Pov. Percy.

Ok, ela não morre nunca.

Nem sei como eu cai nessa, não é como se eu não soubesse que morrer não faz parte de seu feitio.

Os sete meio- sangues da profecia fungaram e se postaram em posição de ataque.

–Ahhhh, os semideuses da profecia.- Disse Gaia zombeteira.- Vocês acharam mesmo que poderiam me vencer, vocês apenas me derrubaram, nada realmente sério.- Suspirou.- Ah, não se fazem mais semideuses como antigamente.

–Não seja por isso, nós lutamos com você.- Disse Sandy atirando com seu arco e flecha, que surge de onde só os deuses sabem.

Gaia fez um gesto com as mãos e a flecha se transformou em terra.

–Previsível.- Sibilou Gaia.- Muito boa jogada, mais previsível.

–Gaia, é melhor se render, caso você não tenha percebido, você esta em desvantagem.- Disse Zeus. O que era verdade, os monstros racionais que estavam na batalha haviam fugido sabendo de sua derrota, e os irracionais que ficaram rapidamente forma mortos.

–Poupe-me de seus joguinhos Zeus.- Disse Gaia.- Eu não preciso de um exercito para vencer.

–Engraçado, então por que nós passamos as ultimas 9 horas lutando com seu exército?- Pergunta Annabeth, mais por impulso do que por querer zombar da deusa da terra.

Gaia olhou para Annabeth com um olhar de desprezo e raiva tão grande que eu só o havia visto uma vez na vida quando Netuno praticamente implorou mentindo que a amava para impedir a primeira guerra dos gigantes.

Rapidamente, já soube o que iria acontecer, então quando em um gesto que mais pareceu um borrão de tão rápido, Gaia lançou uma “lança” de terra em Annabeth, eu já estava em frente a ela protegendo-a com meu escudo.

Quando o “lança” se espatifou em meu escudo, praticamente todos os campistas e deuses se postaram em posição de ataque, mas eu estava com raiva, tentar me matar era uma coisa, todos sempre querem me matar, desde que eu nasci, mas tentar matar Annabeth é uma coisa totalmente diferente.

–Não, ela é minha.- Grito erguendo contracorrente.

–Jem, Jem, Jem. Meu querido Jem, desista dessa ideia estúpida de me matar.- Disse ela. Ok, usar o apelido é golpe baixo, podia sentir uma parte de mim se contorcendo de reconhecimento e sede de liberdade. – Junte-se a mim, quando nós ganharmos nós poderemos comandar tudo juntos, como era o nosso plano.

–E por que eu deveria confiar em você?- Pergunto.

–Por que diferente desses daí.- Disse ela apontando para os deuses.- Eu falo a verdade e sei reconhecer uma pessoa talentosa.

Ah, ela não devia ter falado isso.

–claro, é tão verdadeira que mentiu sobre a sua verdadeira identidade.- Digo.

–Ah, isso , eu não podia te contar.

–Não podia contar?- Pergunto incrédulo.Tento me recompor essa raiva não é minha.- É a minha história, a nossa história.

–Bom, esqueça isso.- Ela diz.

–Não.- Grito.

–ótimo. –Ela diz, seu sorriso sarcástico não diz o mesmo que seus olhos frios.

–Fiquem aqui eu cuido dela.- Digo para os semideuses.

Vejo que Annabeth vai protestar, assim como os outros da profecia que acham que eu não deveria fazer nada já que não faço parte dela, mas os ignoro e tento me focar em Gaia porém ela não esta mais lá.

Tento me focar apenas no som e no solo, sinto um movimento atrás de mim, e salto para gente no exato momento em que uma lamina corta o espaço onde estava. Depois de tanto tempo ela ainda tem os mesmo truques.

Agora ela é visível, uma mulher com roupas escuras e olhos mais ainda, armada com uma espada que reconheço imediatamente.

–Ainda com essa coisa.- Pergunto desviando de uma espadada.

–Ainda com essa.- Ela pergunta falando de minha espada.

Me impulsiono para frente, giro e ataco. Minha espada passa raspando em sua garganta.

–Lembra disso? pergunto.

–Lembro. Lembra disso?- Diz ela fazendo “espinhos” nascerem do chão. Me jogo no chão e rolo o mais rápido que posso enquanto eles continuam a crescer. Após os espinhos acabarem digo.

–Lembro.

E ataco mais uma vez.

***

Pov. Narradora.

A batalha entre eles prossegui-a. Percy atacava, desviava, rolava e atacava mais uma vez. Gaia tentava usar de tudo, fazia o chão tremer, virar lama, fazia poeira subir para atrapalha a visão de seu ex melhor tenente. O “publico” assistia torcendo por James, já que não sabia que debaixo daquele capacete estava o filho de Poseidon. Os deuses, diferente dos campistas torciam por Gaia, exceto Poseidon e Ártemis, eles achavam que seria melhor que James morresse, foram muitos e muitos anos escondendo o nome de James para ele aparecer agora e dar um giro de 180 graus na vida deles.

–Ah, bom é melhor nos prepararmos. Disse Athena aos deuses.

–Como assim se preparar?- Perguntou Leo.- Você acha que ele não tem chances?

–Não- Disse a deuses.- Ele quase perdeu da primeira vez, só ganhou por que estava com muita raiva, o Maximo que ele vai conseguir é retardá-la como está fazendo agora, isso se ele não mudar de lado.

