Se perguntassem a Utau qual letra do alfabeto ela gostasse mais, de certeza responderia A.

Não seria U, nem T, nem S, nem H.

Seria A.

Poderia até ser a letra I, mas não; de fato era letra A. Porque era aquela simples letra que iniciava a palavra que tanto gostava.

Ai.

Sim, amor. O sentimento que mais encantava Utau, aquela palavrinha tão curta, mas que trazia consigo tantas coisas. Trazia outras letras junto, como N de nervosismo, F de felicidade, C de compaixão, entre outras letras.

Embora I era a letra inicial de Ikuto, a letra lembrava palavras que não gostava: Insegurança, impossível, inaceitável. Não gostava nada dessas palavras, detestava a insegurança, não gostava de imaginar que algo era impossível, no amor nada era impossível.

Mas. Começou a desencantar com a letra A assim que ela apareceu. Amu.

Amu. Amu. Amu.

A letra começava a irritá-la pelo simples fato de ser a inicial daquela garota de cabelo rosa.

Queria que a letra A sumisse, queria que aquela garota sumisse. A garota que que fez Utau sentir-se insegura, que fez experimentar que o impossível pode acontecer.

Só que, depois Utau percebeu que sua letra favorita não a tinha decepcionado quando viu que Amu era uma ótima amiga.

Letra A.

Novamente seu amor pela letra volta.

Levando para um mundo mais fantasioso, "A" era como se fosse sua pequena caixinha, pois assim como amor engloba outras coisas sua pequena caixa imaginaria guardava tudo que amava. E mesmo que seu irmão não começasse com A, de toda certeza ele estava presente nessa linda caixinha, até porque, quem fez Utau encantar-se com o amor, foi ele.