Filhas Dos Deuses escrita por Annie Di Angelo, Annie Somerhalder, Maite Belores


Capítulo 16
Lutamos contra gelo Annie


Notas iniciais do capítulo

olá pessoas lindas! o/
capítulo novo pra vocês!!!
espero que gostem :3
~Annie



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Só de ouvir o som de um exército marchando, senti arrepios. Acho que a experiência com o exército de Zeus me deixou um pouco traumatizada.

Mas assim que avistei os soldados de gelo, soube que tínhamos problemas. E mal havíamos saído do Acampamento Júpiter! Problemas nos perseguem.

Obviamente era um exército mandado por Quione, a deusa fria (desculpe pelo trocadilho acidental, mas é verdade) e má que temos que derrotar, impedindo que ela congele o mundo e acabe com tudo. Nem um pouco difícil, não é?

Me virei e vi Maite segurando uma grande lança de ouro imperial, com uma expressão determinada. Minha irmã já estava também empunhando sua adaga, o presente de Atena, e Bella segurava seu arco, preparando uma flecha. Transformei meu bracelete em espada e me preparei para a luta.

Os soldados de gelo empunhavam armas variadas, todas pareciam feitas de gelo (como eles – dã – também eram). As outras começaram a lutar. Um dos guerreiros veio em minha direção. “Não deve ser tão difícil lutar com eles, são só gelo”, disse a mim mesma.

Obviamente eu estava errada. Nada poderia ser fácil para nós.

Ataquei-o com a espada, e assim que nossas espadas se chocaram, senti minha temperatura diminuir. Comecei a sentir frio a medida que lutávamos. Às vezes, dava uma olhada nas outras garotas, Bella estava se saindo bem com seu arco e flecha. Maite golpeava impiedosamente cada soldado que surgia em sua frente (mesmo que eu não vá com a cara dela, admito: ela é uma guerreira incrível!). Gina também lutava, mas notei que parecia sentir frio como eu.

Consegui destruir alguns guerreiros de gelo, mas outros surgiam e eu sentia cada vez mais frio. De repente, notei que eu estava tão pálida que minha pele estava com um tom levemente azulado. Isso me assustou.

Posso não ser inteligente como a Gina, mas percebi que o ‘efeito gelado’ funcionava apenas em mim e em minha irmã. Provavelmente pelo fato de termos contato físico com os ‘caras gelados’. Bella usava arco e flecha, e Maite... ela é filha de dois deuses da guerra, acho que seus poderes devem incluir resistência contra poderes gelados do mal de certa-deusa-vingativa-que-quer-congelar-tudo (sendo bem específica).

“Pelo menos numa hora dessas, meu raciocínio funciona!”, comemorei em silêncio. Eu precisava de um jeito de lutar sem começar a virar um picolé. Eu não podia tocá-los, mas também não podia parar de lutar...

A simples resposta praticamente caiu sobre minha cabeça como a maçã caiu na cabeça do homem que descobriu a gravidade. Eu geralmente não agia como uma, mas era uma deusa. Com poderes! E meu principal poder: controlar a água. Eu não precisaria tocar os soldados, ou seja, nada de picolé de Annmarie!

Fechei os olhos e me concentrei, imaginando as correntes mais quentes dos mares e oceanos correndo por minhas veias. Continuei com esse pensamento até começar a sentir realmente a água correndo dentro de mim. Eu me concentrei apenas nisso, estava praticamente desligada do resto do mundo. A pressão da água aumentava cada vez mais, até explodir, como ocorrera na escola, quando eu encharquei a Milena.

Jatos de água quente atingiram em cheio vários soldados de gelo que vinham em minha direção. Assim que entraram em contato com o calor da água, começaram a derreter. Disparei jatos d’água em muitos outros soldados, um a um eles derreteram. As outras pararam de lutar e começaram a me observar. Finalmente, todos os guerreiros de gelo haviam virado poças no chão arenoso.

Gina pareceu aliviada, notei que sua pele também estava bem pálida. Bella sorriu, parecendo feliz de poder parar de lutar contra soldados por um tempo. Maite me encarava, com uma expressão irritada, como se eu tivesse roubado seu momento. De certa forma, era verdade, afinal Maite é filha de dois deuses romanos da guerra, ou seja, obviamente adorava lutar, era sua maior habilidade, e eu havia acabado com o momento.

– Não poderia perder essa chance de se mostrar, né, filinha de Netuno? Graekus exibida. – ela reclamou.

– Não estava me mostrando, estava impedindo que eu e minha irmã virássemos dois picolés. – retruquei em voz baixa.

– Hey, senhoritas. – interveio Bella – Se já pararam de discutir, nós temos uma mulher morena na praia para encontrar.

Seguimos caminhando por um tempo, ninguém nem abriu a boca. De repente, Maite fez sinal para pararmos.

– É aqui. É essa a praia do meu sonho.

De longe, pude avistar uma mulher próxima ao mar. Sem dúvida ela era morena.

– Vamos – chamou Gina – Imagino que ela não irá convocar outro exército para tentar nos detonar.

