Paixão Além Da Coroa escrita por God Save The Queen


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Gente... Esse capítulo está demais! Se preparem para surpresas...
;)



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- Edward? – perguntou Ana visivelmente nervosa.

- Oi! – falou sério e chocado.

- Tudo bem? – perguntei, mas ele me ignorou.

- Você mentiu pra mim? – perguntou

- Não, eu nunca disse que era filha dela. – falou Ana com uma reposta não muito boa.

- Disse, disse sim. – falou a encarando.

- Mas você realmente se importa que eu não seja rica? – perguntou surpresa, mas eu entendi logo qual era o ponto.

- Não, eu não me importo que você seja a filha da empregada. Eu sairia com você do mesmo jeito. O que eu não entendo é por que você não me contou? Por que mentiu pra mim? – perguntou chocado.

- Eu tava com medo de você me rejeitar! – falou ela quase chorando.

- Eu achei que você confiasse em mim o suficiente para me contar! Achei que você soubesse que eu não sou esse tipo de cara! – falou frustrado, era de cortar o coração.

- Ana, a gente conversa mais tarde, tá? Todos nós! – falei e ela assentiu. Fechei o computador e olhei pra ele.

- Edward? – chamei e ele olhou pra mim. – Eu sei que ela vacilou, eu não sabia que ela ainda não tinha te contado se não já tinha falado pra ela contar, mas ela gosta de você. E vocês não podem simplesmente jogar por terra o que viveram no Brasil por causa disso.

- Eu sei Angie. Eu sei tudo isso, mas você não pode me impedir de ficar decepcionado com ela por não ter confiado em mim! – falou visivelmente abalado. – falou me encarando.

- Eu sei, eu entendo! – falei e coloquei a minha mão no seu ombro. E por um tempo a gente ficou se encarando, até que eu percebi que estávamos perto demais um do outro. Seus olhos azuis me fitavam com curiosidade, e eu o encarava da mesma forma.

>>o Ponto de vista: Edward

      Angie estava do meu lado em sua cama, talvez ela não soubesse o quanto isso era estranho pra mim. Mas de alguma forma, e eu não sei por que, comecei a reparar nela de verdade. Ela ainda vestia a roupa que tinha saído com Charlie, seus olhos estavam marcados com maquiagem, eles eram azuis mais claros que o meu mais parecidos com a cor do mar, sua boca estava com batom vermelho, e seu cabelo preto estava solto e me deu uma vontade súbita de tocá-lo para saber se era tão macio quanto parecia. Ela era linda! Mas o que estava acontecendo comigo?

>>o Ponto de vista: Angie

       Ele me encarava como se me avaliasse, e eu (sem querer, é claro!) comecei a fazer o mesmo. Edward fazia o tipo príncipe da Disney, tinha cabelos loiros arrepiados, chegava brilhar de tão loiro, mas de um jeito fofo, seus olhos azuis eram mais escuros do que os meus, mas eram bonitos, sua boca era fina e estava entreaberta mostrando um pouco dos seus dentes branquíssimos. Ele era lindo! Mas o que estava acontecendo comigo? Eu não sabia responder essa pergunta, eu só sei que a gente tava tão perto que eu podia sentir a respiração dele e foi aí que eu percebi o que ia acontecer se eu não fizesse nada para impedir.

- Então... – comecei a falar e me levantei tirando a minha jaqueta e colocando ela no closet. O que a gente ia fazer?

>>o Ponto de vista: Edward

     A gente tava tão perto um do outro que eu podia sentir sua respiração lenta e de repente ela acelerou, e Angie levantou. Eu confesso que me peguei decepcionado, e eu rapidamente tentei mudar esse sentimento. Droga, o que tava acontecendo? Eu gostava da Ana sabia disso, e Charlie gostava da Angie eu também sabia disso, eu não podia fazer isso com nenhum dos dois. Já sei, atração física! É claro, ela era bonita (linda, confessei para mim mesmo) e você estava chateado e ela perto de mais, só isso. É, era isso!

>>o Ponto de vista: Angie

- Mas, então Edward você veio aqui por um motivo! – comecei porque aquele momento foi muito estranho.

- Sim, queria perguntar o que achou de Londres. – falou ele se levantando e colocando o sapato.

- Ah, eu achei fantástico! – falei sentando no sofá em frente a minha cama e ele sentou na poltrona a minha frente. Sábio da parte dele não querer sentar do meu lado.

- O que mais gostou? – perguntou sorrindo. Um sorriso lindo, por sinal! (Cérebro lindo, CALA A BOCA!)

- Bom, eu confesso que eu adorei a roda gigante, mas o Estúdio onde foi filmado Harry Potter foi emocionante! – falei sorrindo.

- Ah, então você gosta de Harry Potter? – perguntou

- Como não? É perfeito! – falei rindo.

