15 de julho de 2013. Lá estava eu. Sozinho. Eu não era acostumado a ficar sozinho. Dessa vez eu estava. Em uma praça, com a porra de um cigarro na mão e uma vodka ao meu lado. Aquilo não era minha vida. Não é. Eu olhava ao redor e fiquei me perguntando '' Essas foram as minhas escolhas?''. Não era isso que eu queria. Mas era o fim. Eu nunca fui bom na escola, eu matava aula sempre. Não conseguia ficar na sala de aula com muita gente babaca ao meu redor. Não que eu seja anti-social.. Eu só não conseguia. Eu sempre fui distante. Isso não era um problema pra mim, era um problema pros meus pais. Meus pais sempre acharam que tinham algo errado comigo, por que eu não conseguia me socializar com muita gente. Eu sempre fui um mentiroso, sempre dizia que estava tudo ótimo comigo quando na verdade eu queria morrer. Quando me botaram pra baixo, eu mentia. Eu acabei pegando essa mania e acabei inventando histórias dentro da minha própria mente. Como essa. Quer dizer, não estou inventando dessa vez. Eu olhei ao redor e acabei vendo que perdi todos que eu amava. Não sobrou nada, que no caso, sobrou um maço de derby azul pra eu ficar um pouco feliz. Que no caso, eu sabia que aquilo não era felicidade. Mas meu cigarro tinha se tornado minha melhor amiga. Que antes, eu tinha a perdido também. Isso não vem ao caso.