Heart By Heart escrita por Izzy Bane


Capítulo 37
Doesnt matter if weve gone too far


Notas iniciais do capítulo

Hey, manas. Mais um capítulo para vocês. Boa Leitura, amores.
Só uma coisinha: Algumas pessoas me pediram e eu comecei a considerar o assunto... Vocês querem uma 2ª temporada?
Bom, ela vai sair toda dessa mente brilhante que esta presente no meu corpo u.u Se eu tiver pelo menos umas 10 pessoas pedindo eu faço.
Eu tenho ver o que eu poderei inventar, e ela vai acontecer de forma totalmente diferente de como estamos hoje. Seria tipo o outro caminho que poderia ter sido tomado...
É isso ai, me digam o que acham ok?



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_ Gente, vamos logo. Somos os próximos a entrar, a Rosário já esta anunciando.
_ Cíntia, acho melhor você se sentar um pouco, antes que possa ter um ataque. - seguro ela, mas ela continua alegando que precisa agilizar tudo. - Calma, respira. Se você cair dura ai, vai dar muito problema.
_ Ta dificil, ninguem copera. Ainda tem gente que esta sem a roupa.
_ Ei, vai dar tudo certo ok? Eu vou te ajudar, quero ver alguem nao estar alinhadinho e pronto para apresentar. E enquanto isso, que tal você ir comer alguma coisa?
_ Obrigada Nanda. Mas me deixa ir tentar resolver os ultimos detalhes, por mais que ja esteja tudo acertado sempre aaparece algum imprevisto. Depois eu posso me permirtir relaxar.
Ela sai andando voltando a ficar olhando a prancheta que estava utilizando.
_ Algum problema? - Maira pergunta ficando ao meu lado.
_ Só temos um serio risco de a nossa representante cair dura de estresse. Uau, ta linda.
Ela estava com o vestido vermelho com detalhes brancos que todos estavam usando, o vestido deu a ela curvas que ficavam escondidas nas roupas de escola.
_ Obrigada, você também esta muito transável vestida nessa beca toda. Te confesso que se você fosse homem eu te pegava.
_ Ue, te garanto que posso te deixar mais feliz que aquele frango do seu namorado.
Puxo ela para mim colando nossos corpos, ela dá um grito.de surpresa e da risada disso.
_ Bonito heim Fernanda. Te deixo sozinha por um instante e você já esta atacando minha namorada.
_ Quem ta agarrando quem? - Aline também aparece colocando o sapato, segurando no ombro da Natalia, uma de suas amigas.
_ Amor, não é nada do que você ta pensando...
_ Nanda, para essa cena fazer mais sentido você deveria ter me soltado e ter ajoelhado na frente dela. - Maira comenta suspirando.
_ Você que não se desgruda de mim, eu sei que estou te excitando com essa roupa, mas minha molier esta aqui do lado nos encarando muito feio. Ah, e seu namorando ainda esta tentando entender o que você viu nele.
Ficamos os quatro trocando olhares entre nós, e Natalia ficava encarando sem entender.
_ E sempre assim? - ela pergunta e, como se fosse ensaiado, cada um vai para seu devido par.
_ Geralmente e bem pior.
_ Vamos embora pessoal, esta na hora. - Felipe passa chamando todo mundo para formar a fila. Coloco minha peruca e o chapéu, ajeito minha roupa e coloco a máscara preta, ate agora não entendo como meu pai aguenta usar gravata, essa coisa parece que esta me estrangulando, fora que é quente para caramba.
Em pouco tempo já esta todo mundo no lugar, e depois de um discurso sobre as origens do tango somos liberados para poder ir para o lugar devido. O pátio estava lotado, iam desde pais até dirigentes do município e do estado.
Me posiciono e olho para Aline, de onde estava dava para analisar ela bem. Se em Maira o vestido estava bem, nela estava perfeito. Ela tinha dado um jeito de abrir mais um pouco o decote que tinha ficado bem melhor, se no início eu era contra, depois de ver pessoalmente dava todo o apoio possível. Fora a mascara prateada que dava um ar misterioso a ela.
Começamos a coreografia que já tínhamos ensaiado varias vezes.
_ Já te disse que você esta super sexy com essa roupa? - falo enquanto rodamos pelo salão durante a dança, viramos a cabeça no mesmo momento.
_ Eu sei que estou. Já me disseram isso.