~*~

Nos aproximamos da mulher morena, ela vestia um longo vestido lilás, seus cabelos escuros flutuavam com a brisa vinda do mar, para onde ela estava virada, de costas para nós. Assim que paramos próximas a ela, a mulher se virou, revelando um belo rosto, de aparência estratégica. Seu olhar me lembrou um pouco o de Atena, as duas tinham o mesmo olhar estratégico, de uma guerreira inteligente. Mas a mulher morena tinha uma expressão mais rígida, típica dos militares romanos.

Mesmo nunca tendo a encontrado antes, reconheci-a imediatamente.

– Belona. – eu sussurrei.

Maite também reconheceu a deusa, e não pareceu feliz com isso. Quando olhei para ela, vi que seus olhos estavam vermelhos, cor de sangue. Acho que ela também guardava um pouco de rancor da mãe. Pelo que Reyna nos contou, a Belores teve um destino como o nosso, senão pior.

– Então, vai falar o que tem para nos dizer ou não? – Maite perguntou, ríspida.

Belona encarou-a, seus olhos analisavam a garota irritada. A deusa não sorria, mas seus olhos mostravam algo... seria orgulho da filha?

– Olá garotas. Soube que estão em uma missão realmente importante. E eu tenho algo para contar a vocês, de grande ajuda. Primeiro, vocês estão indo para ...?

– O Olimpo. – respondeu Gina.

– Ah, sim. Mas receio que não devam fazer isso. – a deusa respondeu.

– Por que não? – Bella perguntou, preocupada.

– O Olimpo já foi congelado. – Belona explicou, com um pouco de chateação na voz. Deve ser frustrante ter sua casa enorme e maravilhosa congelada por uma deusinha menor vingativa.

– E o que nós faremos, então? – eu perguntei, frustrada com a nossa gigantesca falta de sorte.

– Vocês devem ir até as Terras Frias. Antártica. É onde Quione está.

– Claro que aquela deusa ia se esconder num monte de neve – Maite resmungou – E o que faremos para derrotá-la? Pode nos ajudar com isso? Pode me ajudar pelo menos uma vez na vida? – seus olhos vermelhos mostravam a raiva que sentia da mãe que a deixara.

– Sim, eu posso. – um esboço de sorriso passou pelo rosto de Belona – Vocês precisam ir até a Antártica e lá encontrar o esconderijo de Quione. Creio que não será difícil.

– Discordo – Maite murmurou, irritada. – Parece que tudo sempre é difícil para nós.

–Você, filha de Apolo e Ártemis – ela olhou para Bella – Guiará suas amigas até o esconderijo da deusa da neve. Confie em seus instintos, sei que conseguirá encontrar o lugar.

Bella corou levemente e sorriu, assentindo com a cabeça.

– Filha de Atena e Poseidon – a deusa se virou para Gina – você descobrirá um modo de entrar no esconderijo. Suas amigas precisarão de sua inteligência.

Gina deu um pequeno sorrisinho e concordou.

– Você, também filha de Atena e Poseidon – Belona se virou para mim, que paralisei no lugar – Seus poderes serão necessários na luta contra a deusa, e você salvará uma de suas amigas em determinado momento.

– E você – ela olhou para Maite, e pela primeira vez sorriu de verdade – Será muito importante no momento de derrotar Quione. Por isso, quero te dar um presente. – a deusa estendeu as mãos e surgiu uma espada de lâmina vermelha, que brilhava, parecia fogo. Maite admirou a espada e Belona entregou-a à filha, cuidadosamente.

– Essa espada é especial, forjada com fogo. Por isso deve ser usava para destruir Quione. – Belona explicou. – Agora, vocês devem partir, sabem que não há muito tempo. Mas antes de irem – a deusa pôs a mão no ombro de Maite – eu sei que não será fácil me perdoar por ter te abandonado. Principalmente porque você é minha filha, sei que a raiva pode falar mais alto. Só quero que saiba... que eu sinto muito.

– Sim, vou demorar a te perdoar – a expressão de Maite ainda era de irritação, mas pude notar o vermelho diminuir em seus olhos. – Mas obrigada pela espada. E pelas dicas.

– Boa sorte, garotas. Todos contam com vocês – a expressão calma de Belona tornou-se rígida novamente e ela desapareceu.

– E com essa frase super motivadora, vamos rumo à Antártica! – eu disse depois de alguns minutos. As outras concordaram e nós começamos a discutir como iríamos para as Terras Frias. Afinal não dava para ir a pé, e nós, apesar de sermos deusas, não conseguíamos simplesmente desaparecer e aparecer em outro lugar, como se fossemos os bruxos do Harry Potter, que saem ‘aparatando’ por aí.

Gina deu uma ideia digna de sua inteligência.

Ela pegou um pedaço de ambrosia e queimou (tínhamos fósforo na mochila para emergências), como oferenda a Poseidon e pediu para que ele nos ajudasse.

De repente, o mar se agitou e uma onda começou a se formar e tomar forma. Aliás, várias formas. Da água do mar surgiram quatro cavalos: um branco, um preto, um marrom e um cor de... caramelo, eu acho. Animadas com nossos novos transportes, montamos nos cavalos (Bella, Maite, Gina e eu respectivamente).

Os cavalos começaram a trotar, rumo ao sul da linha do Equador.

– Obrigada, pai. – eu sussurrei, sorrindo.


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Notas finais do capítulo

opiniões, opiniões! digam suas partes preferidas, o que pode melhorar, o que está bom, seus personagens preferidos... tudo!



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