Cinderella escrita por Liz Jensen


Capítulo 1
Cinderella


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ;)
Se quiserem entrar no clima, escutem Let Her Go ( http://www.youtube.com/watch?v=tGtXGM7HKHY ) que me ajudou a escrever.
Enjoy!



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    Lá estava eu, caminhando perto do lago, carregando apenas um pé de sapato. Uma de minhas mãos estava protegida pelo bolso do casaco, afinal aquele vento não era típico de verão, apesar do sol.

    Sobre o sapato: não era meu.

    Quíron havia me chamado na Casa Grande e pedido que eu perguntasse por aí pela dona da sapatilha preta. Algum deus (provavelmente Afrodite) havia deixado apenas um pé do sapato destinado a uma garota do acampamento, mas não havia deixado nenhuma indicação sobre a dona do sapato. Então eu estou desde oito da manhã pedindo para cada menina do acampamento, pra experimentar o sapato. Acho que era apenas alguma ideia maluca para fazer com que eu me enturmasse mais com os campistas. Apesar dos meus poucos amigos, conquistados ao longo de três anos, ainda sou fechado.

    Só esperava que eu encontrasse a tal garota sem ter que encontrar com... bem, Ela.

    Estava passando pelos campos de morango, em busca de alguma filha de Deméter que estivesse disposta a experimentar o sapato. O cheiro de morango invadiu minhas narinas quando avistei quem eu menos queria encontrar a poucos metros de mim.

    Sydney Johnson estava em uma escada de madeira, na ponta dos pés, recolhendo as frutas maduras e as deixando cair num cesto de vime.

    Minhas mãos começaram a tremer, assim como acontecia toda vez que eu a via ou falava com ela. Me aproximei mais sem que ela percebesse. Quando parei bem atrás dela, falei:

    - É proibido roubar, sabia?

    Ela deu um pulo e soltou um gritinho. A escada tremeu e ela perdeu o equilíbrio, caindo na minha direção. Num impulso, a segurei, pegando-a no colo.

    - Ah, Nico. - disse ela. - É você. - Ela soprou uma mecha de cabelo que caía em seu rosto. - Ô, vagabundo, sabia que é errado assustar as pessoas enquanto elas estão em cima de uma escada?

    - Sabia - respondi, torcendo para que ela não sentisse meu coração sapateando em meu peito. - Sabia que é errado roubar?

    - Você já disse isso - retrucou ela. - E eu não estava roubando.

    - Bom, não é o que parece.

    Uma das regras do acampamento era não pegar morangos a não ser que estivesse acompanhado por um filho de Deméter o Dioniso, ou tivesse uma permissão do Sr. D ou de Quíron. Mas Sydney parecia ter esquecido dessa regra.

    Olhei em seus olhos, e ela retribuiu o olhar, nossos rostos muito próximos. Sentia sua respiração em meu rosto.

    - Acho que já pode me por no chão - murmurou ela e eu pude sentir seu hálito fresco.

    Demorei um instante para sair do transe e colocá-la no chão.

    Ela bateu as mãos no macacão curto jeans, que usava por cima da camiseta laranja do Acampamento Meio-Sangue. Ela calçava Chuck Taylors pretos. O colar de contas do acampamento pendia em seu pescoço. Seus longos cabelos loiro-escuros estavam soltos e seus olhos castanhos-mel possuíam o mesmo brilho de sempre, místicos. Reparei que suas mãos estavam levemente arranhadas pelas plantas.

    - Quíron me deixou colher alguns morangos para fazer poções. - Explicou ela.

    - Ah, sim.

    - Mas você podia não ter me assustado! - disse ela, me empurrando, mas havia um sorriso brincalhão em seu rosto.

    - Desculpe, não pude resistir. - Falei retribuindo o sorriso, porém o meu era malicioso.

    Ela estreitou os olhos.

    - Tudo bem - disse finalmente. - O que está fazendo por aqui?

    - Quíron me arranjou um emprego. - Expliquei a ela sobre o sapato.

    Sydney fez uma careta.

