Harry Potter e o tempo não para escrita por anne


Capítulo 4
Capitulo 4 - Desabafos




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Na hora do almoço, Rosa, Tiago e Alvo se sentaram juntos. Todos no salão estavam muito quietos esperando o almoço ser servido. Como de costume, num breve piscar de olhos, as bandejas começaram a se encher de uma colorida e deliciosa comida. Alvo estava admirado com tanta comida que se dispunha sobre a mesa. Ele logo atacou uma deliciosa coxa de galinha. Rosa e Tiago comeram também muito felizes. Ao fim da deliciosa refeição, aos poucos o salão foi se esvaziando. Tiago foi um dos primeiros a se levantar.

– Rosa, estou indo para a sala. Te encontro lá.

– Está bem Tiago, mas porque ir tão cedo para a sala? - perguntou rosa – A aula só começará daqui a 20 minutos.

– Por nada Rosa. Só quero chegar na sala antes da senhorita Alice chegar.

– Está bem então. Nos vemos lá.

– Tchau Tiago , até mais - disse Alvo timidamente.

– Tchau pirralho - disse Tiago sem nem se importar com seu irmão.
Alvo ficou um pouco triste, mas logo levantou-se e pegou sua mochila.

– Já está indo também Alvo? - perguntou Rosa.

– Sim. Acho que não quero chegar atrasado novamente. Até mais Rosa.

– Ate mais Alvo.

Mas ao contrario do que Rosa pensou, Alvo não se dirigiu a saída. Ele foi andando ate a mesa da corvinal, bem na direção da pequena Juliana, a menina que ele havia conhecido no caminho para sua primeira aula, logo no inicio da manha. Ele estava tímido, mas mesmo assim, teve coragem e chegou bem atrás da garota, e a cutucou no ombro. Ela estava conversando com algumas garotas. Ela se virou, e vendo que se tratava de Alvo, ela deu um largo sorriso, e disse:

– Olá Alvo. Como está? - disse Juliana.

– Olá Juliana. Estou muito bem, e voce?

– Estou bem também obrigada. Há, deixe-me apresentar minhas amigas: Rebecca Voltair e Amanda Coldiman. Rebeca é filha de Cho Chang, uma ex aluna da corvinal. Amanda é filha de Marieta, que era amiga de Cho. Meninas este é Alvo.

– Olá Alvo! - disseram as duas garotas a Alvo, e ele ficou escarlate.

– Olá. Bom Juliana, eu queria saber se você gostaria que eu a acompanhasse para a próxima aula.

– Mas é claro Alvo, mas qual é sua próxima aula? - diz Juliana amigavelmente.

– Trato das criaturas mágicas – disse ele olhando no horário que estava em sua mão .

– Oh, me desculpe Alvo, mas minha aula agora é de poções. Sinto muito mesmo.

Alvo ficou pálido. Ele deu meia volta sem dizer nada. Ele parou. Se virou novamente e disse:

– Tudo bem. Vemos-nos mais tarde. Até.

– Até Alvo.

Ele se virou novamente e finalmente saiu. Juliana se virou novamente e começou a conversar com suas amigas. Na mesa dos professores, alguns já estavam se levantando. Alice era uma deles. Ela veio andando pelo meio do salão. Ela veio, com aquele ar de despreocupada, e de leveza. Ela parou ao lado do banco que Rosa estava sentada. Com uma voz muito suave disse:

– Olá Rosa. Como está?

– Olá professora. Vou bem obrigada e a senhora?

– Vou bem também, mas não me chame de senhora - disse ela chegando bem perto dos ouvidos da garota, dizendo bem baixinho de modo que somente elas ouvissem - Não sou tão velha assim - deu um sorriso bem agradável e se sentou ao lado de Rosa.

– Oh me desculpe senhora. Digo, senhorita.

– Não se preocupe. Lembra-se do convite que lhe fiz ontem?

– Me desculpe professora, mas não estou recordando – disse Rosa um pouco envergonhada.

– Oh, não tem importância. Ontem eu havia lhe convidado para uma conversa hoje em meus aposentos. Mais tarde, lá para umas 20h.

– Há, me lembrei professora. Claro que vou, mas 20h está tarde para sair pelo castelo. Se Filch me pegar andando pelos corredores a essas horas, ele me matará. Ele já não está em seu juízo perfeito, ainda mais velho como ele está.

Alice riu. Rosa também.

– Não se preocupe, eu a acompanho até a porta do salão comunal. Então voce virá?

