O Diário De Samantha Shanderson escrita por sthefany Dubrinsky


Capítulo 3
Capítulo 3 "10 anos... 10 lagrimas... 10 sofrimentos!"




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Samantha estava estranha o dia todo parecia ainda mas nervosa que o habitual e penteava o cabelo elegantemente além de engomar e passar a sua roupa e se perfumar o que raramente, para não dizer jamais fazia, talvez fosse a aproximação de seu aniversario, porém não havia acontecido isso nos anos que ela se encontrava no orfanato, algo que somente acontecia a uma garota quando ela se apaixonava não se tornava claramente visível a todos como declamações, cartinhas ou sussurros de conversas com amigos, Samantha não era disso, na verdade não era de amigo muito menos de manter relações além de provocações com colegas ou cordialidade com os professores e adultos. Algo mudava nela nesse dia em especial foi apressadamente a primeira a entrar na sala o que não fazia e cantarolar quase que sutilmente enquanto se banhava, suas colegas notaram mas não se importaram como se ela fosse algo indiferente e que não merecia total ou quase nenhuma atenção delas. Porem Izabel era do tipo que ficava insultada até num forçado riso da ratinha escaldada e ela se impondo na vida com felicidade ou entusiasmo deves de se esconder , se amargurar, usar roupas desleixada quase que sem vaidade e sem graciosidade em tentar buscar beleza naqueles contornos expressos de dor, tristeza e amargurar de uma menina envelhecida pela sua claro forma de miséria de sua vida ou fora sua vida.

– percebeu com ela esta hoje? se inclinando da sua banca para conversar com Julia.

– ela quem?

– ora, quem?

– ah, Samantha.

– claro, quem mais...percebeu como ela acordou ofegante.

– ela sempre acorda ofegante.

– claro, mas com um tom de alivio por acordar e não deprimida por acordar.

– notou isso?

– faço muito além de cuidar da minha beleza.

– e qual é o motivo?

– espera aí, vou ver na minha bola de cristal. ironizando de uma forma que a te seu corpo se virava pra buscar sua bolsa. -acha mesmo, que sei, se soubesse murmuraria isso com você.

– e esta furiosa com o que?

– com o que?

– o que aconteceu ontem, Julia.

Um silencio foi tomado enquanto Izabel esperava a resposta.

– isso era uma pergunta não...deixa pra lá!

– Ela foi até a enfermaria.

– ela vai sempre a enfermaria.

– esta certo, vou ser clara, o Rafa a levou até lá com aquele jeitinho meigo e...

– ela se apaixonou!

– oh, surprise!

– você acha mesmo?

– não com toda certeza, agora ele tem um tom apaixonante de doçura e bondade.

– eca!

– ele a beijou?

– eu não sei, também não tenho certeza de nada, agora ele nunca que a beijaria.

– lembra no ano passado na viajem até o lago que a rata não foi como sempre, estávamos na água depois de pular do trampolim rolou um clima e quase nos beijamos até que o irmão dele apareceu.

– você não me contou isso!

– pra que!

– e ficar mal falada, esse orfanato é católico, esqueceu!

– nossa!

– é que você sempre tem os meninos ao seu pé.

– e essa vai ser minha arma.

– poderosa.

Nessa momento a professora entra na sala seguido de Rafael que estava com o cabelo adoravelmente bagunçado com a mochila numa mão só com uma cara que acabou de acorda, Samantha se afunda na cadeira e entrelaça suas mãos na banca com um tom estranho que era habitual e nervoso, se aproximando dela sem lhe dirigir a palavra puxando sua mesa que ficava no meio a três bancas da de Izabel, no meio entre seu irmão e o amigo deles rindo e murmurando o quanto seus dribles foram bom ontem até que a voz de Izabel ecoou.

– dormiu até tarde lindo?

– mais ou menos.

– deve ter ficado cansado com o seu treino ontem.

– um pouco.

– não pude deixar de notar seu suor pelo seu corpo estava quase brilhando.

Um estalar de vozes foram se juntando quase em frenesi com as palavras de Izabel somente o irmão de Rafael permanecia quieto quase que enciumado, já Samantha se não estivesse na ultima fileira no canto escuro ficaria claro o seu rosto envermelhar em pensar os flertes claros de Izabel para ele em notar que ela observou com calma o corpo dele suado e parecia ainda mas irritante naquele tom baixo e sensual a se dirigir a ele como se ela a odiasse ainda mas por isso.se contorcendo na sua banca para não ir lá e estapear o rosto dela por agir a assem com ele como se ele tivesse dona e fosse ela. Mas a voz de Izabel continuava a agredir parecendo farpas no seu peito sendo direcionado a ela somente ela.

– se estiver dolorido posso massageá-lo sou boa nisso.

Vozes mas altas e distintas se formaram.

– ganhou véu!

– eu estou cheio de dor se quiser pode me massagear!

– chega, não, estamos numa aula e num orfanato católico vamos agir como se isso influenciasse.

– é verdade, Mario, obrigado pela introdução e sim, isso influencia bastante aqui.

– por isso Izabela se encontramos na capela depois da aula para que você reze uns 20 pai nosso e umas 30 ave Maria.

– ave Maria!

– uma brincadeirinha!

A aula continuou com sussurros entre alunos sobre o que havia acontecido, pisadas, risadinhas e um incomodo na barriga de Samantha se retorcia a náusea de pensa-los juntos a machucava mais que todos os alunos ridicularizarem ela. Ate que seu pensamento foi interrompido a professora havia a chamado umas três vezes antes de chama-la a atenção.

– algum problema querida parece mas distraída do que o normal?

– e o que nela é normal! (risos)

– me poupe de suas meras mesquinharias Izabela.

– soube que foi a enfermaria ontem, esta tudo bem com você, querida.

– sim é uma leve dor de cabeça, um analgésico resolve.

– bom em saber que é nada grave, porém me informe de qualquer problema.

– claro, o que queria?

– bem uma argumentação sobre agressão sexual no âmbito familiar. por um breve momento a professora notou a quem estava referindo esse assunto e a quem buscava essa opinião a uma garota que tão nova sofreu desse mal e tentou encobrir com desculpas.- há, querida deixe pra lá, acho que com dor de cabeça não da pra argumentar.

– bem, acho que não da mesmo, posso me retirar por um instante.

– sim, pode tomar o dia todo se quiser.

– acho que farei. se levantando da sua carteira pegando sua bolsa e seu casaco o apoiando sobre apenas um braço estava elegante, cheirosa mesmo ninguém ter notado qualquer diferença ou prestado atenção nesses detalhes se quer Rafael que parecia ainda com as bochechas coradas com os galantes de Izabel uma menina linda e sedutora, seu cabelo estava em um rabo de cavalo não por completo podia se ver o seu rosto pálido e seus olhos que muitas vezes eram encobridos por seus cabelos emaranhado e parecia vazio e ainda ameaçador um ar negro caiu sobre a professora e a classe quando ela passou pela porta.

Samantha estava estranha o dia todo parecia ainda mas nervosa que o habitual e penteava o cabelo elegantemente além de engomar e passar a sua roupa e se perfumar o que raramente, para não dizer jamais fazia, talvez fosse a aproximação de seu aniversario, porém não havia acontecido isso nos anos que ela se encontrava no orfanato, algo que somente acontecia a uma garota quando ela se apaixonava não se tornava claramente visível a todos como declamações, cartinhas ou sussurros de conversas com amigos, Samantha não era disso, na verdade não era de amigo muito menos de manter relações além de provocações com colegas ou cordialidade com os professores e adultos. Algo mudava nela nesse dia em especial foi apressadamente a primeira a entrar na sala o que não fazia e cantarolar quase que sutilmente enquanto se banhava, suas colegas notaram mas não se importaram como se ela fosse algo indiferente e que não merecia total ou quase nenhuma atenção delas. Porem Izabel era do tipo que ficava insultada até num forçado riso da ratinha escaldada e ela se impondo na vida com felicidade ou entusiasmo deves de se esconder , se amargurar, usar roupas desleixada quase que sem vaidade e sem graciosidade em tentar buscar beleza naqueles contornos expressos de dor, tristeza e amargurar de uma menina envelhecida pela sua claro forma de miséria de sua vida ou fora sua vida.

– percebeu com ela esta hoje? se inclinando da sua banca para conversar com Julia.

– ela quem?

– ora, quem?

– ah, Samantha.

– claro, quem mais...percebeu como ela acordou ofegante.

– ela sempre acorda ofegante.

– claro, mas com um tom de alivio por acordar e não deprimida por acordar.

– notou isso?

– faço muito além de cuidar da minha beleza.

– e qual é o motivo?

