Heart By Heart escrita por Izzy Bane


Capítulo 18
Cause it's freaking out


Notas iniciais do capítulo

Hey, aqui estou eu novamente com mais um capítulo.
Consegui uma folga na agenda e vim aqui postar.
Nos vemos lá embaixo



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Anna não chegou nem perto de mim. Quando a professora de Ed. Física estava fazendo as duplas para rebaterem e ela saiu comigo, ela disse que estava passando mal e que não poderia participar. Quando estava rindo e acabava olhando para mim, fechava a cara e se virava rapidamente. Ela fez até mesmo a proeza de mandar uma mensagem para Maíra só para pedir que ela fosse até a sua mesa porque queria conversar com ela.
Isso já está ridículo. Já não sabia o que fazer, não iria puxar conversa, mas já sentia falta dela. Durante a aula recebi uma mensagem, era de Aline pedindo para a gente se encontrar lá fora. Saio primeiro e depois de alguns minutos ela aparece.

_ Sinto muito. – ela diz simplesmente.
_ Por quê?
_ Ela está te evitando mesmo.
_ Não é sua culpa. Tentei conversar e ela nem mesmo está olhando na minha cara, não posso fazer nada. Ela pode estar chateada, mas esta agindo como uma criança.
_ Posso ver o quanto você esta triste com isso.
_Não se preocupe, ela sabe o que está fazendo. Não vou correr atrás, quando ela quiser coversar comigo sem me julgar ou qualquer coisa, vou estar à disposição dela. Só espero que não demore. – digo e ela me abraça. - Será que custa ela me entender?
_ Lamento por não ter como te ajudar, sendo que sou meio que a causa do problema.
_ Mas às vezes o problema pode virar solução. – digo e a puxo para um beijo.Ela é a minha distração nesse problema todo.
_ Fernanda... – ela diz na com os lábios no meu. – a gente está na escola... Alguém pode pegar.
_ Tem razão, vem. – digo e começo a puxar sua mão, mas ela não se mexe. – O que foi? – pergunto olhando para ela.
_ Não vamos para o banheiro de novo. – ela diz cruzando os braços.
_ Por que não? – Digo levantando os braços.
_ Já quase fomos pegas lá. E eu não quero ver sua cara de “cólica” de novo, se bem que sua cara estava realmente parecendo que tinha um demônio em seu útero possuído pelo ritmo ragatanga.
_ Para de me lembrar disso, e todo mundo caiu na minha atuação. – digo rindo fingindo uma carranca.
_ Vamos logo pra sala, antes que você precise fazer outra atuação como aquela.
_ Tá bom chatice, vamos lá.
Começamos a ir para sala, mas volto para ir ao banheiro enquanto Aline foi para sala para que a professora não brigue. Molho o rosto um pouco e vou para uma das cabines. De repente ouço a porta se abrindo e vozes que conheço muito bem.
_ Mas você sabe que não adianta, ela não vai mudar! Não importa o quanto você a ignore.
_ Eu só não entendo, na quinta ela estava namorando o Giovanni, e na sexta ela sai com Aline, os dois terminam e alguns dias depois pego as duas se pegando na piscina. Não consigo aceitar isso,e o tanto que as pessoas vão falar... Não posso simplesmente ignorar os cochichos e os olhares.
O que? Quem não acredita sou eu. Era só o que me faltava Anna querer por toda a culpa em Aline, sendo que a culpa e do Giovanni que me traiu. E ela não pode lidar com o povo falando? Como se fosse ela de quem eles vão falar. Quase saio da cabine e digo tudo isso na cara dela, mas a voz da Maíra me impede.
_ E daí que ela tá gostando de meninas? Quem vai sofrer isso tudo é ela e a Aline, e nenhuma das duas parecem estar ligando muito para isso, e também, elas nunca fizeram nada em público. – até imagino a cara da Anna, ela deve estar se olhando no espelho e retocando a maquiagem nem prestando muita atenção no que Maíra diz. - Olho, eu que deveria ter criado qualquer tipo de empecilho. Afinal a Aline é a ex do Guilherme, mas eu estou nem aí. A Fernanda não vai virar outra pessoa, porque está com ela, ou com qualquer outra.