    - Isso é a cara de Afrodite. Por que as garotas interessadas não vão lá atrás do sapato?

    - Eu pensei o mesmo. - falei. - Aí eu poderia gastar meu dia fazendo coisas úteis.

    - Uma massagem nas minhas costas não faria mal. - comentou Sydney.

    - Eu disse úteis. 

    - Isso seria bem útil pra mim. Ou você poderia servir de cobaia para minha poção. - Ela apontou para a cesta.

    - Eu prefiro procurar a dona do sapato, obrigado.

    Ela deu um tapinha no meu ombro.

    - Besta. Eu ia falar uma coisa, mas agora também não falo nada. - Ela se virou de costas, cruzou os braços e fez biquinho.

    Coloquei as mãos em seus ombros.

    - Fala. - pedi.

    - Não.

    Envolvi sua cintura e apoiei meu queixo em seu ombro.

    - Por favor, Syd.

    Ela se desvincilhou e se virou pra mim.

    - Você é muito chato, sabia?

    - Fala logo!

    Ela revirou os olhos e bufou.

    - Eu ia perguntar se eu podia ir com você. - perguntou ela. - Se você quiser, claro.

    Um sorriso foi se abrindo em meus lábios antes que eu percebesse.

    - Claro, eu não me importo. Vai ser legal.

    - Legal! - disse ela postando-se ao meu lado na caminhada e abrindo um sorriso. - Posso ver o sapato?

    Eu o entreguei a ela.

    Ela analisou o solado e a parte interna do sapato.

    - Não tem número?

    - Não - respondi, segurando um pouco a raiva. - E temos que calçar no pé da garota.

    Sydney fez outra careta.

    - Nossa, que legal. - comentou ela com uma pitada de irritação na voz.

    Caminhamos mais alguns metros, quando parei e apontei uma garota ao longe.

    - É a Lacey, não? - perguntei, me referindo à uma das garotas de Apolo.

    De repente o sorriso de Sydney se fechou.

    - Argh, não gosto dela. - Mas continuou caminhando na direção da garota.

    - Por quê?

    - Ela é antipática e metida - respondeu Syd.

    - Eu nunca reparei nisso. - Tentei lembrar das poucas vezes em que falei com ela.

    - É porque ela gosta de você, por isso não reparou. - Senti uma pitada de algo que não reconheci na voz dela. Seria raiva? Não, parecia ciúmes.

    Tudo bem, Nico, aí já é demais.

    - Ela gosta? - perguntei, me fazendo de bobo.

    Sydney me encarou.

    - Vai me dizer que nunca reparou. - disse ela.

    Lacey constantemente me lançava algumas indiretas e sorria e acenava ao me ver, mas tenho certeza que ela só quer ficar comigo e partir pra outra. Ou me usar pra ficar com fama entre suas amigas. Mas eu nunca ficaria com ela, eu tinha outros planos. Namorar com a garota que eu amo, por exemplo e esperar ser correspondido por ela. A qual parece estar com ciúmes neste exato momento.

    - Deixa que eu coloco o sapato. - disse Sydney.

    - Mas você disse que não gosta dela.

    - Exatamente.

    Era pra fazer algum sentido?

    Sydney praticamente arrancou o sapato das minhas mãos e foi caminhando rapidamente na direção de Lacey.

    - Ei, Wotton! - chamou Sydney pelo sobrenome de Lacey e deduzi que isso não ia acabar bem.

    - Johnson! - respondeu Lacey, com um sorriso falso. Então ela me viu. Passou a mão nos cabelos platinados e acenou de leve. - Olá, Nico.

    Lancei-lhe um meio sorriso.

    - Então, Lacey...

    Puxei Sydney para longe de Lacey antes que ela terminasse.

    - Espere um minuto, Lacey - falei para a garota.

    Puxei Sydney até um ponto onde Lacey não podia nos escutar bem.

    - Deixa que eu falo - murmurei com medo que ela fizesse alguma besteira. - Não quero ver ninguém brigando.

    Sydney me analisou por um instante.