_ Quem disse não estava mentindo, só que somente eu sei o que esta por baixo.
_ Exatamente. - ela fala antes de descer e fazer a meia lua com a perna. Carai, que diferença fazia um salto.
Mando um beijo para ela quando ela vai para outro par e espero de braços abertos enquanto Maíra vinha para meus braços.
_ Só espero que você não me deixe cair, senão eu te mato Fernanda.
_ Quem é Fernanda?
_ To falando sério. – ela realmente parecia nervosa, eu só conseguia achar graça da situação. Ela estava olhando para todos os lados, ficando de olho nos outros pares ao nosso lado
_ Pode ficar tranquila, eu comi espinafre hoje. Ou talvez não...
_ To fudida.
Por fim, acabo segurando ela bem mais do que tinha conseguido antes, giro ela mais uma vez e a deixo ir para pegar meu par de volta.
_ Então querida, gostou da experiência? Podemos trocar de casal sempre?
_ Nem a pau. - ela fala quando para de girar e da uma jogada de cabelo
_ Literalmente. Se prepara que esta acabando. 3... 2... 1... Foi.
A inclino bem quando a música acaba, fico olhando para Aline que me observava com um sorrisinho, e então meu chapéu cai junto com a peruca fazendo meu cabelo cair sobre nós duas. Todo o barulho das palmas e assovios da plateia, ficaram suspensos por um momento. Me inclino e dou um selinho nela, antes de começarmos a ir embora. Ali atrás estava uma bagunça por causa da agitação de todos que haviam acabado de dançar. Maíra ainda estava feliz que eu não tinha caído com ela e Anna tinha sumido.
Aline me puxa dali, me tirando do meio daquela bagunça. A gente passa pelo corredor e vamos para o terraço, a noite estava linda e fico abraçada com Aline olhando para aquela vista.
_ Tinha um tempo que eu não vinha aqui, estava com saudades.
_ Ah, qual é. Eu sei que você me traz aqui sempre que quer me beijar. Beijar de verdade.
_ Por que você sempre acha que eu te levo para os lugares só para te beijar? – ela pergunta se afastando de mim.
_ Por que você sempre me leva para lugares afastados? – pergunto replicando com ela. – Então o que você quer? Ficar sentada aqui vendo a vista?
Ela me olha por um instante e então abre um sorriso.
_ Pensando bem...
Ela se aproxima e une nossos lábios. Vou empurrando ela ate a parede e ficamos ali nos beijando. Coloco uma mão no seu cabelo, desfazendo o penteado e o deixando solto, e a outra deixo na sua cintura. Quando paramos de nos beijar, pego meu celular e ligo uma musica lenta.
_ Dança comigo. - peco colocando a cabeça na dobra do seu pescoço. Ela coloca os braços no meu pescoço e a gente fica se mexendo de acordo com a batida. A gente fica conversando sobre coisas aleatórias e acabo cobrando a estrela que ela prometeu me dar no dia em que a gente ficou da primeira vez.
_ Nossa, você se lembra disso? - ela me olha surpresa, como se não acreditasse nisso. - Você não estava muito bêbada?
_ Eu me lembro de tudo sobre nós. Cada momento, cada palavra... Nem se eu quisesse eu poderia esquecer.
_ Isso tudo e porque você não é romântica. Imagina se fosse.
_ Ah, eu posso ser um pouco doce às vezes. Ser idiota cansa, é bom mudar.
Ela balança a cabeça e então ela pega a gravata e puxa para me beijar, meu celular toca bem quando estava ficando bom. Ela pega o celular primeiro e atende.
_ Oi Gui. A gente? Estamos dando uma volta pela escola. E claro, só uma voltinha inocente... Agora? Beleza. A gente se encontra ai, tchau.
Ela desliga e coloca o celular no bolso do terno que estava jogado ali no basculante.
_ Os garotos estão querendo ir embora para casa. Falei que a gente também já estava indo.
_ Sabe o que isso significa... A gente vai acabar parando em algum lugar para beber e comemorar o sucesso de hoje, e eu estou de terno, o que eu odeio muito.
_ A gente vai com eles, e depois vamos direto lá para casa. Minha mae já foi embora, ela vai jantar com o Victor e eles devem estender a noite.
_ Ai eu gosto, a casa toda para nós duas.
_ Ate parece que iria rolar algo novo. Você não é bem de respeito, né. – ela fala pegando minhas coisas e indo em direção à porta do terraço.