–Você acha que ele iria pro lado dela?- Perguntou Frank incrédulo.

–Ele estava do lado dela na primeira vez. E como eu disse ele só a matou, pois estava com raiva, já deve ter sido muito difícil da primeira vez, e agora mais ainda. Tem que estar muito irritado para matar seu progenitor.- Disse a deusa cometendo uma erro impulsivo.

–Pera aí, James é filho de Gaia?- Perguntou Annabeth.

–Sim. Disse Athena contrariada, esperava que se fosse verdadeira com sua filha, esta voltasse a gostar dela.

Annabeth apenas a olhou incrédula e depois voltou a analisar a batalha que se travava em sua frente, viu com desespero que Percy estava perdendo. A deusa da Terra, havia produzido uma lombada na terra, Percy foi se esquivar de um ataque da deusa e tropeçou na lombada caindo. Depois disso a deusa repetiu seu truque e o algemou com a terra. A deusa se preparava para dar o bote final, mas não esperava que uma Annabeth impulsionada pelo desespero de perder seu amado cabeça de algas de novo, saiu correndo e se jogou nas costas de Gaia.

Inicialmente, a deusa ficou paralisada de susto, PIS não acreditava que alguém seria estúpido o suficiente para realizar tal feito, depois esqueceu-se completamente do que ia fazer e começou a se sacudir para tentar tirar a loira que se agarrava na deusa como se esta fosse um touro mecânico.

A sabidinha não se soltava da deusa, estava decidida a atrapalhar a deusa o suficiente para que Percy se solta-se das algemas e fosse ajudá-la a matar Gaia. As pessoas assistiam a cena paralisados, ninguém sabia se ajudava Annabeh ou Percy/James.

Depois de um tempo, Ártemis pareceu sair de seu “transe” e foi ajudar James, exatamente no momento em que Annabeth, fez um rasgo enorme no ombro de Gaia. A deusa já cega pela raiva , fez algum ‘feitiço” muito forte, pois a filha de Athena saiu voando e caiu cm um banque no chão. Tentou se levantar mais não conseguiu, sentiu uma forte queimação no tornozelo e percebeu que este tinha quebrado. A deusa se virou para a garota, praticamente espumando pela boca.

–Filhinha da deusa da sabedoria, como ousa ?- Perguntou Gaia.- Achou mesmo que poderia me derrotar sozinha? Eu já estou cheia de você, está na hora de conhecer a morte...

Porém antes que ela pudesse fazer qualquer coisa um jato de água a atingiu bem no rosto.

–Ei ,Bela Adormecida.- Chamou Percy. Ele estava alguns metros a cima do chão montado em Blackjack.- O seu problema é comigo. Deixa essa loirinha e me enfrente. Que tal terminarmos isso do mesmo jeito que começamos?

Gaia se limitou apenas a rosnar, então com um assoviu potente, um belo pégaso marrom apareceu.

Ela montou nele, e seguiu Percy que subia cada vez mais no ar.

Por um tempo os campistas, deuses e outros só conseguiam ver sombras. Logo após isso, uma figura de vestido caia em direção ao mar, Gaia.

Então um conjunto de raios iluminou o céu, e os campistas puderam ver a sombra de Percy e Blackjack sendo atingido em cheio por um dos raios.

***

Pov.Annabeth.

Eu agi como uma irresponsável impulsiva eu sei, mas era o meu namorado ali que poderia re-morrer, e isso com certeza não seria uma coisa que eu gostaria de ver novamente. Então eu simplesmente fui La e me prendi à deusa como se esta fosse um touro mecânico. Pois isso é o que namorados fazem um pelo outro.

Então ele conseguiu se soltar e a atacou com palavras e com água, então ambos foram para o céu, que não é exatamente o lugar apropriado para uma deusa da terra e um filho da “água”. Enquanto eles estavam lá, só era possível ver suas sombras lutando, desviando e atacando em uma luta aparentemente mortal. Após isso um corpo caia com uma espada cravada em seu peito, e só foi possível distingui-la por causa do seu vestido, era Gaia. Logo, eu consegui soltar a minha respiração que não percebi que estava prendendo, mas quando comecei a respirar aliviada, uma chuva de raios, literalmente, começa a acontecer e acerta o MEU Percy e Blackjack.

Sinceramente, eu não faço ideia de quando minha vida virou um melodrama mexicano, mas parece que ultimamente minha vida consegue ser mais dramática que Afrodite no tártaro (N/A: Sem ofensas filhos de Afrodite). Primeiro eu começo a namorar Percy, daí ele é retirado de mim, quando eu sei onde ele se meteu descubro que ele não se lembra de nada do que passamos, então construo um navio de guerra enorme para o encontrarmos, então fico sabendo da existência de uma profecia sobre mim, encontro a maior inimiga de minha mãe que me odeia, caio no tártaro com meu namorado, depois tenho que deixá-lo para trás, logo depois descubro que ele morre, e depois de mais tempo ainda eu descubro que uma das culpada de sua morte é minha própria mãe, então venho para uma batalha, quase morro e descubro que Percy ressuscitou, para agora descobrir que ele foi morto por um CARA MULHERENGO QUE SE ACHA O REI DA COCADA PRETA BRILHANTE.

Pois só uma pessoa seria capaz de produzir tantos raios assim direcionados apenas a uma pessoa. Zeus.

