Harry Potter E Sua Prima June Evans Potter escrita por Matsuzaki


Capítulo 20
Capítulo 20 - Altos e Baixos da Copa Mundial




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A manhã do jogo foi corrida, ainda estava escuro quando Sra. Weasley passou acordando todos os habitantes da casa. Eles tomaram um rápido café da manhã e se prepararam para sair. Apenas os menores de idade iam sair cedo com o Sr. Weasley, ou seja, Hermione, Gina, June, Fred, Jorge, Harry e Rony.

Todos andavam devagar e a cada minuto se ouvia um bocejo, até que finalmente chegaram a seu destino. Um morro.

– Onde estamos exatamente? – Perguntou Harry olhando para a coluna a sua frente.

– Crianças esse é o morro Stoarshead, a chave de porta se encontra no alto dele. – Foi ouvido um suspiro geral e todos continuaram andando. Pouco tempo depois o terreno começou a ficar plano.

– Ufa. – Disse o Sr. Weasley um pouco suado. – Chegamos! Agora vamos procurar a chave do portal.

– O que ela pode ser?

– Qualquer coisa, pequena e que seja considerada lixo pelos trouxas.

– Arthur! Aqui chegamos! – Dois vultos apareceram do outro lado do morro.

– Amos! – O homem respondeu e foi em direção a eles, os garotos fizeram o mesmo.

– Pessoal esse é Amos Diggory. Trabalha comigo, e acho que vocês conhecem seu filho. Cedrico? – Cedrico era um rapaz muito bonito, de uns 17 anos, capitão do time de Quadribol da Lufa-Lufa.

– Oi. – Todos responderam exceto Fred e Jorge, que ainda estavam chatiados por eles o terem derrotado no ultimo ano. Harry também percebeu o sorriso bobo que as três garotas presentes deram para o garoto.

– Uma longa caminhada Arthur.

– Não foi tão ruim assim, moramos do outro lado do morro.

– Ah sim, nós tivemos que nos levantar as duas não é Ced? Mas também a Copa Mundial de Quadribol! Eu não perderia por nada. Então são seus? Todos? – perguntou enfatizando a última palavra.

– Ó não, apenas os ruivos e está aqui. – Disse ao virar para trás e trazer June mais a frente. – A adotei ano passado... Creio que Molly lhe contou? Bom e essa são Hermione amiga do Rony, e Harry outro amigo e primo da ...

– Pelas barbas de Merlin, Harry? Harry Potter?- Harry apenas confirmou com a cabeça.

– Incrível, Ced me contou tudo sobre você, sobre aquela partida. – Amos olhava orgulhoso para o filho que já estava ficando encabulado. – Eu disse para ele: Ced, isso vai ser história para contar aos seus filhos, você derrotou Harry Potter!

– Harry caiu da vassoura papai. – Murmurou.- Contei para você... foi um acidente.

– Mas um ficou e outro caiu não é? Não precisa ser um gênio para saber quem voa melhor!

– Deve estar na hora. – Interrompeu Sr. Weasley. – Mais alguém da nossa área?

– Creio que não, Lovegood já está lá. – Disse mostrando a todos a chave de porta, uma bota furada.

– Vocês só precisam encostar na bota, basta um dedo.- Disse a todos.

Com dificuldade graças as grandes bagagens que carregavam as 10 pessoas se juntaram em torno da bota.

– Três.. Dois... Um!

Aconteceu instantaneamente. Harry teve a sensação de que um gancho dentro do seu umbigo fora irresistivelmente puxado para frente. Seus pés deixaram o chão; ele sentiu Rony e Hermione de cada lado, os ombros se tocando; todos avançavam vertiginosamente em meio ao uivo do vento e ao rodopio de cores; seu dedo indicador estava grudado na bota como se esta o atraísse magneticamente para frente, e então...
Seus pés bateram no chão; Rony deu um encontrão nele e caiu; a Chave do Portal despencou no chão do lado da cabeça dele com um baque forte.
Harry ergueu os olhos. O Sr. Weasley, o Sr. Diggory e Cedrico continuavam parados, embora com a aparência de terem sido varridos pelo vento; os demais estavam caídos no chão.

Assim que todos se levantaram observaram dois bruxos com aspecto cansado e cara de rabugentos conversando com Sr. Weasley e Giggory.

