Depois de constatado que foi realmente Dayllena que tentou matar Harry, Rony e eu, ela ficou sob responsabilidade do Ministério e fora expulsa da escola. Já era inverno e finalmente poderíamos sair e ir para nossas casas no natal. Passaria a véspera na casa dos meus pais e no dia seguinte iria para a Toca. Não sabíamos como seria o primeiro natal dos Weasley sem Fred.

A véspera do natal foi ótima, não via meus pais a muito tempo e receber o abarço deles simplesmente me fazia esquecer todos os problemas. Apesar de saber todos os perigos que corremos e da tentativa de assassinato que sofremos, ambos sabiam que a minha vida pertencia a aquele mundo e nada poderia mudar isso. Na manhã seguinte me despedi dos dois e aparatei n'a Toca. Os homens estavam no quintal arrumando uma grande mesa para poder caber toda a família, e as mulheres estavam todas na cozinha. Havia muito falatório, o que era normal, a Sra Weasley andava de um lado ao outro dando ordem nos filhos e nas noras

- Hermione minha querida, que bom que chegou! - me abraçou e antes de poder terminar de cumprimentar a todos já foi me delegando tarefas também - tome, leve isso lá pra fora.

Obedeci e fui. Harry e Rony ainda não tinham me visto, estavam muito distraídos ajudando George e o Sr Weasley.

- faça isso direito Rony, ou precisarei buscar Hermione pra mandar você fazer?? - George já tinha me visto atrás deles

- cala a boca George, além do mais de onde você tirou que a Hermione manda em mim? - perguntou já de cara emburrada

- bem, baseado nos últimos 8 anos eu acho que ele tem um pouco de razão - disse por trás dele, o fazendo pular de susto ao ouvir minha voz. Ao me ver abriu seu melhor sorriso e me abraçou tão forte que machucou minhas costelas - aaaiiiii Rony, devagar.

- quando chegou? – perguntou ainda sorrindo

- ainda pouco – respondi

- Hermione! Que bom que chegou – Harry veio até nós. Enquanto ajudávamos a arrumar o lado de fora íamos conversando sobre os últimos acontecimentos, já que desde a visita em Hogsmeade não nos víamos.

- então o que aconteceu com a Dayllena? - perguntei

- bem, depois que pegaram o responsável por ter azarado o boneco que tentou nos matar, ele confessou que trabalhava pra ela, então ele foi pra Azkaban e ela ficou sob responsabilidade do Ministério já que ela ainda não tinha completado maior idade – respondeu

- mas então ela está por ai solta? Ela pode tentar mais alguma coisa com vocês – minha voz já estava alterada devido a preocupação

- calma, não vai nos acontecer nada – Rony tentava me acalmar – além do mais não falta muito pra ela completar maioridade.

- ok tudo bem, mas tenham cuidado. Em Hogwarts pelo menos vai ser mais difícil ela tentar algo, afinal não existe lugar mais seguro – nos entreolhamos e começamos a rir, sempre ouvimos isso mas nunca foi verdade.

Ao cair da noite estava tudo pronto para o jantar de natal em família. O Sr Weasley sentou-se na cabeceira da mesa com a Sra Weasley ao lado. George com Anjelina que ainda não tinham oficializado o namoro com receio do que os outros iam dizer, já que ela namorava o irmão gêmeo dele. Percy e Audrey, Gina e Harry, Rony e eu, Gui com Fleur e a pequena Victorie que nascera no mesmo dia que vencemos a Guerra, e Carlinhos que estava sozinho. O jantar como sempre estava ótimo. Rony comia feito um trasgo, mas tive que cutucá-lo para dar um tempo, Harry queria falar

- será que você não para de comer um minuto garoto! – disse - Harry quer falar

- que? – respondeu sem dar muita atenção – eu já sei o que ele vai falar.

Harry se levantou, o que chamou a atenção de todos

- bem...eu queria dizer umas palavras – o nervosismo era nítido nele mas continuou – Quando eu tinha 11 anos eu conheci o meu melhor amigo, e de lá pra cá, conheci sua família que hoje também é como se fosse minha. Nesses anos todos perdemos pessoas que jamais imaginávamos viver sem, como Fred que não pode estar aqui hoje – fez uma pausa, olhou para a Sra Weasley que agora estava com lágrimas nos olhos – mas ele está entre nós bem aqui – colocou a mão no coração e continuou – é o nosso primeiro natal depois de tudo e ao invés de tristeza eu acho que devemos nos alegrar em estarmos todos aqui juntos.

- é isso ai filho – disse o Sr Weasley

- érr, Sr Weasley, gostaria de lhe pedir uma outra coisa – a voz meio falhada

- sim Harry, o que é? – respondeu

- bem – agora virado pra Gina, o que rapidamente eu imaginei o que seria – há alguns anos tive a sorte de conhecer uma pessoa que se tornou indispensável pra mim. Hoje ela faz minha vida muito mais feliz e gostaria que continuasse a fazer por muitos mais anos. – ela olhava incrédula pra ele, a Sra Weasley já estava chorando – Gina será que você me daria a honra de se tornar a Sra Potter e continuar me fazendo o homem mais feliz do mundo? – tirou uma caixinha de veludo azul marinho do bolso. Dentro havia um anel com uma pedra de brilhante não muito grande em formato de coração. Se ajoelhou e ficou esperando ela responder.

- Harry, eu...eu... – mal conseguia responder – sim eu aceito, claro que aceito – pulou em cima dele em um abraço.

- yeeeeaah! – gritou George – é melhor correr Rony, a Gina já saiu na sua frente

- não enche George! - retrucou - que foi Hermione? Não é pelo que o George disse né??? - agora notando a cara que eu fazia

- não, não é nada disso - respondi secamente

- então o que foi?? - perguntou preocupado

- porque não me contou que o Harry ia pedir a mão da Gina?? - me controlei para não falar muito alto e chamar a atenção de todos

- bem...- Gina o interrompeu antes

- olha Hermione, nossa eu to tão feliz, sinto que posso explodia a qualquer momento - ela dava pulinhos de alegria

- parabéns Gina, você e o Harry merecem ser muito felizes - dei um abraço nela e fui em direção para cumprimenta-lo também

- hey, não faça essa cara - Harry já sabia o motivo por eu estar assim

- que cara? - respondi tentando disfarçar

- Hermione Granger eu sei que está furiosa por que o Rony não contou que eu ia pedir a Gina em casamento, mas fui eu que pedi pra ele não contar - disse ele em tom de desculpas

- mas eu sou sua melhor amiga, você é como meu irmão Harry, eu devia saber - retruquei

- eu sei, eu sei mas eu pedi pra ele não contar por medo de não conseguir, sabe, travar na hora. - falou

- tudo bem, de qualquer forma parabéns, depois de tudo que passamos você merece ser feliz - puxei-o para um abraço apertado

- aah mais uma coisa. Queria saber se você e o Rony aceitam ser meus padrinhos - seus olhos brilhavam

- mas é claro que sim Harry, que pergunta! - agora lágrimas de alegria surgiram nos nossos olhos. - o Rony também já sabe disso né - novamente o ciúme voltara

- não, dessa vez não. Na verdade nem a Gina sabe ainda. Queria que fosse a primeira a saber da minha escolha - seu sorriso ia de orelha a orelha.

O resto da noite correu perfeitamente bem assim como toda a semana e a virada de ano. Logo era hora de voltar mais uma vez à escola.