Desci da moto e olho para a biblioteca, não era muito grande, e já fazia um tempo que eu não vinha aqui.
–Acho que eu já estive aqui antes... - Finn fala confuso.
–Você? - Eu pergunto.
–É tem razão. - Finn fala. - O que eu faria aqui?
Mas ele continuou confuso.
–Vamos entrar? - Eu pergunto e subo as escadas com ele logo atrás.
–Rachel? - Escuto uma voz e me viro vendo Emma.
–Emma. - Eu falo e ela anda até mim.
–Quanto tempo. - Ela fala me abraçando e quando me solta me observa. - Você cresceu, está diferente.
–Diferente? - Eu pergunto.
–É... - Ela fala e percebe Finn ao meu lado. - E esse é...
–Finn. - Eu falo. - Um amigo.
–Se você quiser me apresentar assim, docinho. - Finn fala e eu reviro os olhos.
–Estão procurando algo? - Emma pergunta.
–Querendo saber sobre umas entregas. - Eu explico.
–Venham comigo. - Ela fala e a seguimos passando pelas estantes.
–Ai! - Finn fala e eu me viro e vejo ele parado com a testa franzida.
–Aconteceu algo? - Eu pergunto e ele me olha confuso.
–L... - Ele para e pisca algumas vezes e me encara. - Rachel...
–Eu... - Eu falo. - Você está bem?
–Sim, eu só... - Ele me encara confuso. - Vamos...
Eu franzo a testa mais continuo, e percebo Finn soltar o ar. O que será que aconteceu com ele? Chegamos ao balcão nos fundos onde Emma já nos esperava.
–Sem namorar na biblioteca, Rachel. - Emma fala. - Nunca pensei que diria isso para você.
Eu arregalo os olhos corando e Finn sorri.
–Não... - Eu falo corando. - Eu só...
–Tudo bem. - Ela fala. - Vocês me lembram um casal que vinha aqui se encontrar. - Percebo o sorriso de Finn desaparecer. - Já dei muita broncas neles.
–E o que houve? - Finn pergunta.
–Não sei. - Ela fala. - Um dia pararam de vir.
Finn franze a testa de novo e geme.
–Finn, tá tudo bem? - Eu pergunto e ele me encara.
–Claro, eu só preciso me sentar. - Finn fala e se senta em sofá ali perto.
–Rachel... - Emma fala. - O quer saber?
–Eu gostaria de saber para quem o Will Shuester entrega uns de 15 em 15 dias. - Eu falo.
–Conhece Will? - Emma pergunta surpresa.
–Eu estou morando com ele. - Eu minto. - Um tio distante.
–Ah sim. - Ela fala mexendo no cabelo. - Um ótimo homem.
–É... - Eu concordo.
–Muito gentil. - Ela fala. - Ele sempre manda os livros para um hospital para pessoas com deficiências mentais. O único da cidade.
–Hospital? - Eu pergunto.
–Sim, para uma enfermeira. - Ela fala e eu sorrio aliviada.
–Ah, sim. - Eu falo. - Obrigada. - Eu me viro para Finn. - Vamos?
Ele se levanta e fecha o olho com força batendo em uma cadeira.
–Você está bem? - Eu pergunto e ele me encara.
–Ótimo. - Ele fala. - Só preciso sair daqui. Descobriu algo?
–Minha mãe é uma enfermeira. - Eu falo sorrindo.