_ E você nunca reclamou, né.
Ela só da de ombros e me espera para a gente poder descer juntas. Mando uma mensagem para os meus pais avisando que estava indo embora com as meninas.
Fico esperando o pessoal lá fora com Aline, um doido com uma moto passa correndo por ali e quase derrapa e cai. Ouço algumas vozes aumentando e vou tentar descobrir o que estava acontecendo.
_ Eu já te disse Anna. Eu não quero vocês conversando, eu aceitei criar esse garoto desde aquele marginal nunca mais aparecesse.
_ O que eu posso fazer, amor? Ele estava me esperando aqui fora quando vim encontrar com minha mãe e, para evitar uma cena, aceitei conversar com ele.
_ Como assim? Carlos estava ai? Era ele que saiu como um doido agora?
Quando Anna olhou para mim parecia muito assustada, ela acenou e me contou tudo o que tinha acabado de acontecer. Largo a mão de Aline durante a explicação e vou abraçar minha amiga.
_ Eu estou com Marcos nessa, eu não acho bom você ficar conversando com ele. Ele não tem direito nenhum a essa criança, ok.
_ Gente, eu também não quero mais saber dele, eu não tinha noticias dele desde o dia da sua competição, Nanda. Acredite em mim.
_ Eu acredito, e eu quero continuar assim. Não dá trela para ele, por favor. - peco e ela concorda.
_ O que esta acontecendo? - Guilherme pergunta trazendo com ele todo mundo. Acho que o clima tenso estava pairando entre nós.
_ Nada não. Vocês não vão ir mais? - Marcos pergunta, ele parecia mais calmo agora.
_ Faltam só vocês. Vamos?
Todo mundo concorda e então a gente começa a andar. Aos poucos vamos nos distraindo e começamos a conversar e ficar fazendo brincadeiras ate os meninos pararem em um bar ali e comprar algumas garrafas de vodka e cerveja. A gente foi andando ate uma pracinha que tinha ali perto e ficamos sentados bebendo e conversando. A bebida se misturou ao sono que estava sentindo, o que me fez ficar bêbada rapidinho.
Como a casa de Aline era a mais perto da escola fomos deixadas lá primeiro. Devia ser mais de 1h da manha quando entramos. Empurro ela contra a porta da frente, buscando seus lábios. Suas mãos percorrem meu corpo enquanto eu dou leves mordidas em seu pescoço. O terno que eu estava usando, os sapatos dela e nossos celulares estavam jogados no chão.
_ Amor... Vem, vamos subir. - ela se separa de mim e me puxa escadas a cima. Ela para e fica olhando para o quarto e para o banheiro, como se decidindo o melhor.
_ Eu realmente preciso de um banho. - comento abraçando ela por trás e mordendo o lóbulo da sua orelha.
Ela girou em meus braços e me puxou. Meus lábios exploraram o dela, ferozmente e obstinados, mas ela não se afastou, pressionando suas curvas contra mim. Nós batemos contra a parede, contra a pia, a porta do chuveiro, agarrando e puxando em nosso desespero. O banheiro estava completamente coberto com vapor e nada mais parecia real. Eu podia sentir o cheiro, o sabor e a delicadeza de sua pele, mas nada disso parecia suficiente.
Nossos beijos se tornaram mais profundos, nossos toques, mais selvagens. Agarrei sua bunda, suas coxas, subi as mãos ate os seios, necessitando tomar todas as partes de seu corpo ao mesmo tempo. Ela me empurrou contra a parede e uma cascata de água quente se derramou sobre meus ombros e meu peito, arrancando-me de meu transe. Ainda vestidos, nos tínhamos entrado debaixo do chuveiro. Estávamos ficando ensopadas.
E nossas risadas eram sinônimo do quanto estávamos ligando. Suas mãos percorreram meu corpo freneticamente, puxando minha camisa de dentro da calca. Com mãos trêmulas, ela começou a desabotoar, arrancando alguns botões apressadamente antes de tirar o tecido molhado dos meus ombros e joga-lo para fora do chuveiro, ficando em mim apenas meu sutiã.
_ Essa blusa era alugada... - falo em meio ao desejo, e ela da uma risada.
A seda molhada do vestido dela se agarrou contra seu corpo, acentuando cada curva. Toquei o tecido ao longo dos seios, sentindo os mamilos endurecidos. Ela gemeu e pousou sua mão sobre a minha, guiando meus movimentos.
