Daydream - Devaneio

Sonhos não são o que costumavam ser, antigamente eles acabavam quando você abria os olhos, mas os meus continuavam quando eu estava desperta. Mas do contrário do que os médicos diziam, não era coisa da minha cabeça, eles eram reais, tão reais quanto aquele homem em pé diante de mim na sala de reuniões da S.H.I.E.L.D.

Enquanto dormia, eu vi aquela garota ruiva com um bebê nos braços, e vi eles arrancando a criança de perto dela e a levando pra longe dizendo que o bebê ficaria bem, em seguida a moça estava deitada em um canto com sangue em suas mãos e em suas roupas.

Pesadelo Real

 Encontrei Natasha Romanoff no corredor do hospital, e ela estava sentindo muitas dores, imaginei que seria a hora de tirar tal moça daquele lugar antes que eles a encontrassem Se ela entrasse em trabalho de parto naquele lugar, seria uma questão de tempo até tirarem seu filho de seus braços. Quando consegui convencê-la a me seguir, acabamos encontrando um homem de alta estatura que se dizia ser pai da criança que ela carregava. Seu nome era Clint Barton...

- Como vamos saber se você é mesmo confiável? –disse ele me afastando de sua esposa.

Eu respondi olhando-o nos olhos:

- Eu vi você e ela no meu sonho... Tenho uma equipe pronta pra te explicar tudo, mas não é o momento. Precisa confiar em mim, ou tanto sua mulher quanto seu filho morrerão nesse hospital.

Eu estava quase implorando pra que ele acreditasse em mim, era algo que eu precisava fazer, eu não entendia porque, mas sabia que era meu dever. Fui ate a porta, olhei pelo corredor vendo algumas enfermeiras que circulavam pelo local. Logo vi o diretor do hospital, pedi que o casal me seguisse ate a saída, os seguranças acabaram nos vendo e sacaram suas armas, enquanto eu os distraia para que o rapaz retirasse sua esposa daquele lugar. Me livrei dos agentes usando algumas das minhas estratégias e então segui o casal novamente.

Corri em direção a escadaria atrás dos dois, que ainda me aguardavam. Eles ainda não estavam convencidos de que eu queria ajudar, mas depois desceram as escadas comigo. Quando estávamos do lado de fora do hospital, a garota estava entrando em trabalho de parto, foi quando o carro que a levaria em segurança para a nossa base se aproximou, mas novamente vi os agentes se aproximando e um deles empunhava sua arma com a intenção de acertar no rapaz, mas antes que ele puxasse o gatilho eu me atirei na frente dele e o tiro acertou-me bem nas costas, me fazendo cair nos braços dele. Por alguma razão ao me segurar em seus braços ele me encarou com o olhar molhado, enquanto eu sorria e dizia:

- Agora você acredita que eu queria ajudar?

- Por que fez isso? –disse ele.

- Por que você é meu pai...