    - Tudo bem - cedeu ela me entregando o sapato. - Mas se ela fizer alguma gracinha eu acerto ela.

    Sydney geralmente estava sempre de bom humor e eu só a vi ameaçando bater em alguém quando ela odiava a pessoa ou estava muito, muito irritada.

    Me virei para Lacey que nos encarava.

    - Então, Lacey, algum deus deixou esse sapato para uma campista e Quíron pediu que eu procurasse a dona. Posso experimentá-lo em você?

    Escutei Sydney bufando atrás de mim.

    - Claro, Nico! - respondeu Lacey.

    Ela se sentou num dos bancos que haviam espalhados pelo acampamento e retirou a sandália. Segurei seu tornozelo para colocar o sapato.

    - Que mãos macias - comentou Lacey.

    Sydney bufou novamente.

    Encaixei a sapatilha que para minha surpresa, porém ficou um pouco maior que o pé de Lacey.

    - É, acho que não é ela! - ironizou Sydney arrancando o sapato do pé da garota. - Vamos embora.

    Ela pegou minha mão e me puxou para longe de Lacey.

    - Essa garota só atrapalhou a gente. - comentou Sydney.

    - Pelo menos é uma garota a menos que temos que verificar - falei tentando soar otimista.

    - É, talvez.

    Caminhamos mais um pouco e Sydney ainda não havia soltado minha mão. Ela acompanhou meu olhar até as mãos entrelaçadas e soltou a sua.

    - Vamos perguntar à Maddy. - Indiquei com a cabeça uma das filhas de Íris.

    - Corta essa - tornou Syd. - Olha o tamanho do pé dela.

    Observei seus pés e o sapato que precisávamos entregar. O pé de Maddy devia ser uns dois números maior.

    - Olhando o pé antes parece mais fácil.

    - O da Faith é muito pequeno. - disse Sydney, indicando o pé da garota após alguns minutos de caminhada.

    - O da Margo é muito largo - comentei.

    - É maldoso julgar o pé das pessoas - falou Syd. - porque não é culpa delas ter o pé assim. Mas por outro lado é engraçado porque a gente fica olhando o pé das pessoas, parecemos doidos. E tá todo mundo olhando pra gente como se fôssemos doidos.

    Olhei ao redor para comprovar o que ela dizia.

    - Eu não ligo para o que os outros dizem - falei.

    - Eu sei. E é isso o que eu mais gosto em você.

    Encarei minha parceira caçadora de pés de garotas.

    - Sério?

    - Aham - Ela desviou o olhar e olhou ao redor e apontou para Izzy. - O que acha do pé dela?

    Olhei para o lugar que ela apontava.

    - Serve. - respondi, convicto. - Com certeza, serve.

    - Claro que não! - retrucou ela.

    - É claro que serve! Olha o pé dela!

    - É por olhar o pé dela que eu tenho certeza que não serve! Quer apostar?

    - Eu topo - falei, olhando profundamente em seus olhos. - O que vamos apostar?

    - Se eu ganhar, você vai ter que ser meu escravo por um dia. E se você ganhar, o que não vai acontecer...

    - Eu ainda vou escolher o que eu quero. - respondi, desafiando-a com os olhos. - Vamos lá.

    Saímos em disparada na direção da garota que nos olhou como se fôssemos malucos.

    - Izzy! - dissemos em uníssono.

    - Eu falo! - disse Sydney. - Então, algum deus deixou esse sapato para uma campista e  queremos saber se é seu.

    - Posso ver o sapato? - respondeu Izzy, com a típica voz sonolenta dos filhos de Hipnos.

    Mostramos a ela o modelo.

    - Posso experimentar? - perguntou ela.

    Ela se sentou no chão mesmo e arrancou o sapato.

    - É hora da verdade. - disse Sydney.

    Nos agachamos e colocamos o sapato em Izzy. Como eu não tenho sorte mesmo, o sapato ficou um pouco maior que o pé dela.

    - Há! - berrou Sydney no meu ouvido.

