Eu,ela e Minhas Ex-namoradas escrita por Claire_Bartoon


Capítulo 3
Cap.3 - Sayuri


Notas iniciais do capítulo

Lembrando que tem a versão dela na Fic
"Eu, ele e SUAS ex-namoradas" é só entrar no meu perfil e ler também. ;P As histórias andam em paralelo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/41606/chapter/3

              Domingo, meu brinquedinho ainda estava meio dolorido pelo o que tinha passado com Sarah no dia anterior. Pois é, mas nesse domingo eu tinha que acordar cedo eu tinha que encontrar com Sayuri. Bom, ta certo ta certo, quem é Sayuri eis a pergunta. Ela foi a enfermeira que cuidou de mim na vez que eu fui parar no hospital, estão lembrados? Logo na primeira parte da minha história eu contei a vocês que eu havia ido ao hospital por ter passado um dia inteiro sem dormir e comer e acabei desmaiando e blá blá blá. Bom isso me rendeu uma vistinha ao hospital e um telefone de um bela enfermeira.

            Acontece que eu e ela sempre fazíamos “Cooper” os domingos de manhã. Sim eu sou o único idiota com milhares de mulheres que escolhe justo uma saudável para dar uns pegas, mas fazer o que ela era do tipo de mulher linda com aqueles traços orientais e totalmente delicados, aquelas curvas suaves que você acaba simplesmente navegando por elas como se fosse um barquinho perdido no oceano. Entendem? Ta esqueçam. Continuando.

            Eram 8 da manhã. OITO da manha, e eu estava de pé em pleno domingo, mas até ai tudo bem, eu tinha de me ajeitar, pegar a minha moto, ir até a casa dela e colocar minha moto no estacionamento dela(sem malícia por favor) então dalí partíamos para o Cooper. Nenhum esforço é pouco, e enfim passávamos o Domingo juntos como se isso não fosse exatamente rotina.

            Bom eu já estava ali na porta do apartamento dela esperando-a no portão. Eu com shorts uma camiseta e um tênis velho esperando ela no portão, super. Mas não demorou muito não e ela já havia descido com a roupa toda agarrada dela me deixando completamente encantado com aquelas curvas de seu corpo, ela costumava usar aquele óculos que a deixavam com cara de professora e claro enfermeira super mega sexy.

            Ela se aproximou de mim, passando o portão do prédio, seguia com aquele ar de menininha, Sayuri era delicada, seus passos e seu corpo eram completamente delicados. Logo nossos lábios se encontraram, correspondi o leve beijo dela.

            -Eu já estava ficando com saudades! – ela começou antes de começar a correr em um leve ritmo e me puxar pela mão delicadamente, passei a seguir seu ritmo lentamente.

            -Eu também.. – respondi automaticamente, eu nunca pensava muito na hora de responder essas coisas, eu nunca fui muito bom em pensar antes de falar. Mas ela pareceu feliz ao escutar o que eu disse ali, então não me incomodei. Começamos a correr em direção ao parque como todo o domingo de manhã. Eu sempre ficava cansado uma quadra antes de chagar até ele e tinha que agüentar os risos dela. Poxa vida ela corria todos os dias eu não, o lance é que quando a gente chegava ao parque eu já estava me arrastando, ou seja, estávamos andando simplesmente.

            -David... – ela começou me chamando.

            - Hum?? – respondi com um leve sorriso, eu já estava ofegante, podia até ter um bom condicionamento físico, mas não era pra ficar correndo. Não mesmo.

            -Eu falei com meus pais ontem! – ela começou, em seguida olhei pra ela arqueando uma das sobrancelhas.

            -E?? – o que ela queria que eu dissesse exatamente?

            - E, que eu falei pra eles da gente! – continuou ela. Eu sabia que a família dela não concordava muito com relacionamentos que não fossem da mesma “raça” que eles, ou seja, japonês só poderia namorar japonês e por ai vai.

            - Você disse é? – perguntei um pouco impressionado e até meio nervoso.

            -É, eu acho que já está na hora de a gente assumir esse compromisso não é? – ela abraçou o meu braço e segurou minha mão.

