–Idiota- resmunguei mais uma vez. Por que eu não conseguia dormir? Ele é um garoto idiota e lindo que não sai da minha cabeça, ele mais um ninguém, eu não posso ficar assim. Desisti de dormir e fui colocar meu celular para carregar, pois queria ir pra casa da minha amiga Letícia e antes tinha que ligar e o número dela está na agenda do meu celular.

Eu definitivamente odeio celular, são coisas sem utilidades na maioria das vezes, por isso o meu vive jogado na gaveta do meu criado mudo. Mas esse é um dos raros momentos em que ele é útil.

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Já são 13:00 horas e eu acabei de acordar, ainda bem que é sábado, não tenho nada pra fazer, a não ser um milhão de tarefas da escola, mas tudo bem, borá levantar e começar a fazer.

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Nossa que lição do caralho, não consigo fazer essa porra de redação. Meu celular começa a tocar, nossa que raro, ninguém me liga e quando liga é no telefone de casa.

Número desconhecido.

– Alo?

Ninguém fala e cai a ligação.

– Porra pra que fazer isso? Tomar no cu.

Xinguei e desliguei mais irritada que antes.

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JONATHAN...

13:30 acho que ela já acordou, agora eu ligo.

Chama uma vez e uma voz doce atende, não tenho coragem de falar e desligo.

– Covarde- murmuro para mim mesmo.

– Relaxa cara- diz o Henrique atrás da porta, levo um susto e xingo ele.

– Cara vai assustar sua mãe, trouxa!

– Relaxa, vai se arrumar está rolando uma festinha lá na casa da Karina aquela gostosa difícil da escola.

– Então ela só se faz de difícil, porque eu já transei com ela.

Henrique dá risada- Claro, você é o pegador mais cobiçado da área, não conta, você só pega filé. Agora quando se trata de mim, a coisa é outra.

Isso era mentira, já que ele é bonito também. Tem os olhos castanhos, assim como o cabelo, que como o meu vive sempre com o topete. Ele é clarinho e tem o corpo definido. Todas as garotas também se amarram nele.

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Já estamos na tal festinha a um bom tempo, e por incrível que pareça não peguei ninguém ainda.

– Cara se tá louco, só mina gostosa e tu não pego ninguém. - diz Henrique, cutucando meu braço.

– Não estou a fim, estou indo embora. - aviso.

– Tá legal, você tá doente?- ele coloca a mão na minha testa e eu tiro.

– Pára de ser trouxa, tchau estou indo.

– Tchau,melhoras - se despedi, rindo.

– Rarara, engraçadinho. - Reviro os olhos e saio dali o mais rápido possível.

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Tenho que descobrir onde ela mora.

O celular toca e cai na caixa postal. Toca de novo e a mesma voz atende.

– Alô? - pergunta.

Tomei coragem e disse:

– Poderia falar com a senhorita Sabrina, por favor?

– É ela, quem gostaria?- claro que ela era dona da voz perfeita.

– Estamos fazendo uma promoção de show e gostaria de saber se está interessada.

– Eu não sou idiota, Fabiano, eu sei que é você palhaço- quem é Fabiano? Não gostei.

– Desculpa, não me chamo Fabiano e estou... -ela me interrompeu.

– Desculpa moço e não, não quero nenhum pacote- logo em seguida ela desliga na minha cara.

– Que mal educada-resmungo. Acho que era uma das características dela ser assim.

Resolvo ligar de novo, mas o que eu falo? Nossa Jonathan acorda! Deste quando não sabe o que disser para uma garota qualquer? Deste o momento que ela não é uma garota qualquer. Eu falando com meu inconsciente. Jogo o Iphone na cama e vou até a sauna para relaxar a cabeça. Acho que estou ficando louco mesmo.

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