Meu nome é Haruno Sakura, eu tenho 17 anos, e no momento estou cursando o ultimo ano do ensino médio. Estudo em uma escola chamada "Konoha Gakuen" e as pessoas me chamam de lunática, por eu ter uma imaginação fértil e me dispersar fácil dos meus afazeres.
Alguns alunos até me odeiam por isso. Mas meu pai sempre me disse que esse tipo de pessoa, só tinha raiva de mim, porque queria ser igual a mim, mas não conseguia.


- Senhorita Haruno?

- Senhorita Haruno? - persistia em chamá-la, um homem de cabelos grizalhos que estava em frente à sala de aula.

Vendo que a pobre Haruno estava perdida mais uma vez em seus pensamentos, o aluno que sentava logo na carteira de trás da garota, lança uma bola de papel na pequena cabeça da menina.

- Hm? O quê? - disse assustada a Haruno que despertava de seu mundo da imaginação.

- Gostaria de explicar para a sala o que eu acabei de ensinar? - perguntou o professor.

- Er... B-bem... O Sr Hatake estava explicando sobre... É... - a Haruno estava totalmente perdida e sem saber o que dizer.

- Pode se sentar Haruno. - disse o professor em um tom decepcionado.

- Sim Senhor. 
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Durante o intervalo, eu costumo ficar perto do jardim da escola. Lá é tranquilo, e os alunos não me infernizam, e também posso me destrair à vontade.

- Pobre Haruno. Eu tenho pena dela. - dizia uma garota de olhos verdes e cabelos loiros com o comprimento até o ombro.

- Não devia perder o seu tempo pensando nessa lunática! Ela é completamente maluca! - respondia sua amiga de cabelos negros curtos e de olhos avermelhados.

- Ouvi dizer que o que ela tem é contagioso! - respondia a loira para a sua amiga.

- Acho melhor não ficarmos pertos de mais! - a morena dizia já voltando a caminhar.

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- Ah! - suspirou a rosada esticando seus braços tentando se despreguiçar.

- Acho que vou tirar um cochilo antes da prova, afinal, dizem que é bom relaxar antes de qualquer prova. - respondeu a sí já deitando ao lado da árvore em que se encontrava deitada.

Depois de alguns segundos deitada, já com os olhos fechados, percebo uma certa movimentação entre as flores, então decido abrir os olhos para descobrir o que estava ocorrendo.
Sem sucesso. Não vi nada além das flores se movimentando conforme o vento comandava.
Suspirei desapontada e voltei a fitar o céu, ainda deitada.
Mais uma vez escuto as flores se movimentarem com mais violência, e desta vez, me viro rapidamente para o jardim, a fim de pegar o culpado por aquilo.
Mais uma vez sem sucesso. Quando me virei, já estava tudo quieto novamente. Me levanto emburrada, e virando para o outro lado, tenho uma surpresa. Vejo um pequeno coelho fofinho usando roupas e com um relogio de bolso nas mãos.
Só posso estar sonhando de novo! - Pensei um pouco irritada.
Pude jurar ver o coelho olhar fixamente em meus olhos e depois sair correndo para dentro do labirinto de cercas vivas que havia no colégio.
Curiosa, saí atrás do coelho, mas aquele lugar era realmente um labirinto. Me perdi inumeras vezes, deparando com insetos indesejados, como aranhas e besouros.
Depois de muito correr, encontro um buraco, um pouco grande de mais. Não me lembro de ver este buraco antes aqui.
Me escorei um pouco para ver o que havia lá dentro, mas estava muito escuro. Aparentemente o buraco devia ser mais fundo do que eu imaginei.
Segurei-me um pouco na grama, para tenter ver melhor aquele buraco. Como fui burra! As pobres gramas não suportaram o meu peso e se soltaram da raíz, me fazendo cair dentro do buraco.
Fiquei desesperada, aquele buraco não tinha fim?! Já faziam horas que estava caindo, aquela sensação era desesperadora! 
Tentei me segurar em algumas raízes que estavam pelo percurso, mas elas se soltavam do solo e caiam até mais rápido que eu.
Finalmente depois de tanto cair, me estiro no chão de algum lugar, e fico lá por horas, apenas sentido a dor da queda.

- Outch! Espero não ter quebrado nenhum osso! - resmungou consigo, tentando se levantar.