            Eu olhei pras mãos juntas e soltei um suspiro, eu gostava dela mas, não eu não servia mesmo pra namorar.

            -Compromisso? Tá falando de namoro?

            -É, é sim, eu queria poder falar o que a gente sente um pelo outro pra todo mundo David, já faz tanto tempo que a gente saí juntos e eu nunca conheci seus pais, você nunca conheceu os meus e...

            - E você não acha melhor assim? Sei lá, ninguém pra ficar se metendo na nossa vida e sem opiniões extra, ninguém pra falar mal de mim pra você, quem mais precisa saber o que eu sinto por você do que você mesma? – eu tentei olhar pra ela, mas estava sem muita coragem pra isso.

            - Ah David, quem ouve você falar acha que você está com medo de compromisso!

            Mais uma pra minha lista, primeiro Anna, depois Sarah e enfim Sayuri, talvez eu fizesse errado, mas ter quatro mulheres não é assim à pior coisa do mundo é? Só quando três das quatro resolvessem de uma hora pra outra assumir um compromisso com você.

            -Não tenho medo de compromisso, é só que... tá eu aceito conhecer os seus pais.. – respondi um pouco derrotado, o que tinha de errado? Era só pra conhecer os pais dela e nada, além disso. Certo?

            A gente caminhou mais um pouco pelo parque, eu tentei ao máximo evitar aquele assunto, talvez eu tivesse alguma esperança que ela esquecesse o que tinha me pedido, mas mulheres nunca esquecem essas coisas. Infelizmente. Eu sabia, estava me envolvendo até o pescoço com essas mulheres e logo, logo, uma delas ainda ia me enforcar, mas eu gostava tanto dessa situação.

            -Dante?? – eu escutei uma voz me chamar dando de cara com Rodrigo e logo Marcela ao seu lado, ambos sorriam e por algum motivo muito louco eu gelei, porque Sayuri pareceu extremamente satisfeita ao encontrar duas pessoas que me conheciam no meio daquele mundo.

            -Rodrigo, Marcela... – comentei abrindo um leve sorrisinho.

            -Você são amigos do David? – começou ela se soltando de mim para cumprimentá-los antes mesmo que eu.

            -Gente essa é a... a Sayuri... minha..

            -Namorada! – completou ela, eu não pude resistir tampei meu rosto logo atrás sob os olhares abismados de Rodrigo e Marcela.

            Mah pareceu apenas se divertir com a cena e cumprimentou  Sayuri de forma animada e empolgada. Rodrigo logo depois que cumprimentou ela me puxou mais para o lado.

            -Cara onde é que você arrumou essa oriental?? Que delicia velho!

            -Hey hey relaxa! – comecei um pouco incomodado pela reação dele, não por chamar Sayuri de gostosa, porque ela era mesmo, mas alow ele estava acompanhado de Marcela, não que ela tivesse escutado a pergunta dele, mas era minha amiga também.

            -Ela foi a enfermeira que cuidou de mim, quando eu fiquei no hospital lembra?

            -Caraca meu, foi ela quem chutou o seu saco ontem?

            Eu ri da cara dele e neguei com a cabeça.

            -Nem, e fica de boa que ela nem sonha que eu tenho outra! – avisei ele antes que Digo desse alguma mancada na frente dela.

            - Cara me dá o telefone dela quando você não quiser mais nada com ela!!

            -Tá louco? E a Marcela?? – devolvi dando um pedala nele rapidamente vendo-o levar as mãos até a cabeça.

            -Que é que tem, você tem umas vinte mulheres porque eu não posso!?!?!

            -Porque nenhuma delas é uma das suas melhores amigas! Idiota! – eu ri da cara dele e voltei a caminhar em direção as duas, Sayuri veio em minha direção e me abraçou carinhosamente eu apenas correspondi.

            -A Sayuri estava me contando que vocês estavam planejando se casar, que legal Dante! – começou Marcela.

            -A sim sim claro, casamento.... OI?? – eu olhei pra Mah de volta arregalando os olhos e em seguida olhei para Sayuri que me encarava com um lindo sorrisinho nos lábios como se me mandasse concordar com aquilo, enfim senti um beliscão em minhas costas, ela estava me obrigando a dizer aos meus amigos que ia me casar com ela?