– Vamos crianças, nós separamos aqui Amos. – Disse o homem voltando para perto dos garotos. Todos se despediram e começaram a seguir o ruivo. Durante o caminho várias vezes paramos para o Sr. Weasley conversar com alguma figura do ministério, e outras para ele pagar para algum trouxa a estadia. Finalmente chegamos a um local com a placa do nome da família, e com a ajuda de Harry, Hermione e June foram montadas duas barracas tipicamente trouxas. Mas foi quando entrou nela que seus queixos caíram, o lugar parecia um apartamento de três quartos com banheiros cozinha e todo mobilhado.

– Bom vai dar por enquanto. Tive que pegar emprestado a barraca dos Perkins. Bom vamos precisar de água... Rony você Harry e Hermione vão buscar tudo bem? Também vamos precisar de lenha meninos isso fica com vocês. – Completou ao olhar para Fred e Jorge.

Harry e Rony foram à barraca das meninas para buscar Hermione e perceberam que era ligeiramente menor, até porque o número de pessoas era menor. June estava encantada, e não pode deixar de fazer cara feia quando os dois entraram.

– Não podem ir buscar sozinhos? – Ela queria aproveitar o dia apenas com as meninas, no orfanato não tinha tantas assim e era raro poderem se divertir livremente, já na casa dos Weasley... Bem a maioria era masculina não é?

– Tudo bem June, deixar esses dois sozinhos é pedir por confusão. Eu já volto.

– Ok.

Logo eles voltaram e o almoço foi feito, Percy juntamente com Gui e Carlinhos aparataram na barraca pouco antes da comida ficar pronta. Quando todos estavam satisfeitos resolveram dar uma volta para comprar algumas lembranças do jogo.

– Olha Gi, um pôster do Krum. – As duas já haviam se separado do grupo, mas haviam tantas coisas diferentes que mal sabiam o que comprar.

– Comprar um pôster do jogador da Bulgária? – Gina perguntou.

– Tem razão, mas ele até que é bonitinho não é? – June reolhou para o pôster mostrando sua indecisão.

– Se quer alguém bonitinho e que jogue Quadribol porque não tira uma foto do Diggory. – Disse zombadeira.

– Então vou te dar algumas do Harry o que acha? – Gina ficou vermelha e virou para o lado seguindo a multidão.

June ria da reação da amiga, e quando virou para acompanha-la encontrou com um par de olhos verdes a encarando do outro lado da rua. Samuel Korman, então ele também havia vindo para assistir ao jogo, será que ele queria falar com ela? Estava a encarando tão descaradamente. Não querendo parecer mal-educada resolveu acenar, mas se surpreendeu quando ele simplesmente desviou o olhar. Ele á ignorou! Como pode? Primeiro fica encarando como se fosse o último pedaço de carne no mundo e depois ignora completamente.

Com uma cara super emburrada ela correu para encontrar com a amiga, sem perceber o menino que á olhava com um sorriso de deboche.

No final, ambas compraram Onióculos, chapéus na cor da Irlanda e alguns doces típicos de cada país. Voltando para a barraca a tempo de ouvir um gongo, grave e ensurdecedor.

–Está na hora! – Sr. Weasley exclamou. – Andem logo vamos lá!

– Lugares de primeira – Falou uma bruxa do ministério que checava os ingressos. – Camarote de honra, suba direto Sr. Arthur.

June nunca podia imaginar um lugar como aquele, era enorme, com grandes paredes intermináveis, segundo seu pai havia espaço para cem mil pessoas. E finalmente quando subiu ao lugar mais alto do estádio ela encontrou todas essas pessoas se acomodando em volta do campo. Este por sua vez parecia ser de veludo, e existia uma luz dourada que emanava do próprio estádio, um gigantesco quadro projetava os anúncios enquanto o jogo não começava.

O jogo foi espetacular, Irlanda venceu obviamente, mas Vitor Krum conseguiu capturar o pomo de ouro, deixando a diferença entre eles bem menor. No final todos os jogadores entraram no camarote onde eles estavam e foram cumprimentados pelos Ministros da magia. E então todos os Weasley, Harry e Hermione voltaram para suas respectivas barracas.