Com muito esforço consegui me levantar. Olhei para o que estava à minha frente, e pisquei inumeras vezes para ter certeza de que aquilo não era um sonho.
Tirei minhas próprias conclusões de que estava em uma floresta. Muito bonita, por sinal.
A grama era de um verde diferente, um pouco azulada, mas bem viva. As flores brilhavam como nunca vi nenhum brilho. As árvores, da mesma cor que a grama, de um tronco forte e resistente, todas muito grandes, e algumas até não dava para ver o fim. Quando olhava para cima procurando até onde iriam aquelas árvores, me deparei com o céu mais azul que ja vi em toda a minha vida! Minha irmã iria gostar de ver aquele céu. Ela era apaixonada por azul vivo. O Sol brilhava forte, mas não estava calor, estava até um clima agradável para mim. Olhei algumas aves voando à alguma direção, Forcei meus olhos para tentar ver melhor aquelas aves. Elas tinham cabeça de cobra? Me assustei um pouco e logo voltei a minha atenção para a minha frente, e vi um caminho ser aberto. Decidi segui-lo.

Ainda estava maravilhada com aquele lugar, mas também estava um pouco assustada. 
Vi algumas libélulas com corpo de cavalos-marinhos, sapos que se pareciam com pratos de bateria, e eles até faziam o mesmo som quando andavam. Olhei para o lado e encontrei duas flores, consideradas por mim, as mais lindas que já havia visto! Elas tinham um brilho inigualável.

- Oh! Tão lindas! - suspirou.

- Obrigada. Ouvi alguém dizer. Me virei para um lado, mas não encontrei ninguém, me virei do outro e a mesma coisa.

- O quê está procurando? - me virei novamente para frente e levei um grade susto, quando vi que aquela rosa linda não estava mais alí. Mas sim, uma garota loira com os olhos mais azuis do que o proprio céu.

- Quem é você? Onde está aquela rosa que estava aqui? - perguntei um pouco afobada.

- Eu sou a rosa! - Ela disse como se aquilo fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- Você não é daqui, não é? - A loira me perguntou desconfiada.

- E-eu, cai em um buraco. Estava atrás de um coelho de roupas, que usava um relógio de bolso. - respondi aflita.

- Tsc Tsc Tsc. Aquele coelho idiota! Ele fez de novo. - Ela disse mais para si mesma do que para mim.

- Acorda Hinata! Temos problemas. - Ela cutucou a orquídea.

- Hm... O-o quê? - Ouvi a flor responder um pouco sonolenta. Me assustei com aquilo, mas me assustei mais ainda, quando vi aquela orquídea se transformar em uma linda garota de cabelos negros compridos, e com os olhos estranhamente cor de pérolas.

- Ah! Me desculpe, ainda não me apresentei! - Disse a loira.

- Meu nome é Ino, e essa é a minha amiga Hinata. - Ela disse sorrindo apontando para sí, e depois para a sua amiga morena.

- Er... Eu-eu sou... Haruno Sakura. - disse me curvando para frente, em forma de reverência.

- N-N-N-N - a morena tentava desesperadamente dizer alguma coisa.

- Respire um pouco antes de continuar Hinata! - disse Ino à sua amiga.

- Ela é tímida. - Disse sorrindo para mim, e eu retribui o sorriso.

- Naruto-kun fez alguma coisa outra vez? - Como a voz daquela orquidea era linda! Se eu ovisse sua voz todas as vezes em que eu despertava de um pesadelo, voltaria a dormir calmamente muito rápido.

- Aquele coelho imbecíl trouxe uma forasteira para cá! 

- Ino-chan, não chame o Naruto-kun assim. 

- Temos que levar a Sakura para a cidade, não podemos deixá-la aqui.

- Qual o problema de eu ficar aqui?

- Este não é um lugar muito apropriado para humanos! Esse é o jardim principal do castelo. Se a rainha de coração ver algum ser vivo aqui que não sejam suas preciosas flores, ela cortará a cabeça do pobre indivíduo!

- Estamos presas aqui. Não podemos lavá-la para a cidade.

- Hm...Você tem razão. Isso é um problema. - disse a loira pensativa.

- Se dissermos exatamente o caminho para ela seguir, talvez ela encontre!

- Está certa. Bem Sakura, o caminho é este...

Siga em direção ao grande muro, lá encontrarei um buraco na parede e passarei por ele. Depois eu tenho que seguir em frente até encontrar a floresta sombria. Esse nome me assusta um pouco.