POV Laila

–Vai vir ou não?- Perguntei já ansiosa.

–Sim. - Ela respondeu.

–Então vá arrumar suas coisas!- Eu mandei.

Ela saiu, acho que foi para o quarto onde tinha deixado suas coisas. E eu fui para o quarto onde eu fiquei para pegar minha mala. Já haviam passado meia hora e a Angel ainda não tinha terminado, eu sei que meia hora é pouco mais, a gente não tinha muita coisa porque, pulamos de um avião mais, não há importância. Fui para seu quarto, estava vazio. E com um bilhete.

Laila pode me achar infantil, mas fugi com ele. Fique tranquila, voltarei para casa. E vou apresentar ele a meus pais. Fique bem.

Bom, não sei como não acha-la infantil, mas isso nãos importa. Quero voltar logo para casa. Eu espero que ela seja feliz.

POV Arthur

Não tinha nada para fazer. Dispensei a Summer. Juno furou comigo. E a Laila...

Bom, resolvi ir à pracinha, mas a minha mãe me parou.

–Arthur eu e seu pai tínhamos algo para te contar, mas ele teve que viajar, então eu vou te contar sozinha.

–Mãe, você tá me deixando preocupado.

–Filho... Eu estou grávida!

–O que?

–Eu estou grávida!

–Eu entendi mãe, só não acredito.

–Você vai se acostumar com a ideia meu amor.

–É o que, um garoto, ou uma garota?

–Não dá para saber Arthur, ainda é muito pequeno.

–Hum.

–Não ficou animado?

–Sei lá mãe.

–Como sei lá Arthur!

–Mãe eu vou pra pracinha tá?

–Arthur!

–Tchau mãe.

Sai de casa meio cabeça quente. Um irmão??? Ou irmã. Eu nunca pensei em ter um irmão. Com 7 anos parei de pedir um irmãozinho. Quando vi, sem querer esbarrei com uma garota. Ela tinha os olhos cor de mel e cabelo até os ombros. Ela era meio ruiva.

–Desculpe- Eu disse.

–Não foi nada- A garota disse- Prazer, sou Bruna.

–Prazer Bruna, sou Arthur. Você é nova na cidade?

–Sim, meus pais compraram a loja de sapatos no centro. Parece que vão transformar em um restaurante, meu pai é um ótimo mestre cuca.

–Legal.

POV Laila

Tinha chamado um taxi, que chegou meia hora depois do esperado. Fomos até o aeroporto, tive que correr para não perder o voo, porque além da Angel ter me atrasado, o taxi demorou. Passei pelo detector de metal como sempre e entreguei a passagem para pode entrar. O avião era grande, sentei no meio mais ou menos. Acho que dormi durante toda a viagem, porque acordei com a aeromoça falando que o voo já tinha acabado. Agradeci e peguei minha bagagem. Chamei outro taxi, tive que esperar mais 10 minutos, porque o aeroporto estava lotado, quem mandou chegar Sábado. Era 8:45 da manhã quando cheguei em casa. Meus pais também trabalhavam no final de semana, então não me admira que eles não estivessem em casa. Peguei minha chave e destranquei a porta.

As lágrimas começaram a escorrer de um rosto. A saudade de meus pais da pirral- Sarah! Corri para o quarto de Sarah. Ela estava lá. Eu fui à cama de Sarah e abracei-a com muita força.

–Ai.

Ela reclama, quando vira tem um grande susto, não sei por que ela se assusto tanto.

–L-Laila!- Ela gritou.

–Calma Sarah! Porque se assustou tanto?

–Papai e mamãe disseram...

–O que eles disseram Sarah?

–Que você sofreu um acidente e talvez não voltasse para nós.

–Tudo Sarah, eu voltei. E para ficar.

Ouvindo isso ela deu um sorriso enorme e me abraçou. Ouvi meus pais chegarem.

–Sarah!-Ouvi minha mãe gritar.

–Mamãe! Tenho uma surpresa para você!- Sarah gritava com muita alegria.

–Sarah, o que tem pra...

Mamãe me viu. Eu só vi as lágrimas escorrendo por seu rosto assim como no meu. Ela correu para me abraçar e eu fiz o mesmo. Eu não poderia estar mais feliz até que meu pai chegou ao quarto de Sarah e eu o ouvi falar bem baixinho filha. Ele se juntou a nós nesse abraço, e Sarah também.

No almoço

–Estou tão feliz que nossa pequena Laila voltou!- Minha mãe dizia.

–Eu também- Papai complementando, ambos com um sorriso no rosto.

Mais tarde resolvi passear pelas ruas. Eu faltei na ultima semana de aula, nas provas finais. Teria que fazer todas, mas não me importava. Estava feliz de ter voltado para casa. Estava indo em direção a pracinha, as parei.

Estava vendo o Arthur super feliz conversando com umazinha. Sério Laila, você está com ciúme? Isso é impossível!

Tive vontade de rir naquela hora. Mas dai eu chamaria a atenção dele. Dei meia volta. Caminhei olhando a paisagem já estava perto de casa, então ouvi meu nome sendo chamado por uma pessoa conhecida. Apertei meu passo.

POV Arthur

Eu estava conversando com a Bruna até que eu a vi parecia que tinha vontade de rir. Me despedi de Bruna como vi que ela já estava bem longe. Corri atrás dela e gritei seu nome mais, até parecia que ela me ignorava. Eu estava meio que com saudade dela. Ela era minha amiga poxa. Eu pensei que ela tinha... morrido.

–Laila!- Eu gritava.

Até que ela se virou.