–O QUE VOCÊ FEZ?- Berrou Poseidon.

–Fiz o melhor.

–O MELHOR PRA QUEM?- Dessa vez a dona da fala foi Ártemis.

–Para todos, James é sinônimo de problema. - Disse o deus que eu queria matar.

–Acontece Zeus, que aquele não...

Minha fala foi interrompida por uma sombra negra que vinha voando de forma desgovernada até nós. Com um banque Blackjack caiu no chão com tudo, apesar de seus pelo estarem arrepiados e um pouco ensanguentados e seu jeito cansado ele parecia bem. Junto com ele o corpo de Percy jazia imóvel, mas não era possível saber se é por que ele não estava respirando ou por conta de não conseguirmos ver o seu peito mexer com a armadura que estava usando.

Nesse momentos já estava chorando sem me importar com o que os outros pensaria. Até que escutamos uma tocida.

–Silêncio todos.- Ordenou Sandy.

Então nós vimos finalmente um sinal de vida em Percy. Ele tossiu de novo e se mexeu. Depois de um tempo ele conseguiu se levantar e olhou atordoado para nós, bom pelo menos se pudesse ver sua expressão eu acho que ele estaria abismado.

Depois de um tempo, em que ficou parado, provavelmente pensando no que havia acontecido, ele deve ter Che gado a uma conclusão, pois se levantou e dirigindo sua fala a Zeus disse:

–Sério de novo?

Zeus parece amedrontado com a raiva muito controlada de Percy, como se soubesse que quando este falava com calma, nada de bom aconteceria. Quando o senhor dos céus brandiu seu raio mestre como se achasse que as coisas logo começariam a esquentar, Percy disse:

–Oh, guarde esse brinquedinho antes de que se machuque.- Todos ficamos encarando para ver qual seria a atitude de Zeus,pois xingar um dos deuses olimpianos não é tão grave quato xingar o rei dos deuses, a maioria dos que realizaram tal feito não duraram nem meio segundo, mas Zeus não o matou, pois Poseidon disse:

–Irmão deixe-o.

–Não, ele não teve problema algum em tentar acabar comigo da primeira vez, e nem agora, então vamos Zeus, enfrente-me se tiver coragem, a é esqueci você não tem coragem, nem conseguiria me vencer.- Disse ele. Zeus já ia dizer algo, mas Percy já estava se virando e vindo até mim.

Ele caminhou até parar em minha frente.

–Hey, pelo visto esta curada.

–É e você esta vivo.- Digo. Ficamos nos encarando por um tempo, até que eu o abraço tentando demonstrar tudo o que senti nos últimos dias. Ele me abraça mais forte, como se entendesse.

–Peraí, como assim?- Ouço alguém perguntar. Ignoro-a seja quem for.

Me afasto de percy e tiro seu capacete. Ouço muitos suspiros de surpresa, pois dã, meu namorado morto estava ali parado em minha frente com um sorrisinho lindo. Eu o beijo, e é como se estivéssemos novamente em nova Roma onde o mundo poderia ser atingido por um meteoro e eu não me importaria, pois estávamos juntos, e isso era tudo que importava.

Depois disso alguns dos campistas vieram abraça-lo, ou simplesmente ficaram olhando-o. Os campistas do outro acampamento apenas ficaram analisando-o como se estivessem tentando montar um quebra-cabeça com metade das peças faltando.

Por fim quem se pronunciou primeiro, para minha surpresa, foi Hades.

–Então você esta vivo? Como?

–Sério?- Perguntou Athena para minha alegria(ironia modo on).-Você esta mais surpreso por ele estar vivo? Sério? Não acha mais surpreendente o fato de ele ter nos enganado fingindo ser James, e conseguido trazer os semideuses do acampamento Greco-romano mesmo com a maldição?

Os deuses a encaravam tentando entender o que ela disse, até que alguns deles começaram a fazer cara de entendimento.

–Ah, isso não pode estar acontecendo.- Murmurou Herme.

–Aff, isto vai dar um problema.- Murmurou Apolo.

–Eu não acredito.- Disse Zeus com uma raiva.- Você é sempre cheio de truques James. Eu quero que todos os semideuses voltem de navio para casa e quando chegarem nos Estados Unido se dirijam diretamente ao Olimpo, levem seus mortos junto. E você James vem conosco, temos muito o que conversar.

–ahh, lá vem as pedradas, já estava esperando.- Disse Percy.

–Quieto muleke, não temos tempo para suas crises.- Disse Ares.

–Eu?, eu tenho crises?- Perguntou Percy incrédulo.

–Nos vemos no Olimpo.- Disse Athena.

E com isso os deuses foram aparatando para o Olimpo. Menos Ártemis que chamou Percy.

–Ahhhh, por que você sempre esta envolvido nas nossa crises?- Perguntou a deusa cansada.

–Me pergunto isso desde que nasci.- Respondeu ele. E co0m isso ambos desapareceram sem nem olhar para trás.

2 hora depois.

Depois que ele foram embora, os campistas de todos acampamentos recolheram os corpos da batalha, que eram muitos, nós separamos quem pertencia a cada acampamento, as caçadoras, as amazonas, e os espírito da natureza. Infelizmente houve muitas mortes no acampamento meio-sangue e dos espíritos da natureza. Cada campista voltou no transporte que veio, então eu vim de navio.