- Não é? Charlie não gosta muito, mas eu sou fascinado! Você tem que conversar com a J. K. Rowling, ela é fantástica! – falou naturalmente me fazendo arregalar os olhos.

- Você conhece a J. K. Rowling? – perguntei e ele riu.

- Sim, eu conheço! Meu pai queria conversar com ela, sobre o sucesso que seus livros proporcionaram e o quanto ela colaborou com o país e tal. – falou

- E então você conversou com ela? – perguntei chocada.

- Sim, ainda ganhei os manuscritos! – falou como se isso fosse pouca coisa.

- Pelas barbas de Merlin, você tem os manuscritos? – perguntei e ele riu.

- Estão na biblioteca, pode lê-los quando quiser. – falou

- Obrigada! – falei e o silêncio reinou por um minuto. E a gente começou a se encarar de novo, mas eu não ia deixar isso acontecer de novo. – Que horas vai ser o jantar?

- Daqui a 20 minutos! – falou olhando o relógio.

- Tudo bem, eu vou tomar banho e trocar de roupa. Já volto! – falei.

- Espero! – falou me deixando sem graça. Escolhi uma roupa e levei-a pro banheiro. Tomei um banho não muito demorado, e quando eu sai ele estava mexendo na estante de livros.

- Você espera mais um minuto? – perguntei e ele assentiu.

- Claro! – falou e voltou a ler. Penteei o cabelo e passei perfume, levei um pouco mais de 20 minutos para me arrumar ao todo, então eu sabia que estávamos atrasados.

- Pronto! – falei e ele colocou o livro novamente na estante.

- Vamos! – falou sorrindo e abriu a porta pra mim.

- Obrigada! – falei quando sai e ele saiu logo em seguida. E quando eu viro pra frente, Charlie está parado em frente à porta do seu quarto com cara de surpresa.

- Olá! – falou sem entender.

- Olá! – falei sem graça.

- Olá! – falou Edward também sem graça.

- Então, o que... – começou Charlie, mas achou melhor não me perguntar, e ficou encarando.

- Eu estava falando com a Ana! – falou Edward sem jeito. Isso era meio verdade!

- Ah, sim! – falou não muito convencido. – E você esperou ela tomar banho?

- Como... – comecei, mas ele me interrompeu.

- Seu cabelo está molhado e eu to sentindo o cheiro do seu perfume daqui. – falou.

- Ah, sim! Eu pedi pra ele me esperar! – falei

- Tudo bem! – falou e virou o corredor para descer as escadas. Eu e Edward ficamos parados por um tempo tentando entender o que tinha acabado de acontecer.

- Então, vamos? – perguntei.

- Vamos! – falou e começou a andar ao meu lado. Quando chegamos à sala de jantar, estavam todos lá, Charlie se quer levantou a cabeça quando entramos e a rainha percebeu isso e fez uma cara como se entendesse o que estava acontecendo e o problema é que eu acho que ela entendeu tudo errado. O rei Adam sinalizou que podiam servir o jantar e ele foi servido.

- Angelina, gostou de Londres? – perguntou a rainha.

- Adorei, achei a cidade fantástica! Tudo aqui é muito lindo e calmo! – falei sinceramente.

- Que bom! – concordou com um sorriso. O resto do jantar seguiu em silêncio, e ás vezes eu percebia Charlie olhando pra mim e depois para Edward como se quisesse entender. E eu tentei evitar que alguma coisa acontecesse exatamente para ele não ficar com essa cara, e pela Ana é claro.

        Estava indo até o meu quarto, quando o jantar acabou, com a minha cabeça recheada de perguntas. Esse dia tinha sido cheio, nesse mesmo dia eu tinha descoberto que era da nobreza, conheci Londres, eu vi a pequena discussão de Edward e Ana, e teve aquilo com ele. Eu não sei explicar o que aconteceu, não consigo entender. Eu não gosto dele, eu sei disso. Mas de repente eu comecei a reparar no quanto ele era bonito, e uma vontade louca de beijá-lo cresceu dentro do meu peito. Eu tinha vergonha até de pensar isso, porque eu sei que eu não podia fazer isso com o Charlie, muito menos com a Ana. Porque ela é a minha melhor amiga e ela é apaixonada por Edward. Abri a sacada do meu quarto e fiquei olhando as estrelas, elas me acalmavam e me faziam ficar tranquila. E por um momento me esqueci de tudo o que tava acontecendo e todos, só curti o meu momento com as estrelas.

>>o

- Senhorita Bittencourt? – chamava alguém.

- Olá! – falei olhando para a moça parada em frente a minha cama com uma bandeja.

- Senhorita Bittencourt, pediram para lhe entregar o café na cama. Os outros já tomaram café. – falou me fazendo sentar.

- Obrigada! – falei e ela colocou a bandeja no meu colo.