_ Ela não é mais a mesma. – Estou me segurando para não sair da cabine.
_ Ela é aquela mesma pessoa que deixou de viajar, quando você estava com a perna quebrada e mal conseguia andar. A mesma pessoa que sempre que você precisou estava lá por você. E você não consegue nem ao menos aceitar essa nova fase agora.
_ Não sei se é apenas uma fase, e também não é só isso. Como posso brincar com ela sabendo que ela pode querer me beijar a qualquer momento, ou sei lá mais o que. Não consigo nem mesmo olhar para ela sem me lembrar do que rolou na piscina.
Agora foi demais, saio da cabine, e Maíra que tinha falado algo parou e olho pasma para mim. Anna compartilhava o mesmo olhar
_ Sério mesmo? Você acha mesmo que eu poderia te agarrar e te beijar?! – digo olhando para ela e ela não diz nada. – O que você acha que eu sou? Uma tarada, só porque já beijei UMA garota? Caramba, você é como uma irmã para mim, Anna. Pelo menos era né. Depois de ouvir isso tudo, quem não quer mais nem olhar na sua cara, sou eu. E ah, que bom que pude ouvir sua opinião mais uma vez.
_ Parece que você se enganou Maíra, ela não pode me aceitar. Isso vai afetar a “popularidade” dela. Espero que você curta bem ela.
Digo e saio do banheiro. Não vou para a sala, ao invés disso sigo para o corredor e vou até a escada que leva ao terraço. Me sento no mesmo basculante em que vi Aline sentada,e fico observando a vista. Realmente é muito lindo, dá para ver a cidade toda de um jeito que é totalmente impossível lá embaixo na selva de pedra que é o centro de Belo Horizonte. Meu telefone estava vibrando com mensagens e ligações de Maíra e Guilherme, eu o desligo e o coloco no bolso da blusa. Fico ali por minutos, ou até podia ser horas, não saberia dizer, e então ouço passos.
_Está todo mundo atrás de você. Maíra me contou o que aconteceu. – diz Aline chegando perto de mime pondo os braços nos meus ombros.
_ Hum, mas só você me achou.
_ Aham, mas só porque eu tenho um super poder de te encontrar. - ela diz rindo e me encosto mais nela. - E por que poucos conhecem o terraço, aqui em cima eu posso pensar de verdade.
_ Também sinto isso aqui, é fresco e tudo mais. - ouço das mochilas batendo no chão. - Bateu o sinal já?
_ Sim, fomos liberados mais cedo e a maioria dos alunos já saiu. Maíra e Guilherme estavam loucos atrás de você, mas não faziam a mínima de onde você estava. Como tinha uma noção, acabei trazendo sua mochila junto.
_ Valeu. - digo me levantando.
_ Minha mãe vai vir me buscar, quer carona?
_ Claro. - digo e estendo minha mão para ela, que entrelaça nossas mãos e vamos embora.
_ Uau, mamãe! Você está linda. - diz Aline enquanto entramos no carro. A ultima vez que tinha visto a mãe dela foi ao funeral, e ela estava muito mal. Agora, ela esta com um aspecto mais jovial, cortou o cabelo ate perto dos ombros e pintou para uma cor mais escura de loiro.
_ Obrigada. E oi, Fernanda. - ela diz me cumprimentado pelo retrovisor.
_ Ola, Don... Sabrina. - disse me lembrando de como ela pediu para chama-la quando nos conhecemos. Conversamos durante todo o percurso até minha casa, e a mãe de Aline recebeu uma ligação e teve que voltar correndo para o trabalho, por causa de uma emergência e Aline fica comigo em casa.
_ Não demore para voltar para casa, se cuidem meninas. - foi a ultima coisa que a mãe dela falou antes de ir.
_ Ela parece melhor. - comento enquanto entramos no prédio.
_ E esta, voltou ao trabalho, esta sorrindo mais e já ate está indo as reuniões de família em que a vovó nos chama. Ela esta conseguindo seguir em frente.
