Frustrâneo escrita por Equinox


Capítulo 1
A Arte Do Fracasso.


Notas iniciais do capítulo

Escrevi esse texto para um concurso da escola... Ele ficou... Bom, não sei, me digam vocês o que acharam, isto é, se alguém ler... Mas principalmente porque já entreguei e estou muito insegura :(
Enjoy if you want!



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Um escritor, decrépito e extemporâneo, ao longo de sua pródiga existência, escrevera dois únicos livros, um nomeado "A arte do fracasso" e o outro "Um frustrâneo" que enumeras vozes contavam se tratar de uma autobiografia, contudo o autor do livro sempre negava afirmando que ao fim o protagonista obtinha sucesso e ele, ao contrário de sua personagem, nunca recebeu nem mesmo o segundo lugar, seja qual fosse o assunto e a competição. 

Um ator, decrépito e extemporâneo, ao longo de sua parcimoniosa carreira, apresentara-se numa única peça "A morte do azar" e enquanto a platéia com doze espectadores o observava no ato, ele se meteu numa dança desconcertada que levou seu público ao choque , assim como seu tornozelo que chocou-se depois de um salto e torceu. Ele nunca mais conseguiu andar em linha reta. Desistiu da carreira e tornou-se compositor.

Um compositor, decrépito e extemporâneo, em alguns meses testando rimas, vendeu quinze letras para um grupo de lunáticos com promessas de constituírem a maior banda de todos os tempos. O álbum de quinze faixas vendeu oito discos na primeira semana e em um ano, extraordinariamente, vendeu apenas mais três. O compositor, em divida com a banda que desvaneceu na história, mudou de nome e tornou-se escritor.

Ator, compositor e escritor, decrépito e extemporâneo, tomou na vida seus cafés sem açúcar, e amores só teve os genéricos, nenhuma paixão verdadeira e nenhum amado viuvo enterrou, apenas um homem genérico e tão ranzinza quanto ele. Bom seria se nossas mentes fossem como ostras, englobassem os pensamentos ruins e os transformasse em pérola. Melhor seria se nossas mentes fossem pequenos computadores com a opção de deletar os arquivos duvidosos e organizar-se com extrema cordialidade. Nós divergimos ideias conosco o tempo inteiro e é por isso que opiniões sempre mudam com o passar do tempo, só não muda a consciência que não quer a mudança. 

O velho autor, ator e compositor, era uma consciência inglória que jamais buscou a comuta, recordava sempre dos que tentaram, em vão, convencê-lo a sonhar e só pôde ver os erros naqueles que lhe incumbiram desse desafio, pois nem os tais concretizaram suas cobiças. 

Perdera sua ambição, o que tinha agora? Uma cova lhe chamando para o término. O velhote escreveu sua última passagem:

"Não componha aos outros esperanças de sonhos que nem seu autor conseguiu protagonizar."

Estava numa sala e caminhou com dificuldade apaiado em sua amiga bengala, viu todas aquelas fotos entulhando a parede e sorriu para a única que lhe enteressou, um jovem muito bonito e com certeza bastante confortavel numa roupa azul bebê. Aquele foi o pior dos azares de sua vida, nunca ter tocado aqueles doces lábios rosados, quem dirá tocado seu corpo magérrimo e imaculado. 

E então findou-se sua história com a morte do fracasso. 


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