– Se for assim, ficarei encantada em ir.

– Se quiser Rosa, chame Alvo e Tiago para ir também.

– Chamarei sim senhorita.

– Então é só isso querida. Preciso ir. Até mais. Ou melhor, ate daqui a pouco.

– Ate professora.

Alice levantou-se e caminhou em direção a saída. Ela andava despreocupadamente, ate que sumiu de vista. Rosa juntou suas coisas e saiu também.

O salão estava ficando vazia.

Ela se dirigiu a sala de aula onde encontrou Alvo.

As ultimas aulas, foram bem legais. Não havia muita lição, o que deixou Tiago muito feliz. Ele não gostava de lição, pois isso como ele mesmo dizia o atrapalhava em sua diversão.

As horas foi passando, passando, até que faltavam 30 minutos para as 20h e Tiago, rosa e alvo estavam sentados em cadeiras no salão comunal. Rosa se levantou e dirigiu ao dormitório das meninas, mas antes disse:

– Alvo, Tiago, querem ir comigo até o aposento da professora Alice? Ela me convidou e disse que eu poderia chamá-los para ir comigo.

– Não estou encontrando nada melhor pra fazer, então eu vou. Me espere que irei contigo Rosinha. Vou buscar meu casaco - diz Tiago.

– Eu também irei rosa. Tiago pegue meu casaco também? - diz Alvo.

– Qual é a palavra mágica maninho?

– Por favor. Tiago pegue meu casaco por favor?

– Han, deixe-me ver. Não? Não sou seu empregado Alvozinho. Se quiser pegue você.

– Me espere rosa, eu mesmo irei buscar - alvo disse com raiva.

– Esta bem. Esperarei os dois.

Tiago e alvo subiram correndo as escadas que davam acesso aos dormitórios dos meninos. Tiago pegou um suéter de lã azul com um grande T. Aparentemente havia sido sua avó Molly que o havia feito. Era de costume dela, fazer um igual para todos da família.

Alvo também pegou um suéter de lá, só que roxo, com um grande A. Eles vestiram-se e saíram em disparada ao encontro de Rosa.

Quando os dois garotos encontraram rosa no meio do salão comunal, eles juntos caminharam até a saída. Quando o retrato se abriu, deram de cara com a diretora McGonagall, que logo os perguntou:

– Onde os três pensam que vão?

– Oh, professora. Desculpem-nos, a professora Alice nos chamou até os aposentos dela - disse rosa um pouco amedrontada.

– Mas a essa hora? Ela não me avisou sobre isto. Voces vão cumprir detenção no primeiro dia de aula? - perguntou a professora minerva ajeitando suas vestes.

– Não professora, é claro que não. Ela nos disse que quer falar conosco. Ela disse que nos traria ate a porta do salão comunal na volta - disse rosa.

– Está bem, eu confio na senhorita, mas quando vi Tiago, não imaginei boa coisa. Como a senhorita sabe, o seu primo Tiago, apronta muito, e não me admiraria muito se ele estivesse influenciando seu irmão a fazer alguma travessura.

– Oh não professora, não se preocupe. - disse rosa.

– Mas como a senhora pode dizer isso de mim? Eu nunca faria isso com meu precioso irmãozinho. Papai pediu para que eu protegesse alvo, e isso eu farei. - disse Tiago, numa quase nada convincente performance de bom aluno.

– Acho bom mesmo senhor Potter. Não tolerarei travessuras este ano. Se for assim, podem ir.

– Boa noite professora McGonagall. - disse rosa.

– Boa noite a todos.

Os três se direcionaram ao aposento da professora Alice. Eles andaram um bom tempo ate chegar . Quando chegaram a porta estava aberta. Alvo se aproximou um da porta aberta, mas antes que pudesse dizer algo, Alice disse:

– Entrem.

Alvo, rosa e Tiago entraram.

O quarto da professora era bem grande e bastante arrumado. Havia uma mesa, e alguns armários. Na mesa havia muitos rolos de pergaminhos, muito bem organizados, tintas, penas, e a varinha que evidentemente era da professora.

Do outro lado do cômodo, havia uma porta, que provavelmente dava no quarto da professora. A decoração do cômodo era bem bonita.

As paredes eram um tom de lilás. Haviam quadros nas paredes.

Rosa reconheceu muitos deles: sua mãe, seu pai, sua tia Gina, Harry, Luna, Neville, Simas, Fred e Jorge. Havia um grande quadro com toda a família Weasley, incluindo a professora.

