O Sugador De Almas escrita por Dragonborn Dante


Capítulo 1
Aqui nasce uma lenda.




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Abri meus olhos. Não tinha a menor ideia do que estava fazendo ali. Não tinha nem ideia de onde eu estava, apenas via paredes podres, pedras caídas sobre elas, uma fogueira, dois homens conversando e um apoiado na mesma parede que eu. Tentei me levantar, mas minhas mãos estavam amarradas em uma pilastra. Estava com roupas rasgadas e cortes pelo corpo - não conseguia ver, mas dava para sentir a dor. Minha visão estava embaçada, parecia que tomei uma pancada na cabeça.
- O que fazemos com ele? - perguntou um dos homens sem perceber que eu já estava acordado - Não podemos matá-lo.
- E por que não? - perguntou o segundo.
- Você quer ser procurado pelos guardas de Solitude?
Eu estava tentando raciocinar oque eles diziam, mas não conseguia. Talvez tenham me levado para um lugar desconhecido por mim, ou a suposta paulada me causou perda de memória.
- Podemos falar que ele é um rebelde.
- Acha que eles vão acreditar em nós, bandidos?
Minha memória estava falhando. Não conseguia lembrar de nada. Nem como fui parar ali, nem onde estava, nem quem era eu realmente. Por um assustador momento esqueci meu nome... Dante, Dante Konahrik. Isso mesmo.
- Parem de discutir e o matem logo! - interrompeu a conversa o terceiro bandido - Não tem ninguém olhando.
Um dos bandidos virou contra mim, apontou o arco e disse: "Ah, você acordou!"
Ele preparou a flecha, mas parecia que estava se concentrando para atirar bem na minha cabeça. Quando o alvo dele estava travado, uma espada de aço atravessou seu peito, o jogando no chão em segundos.
Cinco soldados, com a mesma couraça azul e um elmo pontudo onde mostrava apenas seus olhos, apareceram e travaram uma batalha contra os bandidos.
Um dos guardas colidiu sua espada no escudo de outro bandido. Ele revidou com escudo e jogou a espada do soldado no chão. O terceiro bateu no joelho do bandido com seu machado de guerra, jogando-o no chão, e finalizou com um corte bem no meio do peito. O terceiro bandido, e único vivo, pediu misericórdia e correu pra baixo da montanha, pro meio do desconhecido. 
- Você está bem? - soou uma voz feminina atrás de seu elmo. 
- Sim, eu acho - respondi. - Uhn... obrigado por me salvar. 
Ela cortou as cordas amarradas em meu pulso. 
- Você não é aqui de Skyrim, certo?
- Skyrim? - perguntei. - Estou em Skyrim?
Eu estava em meu caminho para Morrowind, não Skyrim. Aqueles bandidos devem ter me desacordado...
- Não era para estar? - ela tirou seu elmo. Tinha lindos olhos azuis, cabelos pretos e lisos, cor parda e lábios da cor de sua pele.
Outro guarda guiou seu cavalo e disse "Brenda, precisamos ir. Ulfric precisa dessa informação o mais rápido possível".
Me levantei e massageei meus pulsos. 
- Pegue isto - me deu uma bolsa cheia. - Acho que você pode aproveitar o equipamento desses bandidos. 
Me sugeriu e foi embora junto com sua tropa. 
Vasculhei o corpo de um dos bandidos que conversava; ele tinha botas, luvas e armadura, todas de ferro. Uma espada de aço, um livro de magia de destruição e 25 de ouro. Peguei tudo e me vesti. 
Fiquei pensando: o que eu vou fazer? Nem lembrava mais de que província eu era, dificultando muito as coisas. Não poderia chegar em uma conclusão parado ali, no meio de um nada, então fui explorar Skyrim. 
Já do lado de fora, um rugido meio rouco surgiu através das montanhas cobertas de neve. 
- Não é possível - disse á mim mesmo. 
Aquilo sem dúvida alguma era um dragão, rondando por aí e procurando seu almoço.
Rugiu novamente, e já comecei a me assustar. Será possível? Dragões, em Skyrim?