Devo comentar que foi muito estranho recolher os corpos com o outro acampamento. Tanto pela tristeza de nós vermos nossos amigos mortos como por tê-los por perto. Elkes nos davam uma sensação de que eles eram os maiorais, como se fosse próprios deuses. Nós já estávamos acostumados com os romanos e suas manias de se acharem grandes, mas não fazíamos ideia de como eram aqueles outros campistas que nos ignoraram totalmente como se não tivesse lutado conosco a pouco tempo atraás.

Quando chegamos em Manhattan eu fui para o convés tentar me distrair com a cidade. Era linda a vista da cidade por cima, milhares de pontinhos luminosos brilhavam a baixo de mim, eu fiquei imaginando o que meu pai, minha madrasta e meus irmãos estarias fazendo agora. Jason e Piper estavam dormindo em dos espaços vazios do barco, assim com Frank e Hazel, Leo estava coordenando a movimentação do navio, agora que eu troquei de turno com ele.

Não sei o que os humanos estariam vendo, talvez um super helicóptero, mas muitas pessoas pararam para olhar-nos descendo, por uma corda, do navio para a entrada do Empire State. Quando nós já estávamos praticamente todos no chão, os campistas que vieram de carruagens. Pégasus, unicórnios, entre outros chegaram, demorou um tanto mais que a gente pois como não tinha muito daqueles globos que Leo produziu, muitos deles só entraram muito depois no “portal”.

Logo depois que chegamos no Olimpo, eu parei para Analisa-lo. Na morada dos Deuses chovia muito, com direito a trovões, mas mesmo assim, o lugar reluzia com a beleza de minha criação, que não é para me gabar, mas estava incrivelmente lindo com todas as esculturas, templo entre outros. Porém pela primeira vez na vida, eu não estava realmente preocupada com arquitetura, eu queria ver Percy, eu sabia que ele estava conversando com os deuses até agora, pois o salão da reuniões parecia tremer e mesmo de tão longe era possível escutar alguns dos gritos de Zeus.

Queria ir logo até onde ele estava e descobrir o que ele havia feito de tão errado, mas eu tinha que esperar todos chegarem até o Olimpo o que demorou cerca de exatos 35 minutos. Então quando o ultimo campista saiu pelo elevador eu sai praticamente correndo até o grande palácio.

Chegando perto dele eu pude ouvir um berro:

–Pare de mentir. Não vamos acreditar em você.

***

Pov. Percy.

–Devemos exilá-lo. - Dizia Zeus.

–Não, não devemos, ele não fez nada de errado. - Berrou Poseidon.

–Ele não fez nada de errado?- Perguntou Athena. - Ele mentiu para nós esse tempo todo.

–Isso é bobagem. - Falou Hermes.

–Talvez não seja. - Disse Hefesto.

–Eu confio nele. - Disse Ártemis.

–Cortem-lhe logo a cabeça. - Disse Hades entediado, mas eu sabia que por dentro ele estava mais do que interessado.

Essa foi praticamente os acontecimentos das ultima horas. Eu contei tudo o que tinha que contar e desde então eles estão tentando chegar a um acordo sobre o que fazer comigo.

–Eu sou Rei dos deuses, e eu ordeno que ele seja morto e enviado ao tártaro.

–Até por que isso seria super justo né Zeus. - Pergunto.- É engraçado como você fica um tempo morto e as leis já podem ser todas quebradas.

–Eu não estou quebrando nenhuma lei. - Disse Zeus.

–Claro que não, só a lei que diz que você não pode atacar nenhum semideus se este não pedir briga. - Digo.

–Você não é um semideus. – Lembrou Athena.

–Eu sou sim, e não mude de assunto, você sabem muito bem que estão quebrando a lei. – Digo.

–Leis podem ser mudadas. - Disse Zeus.

–Claro que podem, se isto lhe convém. - Digo.

–Escuta aqui...

–Não escuta aqui você Zeus, eu não fiz nada de errado, e será totalmente injusto você me punir.

–Injusto?- Perguntou o deus com descrença. - O seu nascimento foi um erro, você inteiro é um erro que só faz mal a todos. Viver com você isso é uma injustiça.

–Diz isso o cara que acabou com a vida de James e quer fazer a mesma coisa comigo quebrando um monte de leis.

–Pare de falar nas leis, você nem sabe o que isso significa, até parece que você sabe todas as leis antigas.

–Lei número 45789: os deuses nunca devem...

–Ok, só por que você sabe uma ou outra leisinha não quer dizer que você saiba de tudo.

–Zeus, quando pequeno James foi forçado a aprender todas as leis antigas, eu consequentemente sei de tudo.

–Pare de falar assim. - Disse Athena. –Como se não fossem a mesma pessoa.

–Mas nós não somos. - Digo irritado e cansado.

–Percy, por favor, nos conte de novo o que aconteceu. - Pediu Afrodite educadamente pela quinquagésima vez.

–Eu já disse, eu havia morrido como vocês sabem, e então Annabeth deu á água de um colar que tem propriedades mágicas de trazer você dos mortos, e foi o que aconteceu. Eu voltei com todas as minhas memórias, mas inda sou o Percy.

–Pare de mentir. Não vamos acreditar em você. –Berrou Zeus.