    - Desculpa, gente, mas acho que vocês não tiveram sorte. - Izzy bocejou e eu e Sydney repetimos o gesto. - Agora me deem licença que eu preciso dormir.

    Ela se levantou e saiu caminhando em direção do seu chalé.

    - Há! - gritou Syd de novo apontando um dedo pra mim. - Nunca mais duvide de mim, escravo!

    Segurei seu punho e a empurrei no chão, sem força, apenas ficando sobre ela.

    - E se eu duvidar? Vai fazer o quê?

    - Você não pode duvidar - retrucou ela, sorrindo divertida. Seus cabelos se espalhavam pela grama. - Você é meu escravo, lembra?

    - Ninguém jurou pelo rio Estige.

    - Ah, não! - disse Syd. - Não vem com essa! Estou confiando que você é homem de palavra. Se você ganhasse eu iria cumprir a aposta.

    - Ia mesmo? - perguntei. - Mas você nem sabe o que eu ia pedir.

    - Palavra é palavra.

    Eu sabia muito bem o que queria apostar com ela: um beijo. Um único beijo. Ela interpretaria isso apenas como uma brincadeira e nossa amizade continuaria intacta. Se eu a beijasse do nada, talvez ela nunca mais olhasse pra mim. Mas em forma de aposta, talvez ela nunca percebesse o quanto eu a amo.

    - O que foi? - perguntou Syd e percebi que estava encarando-a há um tempo. Tentei desviar o olhar, mas fiquei hipnotizado com seus olhos cor de mel, levemente esverdeados à luz do sol, sempre com aquele brilho místico dos filhos de Hécate, que sempre me encantavam. - Nico?

    Pisquei e me esforcei a sair do transe. Soltei Syd e me sentei na grama.

    - Tava em outra dimensão, né?

    - Mais ou menos isso.

Sydney mordeu o lábio. Odiava quando ela fazia isso, porque eu quase perdia o controle. Tinha vontade de beijá-la toda vez que ela fazia isso.

    - Vamos continuar, escravo? - perguntou Syd, se levantando e estendendo a mão pra mim.

    - Claro, madame. - Segurei em sua mão branca como a neve e me levantei.

    Depois de olhar mais alguns pés, tentando não ficar com cara de idiota na frente de Syd, o que acontecia toda vez que ela sorria pra mim, me larguei no píer do lago de canoagem que estava vazio a essa hora. O sol estava quase desaparecendo no horizonte e já dava para ver a lua no céu laranja e rosa.

    - Essa vida de príncipe da Cinderela não é pra mim. - comentou Sydney se jogando ao meu lado. E quando eu digo ao meu lado, quero dizer, bem ao meu lado.

    - Você tá mais pra princesa - comentei e logo em seguindo percebi a besteira que havia dito. - Quer dizer...

    - Então você fica com o posto do príncipe - interrompeu-me Sydney, me salvando de um constrangimento iminente.

    - Ok - Me virei para ela e estendi a mão, num gesto antiquado. - A senhorita me daria a honra de experimentar este sapato em seu delicado pé?

    Ela soltou um daqueles risos tímidos que me deixavam louco.

    - Claro.

    Ela se afastou, sentando-se de modo que seu pé recaísse sobre o meu colo. Comecei a desamarrar seu tênis, mas o nó era muito complexo.

    - O que você fez aqui? - Questionei e mais tarde percebi que estava mordendo a língua, como fazia toda vez que estava concentrado.

    Sydney riu e se aproximou de mim.

    - É uma arte milenar chinesa, muito complexa - explicou, desfazendo o nó. - Só as pessoas mais inteligentes conseguem decifrar o código.

    - Ha-ha, muito engraçado.

    Syd olhou pra mim, sua testa quase tocando na minha. Então voltou a atenção pro sapato.

    - Prontinho. - Ela tirou o tênis. - Vá em frente.

    Encaixei a sapatilha em seu pé delicado, cor de mármore. E meu coração falhou uma batida ao perceber que coube perfeitamente. Nós dois ficamos sem falar por um tempo, só contemplando o pé dela e imaginando o que isso significava.