            - Aí.. – reclamei levemente – É é, a gente estava falando sobre isso, mas não é nada confirmado ainda!

            -AINDA.. – disse ela me interrompendo. – Falta só meus pais concordarem!

            Jesus aquela mulher iria me enlouquecer.

            -Você vai se casar Dante?? – perguntou Digo já começando a rir da minha cara, maldito filho da mãe eu ia arrebentar a cara dele quando tivesse oportunidade.

            -Qual a graça Rodrigo?? – Marcela perguntou repreendendo-o, ela parecia ter fechado um pouco a cara como se não gostasse exatamente da noticia que recebeu, não entendi muito bem, mas o humor dela pareceu mudar de uma hora pra outra, encarei Rodrigo que pareceu tão assustado quanto eu.

            -Não é nada amor eu só estava...

            -Não estava nada, estava fingindo que casamento é a pior coisa do mundo, era isso que você estava fazendo...- continuou ela.

            -Claro que não Mah, eu só...

            -Tá tá.. – ela interrompeu mais uma vez. – Eu to indo pra casa! – disse encerrando um pouco a discussão, parecia mesmo que não queria discutir isso na nossa frente, Sayuri me encarou um pouco sem entender e eu correspondi o olhar. Digo não sabia se a seguia ou ficava ali então eu preferi segui-la.

            -Deixa que eu falo com ela!! – disse me soltando de Sayuri que logo me segurou

            -Isso não tem nada haver com você David!

            -Claro que tem, a amiga é minha! – terminei me soltando das mãos dela, se queria ficar brava ou enciumada porque eu havia escolhido marcela ao invés dela, que ficasse mas de verdade a minha amiga estava chateada por algum motivo e eu queria saber.

            -Mah!! – chamei um pouco acelerando o passo e enfim a alcançando. – Mah o que houve??

            Ela já foi virando me xingando de todas as formas possíveis.

            -Não era pra você me seguir Rodrigo, você é tão... Dante... – ela pareceu chocada ao ver que era eu e não o Rodrigo.

            -Caramba, quanto amor! – comentei abrindo um leve sorriso pra ela. – Tá tudo bem o que houve?

            - Nada, porque deveria ter acontecido alguma coisa?

            -Não sei, você ficou tão brava do nada, o Rodrigo só deu risada e você pareceu ficar tão brava, a gente não entendeu nada.

            -É sempre assim, ninguém nunca entende nada, sempre parece que a louca sou eu! Aí que ódio.. – ela parecia ainda mais irritada, será que eu deveria mesmo estar ali?

-Se veio aqui defender ele, pode ir embora Dante.

            -Não! – respondi instantaneamente. Era a última coisa que eu havia ido fazer ali. – Eu só quero sabe o porquê você tá desse jeito? Tão irritada, aconteceu alguma coisa, vocês brigaram?

            -Sim, quer dizer, não.. – ela soltou um suspiro e logo baixou a cabeça. – A gente não brigou, é só que me irrita demais esse pouco caso que ele faz com casamento sabe? E eu já disse isso pra ele, já disse um monte de vezes, ele sabe que eu quero me casar e age como se não fosse importante, como se... – ela ficou muda, estava com o rosto avermelhado, talvez estivesse de TPM, difícil saber.

            -Olha, calma é o jeito do Digo! Apesar de tudo ele é um cara legal! – tentei defende-lo mesmo que eu soubesse que o meu grande amigo não fosse exatamente flor que se cheire.Mas não consegui dizer mais nada inteligente do que “ele é um cara legal.” grande bosta.

            -Porque ele não podia sei lá simplesmente me pedir em casamento assim como você fez com a sua namorada?? – ela me disse isso me encarando como se estivesse mesmo acreditando naquele pedido de casamento. Eu estava em choque.

            -O que ?? – respondi um pouco estático – Eu e a Sayuri? Não, é claro que não Mah! – comecei tentando me explicar, sei lá eu sentia como se devesse uma explicação a ela. – Não a gente não vai se casar ela quem começou com esse assunto hoje e eu pra evitar uma briga apenas concordei, não...