Naquele momento a porta do salão se abre e uma Annabeth entra praticamente correndo com um batalhão de olhos atrás delas. Ótimo eles chegaram.

–Oi. - Digo deprimido.

–Oi, o que esta acontecendo?- Pergunta Hazel

–Oh, ele não te contou?- Pergunta Athena sorrindo maliciosamente. Essa mulher me dá náuseas. - Percy, conte pra eles o que você nos contou nas ultimas duas horas, tenho certeza que será realmente muito interessante.

– Acho melhor nós voltarmos ao assunto que estávamos. – Digo.

–Não, conte. – Disse ela mandona.

Eu odeio essa mulher.

–Eu odeio você. – Digo para ela. – Sabe disso não sabe?

–Sim, e você fala como se todos nós não te odiássemos. – Disse a deusa.

–Será que alguém pode nos explicar o que esta acontecendo aqui? – Perguntou Piper com um pouco de charme na voz.

– Ok. - Digo por fim. Sei que terei que fazer isso de qualquer forma. - Mas acho melhor você se sentarem.

Eles tentam protestar, mas eu apenas os fulmino e eles logo se sentam. Não que eu quisesse fulminá-los, mas simplesmente aconteceu. Controlá-lo esta cada vez mais difícil.

–Eu vou contar uma história. – Digo depois de muito pensar por onde começar. – A história de... James.

Ouço alguns deuses fungarem, mas tento ignorá-los. O que não é muito fácil, já que uma parte de mim quer muito dizer as poucas e boas que eles merecem, mas eu não posso dizer isso então...

–Ok, a muito, muito, muito tempo atrás, tipo, 3 mil anos antes de Cristo, Netuno e Gaia tiveram um caso, onde tiveram um filho. Netuno ficou apavorado, pois sabia que a criança seria poderosa e ameaçadora, então ele e seu irmão Júpiter, roubaram a criança e a criaram como se fosse apenas filha de Poseidon e uma deusa qualquer. Todos gostavam muito da criança de cabelos loiros e olhos azuis esverdeados. Gostavam tanto que deram a ela suas bênçãos, porém ele foi crescendo e Zeus se sentindo ameaçado...

–Hem, hem. - Fez Zeus irritado. É claro que ele não gostaria de parecer o babaca covarde que é...

– Começou a tratar James, mau. – Continuei como se não houvesse ocorrido alguma interrupção. - Ele tinha medo de que a mãe de James o levasse para o lado dela, então tentou controlar James com o medo. Na época este namorava Ártemis, então durante uma noite, James foi levado a ilha de Calipso onde ficou enfeitiçado com uma magia do amor que Afrodite havia sido obrigada a produzir e acabou se “apaixonando” pela moça da ilha. Ele ficou com ela por dois anos, mas o que ele não sabia é que Ártemis estava assistindo a tudo. E quando ele voltou, também obrigado, obviamente o casal terminou.

“James inicialmente ficou triste, e depois ficou extremamente irritado com Jupiter. Este achava que se James tivesse medo dele, nunca se ajuntaria a Gaia. Uma doce ilusão, James atacou Jupiter cheio de raiva, e os olimpianos o defenderam e expulsaram James por um tempo definido do Olimpo. James teve que viver no mundo mortal, ás vezes enfrentando monstros, outras vezes fazendo coisas muito erradas. Isso lá para o século XV.”

“Depois de ficar no mundo mortal por muito tempo, já no século XVI, o deus pôde voltar para o Olimpo. Só que ele estava diferente, ele tinha uma raiva gigante no peito, mas tentava não demonstrar, tentava ser o antigo James, mas isso era impossível, vivendo no mundo mortal ele aprendeu muitas coisas com, eles, ele virou um homem irônico, arrogante, sempre que vencia algo fazia questão de dar uma festa ou fazer anúncios pelo Olimpo por sua grande conquista.”

“Lá pelo inicio do século XVIII ele conheceu uma mortal, e seu viu perdidamente apaixonada por ela só que esta o traiu com Jupiter, o que levou ao nascimento de uma garota. James ficou cego pela raiva, ele ficou pior do que já estava, teve uma briga muito intensa com Jupiter, e quando conseguiram o afastar do senhor dos céus, ele voou em seu pégasus para o mais longe possível. Lá conheceu Gaia, ela o fez ficar melhor, disse coisas boas para ele e o tratou como uma mãe, não demorou muito tempo para James passar para o lado dela, pois Juíter fez totalmente o contrário, em vez de James ter medo dele, ele ficou com raiva. Fazendo-o a passar para o lado negro da força.”

“Então Zeus tinha um plano, e espalhou para os Olimpianos que James estava planejando destruí-los, disse que ele tinha a força para isso. Ninguém acreditou nisso, e para Zeus comprovar, ele desafiou James a uma batalha, o vencedor se tornava o rei do Olimpo. James cego pela raiva e pelo poder de fazer Zeus perder, aceitou o desafio e como esperado ganhou, então os deuses tiveram que concordar com Zeus, e rapidamente com medo de se tornarem fracos e subordinados, tiraram os poderes de deus que James tinha, retiraram o que o tornava um deus e o transformaram em um semideus. James foi enviado ao acampamento águia de louros, onde conheceu Sandy, Ian, Candece, Robert, Nathan e Messy. Eles estavam num chalé para os indeterminado que era comandado por Sandy. Estavam sempre juntos e a amizade deles foi crescendo, apesar de esta ser muito estranha e bem ignorada. Eles saíram em missões e descobriram ser os sete meio- sangues originais, então faziam de tudo para o bem, enquanto James era o espião de Gaia. No fim James havia se apegado tanto a eles que pediu para que Gaia não os matasse, mas ela não cumpriu, matou Sandy que na época era sua namorada, e depois James como forma de vingança matou Gaia e foi morto por Jupiter pouco tempo depois.”