Havia um quadro pequeno com a pintura de Alvo Dumbledore, e outra pintura de um homem que se parecia muito com Dumbledore, mas parecia ser mais jovem. Ela curiosa perguntou:

– Professora, quem é aquele homem perto do quadro de Alvo Dumbledore? - ela apontou para o quadro.

Alice olhou, e deu um largo sorriso.

– Aquele é Aberforth Dumbledore. Irmão de Alvo Dumbledore - Alice disse.

Rosa ficou admirada com a semelhança entre ambos.

Mais a frente havia dois quadros que lhe chamaram a atenção: um era de um casal jovem, segurando um bebe. Rosa logo imaginou ser os pais de Alice. Rosa fixou seu olhar na imagem.

Alice percebeu.

– Aqueles são meus pais. Katheriny e Bilius Weasley. Mamãe é filha de Minerva, e Bilius irmão de seu avô. Eles morreram há 35 anos. Eu não tinha nem 1 ano.

Lágrimas rolaram dos olhos de Alice, mas ela as secou com a manga de sua blusa.

Rosa correu os olhos pelo outro quadro. Havia muitas pessoas conhecidas na imagem.

Ela sabia que o casal em destaque se tratava dos pais de Alice novamente, em uma ocasião muito especial: o casamento.

Kathy estava com um vestido branco muito bonito, e seu marido estava galante.

Ao lado deles haviam muitas pessoas que Rosa conhecia, pessoalmente ou por fotografia: Minerva, Arthur, Molly, Remo, Horacio, Lilian, Tiago, Gui, Carlinhos, Pedro pettigrew, Alice e Franco Longbottom, Augusta Longbottom, Alvo Dumbledore, Aberforth, e Narcisa Malfoy. Na ultima pessoa Rosa olhou minuciosamente, para se certificar de que estava vendo direito. Ela tomou coragem e perguntou:

– Professora, eu estava reparando aquela imagem - ela apontou - e não pude deixar de notar que Narcisa Malfoy está nela. Porque?

Alice logo entendeu a pergunta: Narcisa Malfoy, já era casada com Lúcio Malfoy, um comensal da morte. O que ela fazia no meio de tanta gente, que em sua maioria era da ordem da fênix?

– Narcisa Malfoy. Bem, ela nos tempos de escola, apesar de que ela era da sonserina, e muito amiga de futuros comensais da morte, era muito amiga de minha mãe. Bom, minha avó não via com bons olhos essa amizade, mas segundo vovó, elas eram muito amigas. Era estranho, mas elas mantinham essa amizade escondida. Bom, no casamento de mamãe ela a convidou. Segundo o que vovó me disse, Narcisa hesitou ir, devido ao seu marido, e ao grupo que eles andavam. Mas no fim, ela foi. Escondida é claro. Como o casamento era muito íntimo, ninguém soube que ela havia ido.

– Compreendo. Mas cadê o Alvo e o Tiago? - Perguntou Rosa olhando para os lados a procura dos primos.
Só agora elas haviam percebido que eles haviam sumido.

– Tiago? Alvo? Cadê vocês? - chamou rosa.

Alice e rosa ficaram assustadas. Pelos poucos minutos que estavam distraídas conversando, Alvo e Tiago haviam sumido.

Mas não foi difícil encontrá-los. Eles estavam em um canto da sala perto da porta que dava dentro do quarto, aparentemente jogando alguma espécie de jogo de tabuleiro. Chegando mais perto, eles notaram que se tratava de xadrez de bruxo.

– Meninos que falta de educação. Como vocês puderam mexer nas coisas da professora sem o consentimento dela?

Alice por um momento viu que rosa falava exatamente igual a mãe. A mesma expressão de vergonha no rosto.

Alice riu.

– Não tem importância Rosa, estava sobre a cama, dentro do quarto. Podem continuar jogando garotos, a propósito, Alvo, você tem a incrível possibilidade de ganhar esta partida.

Alvo sorriu.

– Eles adoram xadrez de bruxo. Papai os ensinou. Eles são muito bons. Papai acredita que eles serão grandes jogadores de xadrez. Papai diz que eles podem ser espetaculares jogares mas só não serão melhor que ele. Sabe como ele é né, muito convencido em certos assuntos.

Alice riu.

Rosa também.