Nos mordemos e provocamos a boca uma da outra, e o som do chuveiro abafava nossos gemidos. Minhas palavras sumiram quando deslizei as mãos ao lado de seu corpo e por baixo de seu vestido. Passei a mão para dentro de sua calcinha e senti seu calor em meus dedos.
Desejando ver mais dela, tirei os dedos e agarrei a barra do vestido. Com o único movimento, puxei por cima de sua cabeça e quase tive um infarto com a visão do que estava oculto.
Uma lingerie totalmente diferente das quais já tinha a visto usar, era de renda em um tom de vermelho que me deixava louca. Puxo ela para mim e desabotoo seu sutiã e tomo seus mamilos com a mão, sentindo ele duro e excitado, ela arqueava cada vez mais para mim com cada beslicão que eu dava. Ela acaba de tirar a minha calca e se aproxima, me colando na parede e atacando.minha.boca.
Seguro suas coxas, fazendo ela colocar as pernas em volta da minha cintura. Fecho o registro do chuveiro e vou carregando ela ate o quarto, molhando tudo no caminho. Naquele momento nada importava, alem do beijo dela.
A empurro na cama, ficando por cima, desço a cabeça para seus seios e dando.

Beijos em direção ao seu umbigo. Me ajoelho na cama e a ajudo a tirar a calcinha dela que estava toda molhada (N.A.: o chuveiro ajudou um pouco. É claro que isso é uma reação ao meu SEX APPEAL forte u.u). Nós trocamos de posição, ela faz o mesmo comigo e depois se senta em mim, senti o calor sobre minha barriga. Coloco minhas mãos na sua coxa e fico olhando para minha namorada, seus olhos castanhos estavam escuros e brilhosos de excitação.
Ela ajeita o corpo sobre o meu, colocando uma perna entre as minhas, e então começa a fazer leves movimentos de vai e vem, e ainda rebolava fazendo nossas intimidades se tocarem.
MEU DEUS!
Era totalmente diferente de tudo que a gente já tinha feito. Ela olhava em meus olhos a cada movimento, o que só aumentava meu prazer. Ergo a cabeça e dou um beijo nela, segurando suas mãos ao lado da minha.
Apesar de não estar tendo penetração, sentia um revertério dentro de mim, e tinha certeza que não faltaria muito para eu gozar.
Dou beijos e lambidas no seu pescoço, e cada gemida dela me fazia tremer de excitação. Passo uma mão sobre sua coxa e depois a levo ate sua intimidade, tentando tocar seu clitóris. Quando ela da um grito rouco soube que tinha conseguido, ficamos assim ate sentir que ela estava quase se libertando.
_ Nanda... Eu na-não aguento mais.
Foi o bastante, a viro na cama e coloco minha cabeça no meio das suas pernas, que estavam se remexendo na cama, terminando o trabalho por ela. Ela então tinha explodido em um orgasmo maravilhoso. Minha língua captura o mel que saia ali, enquanto ela ia gritando e agarrando meus cabelos. Vou subindo lentamente, lambendo cada pedaço de carne que eu encontrava.
_ Sente o quanto é doce seu mel. - sussurro encostando nossas bocas e dando um beijo profundo nela.
_ Oh, Nanda. - ela enrosca as pernas na minha cintura, me prendendo junto. - E você?
_ Só de te olhar gozando foi o suficiente para me fazer ir junto. E minha melhor recordação sua.
Falo antes de dar outro beijo nela.
Minha respiração foi se acalmando quando deitei a cabeça no seu peito, podia ouvir ela ainda um pouco ofegante enquanto fazia cafuné em mim.

__________*____________

_ Bom dia, meninas. Dormiram bem? - Sabrinna nos cumprimenta enquanto entrava pela porta e dava um beijo no topo de nossas cabeças.
_ Muito bem, desabamos na cama ontem de tanto cansaço. - Aline diz normalmente enquanto comia seu café da manha. Controlei a vontade de rir, tudo o que eu não precisava era da minha sogra achando que era louca... Ou safada.
_ Hum, vocês estavam lindas ontem dançando, foi um orgulho ver vocês lá.
_ Pelo amor de deus né, mãe. Sem bancar a mae coruja agora.
_ Mas é verdade, tirei milhares de fotos. Nanda, vamos sair para jantar hoje à noite e adoraria que você viesse. Irei fazer um comunicado muito importante.