– espera aí, vou ver na minha bola de cristal. ironizando de uma forma que a te seu corpo se virava pra buscar sua bolsa. -acha mesmo, que sei, se soubesse murmuraria isso com você.

– e esta furiosa com o que?

– com o que?

– o que aconteceu ontem, Julia.

Um silencio foi tomado enquanto Izabel esperava a resposta.

– isso era uma pergunta não...deixa pra lá!

– Ela foi até a enfermaria.

– ela vai sempre a enfermaria.

– esta certo, vou ser clara, o Rafa a levou até lá com aquele jeitinho meigo e...

– ela se apaixonou!

– oh, surprise!

– você acha mesmo?

– não com toda certeza, agora ele tem um tom apaixonante de doçura e bondade.

– eca!

– ele a beijou?

– eu não sei, também não tenho certeza de nada, agora ele nunca que a beijaria.

– lembra no ano passado na viajem até o lago que a rata não foi como sempre, estávamos na água depois de pular do trampolim rolou um clima e quase nos beijamos até que o irmão dele apareceu.

– você não me contou isso!

– pra que!

– e ficar mal falada, esse orfanato é católico, esqueceu!

– nossa!

– é que você sempre tem os meninos ao seu pé.

– e essa vai ser minha arma.

– poderosa.

Nessa momento a professora entra na sala seguido de Rafael que estava com o cabelo adoravelmente bagunçado com a mochila numa mão só com uma cara que acabou de acorda, Samantha se afunda na cadeira e entrelaça suas mãos na banca com um tom estranho que era habitual e nervoso, se aproximando dela sem lhe dirigir a palavra puxando sua mesa que ficava no meio a três bancas da de Izabel, no meio entre seu irmão e o amigo deles rindo e murmurando o quanto seus dribles foram bom ontem até que a voz de Izabel ecoou.

– dormiu até tarde lindo?

– mais ou menos.

– deve ter ficado cansado com o seu treino ontem.

– um pouco.

– não pude deixar de notar seu suor pelo seu corpo estava quase brilhando.

Um estalar de vozes foram se juntando quase em frenesi com as palavras de Izabel somente o irmão de Rafael permanecia quieto quase que enciumado, já Samantha se não estivesse na ultima fileira no canto escuro ficaria claro o seu rosto envermelhar em pensar os flertes claros de Izabel para ele em notar que ela observou com calma o corpo dele suado e parecia ainda mas irritante naquele tom baixo e sensual a se dirigir a ele como se ela a odiasse ainda mas por isso.se contorcendo na sua banca para não ir lá e estapear o rosto dela por agir a assem com ele como se ele tivesse dona e fosse ela. Mas a voz de Izabel continuava a agredir parecendo farpas no seu peito sendo direcionado a ela somente ela.

– se estiver dolorido posso massageá-lo sou boa nisso.

Vozes mas altas e distintas se formaram.

– ganhou véu!

– eu estou cheio de dor se quiser pode me massagear!

– chega, não, estamos numa aula e num orfanato católico vamos agir como se isso influenciasse.

– é verdade, Mario, obrigado pela introdução e sim, isso influencia bastante aqui.

– por isso Izabela se encontramos na capela depois da aula para que você reze uns 20 pai nosso e umas 30 ave Maria.

– ave Maria!

– uma brincadeirinha!

A aula continuou com sussurros entre alunos sobre o que havia acontecido, pisadas, risadinhas e um incomodo na barriga de Samantha se retorcia a náusea de pensa-los juntos a machucava mais que todos os alunos ridicularizarem ela. Ate que seu pensamento foi interrompido a professora havia a chamado umas três vezes antes de chama-la a atenção.

– algum problema querida parece mas distraída do que o normal?

– e o que nela é normal! (risos)

– me poupe de suas meras mesquinharias Izabela.

– soube que foi a enfermaria ontem, esta tudo bem com você, querida.

– sim é uma leve dor de cabeça, um analgésico resolve.

– bom em saber que é nada grave, porém me informe de qualquer problema.

– claro, o que queria?

– bem uma argumentação sobre agressão sexual no âmbito familiar. por um breve momento a professora notou a quem estava referindo esse assunto e a quem buscava essa opinião a uma garota que tão nova sofreu desse mal e tentou encobrir com desculpas.- há, querida deixe pra lá, acho que com dor de cabeça não da pra argumentar.

– bem, acho que não da mesmo, posso me retirar por um instante.

– sim, pode tomar o dia todo se quiser.

– acho que farei. se levantando da sua carteira pegando sua bolsa e seu casaco o apoiando sobre apenas um braço estava elegante, cheirosa mesmo ninguém ter notado qualquer diferença ou prestado atenção nesses detalhes se quer Rafael que parecia ainda com as bochechas coradas com os galantes de Izabel uma menina linda e sedutora, seu cabelo estava em um rabo de cavalo não por completo podia se ver o seu rosto pálido e seus olhos que muitas vezes eram encobridos por seus cabelos emaranhado e parecia vazio e ainda ameaçador um ar negro caiu sobre a professora e a classe quando ela passou pela porta.

–nossa, sou eu ou tudo aqui parece sombroso!

– quieta, Izabela!

Naquele instante se dirigiu até o lago carreando a sua bolsa como se o arrasta-se por uma escola vazia já que os alunos estavam todos em suas classes e até mesmo as freiras pareciam ocupadas com seus afazeres para estarem a bater perna pela escola até mesmo atrás de fujões de sala de aula.

A única coisa que fez foi sentar a margem do lago pegar o seu diário e rabiscar como o dia esta horrível e o quanto que sua vida é patética, porém se pegou rabiscando um esboço do rosto de Rafael que parecia tão real quanto os seus traços pareciam fazendo com que ela suspira-se, rapidamente jogou longe esbofando alto sua voz em contraste com seus pensamentos.

– o que esta pensando menina boba, que ele gosta de você e mesmo se isso fosse possível perdeu completamente a esperança.

Brava de pé falando a terceira pessoa consigo mesmo se sentou com as mãos sobre o rosto num protesto claro contra as lágrimas e pensando consigo mesmo o que esta acontecendo com você esta mas patética e mas frágil com o que aconteceu ou por causa do questionamento da professora me diga, apenas supere levante a cabeça você é melhor que tudo isso já enfrentou e já venceu a dor já passou e o seu coração já cicatrizou os homens não valem nada e não se apegue não os ame eles são todos iguais e não merecem amor e nem compaixão.

– há, o que estou pensando estou confusa!

– parece que algo dói forte no meu peito e se mistura se corrompe se dilata.

Deitou-se sobre a grama e permitiu-se a chorar lagrimas que apenas escorriam sem menor esforço olhando as nuvens passar e tomar forma pensava como sua vida tinha sido até agora e como poderia ser diferente e mesmo a dor e o sofrimento de lembrar de seus pais se embaraçavam a pensar em Rafael e ficava violento ao se lembrar de Izabel. até que ela ouviu um miado.

– apareceu!

– vamos saia não quero companhia hoje, só são eu e meus pensamentos, sem miado hoje!

O gato olhou pra ela como se compreende-se o que se fala e buscando uma resposta plausível a ela e então se virou ergueu o rabo e seguiu para o diário como se quisesse olha-lo ele estendeu uma pata e desceu o rosto como se fosse olhar aquela brecha de papel com que tinha acontecido com ela aquele dia, então Samantha a puxou rapidamente e ele respondeu assustado contraído o seu corpo e a ameaçando com a voz que parecia ainda mas um grande susto.

– não adianta, não ira olhar, mas também para que, só fala dessa droga de orfanato e essa droga de vida e como a Izabel morta seria melhor pra minha vida assem como 99,9% de todo mundo desse inferno!

– miau. Se esfregando nela.

– eu sei desculpe por descontar em você, é que hoje a professora também me fez recordar do meu passado infeliz e como ele ainda me afeta.

O gato a olhou profundamente nos olhos profundo verde e estendeu a pata ao seu colo enfiando cuidadosamente cada um cravando sua unha e tirando, depois pulou para ele para ela acaricia-lo na cabeça.

– sabe, eu sei que já se passou muito tempo é que te coisas muito dolorosas para meu corpo, minha alma e meu coração (digo minha emoção),só que a coisas que não estão muito clara na minha vida e em meus pensamentos, os psicólogos acham que foram os traumas que me ocorreram na minha vida que faz com que tudo esteja embaraçado e ainda confuso, mas uma coisa que me pergunto, é que sou ainda capaz de amar ou se já amei um dia.

O gato se levantou de seu estado inerte deitado no colo de Samantha erguendo a cabeça e o virando para olha-la no olho tão surpreso como antes; em resposta ela riu.