            - Mas não era ela quem estava ontem com você no restaurante? A que te chutou, achei que tivessem feito as pazes ela pareceu gostar tanto de você...

            -Não, claro que não! – eu respondi a ela, assumindo literalmente que a garota a qual eu havia saído no dia anterior não era a mesma que eu saia hoje, ou seja, ela podia ver eu tinha mais que uma garota. – Ontem no restaurante era uma situação totalmente diferente! Quer dizer, mais ou menos! – eu tentei concertar.

            -O que você quer dizer? – ela pareceu confusa, pode apostar eu estava bem mais.

            -Ontem eu..

            -Tá eu não quero saber se você traiu a sua namorada ontem...

            -Eu não traí ninguém, porque ela não é a minha namorada! – respondi mais alto, caramba ela tava me deixando impaciente, será que eu precisava desenhar na testa que eu não tinha namorada nenhuma. E porque merda eu fiz tanta questão de dizer isso a ela?

            Um silêncio predominou entre nós, nossos olhos se encontravam, o assunto tinha mudado totalmente de “eu estou brava com o Rodrigo”  para “ você tem uma namorada?”. Marcela pareceu baixar a cabeça, devia estar tão incomodada com o assunto quanto eu.

            -Eu só queria me casar com ele Dante, viver com ele, mas ele parece não fazer nada pra mudar isso, ele parece não se importar... – ela disse me abraçando em seguida. Não tive outra reação, apenas a abracei carinhosamente deixando ela desabafar um pouquinho.

            Eu sabia que Sayuri e Rodrigo estavam olhando pra gente de longe, não poderiam escutar o que a gente falava mas provavelmente viram aquele abraço, eu não me importei, não me importei se um deles fosse ficar bravo, era só um abraço, apenas um leve abraço entre amigos.

            -Vamos pra casa Mah! – interrompeu Rodrigo em seguida, ele parecia me encarar com certa raiva, e eu sabia, meu amigo estava bravo comigo por tê-la abraçado assim no meio do parque. Mereço?

            Ela logo em seguida se soltou de mim, assim como eu, ela não estava exatamente constrangida, parecia não ter visto maldade naquele abraço, era só um abraço carinhoso não era? Mas assim que ela me soltou Rodrigo a segurou pelo braço pra puxá-la.

            -Para Rodrigo, você tá me machucando!! – ela já começou a reclamar deixando-se ser levada um pouco, ela não ia ter muita força pra impedir.

            -Mas é pra machucar mesmo! – ele disse alterando o tom de voz.

            -Ei ei ei, quer soltar ela! – eu me prontifiquei segurando o pulso de meu colega com força também, a qual é eu não ia deixar ele sair arrastando ela pelo parque com  se fosse algum tipo de homem das cavernas, éramos pessoas e civilizadas ainda.

            -Solta ele David! – senti a mão de Sayuri em meu ombro ela também não parecia estar muito feliz, eu olhei pra ela um pouco inconformado.

            -Não! – reclamei .- Solta ela você Rodrigo!

            Rodrigo soltou Marcela e logo se virou pra mim e me empurrou pelo peito com um pouco mais de raiva, me acusando de algo que eu realmente não entendi o que era.

            -Fica longe dela Dante!! Eu não sei quantas garotas você tem, na verdade também não quero saber, mas fica longe dela! – ele gritava até quase histérico. – A marcela é minha! Minha garota!! – ele falava, aliais gritava.

            -Você enlouqueceu?? – eu fiz sinal com a mão como que representando que ele estava mesmo louco – A Marcela é minha amiga! Ela é sua namorada, agora toma cuidado porque eu não sei por quanto tempo, seu idiota! – ele tinha começado, quero deixar bem claro, cara idiota eu nem tinha feito nada e ele tava me tratando como se eu quisesse ficar com a namorada dele.

            Não lembro exatamente o que aconteceu depois só me lembro de uma dor muito forte no nariz e enfim eu acordei no ambulatório do parque com uma bolsa de gelo enorme na cara. Ao abrir os olhos estavam Sayuri em um lado da “maca” a qual eu me encontrava e Marcela do outro lado com um ar de preocupada, mas enfim abriu um leve sorriso ao me ver acordar.