Elas deixaram os garotos a vontade e foram se sentar nas cadeiras, que estavam ao lado da mesa. Alguns minutos de silencio entre as duas se passam. Rosa resolve quebrar o silencio:

– Professora, mamãe me contou que a senhorita foi criada pelos meus avós. É verdade?

Alice ficou em silencio, mas não muito. Ela estava tomando fôlego para falar.

Aquele assunto mexia com seus sentimentos.

– Bom, é verdade. Eu vou lhe contar minha história. Sei que não é nem um pouco legal, mas me arrisco a lhe contar, se você quiser ouvir é claro.

– Mas é claro que quero professora.

– Não, não me chame de professora. Aqui sou sua prima. Me chame apenas de Alice.

– É que dentro da escola a senhorita é minha professora, mas seja como quiser.

– Tudo bem. Vou lhe contar. Quando mamãe ficou grávida, eles ficaram muito felizes. Mamãe trabalhava no ministério. Ela trabalhava no departamento de execução das leis da magia. Papai era auror. Quando eu nasci, mamãe e papai ficaram muito felizes. Bom, nesta época Voldemort já estava com muito poder. Ele estava crescendo. Ele começou a procurar os Potter's. Como você deve saber, Alvo Dumbledore os escondeu junto com Harry, que era um bebê e um pouco mais velho que eu. Os pais de Harry e Harry foram escondidos em uma casa em Godric's Hollow, e sobre ela estava o feitiço Fidelius. Bom, papai e mamãe era muito amigos dos Potter's. Os comensais queriam noticias deles para Voldemort. Então eles começaram a perseguir todos os amigos e pessoas próximas aos Potter's. Mamãe morreu quando eu tinha 10 meses. Ela estava indo pro trabalho, sozinha, e Bellatrix Lestrange a encontrou. Ela queria saber onde estavam Lilian e Tiago. Mamãe sabia, mas ela não diria. Elas duelaram. Mamãe era ótima. Bellatrix também. Bom, no fim, Bellatrix conseguiu usar a maldição Cruciatus na minha mãe, e torturou-a até a morte.

Alice deu um grande suspiro e lágrimas saíram de seus brilhantes olhos azuis.

Rosa também chorou. A garota achou que não devia perguntar mais nada a Alice, ela não suportaria dizer mais nada. Mas parecia que Alice queria falar sobre isso.

– Bom, como eu te disse, papai era um auror, e modéstia parte, segundo vovó, era excelente, um dos melhores da época. Ele começou a procurar comensais com todas as suas forças. Ele queria vingar a morte de mamãe. Uma semana depois da morte de mamãe, papai finalmente encontrou Bellatrix. Em um duelo, ela venceu novamente. Ela estava acompanhada. Foi fácil pra ela. Ela torturou-o até a morte.

Mais lágrimas desceram pelo rosto delicado de Alice. Rosa também chorou. Era inevitável. A forma com que ela contava era angustiante, vinha a mente de rosa, que Alice já havia de ter sofrido muito na vida devido a isso.

Rosa sentia que ela queria continuar.

– Quando meu pai morreu, 1 semana depois, Lilian e Tiago morreram também. Bom, eu era órfã. Mas, tio Arthur ficou comigo. Cuidou de mim. Vovó queria ficar comigo, mas ela não podia. Ela deu muita ajuda financeira, e me visitava sempre que podia. Tia Molly sempre cuidou de mim como se fosse uma filha dela. Ela sempre demonstrou muito carinho por mim. Quando eu tinha 11 anos vim para Hogwarts. Minha carta chegou junto com a de seu pai Rony. Bom, o resto você sabe: conheci sua mãe e Harry. Gina só foi no ano seguinte. Eu, Harry, Gina, Rony e Mione vivemos muitas coisas juntos. Depois da grande batalha de Hogwarts, eu voltei para a escola para terminar os meus estudos. Seus pais, Harry e Gina voltaram também. Era nosso ultimo ano. Gina e Luna agora estavam no mesmo ano escolar que nos devido a batalha. Quando eu terminei os estudos eu fui embora, sem me despedir de ninguém. Nem de tio Arthur, nem de tia Molly, nem de vovó, nem de ninguém.

– Mas professora, se não for muito inconveniente, porque não se despediu? Segundo mamãe, você foi embora sem nem dizer tchau ou o motivo.

– Isto eu não gostaria de dizer. Pelo menos não agora.

– Eu te entendo. Não tem importância.

– Que bom que entende. Mas agora, me diga sobre você. Me diga sobre os Weasley's. Como andam todos?


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