_ Venho sim, pode deixar. Agora eu tenho que ir. _ Já? Mas ainda esta cedo. - Aline fala se levantando junto comigo.
_ Tenho que ir comprar uma blusa nova, tive aquele probleminha com a minha ontem, lembra? - pergunto levantando uma sobrancelha, ela ri, provavelmente se lembrando de como tinha arrancado a camisa.
_ Tchau. - dou um beijo na bochecha dela, antes de ir pegar a sacola em que minhas coisas estavam. - Ate mais Sabrina.
No caminho para casa ligo para Anna e Maira, combinando uma tarde de compras no shopping, elas topam, então vou para casa trocar de roupa e encontro com elas lá.
Além da blusa que eu deveria repor, comprei um vestido e um salto para poder usar hoje a noite. As garotas também compraram algumas coisas, então gastamos as mesadas de uns quatro meses. Depois vamos para o cinema assistir um filme que eu estava doida para ver, Carrie. Falavam que era terror, acho que era para eu ter tido medo, só que eu só conseguia rir assistindo o filme. As meninas me olhavam como se fosse doida, assim como o resto das pessoas que estavam na sessão.
_ Precisamos voltar a fazer isso sempre. Tinha me esquecido o quanto e bom. - Maíra fala tomando seu milk shake.
_ Concordo, parece que depois que começamos a namorar perdemos a vontade de sair juntas, só as três. Vivíamos dormindo na casa da outra. - Anna comenta roubando uma batata minha, bato na mão dela e tiro as batatas de perto dela.
_ Sei lá gente, perdemos aquele companheirismo todo que tínhamos. Mas a gente se vê todo dia, e se fala toda hora. Eu sei que sou maravilhosa e tal, mas nem da para ter muita saudade de mim nesse meio tempo.
Brinco e elas ficam falando algo sobre como sou convencida. Dou um beijo de despedida em cada uma e vou embora pouco tempo depois, para poder me arrumar, e elas ficam lá.
Chego em casa vou tomar meu banho, saio e coloco o vestido dourado com detalhes em preto. Capricho na maquiagem e prendo meu cabelo em um coque bagunçado, deixando alguns fios fora, emoldurando meu rosto. Como estava um pouco frio, ponho um casaco de couro por cima. Tiro uma foto e envio para Aline perguntando se estava diva.
"Prefiro você com o terno de ontem, ai ninguém fica de olho em você". Palavras dela.
"shuashua' eu fico bem com qualquer coisa amor. Estou indo já, não chora."
Pego meu celular e chaves, me despeço da minha mae e peco meu pai uma carona.
_ Para onde devo dirigir, madame? - ele pergunta abrindo a porta do carro para mim.
_ Para a casa de Aline, a gente vai de lá.
_ Ok, então, milady.
Meu pai comenta sobre ontem e de como ele riu a me ver vestido de garoto, mas que, diferentemente de Aline, ele preferia me ver vestida de mulher. Meu celular toca antes de eu chegar, o numero era desconhecido.
_ Alo?
_ Fernanda, me ajuda. - a voz do outro lado parecia assustada e saia meio ao choro.
_ Anna o que esta acontecendo?
_ É o Carlos, ele estava na porta de casa quando eu cheguei, ele queria falar comigo a qualquer preço. Agora ele esta descontrolado batendo na minha porta. Me ajuda, por favor.
_ Espera ai que eu estou indo. Liga para a polícia, e pelo amor de Deus, não abre esta porta.
Meu pai estava me olhando preocupado tentando entender, peco para ele ir para a casa de Anna o mais rápido possível. Ele acelera e liga para a polícia através do sistema do carro.
_ Ta bom. Fica comigo, não desliga.
_ Esta tudo bem. Não tem alguém ai na sua casa? Onde estão seus pais?
_ Eu não sei, acho que no trabalho. - Ouço barulho de batidas fortes na porta, e também gritos que eu não conseguia identificar direito. A voz de Ana estava ficando cada vez mais assustada. - Ele vai derrubar essa porta.
_ Não vai não, nós já estamos chegando.
O tempo não passava, cada sinal parecia que demorava uma eternidade para abrir. Quando finalmente chegamos perto, posso ver a moto do Carlos estacionada de qualquer jeito na calcada, vi a figura de alguém em pé batendo na porta.