            -Dante! – ela falou animadamente correndo até mim e puxou a bolsa de gelo da minha cara.

            -Ai! – reclamei da dor que senti no nariz, quis levantar, mas fui impedido por Sayuri.

            -Fica deitado que pode voltar a sangrar! – ela falou acariciando levemente meu rosto em seguida.

            -Cadê o Rodrigo?? – perguntei ainda sentindo meu nariz dolorido.

            As duas se entreolharam, estavam em silêncio, e eu estava ficando irritado com todo aquele silêncio, será que uma das duas poderia falar, eu não entendia absolutamente nada do que tinha acontecido naquele momento.

            - O Digo ficou com raiva e acabou batendo em você! – começou Marcela sem muita animação. – E bom, você apanhou, mas foi adorável o que você fez por mim não é Sayuri? – ela olhou para Sayuri como se pedisse pra ela concordar.

            -Oh, meu Herói! – comentou ela abrindo um sorriso divertido. Super herói que deveria ter sido nocauteado no primeiro golpe. Mas não era justo, tinha sido de surpresa, Rodrigo iria pagar quando eu o visse novamente, ah iria sim, mas o que me deixava mais agoniado era o fato de que Marcela iria encontrar com ele depois.

            -Que cara mais idiota, não se pode nem abraçar mais a amiga no parque que a gente acaba apanhando!!! –afirmei me sentando ignorando os protestos de Sayuri. –Mah você não pode voltar pra sua casa, o idiota do seu namorado pode estar lá e vai acabar fazendo uma burrada e...

            -Ele não vai estar lá Dante, depois eu vou falar com ele, não tenho medo dele! – ela me interrompeu, será que ninguém queria deixar eu terminar de falar?

            -Melhor você ir pra casa David, você teve sorte de não ter seu nariz quebrado, mas provavelmente vai ter que descansar! – foi a vez de Sayuri me puxar pra perto dela, Mah olhava pra mim e pra ela abrindo um leve sorrisinho.

            -Bom, agora que sei que você está melhor, é bom eu ir pra casa! –ele pegou a bolsa sobre a cadeira ao lado e jogou no ombro.

            -A gente se vê Marcela! – se despediu Sayuri com um leve sorriso.

            -Até amanha Mah.. – falei não muito animado, pelo menos eu a veria no dia seguinte e poderia saber o que aconteceu entre ela e Rodrigo. Não eu não queria estragar o relacionamento deles, eu ainda não tinha entendido muita coisa daquele dia, Rodrigo havia me dado um soco por um motivo que eu não enxerguei e Mah não parecia tão satisfeita com o relacionamento deles quanto eu achei que deveria estar.

            Ela logo deixou o ambulatório e em seguida comecei a ser puxado pra fora do Ambulatório por Sayuri, teríamos que caminhar a pé até seu apartamento. E foi assim só que em silêncio, eu não conseguia prolongar qualquer assunto que ela me dava, eu apenas me lembrava da insatisfação que Mah tinha no relacionamento dela.

            Chegamos ao prédio dela, eu ia virar pra me despedir e enfim pegar minha motocicleta mas Sayuri não parecia muito animada em me deixar ir embora e quando eu me dei conta eu já estava dentro do apartamento dela.

            -Vou ficar só um pouco... – comecei todo manhoso rindo divertido ao mesmo tempo em que eu me sentia ser jogado pra dentro do apartamento dela.

            -Ah, mas eu sou uma boa enfermeira David, eu vou cuidar de você hoje a noite toda! –ela disse com aquele jeitinho safado, já deviam ser uma hora da tarde, aquela confusão toda havia feito a manhã passar tão rápido, mas ela dizer que ia cuidar de mim o DIA inteirinho era até aceitável mas a noite toda também? Eu tinha que trabalhar no dia seguinte né?

            -Ah é? Eu duvido! –respondi pra ela em tom de brincadeira enquanto me deixava ser empurrado, ela já prendia as mãos em minha velha camiseta puxando-a pra cima. Era sempre assim nosso Cooper sempre terminava em sexo. Acontece é que com Sayuri o sexo não era lá a coisa mais normal do mundo.Ah vai vendo aí que vocês vão entender.