Após uma noite de comemoração June finalmente conseguiu sossegar e cair no sono, porém este foi interrompido com Fred gritando ao entrar no quarto das meninas.

– Rápido levantem! – Disse se aproximando da irmã que ainda dormia como pedra.

June apesar do sono percebeu que algo estava errado, havia muita gritaria la fora e passos de pessoas como se fugissem de alguma coisa.

– O que aconteceu?

– Não temos tempo pegue um casaco e vamos! - Elas obedeceram e colocaram longos sobretudos bruxos que trouxeram para o frio que faria de manhã.

A luz das fogueiras ainda ardia, mas algo se juntava a elas, havia fogo em outros lugares, anteriormente barracas. Um grupo de bruxos encapuzados seguia em direção a eles, rindo e sacudindo quatro figuras que se debatiam no ar. Foi quando June viu um deles explodir uma barraca a sua frente. “Então é essa a causa do fogo...” Correu a encontro dos meninos.

– Que coisa doentia. – Sussurrou Rony olhando para uma das quatro figuras, um garotinho que rodopiava como um pião com a cabeça girando de um lado para o outro.

Gui, Carlinhos e Percy apareceram inteiramente vestidos empunhando suas varinhas.

– Vamos ajudar o pessoal do Ministério. – Disse Sr. Weasley enrolando as mangas. – Vocês...Vão para a floresta e fiquem juntos. Irei apanha-los quando resolvermos esse problema aqui!

– Anda. – Disse Fred agarrando a mão de June, Jorge fez a mesma coisa com Gina e saíram em direção da floresta. Com Rony, Hermione e Harry os acompanhando.

As lanternas coloridas que antes iluminavam o caminho para o estádio tinham sido apagadas. Vultos escuros andavam perdidos entre as árvores; crianças choravam, ecoavam gritos ansiosos e vozes cheias de pânico por todo o lado no ar frio da noite.
Harry se sentiu empurrado para cá e para lá por pessoas cujos rostos ele não conseguia distinguir. Eles ouviram Rony dar um berro de dor.

– Que aconteceu? - perguntou Hermione ansiosa, parando tão abruptamente que Harry quase deu um encontrão nela. - Rony, onde é que você está? Ah, mas que burrice... Lumus!

– Tropecei numa raiz de árvore - disse ele aborrecido, pondo-se de pé.


– Ora, com pés desse tamanho, é difícil não tropeçar - disse uma voz arrastada às costas deles.
Harry, Rony e Hermione se viraram rapidamente. Draco Malfoy estava parado sozinho perto deles, encostado a uma árvore, numa atitude de total descontração.


De braços cruzados, parecia ter estado a contemplar a cena no acampamento por uma abertura entre as árvores. Rony disse a Malfoy que fosse fazer uma coisa que Harry sabia que o amigo jamais teria se atrevido a dizer na frente da Sra. Weasley.


– Olha a boca suja, Weasley - disse Malfoy, seus olhos claros reluzindo. - Não é melhor você se apressar? Não quer que descubram sua amiga, não é?


Ele indicou Hermione com a cabeça e, neste instante, ouviu-se no acampamento uma explosão como a de uma bomba, e um relâmpago verde iluminou momentaneamente as árvores à volta deles.


– Que é que você quer dizer com isso? - perguntou Hermione em tom de desafio.


– Granger, eles estão caçando trouxas - disse Malfoy. - Você vai querer mostrar suas calcinhas no ar? Porque se quiser, fique por aqui mesmo... Eles estão vindo nessa direção, e todos vamos dar boas gargalhadas.

– Hermione é bruxa - rosnou Harry.


– Faça como quiser Potter - disse Malfoy sorrindo maliciosamente.


– Se você acha que eles não são capazes de identificar um “Sangue Ruim”, fique onde está.


–Você é que devia olhar sua boca suja! - gritou Rony. Todos os presentes sabiam que "Sangue Ruim" era uma palavra muito ofensiva a uma bruxa ou bruxo de pais trouxas.


– Deixa para lá, Rony - disse Hermione depressa, agarrando o amigo pelo braço para contê-lo, quando ele fez menção de avançar em Malfoy.


Ouviu-se um estampido do outro lado das árvores mais alto do que qualquer dos anteriores. Várias pessoas que estavam próximas gritaram. Malfoy deu um risinho abafado.