Dei uma pausa para todos absorverem tudo que falei. Sabia que era complicado. Quando algumas pessoas de todos os acampamentos começaram a falar com as outras eu pigarreei, e quando todos se calaram eu continuei:

–Porém o que ninguém sabia é que Gaia morreu fazendo uma maldição. E quando os semideuses voltaram para o acampamento, ganhavam a imortalidade parcial e ficavam presos lá até que o líder, que no caso era James voltasse para quebrar a maldição. Quem estava fora dos limites do acampamento, só viam uma paisagem clama, mas os deuses viam o acampamento pegando fogo. E quando sobrou duas pessoas para ultrapassar a barreira, os deuses chegaram e as impediram de prosseguir. Tentaram de tudo, mas não conseguiam entrar no acampamento, então acabaram desistindo, e falaram que sua linhagem tinha que continuar. Mandaram os dois semideuses restantes, um grego e outro romano, vierem para os Estados Unidos, onde o Olimpo estava se mudando. Os dois semideuses fizeram o que lhes foi mandado, mas acabaram brigando e de separando. Então um deles, um garoto grego fundou o Acampamento Meio-Sangue e o outro o Acampamento Jupiter.

–Ok, nós entendemos, mas o que isso tem a ver com...

–Eu ainda não terminei. - Disse a Frank. – James era mais do que inteligente, ele tinha a benção de Athena, então com um ultimo ato de bondade antes de morrer no ar com um raio na cabeça, ele trocou sua vida pela de Sandy. Mas ele era mais inteligente, Gaia já o havia trazido de volta à sua identidade de deus, então ele deu a Sandy sua parte semideusa e fugiu para o submundo, onde teria que estar. E enganou os fantasmas e Hades e conseguiu ir para o Elíseo, mesmo estando vivo. Lá ele ficou por muitos anos só vendo o que acontecia na terra e depois de mais tempo ainda, decidiu renascer. Porém não havia como renascer sem estar morto, e ele não podia morrer, então ele usou uma magia muito antiga e tirou sua alma de seu corpo que acabou estar morto já que não tinha ninguém que o controlava. O corpo foi para o renascimento, e assim que nasceu ele direcionou sua alma ao corpo para poder voltar á vida, porém isso não deu certo, e sua alma ficou escondida dentro de seu novo corpo. A criança cresceu, mas ele não conseguia fazer contato com o corpo, pois este não te pertencia então não sabia do que tinha que se lembrar.

“ E nela ele ficou escondido até esta conseguir fazer alguma ligação com sua vida. O que ocorreu, esta pessoa se tornou uma semideusa, e depois descobriu a existência de James. Este então conseguiu, então entrar em contato com o corpo já que agora este sabia, mas o semideus já tinha uma alma, e a de James não tinha um lugar para ficar. Então o semideus morreu, e todas as memórias de sua vida passada voltaram, e ele retornou a vida com todas as lembrança de sua vida como James, só que James não pode usar seu corpo, ele pode enviar suas sensações, seus pensamentos, mas não pode realizá-lo de fato. E... bom.... James... ele está dentro de... mim.’

Termino tentando ver as reações das pessoas. Alguns parecem atordoados, outros em estados de choque. Eu mesmo estou em estado de choque. James esta de certa forma dentro de mim, me mandando mensagens, vontades, coisas que eu tenho que controlar. Além disso, ele fez coisas terríveis e ele sou eu de certa forma.

–Deixa ver se eu entendi?- Falou Annabeth. – James esta dentro de você,. Você é a reencarnação de James?

–É isso. – Confirmo.

–Isso é uma mentira. – Diz Zeus. – James sempre esteve aí, atuando em sua melhor forma de Percy, mas na verdade queria nos destruir.

–Eu não me lembrava de minha vida passada. – Digo. – Nem queria lembrar, eu não fazia ideia de que eu tinha sido James.

–Não vamos acreditar em você. – Disse Deméter se posicionando.

–Ok, então por que eu teria participado de diversas missões, quase morrido a maioria delas?- Perguntei. – Se eu fosse James teria sabotado as missões. Eu não teria devolvido o raio mestre, nem procurado pelo velocino de ouro, eu não teria sustentado a maldição do titã, nem iria entrar no labirinto e faria de tudo o possível para fazer Cronos vencer na guerra. Vocês acham que se eu fosse James eu teria negado a imortalidade?

Ocorreu um longo silencio até que uma voz se pronunciasse.

–Percy tem razão. –Disse Annabeth. – Ele esta falando a verdade. Ele é o Percy, ele é bom, amigável, sincero e leal. James é uma parte pequena nele que esta querendo tomar cona de seu corpo so que não consegue. James é a parte má de Percy. Enquanto Percy é bom, James é mal, Percy é a parte grega e James é a parte romana dele.