            Eu deixei ela arrancar minha camiseta e jogá-la por cima do ombro dela, fui andando de costas sentindo a mão pequena dela em meu peito e enfim invadimos o quarto dela, me deixei cair sobre a cama enquanto em seguida os quadris dela já se encaixavam sobre minha cintura. Logo as mãos da garota estavam de cada lado de minha cabeça, ela baixou o tronco e enfim o beijo havia se iniciado.

            Eu a beijava com vontade, levei uma das mãos até a nuca dela e a beijei com vontade, o beijo ia se tornando algo mais agitado enquanto a japonesa começava a rebolar sobre mim soltando de minha boca os primeiros suspiros de prazer, ainda que abafados.Eu já puxava a blusinha apertada que fazia tanta justiça a suas curvas e para isso o beijo teve de ser interrompido por um instante.

            Ela ergueu o tronco mantendo o rebolado enquanto suas mãos passearam pelo meu tronco maliciosamente.

            -Você tem sido um garotinho mau!! – começou ela com aquele jeito que quase sempre me fazia rir. O sexo era bom e pra isso eu tinha que entrar na brincadeira dela. As unhas de Sayuri começaram a descer fortemente pela minha pele deixando um rastrinho vermelho que deviam durar uns dois dias.

            -Muito, muito mau! – eu respondi em tom safado enquanto pousava minhas mãos nas coxas dela apertando-as, sentindo o ritmo daquelas reboladas aumentarem, já estava ficando excitado.

            -Eu vou ter de te castigar! –ela respondeu mordendo a boca pra mim fazendo um arrepio percorrer meu corpo.

            -Isso me castiga, me maltrata! –eu pedi a ela abrindo um sorriso safado

            Ela abriu um sorriso totalmente satisfeita, ela devia mesmo adorar me ver submisso a ela, e foi então que eu vi ela erguer a mão e me dar um tapa na cara. PLAFT. Até aí tudo bem eu estava acostumado se não fosse o meu Nariz.

            Eu comecei a chorar! Simples assim, eu empurrei ela pro lado tirando-a de cima de mim enquanto me erguia e levava as duas mãos ao meu nariz

            -AIIII!- comecei me levantando desesperado no quarto.

            -O que foi?? – ela se levantou atrás de mim toda assustada.

            -Meu nariz! – eu reclamei, ele havia começado a sangrar mais uma vez, as lágrimas escorriam do meu rosto, comecei a andar em direção ao banheiro da casa dela, saí do quarto, mas ainda consegui escutar ela se afundar na cama e dizer em tom irônico “ Meu herói”.

            Ah cara eu estava sem paciência, havia acabado de levar um soco do meu amigo e um tapa da minha “namorada” e ainda por cima a droga do meu nariz havia me atrapalhado nos dois casos. Ódio. Entrei no banheiro abrindo a pia e comecei a me lavar, ergui o pescoço logo em seguida sentindo a dor absurda que chegava a me deixar meio tonto às vezes, e o que me dava mais raiva é que ao invés de Sayuri me ajudar ela ainda foi irônica.

            Devo ter ficado no banheiro ao menos uns 10 minutos, até lá já havia perdido todo o tesão. Eu iria mesmo voltar pra casa depois dessa, eu estava decidido a fazer isso, voltei ao quarto da japonesa deitada na cama.

            -Eu to indo nessa Sá! – comecei pegando minha camisa no chão e me vestindo.

            -Ah, você vai só por causa do seu nariz??

            A cena devia estar cômica já que eu tinha um pedaço de papel enfiado no nariz.

            -É também, mas não só por isso, não to no clima, não vai rolar!

            -Ah não David, vem pra cá vai! – ela dizia me chamando pra cama dela dando leves tapinhas contra o colchão totalmente desejosa, em outros dias poderia mesmo ser um pedido que eu jamais recusasse, mas dessa vez não ia dar certo.

            -Hoje não.. – respondi um pouco desanimado.

            -É por causa dela não é?  - ela me fez uma pergunta que inicialmente eu não entendi.      

            -Por causa de quem?

            -Não se faça de bobo, aquela tal lá? Eu vi como você olhava pra ela!

            -Pra quem? – perguntei ainda confuso.

