5º Passo: Beijar para garantir exclusividade.

Depois de fazer notar, tornar familiar, eliminar a concorrência e impressionar chegou a importante hora do beijo. Sua experiência com garotas havia ensinado que um primeiro beijo bem dado e no momento certo garantia uma garota gamada. Já tinha sua admiração, confiança, carinho, amizade então hora de garantir seu desejo.  Afinal, tudo aquilo sem atração física ficava na Friend Zone. E com certeza não era ali que gostaria de ficar.

Só que simplesmente não conseguia achar uma boa hora e lugar para rolar o tal beijo. Sinceramente já estava pensando em mandar tudo pro inferno e só ir lá e beijar, mas seu lado racional lhe deu um tapa mental. Nada de colocar todo o esforço até aqui feito na lata de lixo. Resolveu ter um pouco mais de paciência.

No final daquela semana, Cana pegou uma missão S acima do nível do que vinha fazendo, por isso Makarov terminou por mandar alguém com ela só por precaução. Não é preciso dizer que a morena virou um monstro diante da proposta do mestre, mas no fim teve de aceitar para poder pegar o dito trabalho.

Laxus se ofereceu para ir junto como quem não queria e apesar de sua intenção ser a melhor possível, ela estava resistente. Tentou não levar para o lado pessoal, Cana não estava irritada com ELE, mas sim com a situação. Tudo estava correndo muito bem na medida do possível para um trabalho de risco elevado até que ela resolveu fazer aquela idiotice que quase a matou.

Se sua sorte não tivesse ao seu favor, Cana Alberona nesse momento seria história. Isso o deixou num estado de estresse além do comum porque ela tinha sido leviana e idiota o suficiente para fazer uma demonstração de habilidade que quase matou por orgulho. Para provar alguma coisa não se sabe quem. E claramente terminou perdendo as estribeiras e gritando com ela.

Não era a intenção ser rude, só que estava muito irritado com o fato dela fazer uma idiotice daquela que pôs em risco sua segurança. Confiava nela, o mestre também, ninguém duvidava que podia fazer, a questão ali foi de pura segurança dela. Afinal, não estava acostumada com tais missões. Ele mesmo no inicio havia sido acompanhado por Gildarts. NÃO HAVIA NADA DE ERRADO.

E agora ela estava emburrada num canto da caverna na qual passariam a noite, não tinham se falado durante todo o dia. Sabia que ela estava além de emburrada, envergonhada, por isso deixou quieto. Não estava mais com raiva e nem pretendia falar no assunto ou mesmo contar ao avô. Aquilo era algo entre os dois.

Já era por volta das nove da noite quando mesmo com os fones sobre os ouvidos, ouviu passos leves em sua direção. Permaneceu de olhos fechados recostado na parede, sentiu que ela sentou-se ao seu lado, mas permaneceu quieto, se quisesse falar estaria ali para ouvir, mas não manifestaria ação até acontece-lo.

- Hum...

A morena fez um som para chamar sua atenção e então tirou um dos fones do ouvido.

Ela estava abraçada aos joelhos e tinha um tique com as mãos, sabia que não gostava assim como ele de pedir desculpas.

- Sinto muito por ontem, eu não queria fazer nada estúpido... Tem razão de ficar bravo, não foi uma postura muito segura e podia ter terminado mal... É só que... – ela suspirou – Eu posso fazer! Sei que posso...

- Ninguém nunca disse que não conseguia, eu só estou aqui porque é normal um período de adaptação. Eu só quero que entenda que um deslize por menor que for pode custar a sua vida! E eu não quero que nada ruim te aconteça.

- Eu entendi... E agora vou dormir neah... Foi bom falar com você.

Cana já estava saindo de fininho para o outro lado da caverna quando foi puxada para baixo, mais especificamente para entre as pernas do loiro. Laxus passou o braço em torno da cintura da morena e voltando a recostar a cabeça na parede para ouvir sua música.

Sem muita opção de saída, a maga virou de lado e fechou os olhos para tirar um cochilo. Laxus só notou que que ela havia dormido quando pensou em ir ele mesmo fazê-lo. A morena estava num estado de semi-consciência e foi engraçado vê-la brigar com sua própria coberta numa tentativa de abri-la e em alguma hora depois daquilo ela apareceu perto de seu lugar e pediu para dormir ali.

Ele achou engraçado quando ela disse que era quentinho, mas resolveu não dar muita moral para isso devido ao seu estágio de sonolência. Entretanto, no final, ambos estavam acordados e quietos, até que de repente ela o surpreendeu. Empurrou-o para baixo e subiu em cima com os cabelos caindo sobre a pele do Dreyar.

- Sabe garotão, faz um tempo que quero fazer uma coisa, não me leve a mal, okay?

Dito isso, fez um sorriso amável e depois sentiu os lábios macios dela colidirem sobre os seus. Realmente ficou surpreso e demorou alguns instantes para beijá-la de volta. As mãos que jaziam paradas do lado do corpo subiram para costas e nuca, para efetivamente tomar o controle da situação. Vendo sua reação ela se animou e entreabriu mais os lábios para dar passagem a língua masculina para explorar toda a boca da parceira.

Se separaram por pura falta de ar e os olhos violetas o fitaram com aquele brilho obscuro da lascívia mostrando que ela o queria também. Cana mordeu o lábio inferior, olhou para o lado e por fim voltou a deitar-se.

Fase cinco, concluída.

Okay que não foi exatamente como pensou que faria, mas tava valendo.