Relação Execrável escrita por Musasabi


Capítulo 2
Capítulo II - Amor Execrável


Notas iniciais do capítulo

Bom, esse é o capítulo final. Espero que goste e apenas ignore a bipolaridade dos dois, o amor faz essas coisas mesmo. ♥
Nesse capítulo, Digory descobre como André realmente se sentia e desejaria nunca ter que sair do lado dele. Porém, as coisas não funcionam sempre do jeito que queremos...



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– Eu estou com frio, tio. – exclamou o menino – Vamos voltar para casa?

– Vai ficar quente. Muito quente. – o tio respondeu.

– O que você quer dizer com isso?

– Como eu disse antes, você não pode fugir então apenas me obedeça e seja bonzinho. – tio André sussurrou no ouvido destro de Digory, que ao ouvir estas palavras, estremeceu-se por inteiro.

André começou a deslizar suas mãos sob a blusa de Digory, que estava muito amedrontado para dizer ou sequer gaguejar alguma coisa. Tudo que ele podia pensar no momento era “O que ele vai fazer? Eu não posso correr, o que devo fazer? O que ele quer comigo?

– Fique calmo, isso não vai doer... Muito...

O tio continuava a deslizar suas mãos ásperas sobre a barriga de Digory, posicionando-as próximas às suas genitálias. A cada toque o sobrinho estremecia mais; sempre soube que seu tio era louco, mas nunca imaginou que fosse desse jeito.

O que é isso que ele está fazendo comigo e por que está fazendo isso? Eu fiz algo para deixá-lo zangado? Ele vai me bater?”

Digory começou a ficar agitado, tentou correr para longe, porém sem sucesso. André agarrou seu pé ao segundo passo, o que fez Digory cair no chão.

– Eu disse para ser bonzinho, Digory. Vou te dar apenas mais uma chance.

André posicionou-se sobre Digory, massageando sua genitália e dando leves beijos no rosto, o que parecia agradar a Digory, mas repentinamente afastou-se.

– O que eu estou fazendo? Eu prometi a mim mesmo que me controlaria! Idiota, idiota, idiota! – André estapeou seu próprio rosto enquanto gritava consigo mesmo. – Estúpido, estúpido, idiota!

Digory permanecia no chão, ainda com a camisa levantada. Não conseguia se mover, suas pernas estavam paralisadas. Ficou apenas olhando o tio enquanto tentava recuperar os movimentos.

– Digory, me desculpa! Levarei você para casa agora mesmo! Vamos.

André puxou sua luva da mão destra, segurando Digory com a outra mão e tocando o anel amarelo. Repentinamente, ambos estavam novamente n’O Bosque Entre Dois Mundos.

– Vamos, é por aqui. – O tio puxava a mão do sobrinho, colocando-o dentro da poça. – Aqui, pegue o anel verde no meu bolso e você voltará para casa. Vamos, apresse-se!

– Mas tio... O senhor não vem?

O que eu acabei de dizer? Depois do que ele fez comigo, por que eu deveria me preocupar com ele? Eu deveria é me mandar daqui, mas... ele parece tão sozinho...” – Digory pensou.

– Não, Digory. Eu não posso. Não conseguiria conviver comigo mesmo depois do que eu tentei lhe fazer. Escute aqui, – ajoelhou-se – eu te amo. Você é meu único sobrinho, e eu vivo sozinho há anos. Eu precisava de alguém que me desse atenção, e você sempre estava com um sorriso no rosto quando falava comigo. Todos os dias, de manhã, eu acordava apenas para ouvir o seu “Bom dia, Tio”, ou “O café está pronto”.

Digory comoveu-se com as palavras do tio, não imaginava que ele fosse assim tão solitário. Perguntou-se se deveria abandoná-lo num lugar como aquele. Embora ali fosse um lugar tranqüilo e pacífico, não havia ninguém, nem mesmo um animal.

– Tio... Você tem que vir comigo. Eu prometo que se você vier eu direi bom dia para você todos os dias. Eu prometo que farei mais visitas a você. – disse Digory com uma voz de choro.

A verdade é que Digory também se sentia muito sozinho. Ele tinha Polly, mas ela não era uma amiga verdadeira, os dois sempre brigavam. Mas seu tio... Seu tio o cumprimentava também todas as manhãs com um sorriso no rosto e, durante a enfermidade de sua mãe, André tentou de tudo para animá-lo. Digory também amava seu tio.

– Entenda isso, Digory: eu não posso voltar. Eu prometi para mim mesmo que se eu tentasse algo do tipo... Bom, vá logo. – André abraçou forte seu sobrinho pela última vez. Digory saiu da poça, e André colocou o anel verde em seu dedo. – Isso é para se lembrar de mim. – e empurrou-lhe novamente para a poça.

Digory voltou para Londres, exatamente onde saíra, mas não era isso o que queria. Queria ficar com André, queria dar o seu bom dia todos os dias quando acordasse. Queria que André pudesse retribuir-lhe o sorriso todas as manhãs, mas ele nunca mais viu seu tio.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado da Fic! Como esse é meu primeiro trabalho, ainda não é dos melhores, mas eu tentei! E se estiver se perguntando o que aconteceu com André, bem... Digamos apenas que ele amou Digory com toda a sua força, e por isso não queria machucá-lo.



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