_ Ela merece, sei o quão ruim é perder alguém.
_ Você sempre disse que sabe o quanto é difícil, deve ter perdido alguém muito importante. - ela diz olhando para mim.
_ É, realmente era - Ela não faz ideia. Ate passa pela minha cabeça contar para ela, mas não sei se estou pronta para falar sobre esse assunto novamente. Acho que ela percebe o quanto isso me afeta, então ela muda de assunto.
_ E aí, o que vamos fazer agora?
_ Ah, sei lá. Tem alguns filmes lá em casa, podemos fazer brigadeiro e pipoca, uma verdadeira bagunça.
_ Por mim tudo bem.
Entramos em casa e começamos a preparar tudo. Logo ta tudo pronto e fomos para meu quarto assistir.
_ Qual? Tem Cartas para Julieta, The Wonders, Gente Grande... Você escolhe. - Digo mexendo na pilha de DVD's.
_ The Wonders? Nunca ouvi falar.
_ O que?? - Digo surpresa. Já assisti tantas vezes que já até perdi as contas. - E simplesmente um clássico, é o meu filme favorito. É sobre uma banda que faz um tremendo sucesso com uma música e se torna uma sensação no mundo da música. Todas as músicas são boas, bem melhores que algumas que existem hoje em dia. – estava tão empolgada falano que nem vi quando ela veio até mim e pegou o DVD da minha mão, fico olhando para ela enquanto ela lia a sinopse na contra capa.
_ Parece ser legal, vamos ver se passa no teste e ganha o selo Aline De Qualidade. - ela coloca no aparelho de DVD e vai deitar na cama batendo no vazio ao seu lado. - Vem.
Vou para lá e assistimos ao filme, minha cama ficou coberta de pipoca. No final ela já sabia cantar “That Thing You Do!” de cor e salteado.
_ Como é que pode nunca ter visto esse filme? Passava tanto na sessão da tarde quanto A Lagoa Azul.
_ Ah sei lá, já devo ter visto e não me lembro. Não sabia dessa foto. - Disse apontando para o meu mural, ali tem de tudo, de anotações a fotos. E ali tinha uma que tiramos na festa da namorada de Henrique.
_ A da festa nem eu me lembro, só sei que estava no meu celular e resolvi mandar revelar, só tinha visto a alguns dias atrás.
_ An, quero uma cópia. - disse e continuou olhando as foto que estavam ali, tinham fotos minhas desde que eu era criança. - Você era muito fofa, pena que cresce.
_ Haha! - digo apenas e ela ri. Chego perto dela e conto sobre o momento em que foram tiradas as fotos, e pego uma em especial e coloco dentro da gaveta, ela estava entretida em outra foto e nem percebe. Ela para sobre uma que Guilherme bateu a uns dois anos, Anna estava montada em mim de cavalinho e estávamos correndo pela rua feito idiotas enquanto Maíra simplesmente lia um livro fingindo que não nos conhecia. Foi um dia incrível aquele e não consigo manter um pouco de emoção fora da voz.
_ Isso vai passar. Ela vai cair na real, e vai entender tudo isso.
_ Olha, todo mundo me diz isso e quero muito acreditar, mas... Isso vai contra tudo o que ela acredita. Conhecendo ela como conheço, se isso acontecer vai levar um tempo. Um tempo ao qual não estou disposta a dar para sempre.
_ Não quero que perca uma amizade por minha causa, não seria o certo.
_ Pode ir parando, não é só por sua causa. Isso me ajudou a ver que se ela não me entende e me aceita, como e que podemos ser amigas de verdade? Pode ate ser que as coisas entre nós duas não durem, mas não quero alguém que não me aceite e me julgue. - digo sentada na beirada da cama. Ela vem até mim, se ajoelha e me beija. Coloco as mãos no seu pescoço a trazendo para mim. Ela se levanta e cai por cima de mim colocando as mãos por dentro da minha blusa, gemo na sua boca e isso a incentiva mais e mais, ela começa a tirar minha blusa, mas oco o barulho da porta se fechando e vozes na sala.