– bem é claro que gosto de você bichano mas você é um animal irracional não um ser humano...

Bichano bufou como se sente-se insultado.

– ... nossa nem me deixa explicar e vai logo se ofendendo, apenas estou dizendo que minha comunicação é bem restrita com os seres da minha espécie e você é bem mais inteligente do que a maioria do pessoal da classe principalmente a linda e burra Izabel.

Ele novamente se deitou e ela voltou a caricia-lo ainda com um longo sorriso.

– bem , você não anda me visitando as coisas andam complicadas para você aparecer ou arrumou uma gatinha!

– miau.

– bem, meu dialeto é bem amplo e o seu só se resume em uns grunhidos e miau então isso foi um sim ou um não.

Ele pulou do seu colo abaixou suas patas dianteiras no que parecia uma espreguiçada e deu alguns passos antes de se lamber.

– ótimo, não quer falar tudo bem, mas vê se aparece , preciso de um ouvinte e um gatinho para posar pros meus desenhos!

Ele porém se virou e deitou esboçando um claro cansaço e um longo bocejo.

– você dorme em?

– preciso de um novo diário as paginas desse estão acabando se conseguir um novo me avisa.

– vai ser meu presente de 10 anos, dizem que eu pareço ter menos por causa desse corpo mal desenvolvido as meninas da minha idade como Izabel já tem seios e o meu nem parecem, agora em compensação possuo a melhor media da escola de todos os tempos e posso ser considerada mais inteligente que os alunos de todas as idades daqui como se fosse superdotada já lhe falei que a diretora acha isso.

– miau. Lambendo a pata.

– isso deve ter sido um sim!

– acho que vou ler algo, agora, não vou voltar pra classe mas acho que posso adiantar uns deveres...tchau bichano, te vejo mas tarde no observatório se você aparecer.

Se levantou batendo as mãos uma contra a outra e espanando uns pelos que se encontravam sobre sua roupa, guardou o diário que se encontrava fechado ao seu lado na bolsa e seguiu com um sorriso para a biblioteca.

Longe dali Izabel na sala falou calorosamente a professora de inglês que fazia a chamada enquanto chamava a Samantha.

– Samantha Sanderson!

– ela passou mal e se retirou das aulas e saiu com a permissão da professora de português, coitadinha vive doente!

– sim, se a professora a permitiu coloco falta justificada.

– é verdade que o aniversario dela esta chegando?

– sim, nossa nem havia notado!

Risos passaram por toda a classe!

– e quem notaria!

– quem falou isso?

– é obvio, que parei para notar a pobrezinha esta tão tensa ultimamente e que é a segunda vez consecutiva que passa mal, sabe como é essas coisas pra nós órfãos sempre nós deixam tenso sem a família e amigos...

– sei, deve ser um grande vazio!

– então , porque não comemorar.

– porque, esta falando uma coisa dessa todo mundo sabe que não se dão bem?

– na verdade a ideia não foi minha foi do Rafael ele é muito prestativo e solidário com a causa da ratinha escaldada...quer dizer a querida Sam.

– é verdade, Rafael?

– o que?

– a professora sabe que o Rafa é um garoto tímido então se dirigiu a mim para lhe dizer isso, ele se expressa mas correndo do que falando.

– nossa, Rafael que bom que se tornou amigo da Samantha, ela é uma menina esplendida e tão solitária, fico feliz que consegui um amigo!

Torce. – ou um namorado!

Risos encheram a classe e claramente Rafael se espremia em seu assento com uma grande vergonha que não respondia a nada.

– então, que tal uma festinha com salgados, doces um grande bolo escrito parabéns Samantha, refrigerantes e música alta,

– seria adorável, que bom pensar nisso!

– vamos tratar, já que falta poucos dias.

O alarme tocou estava na hora de largar e Samantha parecia entretida com um livro antigo sobre bruxas e inquisição tanto que não percebeu a hora passar e ainda respondendo uma ultima questão, foi aí que lembrou da hora do almoço e como estava com uma grande fome iria até a cozinha e almoçaria lá até que desse a hora de todos irem embora para tomar um banho e seguir para um dia todo na biblioteca lendo seu livro até a noite onde se repousaria nas estrelas, juntou os livros e jogou na bolsa e segurou alguns cadernos na mão deu uns passos e sentiu outros atrás dela parou e olhou para trás e não havia ninguém, respirou fundo fazendo acreditar que eram só seus pensamentos e voltou a andar quando além de sentir os passos sentiu um grunhido, olhou para trás lentamente dessa vez e avistou um cão negro muito grande e de dentes muito largo para que ela ainda parasse para distinguir qual era sua raça e sim o mas rápido que correria.

– cãozinho bonitinho!

– romn.

Ela seguiu rapidamente parecendo como se sua capacidade de conversa fosse limitada a um vou te morder em que mesmo que sua parte logica dissesse se correr o bicho pega a sua outra parte disse se ficar ele come então caminhou enquanto ele seguia a seu encalço e quando ela parou e olhou para trás não o via mas tinha a sensação que ele tinha dado a volta e estava já ao seu lado aonde basicamente se encontrava a porta e lá estava ele que correu e avançou a única coisa que conseguiu foi girar e dar alguns passos e gritar derrubando uns cadernos e esbarrando como o Rafael o seu irmão e seu amigo na porta e caindo de costa contra o chão olhando repentinamente assustada por ver que o cão já não estava lá.

– nossa, lendo livros de terror?-risos.

– não...não...é que tinha...tem...não tem mais...ou melhor nunca teve...

– você fuma maconha, garota?

– irmão!

– o que foi ela esta com uma cara como se tivesse sido apanhada fazendo algo errado!

–eu não fumo.

– por acaso os seus pais podem ter afetado.

Por um momento o pensamento dela fugiu pensar em ter afetado fez com que ele pensasse em varias vezes que ela pensou em algo que não estava lá ou algo que simplesmente não existia de seus sonhos ou de seus medos ou esse cachorro que ela acabara de se deparar e simplesmente sumiu com um passe de magica.

Então seu pensamento voltou cambaleando com a conversa que se seguia.

– o que fazem aqui e como me encontraram?

– você é nerds e é onde os nerds estão quando não estão em aula, então foi fácil.

Naquele instante pensou em insulta-lo mas ainda gostaria de saber da outra pergunta e que não tinha bem o que discutir sobre a resposta.

– a professora me pediu para perguntar se já estava melhor e iria voltar a aula, então eles me acompanharam com a sentença de seu melhor amigo!

– o que, como assem?

– é que todo mundo acham que vocês são próximos e áleas parabéns e agora responde?

Como o Rafael podia ser um garoto tão legal e o seu irmão um panaca, idiota.

– bem sempre estive e volto a sala de aula, não precisam enformar isso.

– esta bem, educada!

– adeus, vamos Rafa não perca seu tempo com essa rata!

– tchau e desculpa por ele!

– de nada!

Voltando a sala a professora deu um ar de alivio ao vê-la estendo as mãos a sua banca agora que havia tomado outro banho estava com a mesma aparência de sempre com seu cabelo cobrindo quase que todo o seu rosto e sua roupa mais desleixada.

– fico feliz em saber que esta melhor e que tem um amigo.

– o que?

– surpreendida?

– bastante. Risos tomaram a sala.

– soube hoje pela nossa professora de inglês.

– e porque ninguém me avisou. Risos novamente.

– é estou num momento embaraçador.

– isso porque podem ser namorados. Se ecoou na sala dando inicio a risos.

– não são namorados são somente conhecidos, não é? Risos.

– vou pro meu lugar, se souber de algum fato novo me avise. Andando para sua banca até que foi respondida.

– soube sua festa de aniversario, essa a pergunta?

– que festa?

– que seu amigo quer organizar, não é adorável!

– era pra ser retorica, mas estou perplexa!

– também estou, e afinal 10 anos que idade boa.

Não conseguir pensar em nada, por um lado quis olhar pra todos os lugares esperando que fosse uma pegadinha de reality show por outro pensei que era armação da Izabel e pensava que ela tinha se superado dessa vez como a arquirrival mas burra de não saber que tinha dedo dela.

– tem certeza que não foi a Izabel?

– Izabel?

– ela gosta de surpreender!

– bem, só pra constar estou aqui e não tem dedo meu nisso.

– impressionante como você ler meus pensamentos!

Fazendo as unhas irritantemente com grade sarcasmo e ironia.

– eu adoraria ter pensado nisso, baby, já que adoro você, mas sou inocente.

– sei que não é gentil ou qualquer coisa do gênero, mas qual é a sua?

– a minha, olha eu não sei!

– afinal eu jamais seria gentil com você, lembra!

– garotas se acalmem a ideia aparente foi do Rafael, Samantha!