Comecei a descer em direção á uma pequena vila que, de acordo com a placa que apontava para ela, se chamava Morthal. 
O rugido estava cada vez mais alto e mais perto. 
- Ei! - disse uma jovem garota, mais ou menos minha idade, que estava descendo a montanha de cavalo - Você é maluco? Quer ser comido por um dragão?
Antes que eu pudesse dizer algo ou explicar a minha história, ela me convidou para subir em seu cavalo branco. Claro que não recusei. O mais estranho é que não conseguia prestar atenção em seu rosto, apenas conseguia ver seus cabelos loiros saindo de um elmo de ferro com chifres. 
- Você é de onde? - me perguntou enquanto galopava. 
- Eu.... eu não me lembro...
O dragão atravessou a montanha, deu uma volta em Morthal, voltou em minha direção e disse algo como "Dovahkiin! Não!". Achei que estava delirando, como um dragão poderia falara mesma linguagem que eu? Bom, quase a mesma linguagem. 
- Dovahkiin? - disse a garota - Você não é o...
Ele passou por cima de nós com tanta força, que o vento quase nos derrubou do cavalo. 
- Droga, precisamos ir rápido! - disse ela e começou a galopar mais rápido.
O dragão pousou bem na nossa frente e causou um estrondo enorme - BUUM! -, logo após gritou "Yol" e uma rajada de fogo saiu de sua boca. O cavalo relinchou e enlouqueceu com todo aquele fogo - correu de um lado para o outro e nos fez pular. Nós encontramos abrigo em uma pedra enorme do lado do pé da montanha.
- Entre na cripta! Rápido! - ordenou ela.
Acho que ela se referia ao lugar onde eu acordei. Corri pra lá sem pensar duas vezes. Provavelmente, ela é de Skyrim e, se esses dragões estão aqui há algum tempo, ela tem mais experiência do que eu, então decidi obedece-la. 
Abanei meus braços desprotegidos e me sentei. Ao meu lado havia um livro com capa roxa e um O do alfabeto de Oblivion, mas não podia lê-lo agora. Peguei um arco de caça do bandido que tentou me matar, peguei suas flechas e fui ajudar. 
Do lado de fora já havia guardas - provavelmente de Morthal - ajudando ela. Milhões de flechas voando em direção á barriga que, provavelmente, deve ser seu ponto mais vulnerável. Agora já era possível matar aquele dragão. 
Preparei minha flecha, respirei fundo e atirei - assim que a flecha chegou perto, .ele abanou suas asas e voou para Morthal. 
- Vamos! - ordenou um dos guardas e correu para Morthal. 
Fui atrás para ajudar. Assim que avistei o dragão no chão puxei meu arco, preparei a flecha e... agora sim eu acertei! Bem no olho!
Veio mais umas 4 ou 5 flechas em direção á ele - os guardas. Lá em baixo, outros guardas e habitantes da cidade o atacaram também. Ele ainda estava reagindo - batendo a cauda e cuspindo fogo aleatoriamente. Até que a garota pulou em cima de suas costas, bateu várias vezes na cabeça com sua espada de ferro e fincou-a entre os olhos; Finalmente ele morreu, mas havia algo de errado. As escamas começaram a brilhar em cor laranja e se dissolvera, em pedacinhos, como se estivessem sendo queimadas. Aos poucos já conseguia ver os ossos. Não sabia se era outra suposta ilusão minha, mas seu poder estava sendo sugado por mim, sua alma deixando seu corpo para fortalecer o meu. O que estava acontecendo ali?!
- Você é... - disse a garota, impressionada, enquanto eu sugava a alma do dragão.
- Dragonborn - completou o guarda. - Você é o Dragonborn, invocado pelos Greybeards!
- Dragonborn? - perguntei.
Todo o povo de Morthal estava ali para ver o dragão... bom, oque sobrou dele. Conversas surgiam de todos os lados. 
- Vá até High Hrothgar e fale com os Greybeards - me sugeriu o guarda. -, eles vão saber oque te dizer.


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