_ Merda, minha mãe chegou. – digo colocando minha blusa de volta e ela se levanta para arrumar o cabelo no espelho. Eu sento e fico olhando ela da cama.

_ O que foi?

_ Tá linda, e também tá parecendo aquelas namoradas que não querem que ninguém saiba o que estava rolando no quarto.

_ É, mas eu não sou uma namorada normal. – ela disse e se virou para mim, abrindo um sorrisinho. – Na verdade, eu não sou a namorada.

_Pois é não é, mas mesmo assim vou te apresentar para o sogr... Que dizer meu pai.

_ Se ele me perguntar o que eu já fiz contigo... Sogrão eu nem te conto, nem te conto, nem te conto. – ela começa a cantar e colocar uma mão na cabeça e a outra na cintura dançando arrocha.

_ Mas aí vai ter que pedir minha mão para o sogrão. E me aturar para o resto da vida, no mínimo. - eu a provoco, adoro fazer isso.

_ Olha que eu peço mesmo, e isso é o que mais quero. - ela diz chegando perto de mim.
_ Assim eu apaixono. – provoco mais um pouco.

_ Você está atrasada, eu já me apaixonei há muito tempo. – diz e me beijou.

Essa menina ainda me mata, o problema é que eu acho que já estou apaixonada há muito tempo. Tudo que eu mais quero é essa menina comigo, e não importa se ela é uma garota, isso é apenas um detalhe, que é sexy para caramba. Eu só consigo prestar atenção no seu sorriso e na sua voz, devo ter um sensor ALINE, que consigo detectar qualquer movimento dela mesmo a distância, e se estou longe, arranjo qualquer desculpa para conversar e trocar mensagem. E se me perguntassem se trocaria uma amizade como a de Anna, depois de tudo o que rolou nesse final de semana, por um tempo ao lado de Aline, eu não preciso pensar duas vezes sobre o que eu vou querer.
Me afasto dela e a puxo para fora. Meus pais estavam no sofá e apresento Aline para ele, como amiga é claro. Os dois se dão super bem, mas como ela tem que ir embora o assunto cessa. Meu pai se oferece para levar ela até em casa e ela aceita. Fico na sala com minha mãe por mais um tempo e depois vou para o quarto ler um pouco, e nem vejo quando meu pai voltou.

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Se passou um mês, e durante esse tempo algumas coisas aconteceram. Não, Anna e eu não voltamos a conversar, desde o incidente do banheiro não trocamos palavra alguma. Aline e eu nos aproximamos ainda mais nesse tempo, e passávamos cada vez mais tempo juntas. Meus pais descobriram, e isso resultou a alguns dias sem se falar, mas eles chegaram até mim e conversamos. Eles disseram que nenhum pai está pronto para saber que sua filha gosta de meninas, mas que eles entendem e respeitam, amei essa atitude dos dois. Me apoiaram em casa e acolheram Aline sem problema algum. Nós duas nos beijamos algumas vezes em publico, e não sofremos nada além de alguns olhares. Não estava ligando, se isso é um preço ao qual tenho que pagar para poder ficar com ela, pago sem problema algum. Ainda não a pedi em namoro oficialmente, só estamos ficando sério. Estava esperando uma data especial e segundo o irmão dela (que sabia que estávamos juntas), me disse que o aniversário dela estava chegando, então resolvi que seria nesse dia mesmo.

Já tinha o plano toda na minha cabeça e combinei tudo com Guilherme, Maíra, Henrique e a Gabrielle, uma amiga de Aline que conheci e acabamos virando amigas.

2 Semanas Depois

Estava super nervosa e já refiz o discurso várias vezes na minha cabeça, ajeito pela milésima vez o amassado inexistente no meu vestido, e verificando se está tudo em ordem. Eles estão demorando muito, penso. Fico nessa neurose por mais um tempo até que vejo Guilherme e Henrique se aproximando trazendo Aline com uma venda nos olhos.

È agora ou nunca ...


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Notas finais do capítulo

É isso ai minhas lindas, nos vemos na próxima.
E surpresa, no capítulo que vem tem PVO da Aline! Sim, algumas pessoas me pediram e resolvi colocar. E como já tinha ele pronto, só mudei algumas coisas para ficar no contexto em que a Jennifer colocou.
Até, Bye

SUGESTÃO: Gente, estou super viciada em Imagine Drangons, é gostei para carmba essa banda, e tem umas músicas muito boas.
Ouçam Radioactive, http://www.youtube.com/watch?v=ktvTqknDobU
É minha favorita. *-*



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