– O papai vai viajar. –Meu pai tocou meus ombros e beijou minha testa. - Ok?!

–Você volta quando?? Vai demorar?? - Olhei seus olhos, buscando uma resposta.

Mas tudo o que eu tive foi ver ele, pegando suas malas, mas uma vez e se virando de costas para mim, indo em direção a porta.

–Vai logo seu merda! - Minha mãe gritou do corredor.

–Carol. - Ele a olhou e voltou a olhar a porta.

–Vai ficar com a desgraçada logo, mora com ela, anda sai da minha casa.

Eles dois começaram a discutir, eu tampei meus ouvidos e fechei os olhos, só me lembro da porta fechando e meu pai se indo e minha mãe sentada no corredor chorando.

Já se passaram 4 meses, mas essa cena ainda não sai da minha cabeça, meu pai ainda não volto e minha mãe começou a trabalhar mais, para sustentar nos duas.

Sinceramente, não sei porque os dois continuam juntos, toda vez que eles se encontram, tem uma briga, meu pai já está com outra, eles discutem pelo telefone e tudo, isso acaba comigo.

Minha mãe trabalha o dia todo e quase não para em casa, me sinto tão só , o que me deixa feliz, pode parecer estranho , mas é a escola, pois lá me encontro com minhas amigas e meu professor de Matemática Blood.

Eles são o que me ajudam a me manter bem, pois sem eles sinceramente não sei o que faria.

Só que depois que meu pai foi embora, eu me aproximei muito do meu professor e viramos grandes amigos, só depois de um tempo eu comecei a me apaixonar por ele, no começo fiquei confusa mais agora eu tenho certeza do que estou sentindo por ele.

Eu pensei , muito antes de tomar uma decisão , conversei com minhas amigas muito, mais ela falou que iria me ajudar e me apoio.

Eu Fiz Burrada, eu resolvi me declarar, um dia antes das ferias, então eu achei melhor contar tudo a ele, meu sentimentos para ele.

Esperei até o final da ultima aula, quando nós dois, ficamos conversando um pouco, Blood, fica sentado na cadeira dos professores, olhando para as provas ou deveres, que ele ia passar, enquanto eu ficava sentada na mesa dele, esperando minha amiga Clara, que ficava fazendo as atividades do club de volei.

Ele sempre brincava aquilo me fazia bem, já que eu estava desanimada para tudo, quando ele conversava comigo tudo parecia melhorar.

–Estou Apaixonada por você! - Eu disse olhando para os olhos dele,.

Esperando que ele dissesse algo como ''Está maluca?'' ou ''Ta brincando?''

Tudo que ele falou foi.

– Tudo bem. - Ele olhou para os meus olhos.

–Hã?? - Meu rosto esquentou.

–Eu li sobre isso uma vez. - Ele bagunçou mais ainda os seus cabelos e voltou a me olhar.- Bem, como é mesmo? - Ele olhou para o teto. - Bom, como você passou por um momento traumático, e ficamos muito próximos, você deve ter confundido admiração com amor, ou coisa do tipo. - Ele suspirou e olhou meus olhos.

Naquele momento eu já estava com vontade de chorar, ele havia tido isso para mim, mesmo depois de eu te pensado muito sobre isso, ele continuou a falar , eu não conseguir entender o que ele estava falando apenas sair correndo, sem escutar o que ele tinha para me falar.

Eu não sabia mais como encara-lo, naquele momento eu fiquei muito feliz, por entrar de ferias.

Depois daquele incidente ele passou na minha casa umas 3 vezes durante as ferias, mais eu não o atendi, achei melhor não falar nada com ele, durante um bom tempo.