_ Anna, já cheguei. Espera um momento, já chamei a policia, daqui a pouco eles chegam. Anna? Anna?
A linha ficou muda, olhei para a porta e não vi Carlos por ali. Meu coração ficou acelerado com medo do que pode ter acontecido. Coloco a mão na maçaneta da porta querendo abrir, mas meu pai me segura.
_ Você não vai sair. Eu não vou deixar você ir lá dentro, vamos esperar a policia chegar.
_ Pai, ela pode estar em perigo... Eu não posso dei...
Sou interrompida por um forte baque vindo de dentro da casa, e por barulho de sirenes vindo da rua, só que a viatura passa direto. Aproveitei que meu pai estava distraído e vou correndo em direção a casa, meu pai gritava meu nome e veio atrás de mim. A porta estava escancarada, as coisas reviradas e cacos de vidro estavam pelo chão, vou através dos cômodos e vejo Carlos agarrando Anna ali perto, ela tentava se soltar dele e cada vez mais ele a segurava mais forte.
Tiro meu salto e vou para cima dele. Pulo nas suas costas, puxando ele para trás
_ Solta ela, filha da puta.
Ele ri e me empurra para trás, caindo comigo em cima de uma mesa ali, o impacto me faz soltar seu pescoço. Ele fica de quatro em cima de mim, assim pude ver a vermelhidão que estava em seus olhos, com toda a certeza ele estava drogado.
_ Olha quem esta aqui, se não é a sapata. Hoje ta gostosa, ta melhor que a putinha ali...
_ Solta. Minha. Filha.
Meu pai estava parado segurando um vaso com a mão, ele parecia firma nessa posição. Carlos só ri, olhando para mim.
_ Trouxe o papai foi? E olha, ele tem uma arma. Devo dizer que estou morrendo de medo.
Num salto, Carlos sai de cima de mim e acerta meu pai, o fazendo bater forte na parede. Me levanto e vou ate Anna, ela estava chorando em um canto. Abraço ela e olho para meu pai, ele bate com a cabeça na parede e cai desacordado. Carlos levanta cambaleante e vem ate a gente, passando a mão pelo rosto.
_ Pai... - grito esperando qualquer reação dele, mas ele continua imóvel.
_ Esta tudo bem, agora podemos conversar. Eu já te disse, Anna. Se você não vai me deixar assumir, vou ter que me assegurar de não haver mais bebê algum.
_ Por que você esta fazendo isso? - pergunto segurando Anna comigo.
_ Porque se eu não posso cuidar desse moleque, ninguém mais pode.
_ É isso que você quer? Que seu filho cresça sabendo que o pai é um viciado criminoso?
_ EU não sou isso. Eu posso parar se eu quiser só que eu não quero, eu consigo tudo o que eu quero. Essa criança e minha, ele vai estar comigo, nem que eu tenha que tirar ele da barriga dela.
_ Só por cima do meu cadáver.
Pego um caco de vidro que estava ali perto e enfio da coxa dele, ele urra de dor, mas consegue me levantar.
_ Você é tão bonitinha, pena que não vai continuar assim quando acabar com você.
Ele me joga contra a parede, assim como fez.com meu pai, enquanto eu estava caída no chão ele começou a dar chutes e pontapés em mim. No rosto, no abdômen, na barriga, nas costas... Parecia que ele tinha chutado cada centímetro do meu corpo.
_ Aprendeu a lição, docinho? - ele pergunta se ajoelhando com aquela cara de sádico. Cuspo sangue na cara dele, o que o faz ficar irado. Quando dou por mim, seu cotovelo já estava acertando minha cara, senti uma dor tremenda quando isso aconteceu. Sentia cada soco que ele me dava, parecia que o tempo tinha ficado mais lento, eu via cada expressão do rosto dele enquanto ele me esmurrava. Já tinha entregado os pontos, estava imóvel quando ele parou de me bater. Uma luz branca enorme tomou conta da minha visão, não conseguia distinguir qualquer coisa na minha frente, só ouvia passos a minha volta. Vou fechando os olhos devagar, ouço Anna me chamando enquanto me balança, me pedindo para abrir os olhos ou falar alguma coisa...
Fiquei parada, nem se eu quisesse eu conseguiria falar alguma coisa, meu corpo todo estava doendo e não poderia fazer um movimento sequer.
Me deixo levar pela escuridão que me tomava lentamente...


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Notas finais do capítulo

Ate mais, beijão.



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