Aventuras Em Madrigal escrita por Otto


Capítulo 3
A Tempestade


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo é o ínicio do sentimento que eu mais gosto de colocar nessa fanfic "Tensão".
Como vocês já estão um pouco sabidos, esse capítulos não vai ter necessidade de colocar Notas sobre significados e tals...
Tenham uma Boa Leitura!



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Uma falta de ar invade os pulmões de Sany, ela aperta o peito com uma mão enquanto tentava respirar, em seus olhos, tudo começa a desfocar. Precisou se apoiar em uma árvore para não cair, ela esfrega os olhos e os abre outra vez, o mal estar parecia estar passando aos poucos.


''Deve ser consequência do uso do Heal...''- concluiu Sany - ela tinha razão, nem se tornou uma Assist ainda para usar esta habilidade, e deve ter usado quase toda sua energia para curar Umbro, ela sabia que faltava muito pouco para virar uma Assist, mas ainda não possuía todos os equipamentos precisos para começar sua missão.


Sany ajoelha ao lado de Umbro e começa a tratar de seus ferimentos recém-cicatrizados passando levemente um líquido viscoso e vermelho de uma garrafinha de vidro. Ela sente que os vários Aibatts derrotados por ela estão os observando, apreensivos no meio das sombras da floresta. Guardando a garrafa de revigorante, ela agora pega um rolo de ataduras e começa a enfaixar seus ferimentos.


Com o garoto inconsciente em seus ombros, Sany se levanta com um grande esforço e tira da sua mochila um objeto que se parecia com uma folha de árvore, mas era azul e com linhas vermelhas e brilhantes atravessando-a de um ponto a outro.


– Flarine Central – murmura ofegante pelo peso do menino desacordado.


A folha azul começa a se esvair, saindo dela uma densa quantidade de fumaça brilhante e vermelha que envolve os dois em um redemoinho. O redemoinho se dissipa assim como Sany e Umbro, deixando a clareira da floresta escura habitada apenas pelos aibatts escondidos.


Eles reaparecem no centro urbano de Flaris, as pessoas passam por eles conversando, algumas olham de relance para o garoto, mas aquilo era mais comum que qualquer outra coisa, crianças ou adultos com ferimentos leves ou profundos feitos em batalhas viviam aparecendo na cidade para receber os devidos socorros. A garota se dirige até um banquinho e deposita Umbro que escorrega e deita de lado no assento, vai a uma loja mais próxima e compra uma outra garrafa, só que esta era bem mais pequena e continha um líquido verde escuro.


Umbro acorda sentindo um cheiro forte de seiva, meio tonto, seus músculos estavam doendo ainda, mas não tão intensamente quanto antes, sua visão entra em foco aos poucos e observa Sany afastando uma garrafinha que poderia estar abaixo de seu nariz.


– O que é isso ? - pergunta ele se sentando no banco com esforço.


– Essência do despertar. - responde Sany arrolhando o vidrinho e o colocando em sua mochila – Está melhor agora?

– Estou sim...


– Te acordei porque preciso saber onde fica a sua casa, você tem que repousar.


– Obrigado - disse o garoto com uma pitadinha de vergonha, além de fracassar e quase morrer no seu primeiro dia de treinamento, ele foi salvo por uma garota - Se você não estivesse me encontrado lá, eu poderia estar...


– Não há de quê - Sany olha nos olhos de Umbro, com uma expressão quase maternal - consegue ficar de pé?


Umbro tenta se levantar, mas sua cabeça começa a doer tanto que ele teve que se sentar novamente.


–Hum... eu poderia usar o Heal novamente, mas seria bem capaz de perder todas as minhas energias e desmaiar agorinha mesmo - diz Sany com um sorriso – Aí seriamos um casal de desmaiados. Vou procurar alguém que possa fazer isso por mim, espera aí.


E saiu decidida para um canto onde havia várias pessoas conversando.


Ele olha além de uma pequena ponte de madeira onde havia algumas árvores pequenas e casinhas, mais além delas, havia um bosque com um pomar, e no alto de uma pequena montanha estava a sua casa, podia ser vista dali. Não conseguia acreditar no que estava acontecendo com ele agora, mudou tão drasticamente de rotina que para ele parecia que tinha atravessado um portal para outra dimensão.


– Pronto - Sany chega finalmente com uma garota ao seu lado.


Heal– A garota ergue seu bastão de forma profissional e o gira, Umbro sente seus ferimentos fecharem totalmente e aquela sensação de estar cheio de energia novamente, ele conseguia agora se por de pé. A Assist sorri para os dois e se despede, voltando para o seu grupo de aventureiros que tagarelavam e riam alto num outro canto.


– Vamos? - pergunta para Sany – Já vai começar a chover.


– Ah sim. - disse em resposta.

O céu que de manhã estava bonito com apenas algumas nuvens agora estava carregado de cinza e raios clareavam as nuvens estrondosamente. Foram caminhando pelas árvores do bosque lentamente e com pouca conversa, Sany estava pensativa, mas fazia Umbro rir com algumas palavras.

–... Sabe, você foi bem hoje – Continuou ela quando chegaram na pequena clareira com a macieira e a lagoinha, onde tudo começou – Na minha primeira batalha eu me nocauteei de alguma forma, na época eu tinha uma espada de madeira, bati sem querer na minha cabeça e acordei algumas horas depois com um filhote de aibatt lambendo a minha cara.

Os dois riram mais um pouco e Umbro ofereceu uma maça vermelhinha que tinha colhido mais cedo, antes de ser desarmado. O primeiro pingo de chuva caiu bem na ponta do nariz de Sany e ela ficou vesga para enxergá-lo, em seguida ajeitou as suas vestes e se despediu correndo, não queria ficar molhada.


Gotas grossas como balas de revólver começam a cair do céu, junto com um vento forte e gelado: estava vindo uma tempestade, Umbro sobe correndo a pequena montanha e entra na sua silenciosa e aconchegante casa.


O menino senta no sofá da sala e pega um livro qualquer para se distrair. A luz dourada da lâmpada da sala dava um pouco de sono, principalmente quando a chuva batia na sua janela de vidro e lavava o telhado num ritmo gostoso. Um relâmpago explode lá fora com um som assustador, nunca ouvido antes, Umbro sobressalta assustado e se levanta para olhar para a janela.

Outro relâmpago surge mais barulhento ainda e a energia acaba, deixando o menino no escuro. Em seguida, um longo grito parece passar veloz acima da sua casa, o fazendo olhar para o teto. Outro raio explode na sua frente e faz um som ensurdecedor.

– Isso nunca aconteceu – estranhou o garoto.

O vento uivava poderosamente lá fora, as árvores da montanha e o bosque lá embaixo pareciam como borrões através da janela. Outro grito corta o barulho da tempestade, mas esse grito não era humano, parecia um rugido de raiva, e parecia vir do céu.


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Notas finais do capítulo

O Capítulo 4 é de tirar o fôlego! Comentem sobre esse, qualquer critica, comentário ou elogio me ajudariam muito!
Até a próxima!



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