Nicolas ouvia seu tio atentamente ainda absorvendo a informação que acabara de receber, sua noiva era uma Valentina.

Valentinas eram uma linhagem exclusivamente feminina, de feiticeiras muito poderosas, todas "ganhavam" um simbolo em forma de V no corpo quando recebiam totalmente os seus poderes, que era por volta dos 20 anos de idade, idade que eles julgavam ter total amadurecimento das jovens Valentinas.

Nicolas ainda conversava com seu tio César.

– Mas Tio, eu não entendo, a Julie tem so 18 anos, como ela pode já ter os poderes?- indagava Nicolas á César.

– Entenda Nicolas, as Valentinas são muito poderosas, e os poderes vem aos poucos, mas so se completam quando elas chegam ao vigésimo aniversário, mas vejo que essa sua noiva é um caso a parte, ela so tem 18 anos certo?- Nicolas assentiu e Cesár prosseguiu- Isso que eu não entendo, como ela conseguiu me enfraquecer assim so com o olhar, precisamos investigar o passado dela Nicolas.

Nicolas apenas ouvia calado, estava tenso, não esperava por isso, se estivesse em um desenho animado, com certeza teria uma interrogação gigante bem no meio da sua testa. Apesar de saber pouco sobre as Valentinas, sabia o principal, que elas eram muito poderosas e perigosas para a linhagem de feiticeiros do seu Tio, e querendo ou não, dele também.

[..]

Julie e Nicolas seguiram para a casa de Cesar, onde ficariam hospedados. De repente Julie sentiu uma sensação de Deja-vu, sentia que já conhecia aquele local, aquelas pessoas, fechou os olhos balançando a cabeça, querendo ignorar essa sensação. Não gostou do tio do Nicolas logo de cara, mal sabia ela, que a antipatia entre eles era milenar e seguia de geração em geração.

Já de noite, Julie conseguiu da um perdido em Nicolas, que não largava do seu pé desde que chegaram. Saiu andando pelas ruas do pequeno vilarejo, até que encontrou uma mulher bem parecida com ela, so que mais velha, vestia trajes ciganos, elas se encararam, ou melhor, a senhora olhava atentamente para cada detalhe do corpo de Julie e sorrindo abertamente, a mesma claro, estranhou.

– Juliana, é você!!