Agora minha mente se confundiu e por outro lado estava cogitando a hipótese de pegadinha mais ainda e por outro podia corar por dentro em pensar nele fazendo uma festa pra mim e me perguntei rápido antes que ficasse visível.

– o que, porque, como e quando?

– há, sente-se vamos retomar a aula.

– surpreendida com o seu boyfriend ou essas bochechas coradas são de amor. risos na sala.

– cala boca, como se fosse eu que havia dado uma declaração de fica comigo, te quero todo!

Tosse -tomou bem na cara em Izabel.

– isso é ciúme, mas agora que eu sei que é seu, vou investir mas no te quero todo.

– olha só, antes Rafa competia e agora ele é o prémio.

– disputadíssimo.

Sentir minha mão suar e quase se fechar para bater com o punho na cara dela e meu dentes rangerem além de imaginar dando uma surra nela e voltando a sé em segundo reagir inflexível e impermeável ou talvez demais.

– você é patética, pensar que gosto dele ou de alguém a não ser eu mesma, mas boa tentativa e fica, não gosto de atletas muito menos idiotas, mas combina com você serio; posso ver um futuro como puxador de carroça.

Os risos foram tão altos que até mesmo a professora ficou surpresa mas seguir sem esboçar qualquer reação pra isso, por um lado me sentir mal de ter falado assem dele mas foi o modo de me afastar e parar de ver que nesse páreo não tenho ranque e se ele ficasse chateado era um modo dele pelo menos sentir algo por mim a não ser pena como deve sentir, qualquer um pode pensar que tenho uma grande alto estima é que sou realista e isso só dariam motivos para rir de mim e dele e ainda mais de mim e agora só de mim, agora uma garota inteligente poderia até pensar que estou só me esquivando dos meus reais sentimentos e espero que não seja a Izabel. já no meu lugar ouve.

– bem, se você não gosta de atleta ou de idiotas deve gostar de rato deve ser o seu melhor par romântico.(risos)

– se você não ouviu por causa dos seus poucos neurônios vou repetir, eu só gosto de mim mesma, não tão diferente de você mesmo que se ama agora com menos ego.

– arrasou! Risos.

Pode ver uma fumaça sair de sua cabeça ela esboçar um “você vai me pagar por isso” porém relevei fiquei massageando meu ego em resposta de seu silencio e sua falta de argumento, voltando aquela aula monótona pode vê-lo me olhar por um canto do olho e me peguei me condenando por ter falado essas palavras sobre ele e agir como se ele não tivesse nenhuma importância para mim, era como se doesse tanto nele e ainda mais em mim. Não sabia o que fazer sobre isso, não gostaria que ele passasse a me odiar ou fingir que não existo como havia pensado que iria fazer e passaria a minha antiga vida, só que agora era oficial e claro pra mim que finge acreditar nisso foi o melhor modo de continuar com isso em público afinal e já que estava pensando sobre isso poderia me retratar a ele, de que modo? Aceitando a festa mesmo que uma parte de mim ache que isso é cilada ou escrever uma carta?, esperai o que estou dizendo escrever uma carta nunca escreve algo pra alguém além das redações porém não era pra alguém e sim sobre algo e mesmo que fizesse que não estou cogitando muito a hipótese o que escreveria e como. Uma poesia (não isso é muito romântico), ou caro senhor....não, é muito formal ou e aí...também não, agora informal ou talvez desculpe...sim, só desculpe e como o daria ou melhor daria indiretamente não podia ser vista com ele lhe dando uma carta e datando minha super habilidade de dialogo e timidez não é boa escolha, deixo no seu armário me lembro que é o 64 ala sul sem assinatura e sem mais detalhes, acho que ninguém agiu rude com ele hoje e muito menos deve ter agido em toda sua vida. Concluído o plano, agora é só escrever e deixar lá em algum horário que não tenha tanta gente e logo antes que me acabe a coragem, escreve e apaguei então rasguei a folha e a amassei jogando na minha bolsa o notei conversar e rir com seus colegas e ficar serio, olhar pra trás se ajeitar na cadeira apertar sua boca, escrever fazer pergunta sobre os assunto e a clara paquera da Izabel pra ele até que escreve o meu pedido singelo de desculpa e arranquei o papel do caderno, guardando no bolso da calça e estende o braço dizendo:

– professora, posso ir ao banheiro?

– claro, querida só não demore muito antes que outro professor venha.

– obrigado! Me levantando da banca e indo a porta.

De onde estávamos pra sua ala não era tão distante e passava pelo banheiro uma boa escapada e uma breve ida ao banheiro, chegando lá olhei para os dois lados e não vê ninguém então empurrei pela brecha o papel dobrado que logo entrou sem muita dificuldade, e corre para o banheiro suava bastante com um coração tão acelerado que parecia que acabava de correr em uma maratona minhas mãos suavam e me ficava pensando quando ele iria ler, o que pensaria, se haveria alguém junto dele na hora, se ele saberia que fui eu, qual seria a reação dele e por fim se me perdoaria? Eram muitas perguntas tantas que quase me afogava molhando o meu rosto na pia era idiota mas tose por um breve momento e com uma expressão no meu rosto que dizia que fez algo errado me recompus e voltei a sala minutos antes da próxima professora e próxima até que veio o intervalo e ele foi direto pro armário jogar alguns livros lá dentro seu irmão o acompanho dando tapinhas nas costa e conversando havia momentos que conseguia discernir o que havia dito com “olha só a Izabel esta muito interessada em você” claro, que não foi bem desse modo mas achei melhor traduzir assem e alguns risos uns tapinhas, gestos pejorativos o que só homens ridículos e sem moral fariam e a maioria de suas respostas eram um sorriso, um levantar de ombros com se disse-se “não sei” e uma mexida de cabeça pro lado direito e esquerdo o que representava um não, porém não pra que resposta? E aí um grande medo assolou meu coração como um calafrio estavam na frente do armário dele e na minha cabeça a culpa tomava conta com uns porque você fez isso , você esta louca, se toca garota você não tem chance e a melhor e a que jamais pensei que pensaria que merda eu fez? E um se fudeu?

Agora era o momento ele estendeu a chave que buscava no bolso da sua calça, estava de longe observando mas sentia me estreitar pra ficar cada vez menos visível em câmera lento era isso que via a cada segundo e já no cadeado prende minha respiração e podia ouvir o som do meu coração e uma imagem nítida de Rafael abrindo seu armário o bilhete caindo no chão o seu irmão apanhando olhando na minha direção rindo fazendo um alarme pra todos verem e ouvirem e me matar de vergonha e nessa fração de segundos meu pensamentos se dissiparam para avistar a realidade e um alivio me tomou tanto que soltei o ar de minha boca, seu irmão havia ido algo com um pedido de ajuda e um fui e ele abria jogando seus livros no armário que tinha algumas medalhas, fotos na porta com seus amigos, de campeonatos e com seu irmão e uma família que era clara que eram seus país e eles pequenos era impressionante pra mim de tão longe via tudo com uma clareza inacreditável como se usasse um binóculos, e no meio de tantas lembranças ele olhou pro meu papel, e o puxou desenrolou e leu, olhou para cada canto, daquele papel, com um único “desculpe-me” e me peguei surpresa tanto quanto ele, que parecia confuso e surpreso, sei que não esperava achar um papel com desculpe-me, mas o surpreendente é que parecia indiferente a supor de quem era ou melhor de não saber de quem era e nem imaginar. Sai do meu cantinho e sutilmente rastejei para que ninguém percebesse que estava ali nem tive vontade de comer, me retirei para meus pensamentos e dizia pra mim o quanto fui idiota para fazer isso e nem saber que fui eu e aliviada que não soubesse que era eu, imaginava agora perguntando para cada pessoa se esse tinha escrevi do para ele e deixado no armário sem uma assinatura, e achava que antes era uma ideia sensata, ao tocar fui a sala e olhe só, literatura. em que pedia para escrever um poema. Sentada olhei para ele e pensava idiotices com temas românticos segurei no papel e comecei a escrever, rescrever, apagar e a pensar que Shakespeare um dia tivera tanta dificuldade com eu até que parei e o avistei novamente e pus no papel um tema de nome desculpe-me.

Desculpe-me

Desculpe-me por ser tola...

Por não ser tão boa...

Quanto você merece.

Desculpe-me por ser tão idiota...

Por falar coisas que não condizem...

Por mentir descaradamente...

Sabendo que você é a coisa...

Mais perfeita do mundo inteiro.

Desculpe- me se meus versos...

Não tenham rimas...

Que o poema não seja bom...

Que essa estrofe não tenha sentido...

Por isso peço desculpas...

