Um namoro com Draco Malfoy. O sonho de qualquer garota. E eu aqui, Hermione Granger, a irritante sabe tudo, eu tinha o garoto, eu o amava, eu era a pessoa mais sortuda do mundo.

—Oi, Mione—Disse Rony, enquanto eu me sentava ao seu lado e de Harry.

—Olá—Falei, animada. Faz quase duas semanas que Draco me pediu em namoro, mas no momento ninguém poderia ficar sabendo disso. Eu olhava ansiosamente a porta de entrada a cada dez segundos. O tempo parecia passar devagar até demais. Até que o loiro apareceu, lindo como sempre, com um sorriso não muito comum. O meu sorriso. Pansy logo foi para cima dele.

—Oi Draco—Disse ela, ele olhou rapidamente pra mim e ergueu a sobrancelha, como se pedisse desculpas.

—Oi, Pansy—Disse ele e se sentou ao lado de Crabbe e Goyle, o professor Flitwick chegou e explicou alguns feitiços, entre eles um que ele disse ser especial. Seu nome era Obliviate. Ele tinha o poder de apagar a memória da pessoa ou coisa assim. Levantei minha mão para falar.

—Diga senhorita Granger.

—Esse feitiço... Ele tem reversão? —Perguntei.

—Gênios e estudiosos dizem que não, senhorita Granger. Mas eu ao menos creio que caso a pessoa alvo do feitiço tiver uma ligação muito poderosa outra, ela nunca esquecerá por completo.

—Entendi. Obrigada—Falei e ele voltou a aula. O que eu mais queria era pedir que Draco usasse o obliviate em Pansy, assim ela largava do pé dele. A aula acabou e me dirigi até a porta, ao lado de Rony e Harry.

—Ei, Mione, você poderia me fazer um favor? —Perguntou Rony.

—Claro, quer dizer... Depende. O que você quer?

—Eu queria que você me ajudasse a fazer ciumes na Luna—Disse ele, corando. Droga. Eu não podia fazer isso, nem com Luna nem com Draco. Mas se eu os negasse desconfiariam. Mil vezes Droga. Senti os olhos de Draco me observando, como se ele esperasse a minha resposta. Eu estava ficando desesperada quando Draco andou até nós e se dirigiu ao Harry.

—Santo Potter, se eu não lhe conhecesse, eu diria que você está feliz pelo adiamento do torneio Tribruxo.

—Não enche Malfoy—Disse Rony, se metendo.

—Ora, Weasley, você não tem nada o que falar também, outro covarde, assim como seu amigo. —Disse Draco, o empurrando. Rony se calou, eu sabia que isso tudo era apenas uma atuação do loiro. Harry puxou Rony e eu fui atrás, deixando um livro cair, voltei para buscá-lo, mas Draco pegou primeiro e me entregou.

—Obrigada, Malfoy—Falei em tom rude, me divertindo um pouco com a atuação.

—Não há de que, Granger—Ele disse, igualmente rude, porém seus olhos esbanjavam ironia. Voltei a acompanhar Rony e Harry, até a sala comunal da Grifinória.

Algumas horas mais tarde resolvi ir à biblioteca buscar um livro para distrair-me, entrei e peguei um chamado “Hogwarts, uma historia“ eu já havia lido ele milhares de vezes, e nunca me cansava. Sentei-me em uma mesa e comecei a ler. Alguns segundos depois Krum entrou na biblioteca e fixou seus olhos em mim. Fiz de conta que não percebi, até que o moreno andou até mim e disse:

—Oi, meu nome é Victor Krum.

—Oi—Falei, parecendo uma ignorante.

—Seu nome é Hermione, certo? Ouvi os professores falando sobre você um dia desses, eles falaram que você é um exemplo de aluna. —Victor falou, com um sorriso no rosto.

—É isso parece bom—Falei e voltei a ler. O garoto se sentou frente a mim e ficou me observando. Eu precisava sair dali o mais rápido possível. —Eu tenho que ir, se não se importa, tchau—Falei e deixei o livro sobre a mesa. E então comecei a subir as escadas até a sala comunal novamente, quando ouvi a voz de Pansy, em outro corredor.

—... Mas Draco, eu só quero mais uma chance, por menor que seja. Eu prometo que vou tentar ser uma boa namorada—Dizia a garota, com sua voz infantil e enjoada.

—Já disse que não, Parkinson, eu não quero você—Draco falou nervoso. Eu queria que ele me visse ali, pelo menos não ficaria tão nervoso. Sem pensar muito bem, apenas entrei no corredor e empurrei Pansy, dei mais um passo até Draco e o beijei. O garoto, em vez de me desprezar, segurou minha cintura, me puxando para si. Senti o olhar pesado de Pansy sobre mim e depois um “Você vai me pagar por tudo isso, Granger” e então a garota saiu. Eu não parei de beijar Draco, nem eu nem ele queriamos, apenas aproveitamos ao máximo o momento. Alguns segundos depois, sua voz, um pouco rouca, falou:

—Eu preciso respirar Granger. —E então nos afastamos.

—Desculpe—Falei.

—Ela precisava entender, não ligo muito, e depois de tudo isso, vão achar que é só mais uma invenção da garota—Disse ele, dando de ombros.

—Queria um tempo com você—Falei e ele sorriu.

—Apenas me siga, não muito próxima para que ninguém desconfie—Falou ele e então saiu andando, esperei dez... Vinte segundos e o segui, uns dez metros atrás. Draco entrou em uma porta que eu nunca havia nem reparado. Esperei um pouco e entrei atrás.