– Eles se assustam à toa, não é? - disse com a fala mole. - Imagino que papai disse a vocês para se esconderem? Que é que ele está fazendo, tentando salvar os trouxas?


– Onde estão os seus pais? - perguntou Harry, a raiva crescendo. - Lá no acampamento usando máscaras, é isso?


Malfoy virou o rosto para Harry, ainda sorrindo.


– Ora... Se eles estivessem, eu não iria dizer a você, não é mesmo, Potter?


– Ah, anda gente - disse Hermione, com um olhar de repugnância para Malfoy - vamos procurar os outros.


– Fique com essa cabeçorra lanzuda abaixada, Granger - caçoou Malfoy.


– Anda gente - repetiu Hermione, e puxou Harry e Rony de volta ao caminho.

June estava andando sozinha na floresta, quando os garotos entraram entre a multidão ela acabou soltando a mão de Fred e perdendo de vista os outros. Então procurou conhecidos no meio das pessoas que estavam paradas tentando espiar o acampamento, mas ninguém de Hogwarts estava lá.

Continuou andando e percebeu que já estava sozinha e o som de pessoas gritando correndo ou simplesmente conversando parou. - “Já deve ser seguro.”- Deduziu voltando pelo caminho que veio, porém escutou um barulho as suas costas.

– Oi?

Silêncio, apenas era possível ouvir o barulho de sua própria respiração. “Devo estar ficando louca”. Continuou andando com uma estranha sensação de estar sendo observada. “Aranhas? Não elas não fariam tanto barulho... talvez Cinzais , não eles brilhariam naquele escuro... Quimeras, Nundus...” Eram tanto monstros possíveis, tentava mudar de pensamento no entanto só viam coisas piorem em sua cabeça. “Não essa floresta não deve ter monstros mágicos, talvez apenas os típicos animais trouxas, como tigre, leões, morcegos...”.

Mal perceberá e já estava correndo, sem ao menos saber do que, foi quando esbarrou em algo e foi jogada ao chão.

– Arvore idiota!

– Nem arvore muito menos idiota. – Disse uma voz conhecida. – Já não posso dizer o mesmo de você.

– Korman?!

A resposta não veio apenas um feitiço que fez aparecer luz na ponta da varinha, revelando o rosto do Sonserino.

– Deveria olhar por onde anda. – Disse estendendo a mão. – Realmente... Correr no escuro... Tem que ser da Grifinória. – Completou ajudando a garota se livrar das folhas secas presas em seu casaco.

– Agora sabe falar?

– Hmm.

– Pelo visto não. – Falou desviando do garoto para seguir pelo caminho. Mas foi impedida por um aperto em seu braço.

– Achei que você não queria que seus familiares soubessem.

– Soubessem do que?

– Que você anda conversando com o inimigo.

– E desde quando você liga pra eles? – O garoto deu de ombros.

– É só sacudir a varinha e dizer Lumus. – Disse mudando de assunto e apontando para a varinha nas mãos da garota.

– EU SEI! – Disse ao realizar o feitiço.

– Já que não se importa posso te acompanhar até seus irmãos... Vi um ruivo passar por aqui a pouco gritando seu nome.

A garota demorou um pouco para decidir, mas seus pensamentos voltaram para o motivo de estar correndo, o que a fez aceitar o pedido com um tom de suplica.

– Sim! Vamos!

Ele deu aquele lindo sorriso e começou a andar, eles não trocaram uma palavra até chegar ao acampamento, que estava destroçado e com muitos bruxos ainda em choque comentando o ocorrido. Assim que avistou Fred correu em sua direção.

– Fred! – Disse lhe dando um abraço.

– Onde você estava? Procurei-te em todo lugar! Jorge e Gina estão na barraca, Gui e Carlinhos estão na floresta procurando você e os outros. O papai ficou tão preocupado.

– Desculpa. – Disse ao olhar para os pés. - Acabei me perdendo. –“pelo menos não foi só eu.” Pensou.

– Tudo bem o importante é que você está bem. – Fred sorri e pegou na mão da “irmã”. Mas está se soltou e olhou para trás.

– Obrigada Korman! – Disse acenando fervorosamente para o garoto que já estava sumindo entre as barracas e que se limitou a dar um sorriso de despedida.


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