Por saber que o único perfeito....

Que não caberia num único poema...

...É você.

Terminando esse poema chocho o quis apagar mas por um golpe de azar o deixei ali sobre o papel em uma letra quase poética e uma tentativa barata de fazer o dever fazendo com que o tema central fosse o meu claro pedido de desculpas para Rafael Bezerra dos Santos inclinada curvada sobre a banca com a cabeça pra baixo que descansava sobre minha mão direta meu desanimo foi instantâneo até que ouvir a voz da professora andando de um lado pro outro da classe escancarando um “ novos poetas leiam para mim” e um instante meus olhos giraram e um bocejo me tomou não era desaprovação era apenas cansaço talvez só que a professora o avistou e tomou suas próprias conclusões para pedir que eu lesse o meu e com essa proposta me pus a despertar só podendo dizer:

– não! Era surpreso sem duvida e logo fechei o caderno que por azar novamente o grafite marcava a pagina.

– porque, não?

– bem, meu poema esta um tanto decepcionante para os meus padrões de estética, norma culta e desempenho, em outras palavras precisa ser refeito.

– o que é isso, Samantha , estamos aqui para aprender e assem posso corrigi-la se necessário, mas sei que é muito criativa então não é necessário se cobrar tanto. e além do mas sabe que tem escrito excelentes redações e estou um tanto curiosa pra saber do seu lado poético.

– te amostro depois da aula!

– Samantha, e privar todos os alunos do seu lado poético inspirador logo agora com a proximidade do seu aniversario te deixando mas poética.

Caramba a Izabel não perdia uma oportunidade de arruinar minha vida, quase como se soubesse o que significava e quisesse me expor pra classe e pro Rafael e além de tudo expor meus sentimentos como se abrisse meu diário e dissesse “olha Rafa essa parte aqui é sobre você e esse poema é tão romântico quase como um pedido de desculpa sobre te chamar de idiota, não na verdade, foi por ter te chamado de idiota! “

– nossa, Izabel que interesse repentino se quer inspiração ler Shakespeare, isso sim é inspiração.

– ora...ora Samantha, se isso foi por causa de vergonha eu leio pra você, tenho certeza que com a minha voz ficara melhor seu poema como ou quase com Shakespeare.

Pensei em esgana-la nesse momento e cala-la deves, já que não parava de querer arruinar-me com essa insistência agoniante.

– boa ideia, Izabela , pode pegar o poema e lê-lo.

– o que? Foi o meu melhor argumento ou melhor a surpresa de pega-lo e lê-lo só me reteve a dizer “ o que?” surpreendida de mais.

– sei que é tímida, porém a arte nunca deve ser excluída do olhos, da boca e dos ouvidos alheios para que a cultura seja passada e assem o autor tenha um pouco de se para dar pro mundo.

Agora eu sabia o que queria dar pro mundo ver, falar e ouvir um soco na fuça da professora e de Izabel que não parava de se intrometer só que estava de boca aberta com a sua arte espalhada pra reagir e melhor assem não queria ser expulsa e sujar meu currículo por um poema, agora se eu não for expulsa o meu nível de bulling vai ser aumentado e ser ridicularizada ainda mais.

Meus pensamentos foram interrompidos e sentir a mão branca numa tentativa de bronzeado da Izabel tocar meu caderno e agarra-lo pra se, por um momento me virei para agarrar peguei a ponta e puxei mas obvio a Izabel o puxou e na brincadeira rápida de cabo de guerra com o meu caderno levou a melhor, meus olhos se arregalaram e minha respiração se prendeu na minha garganta queria gritar um “não!” porém ou por sorte ficou presa na minha garganta e novamente meu coração disparou enquanto girava lentamente, vendo ela seguir orgulhosamente levando meu caderno como troféu e ficar na frente da sala abrindo meu caderno na pagina marcada pelo grafite, ajeitou a voz brincando como se fosse um soneto cantarolado, alguns risos surgiram e então leu.

– poema desculpe-me de Samantha Sanderson.

Naquele instante vê o Rafael se revirando na cadeira estava entretido escrevendo o seu poema e parecia ter sido acordado de um transe com aquela introdução e então perguntou surpreso.

– o que falou Izabel?

– o que falei?

– sim.

– o poema se chama desculpe-me de Samantha Sanderson, algum problema?

– não, só que não havia prestado tanta atenção ao titulo e quis perguntar.

– então para de escrever e presta atenção!

– na verdade, já terminei, e se quiser pode ler depois.

– eu vou adorar!

Uns zumbido passaram a ecoar por toda sala um mistura da “hum” ,“pega ela” e “já sei quem foi a inspiração” e meu estomago se revirou quase com náuseas.

– bem retomando irei ler.

– pra quem não ouviu se chama desculpe-me de Samantha Sanderson e sem mais interrupções.

“ Desculpe-me por ser tola...

Por não ser tão boa...

Quanto você merece.“

“Desculpe-me por ser tão idiota...

Por falar coisas que não condizem...

Por mentir descaradamente...

Sabendo que você é a coisa...

Mais perfeita do mundo inteiro.”

“Desculpe- me se meus versos...

Não tenham rimas...

Que o poema não seja bom...

Que essa estrofe não tenha sentido...

Por isso peço desculpas...

Por saber que o único perfeito....

Que não caberia num único poema...

...É você.”

Nesse instante gelei como se caísse no mar gelado do hemisfério norte completamente nua e era assem que me sentia nua, no mesmo instante olhei para Rafael que deu um sorriso que só ele tinha no canto da boca, mesmo não estando olhando pra mim parecia que estava olhando através de mim de modo que só ele conseguia e ainda mas como se conseguisse entender um recado que era só pra ele, seu sorriso era discreto quase imperceptível. E torcendo no minha cadeira todos estavam batendo palmas e assoviando ao mesmo modo que “ Samantha esta apaixonada e esse amor é tão grande...” e “quem será a inspiração!”.

– agora pessoal do queridíssimo Rafa!

Pude sentir aquela clara expressão de vomito no meu rosto e nas pessoas um de casalzinho novo na áreas mas eu sabia que era um recado pra mim de morra de ciúme e estava.

– bem se chama eu não sei de Rafael dos Santos.

–eu não sei de que signo você é, de que lua esta a sua emoção, de que boca esta a sua boca e o que você pensa com o seu coração.

– não sei porque faz tanta bobagem e como pode ser tão bela mesmo sem tentar ser, como você faz o meu mundo parecer grande e mesmo assem tão vazio.

– não sei porque perturba minha mente, porque se faz tão presente nos meus sonhos e como me tortura por não tê-la por não dize-la que te amo.

– nossa isso foi lindo!

Disse Izabel perplexa e quem não estava perplexa era o poema mais lindo que havia ouvido além dos de Shakespeare e a dor mais forte que havia tido até então, pois sabia que para o autor aquele que amo, não era sua inspiração, um lado meu já esperava e se vangloriava do meu coração quebrado o outro chorava e se acabava ao apanhar os pedaços do meu coração, se era isso que significava amar como diziam os poemas, não era justo amar e não ser amada e muito menos ver que quem você ama, ama a sua rival. Lutei para não chorar mas logo a aula acabaria e me esconderia sobre as estrelas para descansar essa que foi a pior dor que não era física e sim emocional pois ainda podia ouvir o meu coração bater lento e aquele meu lado mas sádico dizer para mim “agora se ponha no seu lugar e não se permita mas amar, se não essa dor não vai cessar, nunca mais” e parecia ter ouvido e algo em mim endurecer, lentamente dentro de mim, porém não completamente, ainda não.

– perfeito...perfeito!

Era a emoção clara da professora a primeira a bater palmas e então todo o restante cada vez mais e mais com assovios e “com quem será...com quem será que Rafa vai se casar vai depender...vai depender se a Izabel vai querer...ela aceitou...”.

– bem, silencio e até a próxima aula e parabéns Rafael você é um excelente poeta.

Izabel estava com o rosto reluzente de musa inspiradora e Rafael parecia sereno enquanto todos brincavam até demonstrou um sorriso largo quando falaram que era de Izabel que se tratava o poema, o que não me deixou ainda mais magoada o que não deixava transparecer ou me esforçava demais pra isso. passei por todos pondo minha bolsa sobre um braço só dando um até amanhã a professora, enquanto sobre o canto vê ele estende o pescoço sobre minha direção e tira-la pra finalizar seus murmúrios com os colegas sobre seu poema.

Passei pelo corredor e fui pra parte mas vazia quando descansei na parede de espelho tomando folego pra prender ainda mais o choro que se debatia para sair. Parei enfrente do espelho e por trás de mim numa imagem distorcida no escuro ouvir um sussurro que simplesmente era calmo e masculina “isso dói, então sugue essa dor te fara mas forte e sinta e sinta para saber que o amor não existe e que no final é apenas dor para alguém como você”.