- Precisa de mais alguma coisa? – perguntou

- Não, pode ir! Obrigada de novo! – falei e ela assentiu sorrindo saindo do meu quarto. Encarei o café da manhã lindo que estava diante de mim, no meio tinha um prato tampado. Quando abri tive que sorrir. Eram vários morangos juntos formando a palavra “Sorry” e do lado vi um bilhete, de Charlie.

       “Desculpe-me pela minha desconfiança de ontem á noite, eu estava com ciúmes. E pensei em me redimir com esse café da manhã, espero que goste principalmente de morangos.

                                                               Beijos,

                                                                           Charlie”

         Terminei de tomar café e coloquei a bandeja em cima da mesa em frente a minha cama. Tomei banho e troquei de roupa, fiquei parada por um tempo pensando no que fazer e resolvi ir á biblioteca para ler aqueles manuscritos que Edward tinha mencionado. Andei pelos corredores tentando lembrar aonde era mesmo a biblioteca, mas cheguei ao meio de salão olhando para todos os lados sem saber para onde ir.

- Perdida? – perguntou Edward do outro lado do salão.

- Totalmente! – falei sorrindo.

- Aonde queria ir? – perguntou com vários papéis na mão.

- Biblioteca, ler aqueles manuscritos que me falou. – disse sorrindo.

- Ah, sim! Estou indo pra lá! Vem, eu te levo! – falou e eu fui ao seu encontro. Andamos em silêncio envoltos nos nossos próprios pensamentos. Enquanto caminhava, olhei para ele e lembrei-me da noite passada no meu quarto, daquele sorriso que me fez ficar sem graça, eu tentava, mas não conseguia frear os meus pensamentos. Não sei, mas acho que ele pensava a mesma coisa porque me encarou várias vezes com curiosidade. Ele abriu a porta pra mim e eu entrei.

- Onde está? – perguntei

- Eu não sei ao certo, mas se eu não me engano está na terceira prateleira da quinta estante da direita para esquerda. – falou naturalmente e eu sorri.

- Não sabe ao certo? – perguntei e ele sorriu também. Ele andou até uma prateleira que ficava atrás de mim e sem querer olhei para trás. Ele estava concentrado em algo porque franzia a sobrancelha como se esforçasse para entender, ele vestia um terno simples, mas elegante e sapatos brilhosos. Ele apertava os lábios como se estivesse nervoso e se virou para mim. Fiquei sem graça na hora e me virei.

>>o Ponto de vista: Edward

       Angelina estava com vergonha, percebi. Quando virei para ver se ela precisava da minha ajuda, ela estava me encarando como se estivesse me avaliando, e eu conheci aquele olhar porque era o mesmo que eu tinha feito para ela na noite anterior. Ela estava bonita naquela manhã, seu cabelo estava preso e ela não usava maquiagem, vestia calça jeans apertada e uma blusa rosa lisa justa o que só realçava seu típico corpo brasileiro, algo que eles chamavam de corpo violão. O que só a tornava mais diferente de Ana, porque ela (Ana) fazia de tudo para esconder o seu corpo e não se importava muito com isso, não que ela não fosse bonita, ela é linda, mas Angie também era e sabia aproveitar e realçar isso.

- Edward, não consigo achar. – falou mexendo na estante.

- Eu te ajudo a procurar! – falei e coloquei os papéis e o livro que eu acabei de pegar em cima de uma mesa. Começamos a remexer as prateleiras, quando eu achei e me virei para entregar ela estava do meu lado. Nossos olhos se encontraram e como ontem, eu estava perto de mais dela, ouvi sua respiração acelerar e eu inconscientemente toquei no cabelo dela e ela fechou os olhos. Percebi que sua respiração foi diminuindo o ritmo devagar, e vi a tensão se esvair dos seus ombros. Mas percebi que isso tava indo longe demais. Isso não tava certo! Tirei a mão do seu cabelo e ela abriu os olhos assustada, entreguei os manuscritos e peguei os meus papéis junto com o livro e sai da biblioteca.

>>o Ponto de vista: Angie

      Sentei na poltrona e coloquei a mão na minha testa, o que eu estava fazendo? Quer dizer, o que a gente tava fazendo? E de novo a gente ficou perto demais um do outro, eu sei que foi inconscientemente que ele tocou no meu cabelo, eu vi em seus olhos que ele fazia isso naturalmente, mas porque eu fechei os olhos? Porque eu tinha que fechar os olhos? Eu sei responder o porquê, a resposta era tão dura quanto verdadeira. Porque eu tava gostando, tava me fazendo relaxar, minha respiração acalmou e tudo parecia ir muito bem. Acho que quando ele percebeu isso, tudo já tinha ido longe demais e ele simplesmente fugiu, exatamente o que eu teria feito no lugar dele. E o que mais ele podia dizer? O que a gente tava sentindo era uma atração física muito louca, só pode! Mas isso não podia ficar acontecendo, não podia! Eu tinha que me controlar, eu tinha que aprender a controlar meus impulsos. Pela Ana!


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Notas finais do capítulo

E aí? Reviews?? ;)



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