volta para a cama, dar a bola de futebol de pelúcia para ela abraçar, e a cobrir com o edredom da Cinderela (ela tinha gostos bem variados), ele foi afinal para seu próprio quarto, encontrando a esposa deitada.

_ Olha, não é por nada não, mas tem que cuidar do peso. – sabia que estava em terreno perigoso, mas não resistia a oportunidade de provocá-la, eles brigarem, e depois fazer as pazes na cama.

A fotógrafa estava na cama, já sem o vestido, com o braço no rosto, respirando profundamente, como se tentasse aliviar o mal estar. Percebendo isso, Fabinho jogou os sapatos longe, tirou a jaqueta e deitou ao lado dela, a puxando para junto de si.

_ Tomou o remédio? – ela concordou – Quer que eu vá na farmácia e busque algum outro? – ela negou – Estamos brincando de vaca amarela de novo?

_ Cala a boca idiota. – ela resmungou – E gorda é a vovozinha.

_ Não chamei de gorda, só disse pra cuidar do peso. – ele riu, tomando um tapa dela – Lembra que eu te disse pra casar com um cara rico, porque ia engordar? Então...

_ Mas tá muito abusado hoje, sabia? – ela tentava ficar brava, mas só conseguia rir. Ele puxou o rosto dela, dando um selinho, vendo ela fazer careta – Eca, que bafo.

_ Ô Giane, depois eu que sou fresco né? Você tá reclamando de tudo esses dias. É sono, é fome, é meu bafo... Tá parecendo quando tava gr... – ele travou, como se entendesse o que estava acontecendo. Ele encarou a mulher ao seu lado, que ria da cara dele.

_ Eu apostei com a Malu quando tempo ia demorar para perceber. Até a Isa já descobriu, mas eu pedi pra ela não contar nada. – a mulher sentou, encarando ele de cima – Eu já sei faz duas semanas, mas você tava tão atolado com o projeto na agência que decidi esperar para contar.

_ Acho que devo me preparar para crises de humor? – ele apenas levou a mão na direção da barriga dela, sorrindo. Ela colocou a mão sobre a dele e sorriu.

_ E para mais discussões, porque dessa vez, eu tenho certeza que é menino. – ele revirou os olhos. Ótimo, lá vinha ela com aquela história de batizar com o nome de algum jogador do Corinthians.

_ Que tal deixarmos a discussão para outro dia, e aproveitarmos que hoje a Isa vai dormir a noite toda? – ele perguntou, vendo Giane gargalhar. Ela se levantou, indo fechar a porta do quarto.

_ Ué, achei que eu era um moleque mal acabado. – ela provocou, voltando para perto da cama. Ele ficou de joelhos, indo até a ponta da cama e a puxando para si.

_ E é... Mas é o meu moleque mal acabado.

_ Isso ficou muito gay. – os dois riram.

_ E isso soou como provocação. Vou te mostrar o gay. – ele jogou ela na cama, ficando por cima e começando a beijá-la.

E é claro que eles sempre teriam problemas, sempre teriam brigas e discussões. Mas enquanto estivessem juntos, sempre teriam um lar para chamar de seu. 


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Notas finais do capítulo

Se gostaram, se não gostaram, deixem um review para eu saber e tal ;P
Beijos e queijos