Corre e como corre queria fugir dessa voz desse homem da escuridão de sua voz ecoando na minha cabeça do barulho do meu coração machucado insistindo em bater e permanecer vivo, mesmo depois de juntar os cacos, perde meu folego e senti passos, agora de desiludida emocionalmente estava paranoica e corre o máximo que pude olhei para trás e ouve um rosnado, pode ser aquele cachorro novamente como?, se não entra animais aqui, estou louca e porque estou correndo tanto era algo chamado auto preservação e instinto, olhe de novo por trás de minhas costa quando bate em alguém.

– nossa, fugindo de quem?

Aquela mesma mão estendida, aquela voz era o Rafael dessa vez não aceitei a sua mão estendida me levantando e batendo as mãos na calça, ele pareceu surpreso e nem um pouco ofendido pondo as mãos no bolso da calça.

– deve ser alguns agiotas!

Ele pareceu rir sinceramente enquanto explanava um simples.

– acho melhor pagar, então você vai acabar morrendo com isso. Precisa ir a enfermaria?

– não, não precisa, você não é bem um monumento...quer dizer nada de pedra ou tijolos e muito menos armário.

– é verdade!

– porque esta aqui, não é para que eu esbarre em você, suponho.

– não, não!

– bem, recebe um pedido de desculpe-me e fiquei louco me perguntando quem poderia me pedir desculpas, até que ouve o tema do seu poema e liguei um com o outro.

– sei é, foi por ter te chamado de idiota achei que não deveria ter dito isso!

– obrigado e aceito seus pedidos de desculpa mesmo não estando ofendido, porém você podia ter pelo menos ido falar comigo ou assinado o papel?

– isso foi mal, desculpe-me, prometo que isso jamais se repetirá.

– nossa, você pede bastante desculpas, só me diga que quando escrever um bilhete pra mim, vai assinar agora.

Quando ouve pensei em dizer que jamais isso se repetirá, que não vou escrever bilhetes e nem falar com ele, que não quero manter contato e que não me importo ou melhor me importo e que por isso quero que ele mantenha-se afastado de modo que nunca mais o veria, e que isso seria muito difícil, por sermos da mesma classe e eu estar apaixonada por ele, que acabou de me causar uma decepção amorosa.

– claro!

– boa noite!

– boa noite!

– e paga os seus agiotas!

– deixa comigo!

Dando alguns passos seguiu o seu caminho enquanto eu de modo magico desaparecia na escuridão indo pro meu repouso estrelar, pude ao menos vê-lo olhar para todos os lados quando em fração de segundos havia desaparecido era bem rápida e meus passos não repercutiam pelo piso como a maioria das pessoas quando andava aprende essa maneira de andar em minha infância para não ser notada com facilidade e isso foi ainda mais útil ao chegar ao orfanato.

Naquela noite me lembro de olhar para estrela deitada repousando a cabeça sobre as mãos de observar a estrela sobre a luneta velha dada pela diretora do orfanato de presente a alguns anos, fazer poemas no meu diário apregoando meu coração rompido nos papeis e como o meu dia foi desprezível comparado aos outros, não recebe a presença do meu amigo, companheiro e confidente felino de quatro patas “bichano” a sua presença seria a única coisa pra me animar já que as estrelas pareciam somente me trazer solidão quando fechei os olhos dorme e sonhei nadando no lago completamente nua e mergulhar e quando emergia estava completamente diferente de uma maneira mais sombria e mesmo assem atraente, sexy, fabulosa e linda, porém com tudo isso era solitária, fria e com um olhar que não demonstrava humanidade e sim perda dela até que disse “você pode ser tudo isso, Samantha , somos uma, somos melhores que todos os outros é só saber que ninguém a ama e ninguém vai te amar apenas você se amará enquanto os outros a temerem, pois o amor não traz nada já o temor te traz poder, lembre disso...”

Acordei ofegante o sol já estava pairando sobre mim, então pulei do chão como pude ter dormido tanto no chão no frio da noite, não era surpreendente dorme varias vezes no chão frio porém não perdia a hora de acordar, esta certo com a ajuda do despertador isso é facilitado.

Desce as escadas e andei mais, fui até o meu dormitório e as colegas de quarto me olharam por um instante e continuaram seus afazeres a única que se propôs a falar é a que menos gostaria de ouvir a voz,

– dormiu fora do dormitório ou não dormiu, com essa roupa de ontem...fugiu pra ficar com o Rafa. (risos)

– e como poderia Izabel ,ele é louco por você, ele mesmo disse ontem naquele poema e quando perguntado ele confirmou.

– sim, foi mesmo Julia , tinha até esquecido mas sempre sou lembrada.

Por um momento poderia ter chorado, batido nela ou até mesmo responde-la e em resposta apenas bocejei e expressei “tudo bem então” não estava forçando nem um pouco estava super cansada e poderia ter me deitado na cama se não houvesse aula e prova logo de manhã e segui para o banheiro, tomei uma longa ducha e pus minha roupa e prende meu cabelo num rabo de cavalo e seguir até o refeitório onde ninguém me notou, pus uma maça no meu prato uma tigela media de cereal com leite e um café bem forte pra me despertar e enquanto comia quase cochilei e despertando minha maça que estava na boca me pareceu podre assem como o seu gosto, me sentir tão feliz por estar no canto escuro e imperceptível da sala que pude cuspir pra fora a maça, depois de cuspir ela estava em ótimo estado de conservação e pensei comigo mesmo que foi o sono, dei umas colheradas no cereal como se o atacasse e ao olhar depois de umas dez colheradas, vê vermes retorcendo no prato e depois em minha garganta descendo pelo meu esôfago e corroendo o meu estomago, enguei varias vezes e tentei forçar a sair enquanto corria apressada para o banheiro a sensação era de ser comida por dentro de ser rasgada e triturada, me inclinei na privada pus o dedo na garganta e vomitei tudo dês dos vermes a sangue, tripa, lombriga e cabelo, Sim, cabelo; muitas vezes isso me ocorria e nunca disse a ninguém e logo passava. Porém tinha me acostumado a não conviver com ela a longo tempo. Sai de lá dando descarga e fui até a pia molhei meu rosto, com certeza dorme mal e minhas psicoses estavam me afetando por isso além de ter dormido no sereno e como tenho uma saúde muita frágil me provocou essa crise. Nessas horas sempre buscava explicações logicas e uma dose de deixe pra lá, esqueça , você esta ótima e isso logo vai passar era com esse pensamento que seguir pra sala era matemática a minha prova.

Todos se puseram nas suas bancas enquanto se entregava os papeis e de costume um aviso no quadro de fazer silencio e que havia 50 min para se fazer a prova, os matérias como lápis ,borracha e caneta não poderiam ser compartilhados as provas assinadas e cem tolerância a fila. Todavia a professora era lerda e muitas vezes dormia na sua mesa ao observar então a fila era passada sem discrição e eu era exceção.

O clima estava quente e eu soava bastante e meu coração acelerava e minha cabeça girava, estava com fome pois o pouco que come pus pra fora e não estive com vontade depois de comer, as vozes cambaleavam distantes as imagens era destorcidas e ao olhar pra prova mal pude assinar meu nome, as únicas coisa que fizeram minha mão direita movimentar era algo além das minhas força, escrevendo palavras esgarranchadas podia ser português com a mistura de outras mil palavras e dois desenho um símbolo como uma estrela de cinco pontas e uma face masculina de olhos negros com uma sombra negra e depois de terminada parecia piscar pra mim. me levantei cambaleando pensei em falar e não consegue, senti como se alguém a tivesse fechada e pus como impulso minha mão para tira-la e não conseguir puxei o ar e não veio, estava perdendo o folego e pude ouvir “ o que a com você ratinha escaldada parece que acaba de tomar um banho” estava olhando em direção a voz e não conseguia vê-la era desesperador buscar oxigênio e não acha-lo, procurar pedir ajuda e não conseguir nem soltar um som, estava em pânico conseguia sentir isso em mim, estava morrendo isso era o fim e a voz vinha e voltava era Izabel que estava falando podia distinguir sua voz irritante mesmo que tão longe e uma ultima Rafael era a dele “Samantha esta bem?” comecei a cair de joelhos cada um por vez, e quando achei que tudo estava escurecendo avistei um rosto de cara com a minha, face a face, seus traços masculinos no seu rosto forte, vestido de negro com terno, palito, gravata tudo de linho numa costura impecável importado podia ser italiana e muito caro, não observei muito nesses poucos segundo seu cabelo curto penteado pra trás e seus olhos me fitando negros tão negros que parecia suprir toda a luz, toda vida , todo o amor e trazer trevas, escuridão, medo , desolação e morte. Quase que concluindo que ele era a morte, seus olhos se aproximaram e pode ouvir “esta com medo?” não pude abrir a boca e de modo fantástico minha alma respondeu no meu lugar “sim” era tudo que pode dizer cuspe sangue e um murmúrio de muito longe e ainda podia saber que era nojo, desespero e agonia; e aquele rapaz lindo, sexy e assustador me perguntou novamente “quer morrer Samantha, ou quer voltar a essa vida desprezível?” dessa vez cadê a minha alma onde ela estava, havia respondido, não, havia sumido e inexplicavelmente cai no chão, meus olhos ainda estavam aberto ainda sentia uma mão me puxar era a professora, gritos muitos gritos e tudo escureceu se apagou como se alguém apagasse todas as luzes e no escuro era onde tinha permanecido.