–Exato. – Digo. - James é um pequeno pedaço de mim tentado assumir o controle, lembra naquela vez no tártaro quando eu tive uma dor de cabeça enorme? Era James que reconheceu Gaia e tentou ocupar o meu corpo, mas não conseguiu.

– Eu confio na palavra de Jam... Percy. – Disse Ártemis. –Tenho certeza de que James teria falado algo comigo.

–E ele teria voltado para nós rapidamente. –Disse Sandy. – Ele não teria ficado com os otários gregos, não é?

Eu não sabia o que dizer. Não sou James, mas os sentimentos que ele demonstrou agora, são de que ela estava falando a maior loucura.

–Viu ele não consegue nem responder. . Diz Zeus. – Eu acho que ele deveria ser morto.

–NÃO! – Berrou Annabeth e Sandy.

– Zeus deveríamos fazer uma votação. – Disse Apolo.

–Que votação? Todos sabemos que mesmo ele não tendo mentido, James ainda esta dentro dele querendo nos destruir. – Disse Zeus.

–Mas matá-lo é ridículo. –Falou Poseidon. – Só vencemos a batalha por causa dele, em vez de estarmos aqui pensando em matá-lo, deveríamos está-lo presenteando.

–Ótimo. –Disse Zeus.- Então vamos presenteá-lo.

Ok, como assim, agora eu não sei mesmo o que fazer.

–Como?- Pergunto.

–Você tem a chance de esquecer de tudo, esquecer de sua vida como James, esquecer de sua vida como Percy e viver no mundo mortal como uma pessoa comum, teria uma vida perfeita com uma esposa incrível, e nós, os deuses, cuidaríamos para que nenhum monstro chegasse perto de você. Ou você pode se tornar um deus menor e ficar conosco para sempre, você não poderia entrar em contato nenhum com seus amigos, mas teria tudo do bom e do melhor. –Disse Zeus.

Eu sei que issp parece fácil. Mas não é. Eu estou pouco me lixando com a opção de ser um deus menor, mas na primeira opção esta coisas ótimas. Eu poderia ter tudo o que sempre quis, uma vida sossegada com uma linda família, poderia ter um ótimo emprego e não teria que ficar me preocupando com monstros e deuses. E o melhor de tudo, eu poderia me esquecer de tudo. Eu... James fez coisas horríveis que estarão para sempre em minha memória, e eu poderia esquecê-las. Nesse momento só penso no quão boa seria minha vida, não penso em mais nada.

–Eu aceito a pri...

Paro de falar quando um monte de imagens invadem minha cabeça. Toda a minha vida de semideus, tudo o que vivi, as pessoas que conheci, tudo, não são as coisas pelas quais James passou, e sim pelas quais eu, Percy Jackson, passei. Eu rapidamente sei de minha escolha, eu não posso me tronar um mortal e esquecer tudo, isso seria como esquecer quem eu sou, seria esquecer minha família, seria esquecer Annabeth...

–Não. – Digo para a surpresa de todos. – Eu não quero isso, eu sei que posso controlar James, eu não quero esquecer minha vida. Em vez disso eu quero outra coisa. – Respiro fundo e reflito rapidamente sobre o meu pedido. Antes que Zeus me interrompa eu peço. – Eu quero que o acampamento pégasus de louros seja transferido para cá.

Todos ficam quietos. Sei que todos os olhares estão dirigidos para mim, mas fico olhado apenas para Zeus como uma forma de desafio. Por fim, para minha surpresa quem fala é Athena.

–Então assim seja.

–Como?- Pergunta Zeus.

–Tenho certeza de que o melhor a fazer é aceitar isso, e deixar os problemas para depois, é melhor nós irmos descansar, hoje foi um dia muito longo, e os campistas estão exaustos, Vocês podem ficar aqui para comorar, e depois podem ir para seus devidos acampamentos, os campistas do pegasus de louros vão para o acampamento Jupiter até que nós coloquemos o acampamento nos Estados Unidos. – Disse Athena.

Os deuses a ficam encarando, então olham para os campistas e depois nos dizem tchau e vão embora. Zeus sai rapidamente sem deixar de me encarar fixamente. Aparentemente eles estão cansados e confusos demais para qualquer coisa.

Fica um silêncio intenso com suas saídas. Olho para os semideuses e eles para mim. Ninguém é capaz de falar alguma coisa. Foram muitos acontecimentos para um dia só.

–Bom... – Começa Sandy. – Acho que agora é a hora da sua escolha.

– Como?- Pergunto sem entender nada.

–Bom, James era o meu namorada, e você é James, e Percy pelo que entendi namora a loirinha. –Disse ela apontando para Annabeth que se aproximou. – Acho que você tem que escolher com quem quer ficar.

Ótimo, antes a situação já estava critica, agora ficou pior. Não que eu não saiba quem escolher, mas eu tenho que dar um fora em uma delas, e isso não é bom.

–Olha, Sandy você é uma garota linda, é forte, poderosa, incrível, uma mulher que qualquer homem sonharia em ter. – Começo. – E Annabeth, você é irritada, mandona, orgulhosa e tem um gênio praticamente impossível.

Vejo o sorriso convencido se aumentar com cada palavra proferida,e Annabeth se encolher com cada uma.

– Bom, então eu sou a escolhida. Desculpe querida, mas a escolha era meio obvia. –Comemora Sandy vindo me beijar.Porém me desvio dela.