Era um jardim imenso, com uma mesinha no meio, duas xícaras de chá em cima dela. Havia flores para todos os lados e uma música clássica tocando. Entrei mais nela.

—Draco? —Chamei e ele apareceu na minha frente. Envolvendo-me em seus braços.

—Você sabe o quanto eu amo quando você me chama pelo nome, Granger? —Disse ele, com sua boca a poucos milímetros da minha, deixando o cheiro de menta por toda a parte.

—E você sabe o quanto eu acho você sensual me chamando de Granger? —Falei, rindo, ele apenas sorriu também.

—Onde estamos? —Perguntei.

—Bem... É a sala precisa—Disse ele.

—Mas é um jardim! —Resmunguei.

—A sala pode ser o que eu mais preciso, eu precisava de um jardim, aqui está ele—Falou ele e nos sentamos na mesinha. Ele apenas me observava tomando o chá, que queimava um pouco meus lábios. Depois de terminar o chá, eu falei:

—O Krum estava tentando flertar comigo mais cedo—Contei.

—Aquele desgraçado... —Disse ele e eu ri, ele ficava lindo com ciúmes. Ficamos apenas um olhando ao outro por alguns minutos, até que a música ambiente ficou prazerosa. Ele se levantou e puxou minha mão. Começamos a rodopiar pelo jardim. No meio da dança nos beijamos.

—Para uma iniciante, Granger, você beija extremamente bem—Sussurrou ele, me provocando arrepios por todo o corpo. —Quer dizer que minha voz te dá arrepios? E quanto a isso? —Perguntou o garoto, mordendo o lóbulo da minha orelha. Novamente me deixando arrepiada.

—Precisa se esforçar mais, Malfoy—Brinquei e o garoto foi beijando da minha orelha até meu pescoço, aonde parou, beijando suavemente, talvez, por algum acaso, ficaria a marca de um chupão ali. Eu teria que dar um jeito de explicar isso aos meus amigos depois.

—E agora? —Perguntou ele.

—Acho que você achou meus pontos fracos—Falei, sorrindo. —E quanto a mim, ainda não achei seu ponto fraco.

—Mas claro que você sabe! —Exclamou ele, como se o que eu acabara de falar fosse uma ofensa.

—Seriam beijos no pescoço? Ou então talvez cócegas... —Pensei alto.

—Cócegas também—Ele falou, sorrindo—Porém meu maior ponto fraco é você Granger, não há nada que me provoque mais arrepios que você—Disse ele—E de todas as garotas que já beijei, você foi a única que me fez sentir isso.

—Eu te amo, Draco—Confessei.

—Eu também te amo, Granger. —Confessou o garoto, me dando mais um beijinho na testa e saindo da sala, me deixando sozinha. Alguns segundos depois eu sai da sala precisa e fui dormir.

Acordei animada no outro dia, vesti-me e entrei na sala principal.

—Bom dia—Falei, me sentando ao lado de Harry e Rony.

—Bom dia? Hermione, você pode nos explicar isso? —Perguntou Harry me mostrando o jornal. Comecei a ler o documentário.

UMA MENTIRA OU UM AMOR IMPOSSÍVEL?

Desde o baile de outono, os jovens Draco Malfoy e Hermione Granger vieram mostrando um estranho comportamento sobre os colegas. A garota, uma sangue ruim da casa Grifinória, já apaixonada pelo seu amigo Rony Weasley, pode estar tendo um relacionamento com o jovem Malfoy, um sangue puro da Sonserina. Estaria a garota abafando o caso com o ruivo Weasley, ou seria apenas uma ambição de poder, dinheiro e fama dos Malfoys?

Hermione, famosa por grandes feitos em Hogwarts, poderia estar apenas dando um golpe no Malfoy, ou talvez realmente seja paixão?

“Eu estava conversando com Draco quando de repente Hermione me empurrou e beijou-o, óbvio que de primeiro momento ele tentou afastar-se dela, porém ela o segurou e obrigou-o a retribuir o beijo” - Relata uma aluna, que não quis revelar o seu nome.

O relato deixa ainda mais claro que a jovem e ambiciosa Granger quer apenas usufruir da fama de Draco Malfoy.

De Rita Skeeter

Percebi que havia notícias sobre Cedrico e Cho entre outras, ou seja: pura fofoca.

Olhei para os lados e percebi toda Hogwarts observando a mim e ao Draco, como se tivéssemos feito algo de errado. Olhei para Pansy, que soltou um sorrisinho enjoado para mim. Draco ia gritar alguma coisa quando de repente uma coruja pousou sobre sua mesa, deixando um pequeno bilhete, ele se levantou imediatamente, ignorando os olhares, veio até mim e cochichou:

—Meu pai me mandou um bilhete, provavelmente viu a notícia e quer falar comigo, volto logo, quanto aos outros, apenas diga que é verdade e que você está mesmo namorando comigo, te amo—E então ele saiu. Deixando-me sozinha em meio á olhares impiedosos e sussurros que ficavam á cada segundo mais altos.

—Isso é verdade, senhorita Granger? Você está mesmo namorando com o senhor Malfoy? —Perguntou a professora Sibila Trelawney , deixando todos os alunos apreensivos.

—Sim, é verdade, senhorita Trelawney—Falei alto o suficiente para que todos ouvissem e sai da sala, com a cabeça erguida e ignorando os xingamentos de “Aproveitadora e ambiciosa” Corri até a cabana de Hagrid, o único lugar que eu poderia ficar, ele também já sabia de tudo isso, e falou:

—Veja bem, minha querida, se você o ama nada disso importa e nem atrapalhará vocês dois.

—Eu sei disso, Hagrid... Eu sei.