Acordei dias depois em um hospital era o “Rosa da luz de cristo” como sabia milhares de vezes vem parar nesse hospital era tão familiar para mim do que minha própria casa. As cortinas eram azuis e tudo era na tonalidade azul e branco, era um quarto pequeno com uma janelinha pequena que tinha o sua tranca quebrada então se abrisse não fechava, e isso não era necessário não quando o ar-condicionado estava funcionando, quando não demorava sua melhora. Olhei para todos os lados estava no soro e pelo estado da minha pele interruptamente, um monitor verificava meus batimentos cardíacos ligado ao meu pulso e um fio incomodo estava em meu nariz enchendo minha respiração o oxidando, pensei em puxa-lo até que a enfermeira entrou no quarto, meu ouvido estava zunindo então não responde já que nem ao menos entende, pra meu alivio tirou os fios e o aparelho de meu nariz e me sentir aliviada de respirar por conta própria e por estar respirando, agente nunca sabe o quanto que algo é importante pra gente até ser retirado de nós, nesse caso pra mim, era o ar que enchia meus pulmões e passeavam pela minha corrente sanguínea ,respirei tanto que pude engasgar com isso.

– esta melhor Samantha?

– fique quanto tempo aqui?

– alguns dias!

– dias?

– sim, seu aniversario é amanhã, por falar nisso trouxe esse cup cake.

– obrigado, não precisava. Estendendo minha mão para pega-lo e quando segurei perguntei curiosa.

– posso come-lo?

– claro, que sim!

Dei uma mordida que quase se foi tudo toda vez que parava no hospital ganhava um cup cake da diretora do orfanato que vivia.

– falando em seu aniversario, a uma festa esperando por você.

– por mim!

– amanhã é claro, agora mais uma noticia boa, pode sair hoje e retomar as suas atividades escolares se quiser, ou voltar pra cama de seu dormitório pra descansar mais um pouco.

– acho que posso retomar minhas atividades escolares, estive tempo demais dormindo.

E realmente era assem que me sentia como se estivesse passado tempo demais dormindo não sentia cansaço ou dor somente um leve incomodo das agulhas, que já não era insuportável, por ser quase uma parte de mim, quase sempre ejetada no meu corpo.

Sai do hospital parecia um pouco inchada isso por causa de tanto soro no meu corpo e antes corre para o banheiro, precisava eliminar o liquido em excesso desse meu corpo, era oito horas da manhã quando sair do hospital em que todos me conheciam até os novatos e em uma hora mais tarde chegava ao meu lar o orfanato “Maria de Calcutá” que era uma quase cidade de tão grande, varias torres com muitos dormitórios e salas de aulas, um refeitório amplo e um jardim comprido com área verde e grama, também havia uma horta um lago onde vivia me isolando que não era muito frequentado e era longe da parte principal, uma longa pista de atletismo com espaço para aparato dos equipamentos isso tudo porque seu time eram campeões consecutivos o que trazia muitos recursos, tinha até academia não era impressionante mas tinha com um espaço para praticar lutas marciais onde nunca aparece nem a uma aula de ed. Física, também tinha uma piscina para natação e uma quadra poli esportiva com arquibancadas que era toda coberta, uma torre de relógio e uma capela onde sempre havia missas o que não era obrigatório a participação já que todos os alunos não caberiam a ir, uma torre de creche para os pequenos e uns parquinhos, próximo ao meu lugar favorito o lago havia uma pequena mata com arvores que não era frequentado e nesses limites um muro cercando todo o orfanato, a rumores que a um portão dês do tempo de sua fundação que nunca foi trocado ou reformado e que ainda é um mistério ter sido criado aquela passagem no meio do nada.

Sim, havia chegado a minha tentativa de casa ou minha prisão até minha maior idade aonde seria solta nesse mundo gigante de deus.

– observando?

– sim, parece que sair a tanto tempo.

– você sempre diz isso quando volta de uma estadia no hospital.

Isso era verdade sentia muita falta desse lugar pois pra mim por pior que seja conviver com as crianças e adolescente desse local, havia lugares piores no mundo para se viver e piores orfanatos que o meu a se viver com menos estrutura e espaço, só entrei neste lugar porque a minha historia de vida era famosa e para o governo me por aqui iria passar uma imagem de final feliz para a minha historia e de governo preocupado com o povo.

Entrei na sala de aula e fui tão bem recepcionada que meus sentimentos foram contraditórios nesse momento ao sentir falta do meu segundo lar o hospital “ Rosa da luz de cristo” .

– bem vinda de volta, ratinha escaldada quase tive a mesma ideia de passar mal para fugir do teste de matemática, serio brilhante!

– eu não sou capaz de fingir, manipular ser sórdida, falsa e melhor burra como você, Izabel, e se isso me faz brilhante é o que sou... e a proposito não preciso fugir dos testes de matemática ou qualquer matéria, minhas medias são dez a anos, e mesmo que parasse de estudar agora ainda assem estaria com os dois pês na faculdade.

Me enche de orgulho e seguir, normalmente fico calada ou respondo por provocação repulsiva só que a sua calorosas boas vindas me deram uma resposta a altura.ao sentar na minha cadeira de costume pode ouvir “ você me paga por mais essa” e foi inevitável rir, chegou a professora de literatura e em seguida o Rafael que entrou na sala e ao me ver seus olhos brilharam e um sorriso enorme se encheu e me sentir corar em tons vermelhos em minha bochecha e meu estomago se encher de borbulhas, minha mão soar e um calafrio surgir.

– e aí, já esta melhor?

– sim, posso ser frágil mas sou inquebrável!

– que pena!

Resolve retirar o maravilhoso comentário de minha querida amiga Izabel, que é claro que estava sendo irônica a ignorando.

– bem, alunos vamos retomar as poesias, hoje e focar no tema amizade...

– estive preocupado com você!

Esperai Rafael disse que estava preocupado comigo.

– não perca seu tempo se preocupando comigo...estou bem!

Nossa como eu pude responde-lo desse jeito mesmo passando tanto tempo e sabendo que ele estava apaixonado pela Izabel, eu não podia responde-lo assem, mesmo que no fundo quisesse e esperava ou ao menos fingia acreditar que era apaixonado por mim. ele estava apenas se preocupando como um amigo e eu estava sendo rude novamente com alguém que não merecia, mas parecia que ele não estava prestando atenção na primeiras palavras e sim na ultima “bem”.

– achei que havia morrido.

– acho que todos acharam, por isso comemorar o dia do meu aniversario como festa de despedida!

– você é engraçada! na verdade foi porque os médicos disseram a diretora que você estava reagindo muito bem, e que logo acordaria então todos concordaram em uma festa de comemoração, e não despedida.

– serio, ainda insisto que era despedida!

– sim, e o que você teve?

– ataque de pânico, matemática me assusta!

– sei, o protocolo medico foi qual?

– não sei, mas depois de tantas idas ao hospital cansei de perguntar.

– rã...rã!

– você realmente é engraçada!

– é que passei um bom tempo longe da Izabel, foi isso que melhorou meu humor. Depois que falei percebe que não era pra ter dito, afinal ele era apaixonado pela Izabel e faze-lo pensar nela enquanto estava conversando comigo não era um bom começo.

– bem, já que passei tanto tempo fora quais são as novidades?

– nenhuma tudo como sempre, dever e mais dever, agora, algo nós chamou muita atenção no dia que passou mal a sua prova estava rabiscada em aramaico e havia dois desenhos, uma estrela de cinco pontas e um rosto de um homem, quem era esse homem e como aprendeu aramaico?

– não sei, o que esta dizendo e acho que não conheço esse homem podia ser alguém de muito tempo atrás e sobre a estrela gosto de estrelas e constelações e passo meu tempo estudando-as, agora sobre o aramaico devo ter visto em algum livro da biblioteca e quando passei mal o escreve.