    - Hã... - Sydney quebrou o silêncio. - Isso quer dizer...

    - Que você é, literalmente, a Cinderela - falei, olhando-a. Ela parecia mais perplexa do que eu.

    - Acho que sim. - Ela voltou os olhos pra mim. - O que quer dizer...

    - Que meu trabalho finalmente acabou - respondi, mas acabou soando como uma pergunta.

    - Não, bobo. Se eu sou tipo a Cinderela, então você representa o príncipe, que vai atrás da Cinderela para entregar o sapato. E provavelmente foi Afrodite quem pediu isso, não foi?

    - Foi. - Sussurrei. Cheguei mais perto, a ponta de nossos narizes se tocando. - Me lembre de agradecê-la.

    - Pelo quê? - Sua voz estava tão baixa quanto a minha.

    - Por me dar uma oportunidade de fazer isso. - Diminuí a distância entre nossas bocas, roçando meus lábios nos dela, dando uma oportunidade para ela se afastar. Não iria forçá-la a fazer nada. Mas ela não se moveu. Sem conseguir me conter mais um segundo, pressionei meus lábios contra os dela. Meu coração parecia uma bomba prestes a explodir. Movimentei minha boca na dela, experimentando a sensação de seus lábios macios e cálidos. Senti as mãos de Sydney envolvendo meu pescoço, enrolando um dos dedos em meus cabelos.

    Aprofundei o beijo, explorando cada canto de sua boca, tentando memorizar tudo, pois sabia que ela nunca mais permitiria que eu fizesse isso de novo. Ela retribuiu o beijo com a mesma intensidade, parecendo querer se lembrar disso pra sempre. Quando o ar começou a faltar, fui obrigado a me separar de Sydney, esperando o que quer que fosse.

    - Me desculp- Comecei a dizer, mais fui interrompido pela pressão dos lábios de Sydney sobre os meus.

    - Por favor, não se desculpe. - Pediu ela. Percebi pelo seu tom de voz que ela estava à beira das lágrimas.

    - Não chore - Falei colocando minhas mãos em seu rosto, sentindo as lágrimas quentes escorregando por entre meus dedos. - Desculpe, eu não devia ter feito isso.

    - Shh - Pediu ela, encostando sua testa na minha. - Não diga isso. Parece que não queria ter feito isso...

    - Não, não. Era a coisa que eu mais queria fazer em toda minha vida. - Ela arregalou os olhos, que se tornaram praticamente verdes, por conta das lágrimas. - Eu sempre sonhei que estava te beijando, Syd. Sempre.

    Ela deu um soco de brincadeira em meu ombro.

    - Então por que não fez isso antes?

    Foi a minha vez de arregalar os olhos.

    - Você... você...

    - Você é muito lerdo às vezes, sabia? - reclamou ela. - Eu sempre dei todas as indiretas de que precisava. Mas como você nunca fez nada, pensei que talvez, você só quisesse amizade mesmo.

    - Nunca! - exclamei, extremamente perplexo. - Eu não... Desde que eu te vi pela primeira vez eu já pensava em você como mais que uma amiga. Eu sempre fui apaixonado por você.

    Mais lágrimas escorreram pelo rosto de Sydney.

    - Eu te amo, Nico. Muito mesmo.

    Meu peito parecia ter explodido de felicidade. Não contive uma gargalhada. Abracei Sydney pela cintura e a deitei no píer. Ela riu junto comigo antes de eu juntar nossos lábios novamente.

    - Eu. Amo. Você. Sydney. Johnson. - Pontuei cada palavra com um selinho.

    - Eu também, Nico. - Seus olhos nunca estiveram tão brilhantes.

    A beijei novamente. O segundo beijo de muitos que se seguiriam.

    Em algum lugar, Afrodite observava o novo casal, rindo consigo mesma, encantada ao ver como a magia do amor é poderosa.

    Essa era uma verdadeira história de princesa. Mais bela até que a da Cinderela.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Reviews?
Beijos&Queijos