–Entretanto, irritada, mandona e orgulhosa são as características que eu mais gosto na pessoa que eu amo.- Digo vendo Sandy se afastar bruscamente como se tivesse levado um tapa e vejo Annabeth dar um lindo sorriso.- E isso são apenas algumas das coisas que me fazem ficar cada dia mais apaixonado por ela.

–Bom, então se acha isso...- Diz Sandy indignada se retirando.

Acho que as pessoas acharam o exemplo dela a deixa para sair, pois logo após ela ir embora os únicos que sobraram foram eu e Annabeth.

–Então...- Digo me aproximando.

Annabeth me olha minuciosamente, como se tentasse descobrir o que deveria fazer.

Ela me dá um tapa.

–Ai, por que você fez isso?- Pergunto com a mão no rosto.

–Por quê? Você tem ideia da preocupação que me deu, eu pensei que iria te perder de novo, e eu vi você morrer, sabe como eu sofri por você? E você ainda tem a coragem de...

A interrompo com um beijo.

O beijo é bom, é suave e quente. Ah se ela soubesse a falta que esse beijo me fez... Ele me faz lembrar dos tempos passado onde éramos só nos dois aproveitando um momento calmo e sossegado, sem fazer nada só curtindo o calor um do outro.Porém por causa do maldito ar nós tivemos que nos separar.

–Então o que estávamos falando mesmo? – Pergunto?

–Sabe que eu não sei. – Diz ela brincando.

E comemoramos assim a nossa noite, um com o outro, pois era só isso que nos importava naquele momento.

***

Pov. Annabeth.

Onde ele está?

Estou procurando o Percy faz muito tempo, eu não o vi o dia inteiro, e parece que ninguém o viu também.

Estou preocupada, depois de muitos beijos, nós voltamos para casa ontem e acabamos dormindo rapidamente, conseguindo já ficar de castigo por quebrar a regra de “ nenhum campista do sexo feminino pode ficar sozinho com uma pessoa do sexo masculino no mesmo quarto”. Mas ninguém pode nos culpar de eu ter ido dormir no quarto dele, estava cansada e com saudades e agora que ele voltou eu planejo ficar o mais perto possível dele.

Mas o problema é que eu não o encontro em nenhum lugar. Eu já procurei pelo acampamento inteiro e não o achei, e o mais estranho ainda é que ele não compareceu nem à queima da mortalha. Todos do acampamento fizemos uma mortalha enorme com os símbolos de todos os chalés, pois seria muito difícil fazer uma mortalha para cada pessoa. Mas ele não estava la, e nem em nenhum outro lugar. É como se ele estivesse invisível.

–Mas é claro. –Penso em voz alta assustando dois campistas.

Os ignoro e vou correndo em direção ao único lugar que ele deve estar, o único que não procurei, o nosso lago.

Quando me aproximo do lago, la esta ele jogando pedrinhas na água.

–Ei cabeça de algas, arranjou um boné invisível para você? – Pergunto brincando. – Procurei você por todo o acampamento.

Ele me ignora. Estranho.

–Percy?- Pergunto me aproximando. Vejo seu rosto numa expressão triste, seus olhos vermelhos e inchados me fazem perceber que ele estava chorando.- Percy? O que foi?

Ele não olha para mim, apenas me estende um pedaço de papel que estava lendo. Quando o examino melhor vejo que é um jornal.

–Pagina 4. – Diz ele roucamente.

Abro nela e leio a noticia. Pelo que leio, um apartamento foi atingido por um raio ontem, à noite, em baixo a uma figura de um prédio destruído. Com um susto percebo que é o apartamento de Sally, mãe de Percy.

–Não houve sobreviventes. – Diz.

–Oh, Percy, eu sinto tanto. – Digo o abraçando.

–A culpa é minha, seu eu tivesse aceitado a oferta de Zeus, isso nunca teria acontecido.

–É, só que daí nós não estaríamos juntos. – Digo.

–Eu sei. Mas eu não tinha que ter pedido algo eu fui totalmente tolo.

–Percy, não diga isso.

–Não diga isso? – Perguntou Percy incrédulo se soltando de mim. – Annabeth, eu fiz uma espécie de desafio com Zeus pedindo aquilo, e ele matou minha mãe e o Paul. Annie, você não entende, agora eu não sou mais Percy Jackson o herói do Olimpo, ewu sou Percy Jackson a reencarnação de James, os deuses já me odiavam antes e agora muito mais, nem posso imaginar o que eles são capazes de fazer com as pessoas perto de mim...

–Percy, eles não farão nada com nenhum de nós. – Eu digo segurando seu rosto. – Eu entendo muito bem o que você quis dizer e se você acha que se afastando de mim, se afastando de qualquer um aqui, vai ser o melhor você esta muito enganado. Todos nós amamos você, nós queremos você, e se uns deuses idiotas quiserem acabar com você saiba com nós estaremos aqui para ajudá-lo.

–Annie...

–Percy, eu amo você, amo mais do que qualquer coisa em minha vida, e saiba que eles só farão algo de ruim com você passando pelo meu cadáver.

– Eu também te amo, mas o que vai acontecer se els vierem atrás de você.

–Eu não sei, mas eu sei de uma coisa, o que quer que aconteça nós vamos superar como sempre superamos as coisas – Digo. – Juntos.

Eles sorri e entrelaça nossa mãos.

–Desde que a gente fique juntos.