– bem a diretora cogitou essas hipóteses, agora a parte do aramaico bem...ela conferiu na biblioteca e não tem nenhum livro a respeito desse tema ou com qualquer escrita e ela consultou um padre que confirmou que era aramaico e que não sabia traduzi-lo, porque era da época de cristo.

– isso me surpreendeu mas continuo insistindo que devo ter visto em algum livro ao longo de minha vida.

– ou outra... bem a diretora quer que você volte a se consultar com o seu psicólogo o Hugo Resendez.

– eu já sei disso, ela me intimou.

– esta certo, avisada, e se lembrar ou até mesmo souber de mais um pouco, me ensina vou adorar aprender essa língua morta!

Morta essa palavra golpeou o meu estomago, antes não havia mas agora embrulhava o estomago e minha cabeça começava a querer se lembrar de algo, algo que me aconteceu aqui na sala naquele dia e nos dias que estava adormecida sobre o leito do hospital, mas não conseguia me lembrar, por que? Era algo importante, algo de extremo valor, impressionante, inacreditável e misterioso e que homem era esse, e como ele era, parecia que algo me fazia querer procura-lo e tê-lo e ao mesmo tempo segui-lo e novamente por que?

As aulas passaram e com ele o dia e aquela rotina tomada de novo em curso na minha vida o que me entediava. No entanto o meu dia começou bem mais relaxado sem tanto stress e até mesmo a chata da Izabel com a minha presença e minha paz de espirito, parecia em estado de nervo, o que me deixa ainda mais de bom humor e o que mais acentuou isso, foi a minha conversa com o Rafa, que parecia cada vez mais o meu príncipe, me deixou bastante alegre. Tudo corria bem pela primeira vez da minha vida com umas exceções como certas pessoas inconvenientes rindo de mim e me ridicularizando, me analisando sobre os olhares curiosos, surpresa por estar viva e bem e por ter voltado, estava claro ( na verdade, transparente como água) alguns me dirigiam perguntas quase ofensivas, pejorativas e absurdas de mais a se dirigir a alguém que voltou de praticamente um como e tão absurdas que eram engraçadas de modo que me perguntaram como é o outro lado da vida, em outras palavras a morte. Os cochichos inevitáveis, e eram tantos que ficava impossível de ouvir meus próprios pensamentos. E com tudo isso ninguém ou praticamente todo mundo estavam bem felizes, de me verem ali com eles, para tentar ainda buscar a ironia como explicação para a crueldade de todos esses jovens, toda vez que voltava do hospital sempre a mesmas coisas, sempre as mesma perguntas, ironias, zombarias e fofocas de porque ainda estava aqui ainda entre eles, sim eu era uma estranha, reclusa. Se sentia pena de mim? Parei de fazer isso, só me rebaixava ainda mais, e com o tempo passei a repelir e mesmo assem doía.

Na manhã seguinte era meu aniversário de 10 anos, nossa como o tempo passava rápido.

O dia havia começado com um forte vendaval e uma chuva escura em toda a cidade e o orfanato, o céu estava escuro com uma espessa camada de nuvens negras que ameaçava relampejar podia ser um sinal que o dia começava mal se fosse supersticiosa o que não sou,

a manhã e a tarde se concluiu do mesmo modo mais algo estava errado me tratava de certo modo indiferente e um sem piadas ou bulling poderia ser meu presente de aniversario se era havia sido o melhor que receber até hoje.

Depois das aulas seguir para um longo banho em paz e tranquilo ganhei um vestido, sandália novos da professora e algumas freiras que se juntaram para me dar uma lembrancinha, estava um tanto desanimada até que minha porta bateu e com ela um papel escrito “feliz aniversario estarei lhe esperando” não havia nenhuma assinatura e olhei para os dois lados para ver quem poderia ter sido, pensei ser uma pegadinha e depois lá no fundo me peguei sorrindo em pensar nele a escrever para mim. As meninas não estavam presentes haviam saído para arrumar tudo e com isso escreve mentalmente uma observação sobre a análise do local e as possíveis ameaças.

Arrumei-me lentamente desce e fui até o caminho ou até a metade do caminho, perde a coragem naquele instante e dei a meia volta foi quando esbarrei nele, esculpido como um príncipe e tão cheiroso, perde o folego e as palavras.

– não era pra estar seguindo em frente!

Pareceu-me uma ambiguidade, e de certa forma de maneira literal.

– eu estava voltando ao quarto.

– ao quarto?

– sim!

– por quê?

– acho que não deveria estar indo para lá, esse não é meu lugar, eles não são os meus amigos!

Rafael riu com aquele olhar doce e apenas me disse.

– nem um lugar é nosso se não nos forçarmos para ser e amigos primeiro precisa se familiarizar para conhecer melhor!

– bem...

– nada mais... Levanta a cabeça que o dia hoje é seu!

Como poderia me arrepender e ao mesmo tempo como não me arrepender. Ele passou o braço sobre mim e apenas disse.

– vamos que todos estão lhe esperando... Alias feliz aniversario!

Segui com ele ao meu lado até a festa que já havia começado sem mim como se sentissem a menor falta, quando cheguei ninguém me cumprimentou e estava tão deslocada, ele ainda estava ao meu lado quando a amiga da Izabel o chamou algo sobre o preparativo, passei por algumas pessoas que agiam como não existisse e me sentei do outro lado dei alguns passos até que ouvi o meu nome no alto falante.

– hoje estamos aqui para o aniversario da nossa ratinha... Ops... Samantha! (risadas)

– ela completa... bem eu não sei quantos anos ela completa e ninguém se importa! (risos)

– mas estamos aqui para saudá-la!

– parabéns pra você, nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida...

O bolo veio até mim trazido por Rafael e Venancia era lindo, cheio de velas coloridas. Ele apenas me disse “faz um pedido” fechei os meus olhos até que um garoto besta soprou-a antes de mim, todos riram principalmente quando começou a partir o bolo e chamar os outros para comerem, Rafael sumiu em meio a multidão seu irmão havia o levado, todos comiam, zombavam, bebiam. Algumas lagrimas caíram do meu rosto ainda mais quando do palco Izabel anuncia “ Ao aniversario que merece” estendendo um copo de refrigerante sair de lá agoniada até que ouve alguns passos atrás de mim, correr mais rápido e assim os passos até uma voz familiar chama-me.

– Samantha!

Ele me agarrou e soluçava nunca havia chorado tanto foi esse momento e essa data em especial.

– ela sempre acabando comigo!

– não... Não é isso!

– sim é... Ela é um monstro, terrível, chata, egoísta e dez de que eu cheguei chamando a atenção da mídia, governo e toda a direção do orfanato ela vem agindo como um completo demônio...

– ela não é assim pode parecer um pouco superficial, mas ela tem um grande coração...

– coração... O que ela tem é um coração ou uma pedra que apenas faz o mal.

– esta comparando ela com um monstro e ela é apenas uma garota!

– e isso que acha... Ou acha que ela é linda e perfeita.

– eu não estou dizendo isso.

– então nega que ela não seja linda!

– o que?

– eu achei que você era diferente e você é mais um atleta metido a merda que se apaixona por lideres de torcida vulgares, metidas e sem compaixão.

– eu não sou assim e além do mais se você realmente me conhecesse saberia que não sou assim.

– e quem é você então, pois você não me defendeu em meio aquela gente me trouxe até aqui me convenceu e disse que estaria comigo...

– eu não disse que estaria contigo...

– é isso é verdade, que tola eu sou, pois você é realmente pior que a Izabel, pois ela ainda mostra que me odeia e você finge que não!

Sair correndo pelo dormitório um frio intenso me inundou e podia ouvi-lo falar que foi um mal entendido e que não queria ter dito isso, até me perder na escuridão, choveu durante toda noite e eu andei e andei não pude voltar ao dormitório e fiquei ensopada até que dorme na enfermaria, conveniente para quem estava com tanta febre havia chorado demais e a chuva que caia foi um estopim para uma nova doença aparecer. Rafael pareceu algumas vezes, mas não queria vê-lo remorso poderia ser bem possível, ela tentou me convencer que não e algumas pessoas foram para detenção e para trabalhos comunitários e ainda era pouco pra mim, eles estavam acabando com tudo com tudo não havia mais nada e quando achava que estava com algo bom apenas me decepcionei com uma dor pior que a da festa e de ver o garoto que amo, ama outra e defende-la e confiar em alguém e esse alguém não merecê-la mais alguns anos se passaram e dessa vez a adolescência era complexa e terrível, pois os hormônios atormentavam.


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