            -Ah sua colega lá, aquela outra!

            Foi então que eu reparei que ela se referia a Marcela, comecei a rir divertido da cara dela, mas eu ri mesmo.

            -Não ria de mim eu falo sério!! – ela reclamou toda nervosa.

            -Eu e a Mah? Essa é a idéia mais idiota que eu já escutei na minha vida Sayuri! –respondi a ela. – A Mah namora o Rodrigo e eu acho que um dia eles vão até se casar não tem nada haver! – comecei a me explicar pra ela, como se eu ligasse mesmo pra isso.

            - Não foi o que ele me disse!

            - Ahm? – perguntei um pouco confuso pra ela.

            -O seu amigo me disse que você gostava dela antes, e que ele também só que ele foi muito melhor em conquistar ela do que você, e que você desde então fica tentando terminar com o relacionamento deles!!

            -Ele disse o que?? – eu continuei em choque, olhando pra ela como se não pudesse acreditar no que ela tinha me dito.

            -Se você gosta dela, porque disse que ia se casar comigo?? – ela ficou de joelhos na cama me encarando.

            -Ei ei, espera eu nunca disse que ia casar com você Sayuri!! – a conversa estava mesmo ficando muito confusa.

            -Então é verdade!! Você gosta dela!! – ela já estava ficando com lágrimas nos olhos, ia chorar a qualquer momento.

            -Eu não disse isso!!

            -Também não disse que não!!

            -Ela é minha amiga!- tentei informá-la mais uma vez como se isso fosse resolver todos os problemas. – Eu não acredito que o Digo disse isso pra você! Eu que levei os dois pra sair pra que ficassem juntos! Eu nunca quis.. – eu estava mesmo ficando furioso, como é que Rodrigo podia ter dito isso pra ela? Imagina o que ele não dizia de mim para Marcela?

            -Você não me ama não é David?

            Eu olhei pra ela mais uma vez, fiquei parado na porta encarando-a até mesmo comovido. Amar? Que palavra forte.

            -Eu gosto muito de você Sayuri, você sabe disso! –respondi.

            -Mas não me ama... –ela continuou.

            -Olha eu não vou ficar aqui discutindo isso com você! – reclamei, não dava pra fazer isso assim. Esses assuntos nunca davam certo, você dava a mão as mulheres queriam o pé.

            Deixei o quarto dela e caminhei em direção a porta da sala pra deixar o apartamento.

            -Você ama ela?? – ela berrou da porta do quarto.    

            -Quer parar com isso?? – eu falei me virando pra ela antes de abrir a porta do apartamento. – Esfria a cabeça e pensa direito. Eu e a Marcela somos apenas amigos!!

            -Você ama ela!! – ela afirmou começando a chorar enquanto eu apenas revirei os olhos abrindo a porta do apartamento. Adiantava dizer que não? Eu não ia ficar negando essas acusações dela, era perda de tempo total. Cara que Drama, como mulher é difícil.

            Assim que fechei a porta do apartamento dela escutei algo bater contra a mesma, provavelmente ela devia ter atirado um sapato em mim ou algo que estivesse ao alcance dela. Chamei o elevador que chegou rapidamente, assim era melhor, pelo menos Sayuri não teria chance de abrir a porta do apartamento e jogar alguma coisa em mim.

Desci até a garagem da casa dela pegando minha moto, queria voltar logo pra casa e quem sabe fazer alguma coisa que prestasse do meu domingo porque já faziam dois dias que eu não fazia um sexo descente, não falo exatamente como um cachorro completo, mas isso me deixava de um mau-humor incrível e  olha que geralmente eu era um cara feliz. E ainda tinha aquela crise toda das mulheres ficarem querendo um relacionamento e o Rodrigo falando sobre eu querer terminar com o relacionamento dele com a Marcela. Tudo aquilo havia feito as coisas ficarem piores. Bem piores, eu estava com raiva, com ódio, meu amigo havia me tirado do sério em todos os sentidos. Mas eu me resolveria com ele depois, tudo ao seu tempo, pode apostar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hey deixem um review e façam um autor feliz o/ ahuahau XD~~



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Eu,ela e Minhas Ex-namoradas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.