Desejo Secreto escrita por T Phoenix


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!! A partir de uma ideia dada pela Luiza Yalle no grupo Fanfictions OUAT e das fotos que foram surgindo ao longo da semana sobre a terceira temporada (e na tentativa de escrever outra fic), surgiu a ideia para essa.

Espero que tenha ficado legal e que vocês gostem! Boa leitura!



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O longo caminho percorrido por Jolly Roger através das águas que levavam a Neverland uniu, cada dia mais, seus passageiros. Snow e Charming eram o sinônimo de “casal perfeito”, talvez a única coisa entre eles que deveria mudar fosse eles terem um pouco menos de grude, o que não ajudava muito com o espaço limitado do navio e o fato de estarem sempre juntos. Porém, a relação deles com a rainha tinha melhorado. Hook e Gold passaram muito tempo se evitando, porém no dia em que o pirata veio, finalmente, lhe prestar sentimentos por Bae, as lembranças do filho do Senhor das Trevas os fez baixarem seus muros internos e começarem uma conversa franca.

Emma era a única ali que não tinha conseguido resolver sua situação: Ela estava perdidamente apaixonada por Regina e isso só piorava a cada sorriso gentil e genuíno que a morena lhe dava durante as aulas de magia.

Os tripulantes passaram por muitos desafios juntos, as águas daquele mar eram repletas de monstros e cheias de perigo, apesar da aparente calmaria pelas quais passavam em alguns pontos. E eles estavam outra vez se aproximando de um desses lugares.

Hook adentrou a cabine em que Emma dormia, encontrando a loira pendurada em uma barra de ferro, fazendo exercícios.

– O que você está fazendo? – Ele deu um olhar curioso para ela.

– Me preparando para uma luta. – A voz dela saiu com um pouco de dificuldade por estar se esforçando para se manter pendurada.

– Estamos chegando, eu acredito que só falte um último desafio. – Hook a encarou quando ela colocou os pés no chão, soltando a barra e se virando para ele. – Sereias.

– Certo. E o que vamos fazer? – Ela sentou-se na cama e o pirata se aproximou, estendendo para ela um objeto.

– Temos que nos preparar. - Emma pegou o objeto, avaliando-o.

– Vamos ter que amarrar vocês ao mastro com uma venda nos olhos e algodão nos ouvidos pra que não sejam atingidos pelas sereias?

– Não. – O pirata riu. – Antes precisaria, mas não com isso. – Ele apontou o frasco nas mãos de Emma.

– E o que é isso, Hook?

– Uma poção. Gold preparou antes de ficar para trás, acho que Regina ajudou também. Segundo ele, isso quebra o encanto das sereias. David e eu já tomamos, mas Mary achou melhor que eu trouxesse pra você guardar.

– Entendi. – A loira se levantou e guardou o frasco em um lugar seguro.

Após a conversa, ambos saíram do quartinho e se dirigiram ao convés. Lá encontraram Snow, David e Regina. As duas mulheres conversavam enquanto o homem havia assumido o timão. Emma parou próxima a borda e ficou observando o horizonte.

– Estamos chegando perto. – Disse Hook, aflito.

– Vejam! – Snow apontou para uma pequena ilha com várias superfícies rochosas, onde podiam ser vistas inúmeras criaturas sobre elas.

– São... sereias. – Regina hesitou. As criaturas pulavam das pedras à medida que o barco se aproximava.

Ela e Snow podiam ouvir o canto daquelas que ficaram nas pedras, um som agudo que incomodava seus ouvidos. Hook e David também podiam ouvir aquele barulho horroroso, notando que a poção realmente funcionou.

Porém ninguém se deu conta do olhar maravilhado de Emma até ver a loira enroscar os pés entre a madeira da borda do navio e se colocar de pé. Para ser uma cena de Titanic só faltava Emma gritar que era o rei do mundo. Mas aquela atitude da xerife despertou o desespero de Snow.

– Emma! – Ela gritou e correu para se aproximar da filha. – Emma, desça já daí!

A loira a ignorou completamente. Snow segurava a filha pelo cós da calça, apenas para que ela não escorregasse e caísse. Hook foi até o timão e pediu para que David cuidasse das velas, eles precisavam de mais velocidade para sair logo daquele lugar.

Quando finalmente saíram de perto da ilha das sereias, deixaram de ouvir aquele som. Snow soltou a filha ao ver que ela tinha voltado à sua consciência e descia da borda. Emma tinha uma expressão confusa.

– O que aconteceu? – Emma virou-se para os outros quatro passageiros, um olhar cheio de dúvidas.

– Eu não sei, não era para você ser afetada pelas sereias. – Regina estranhou profundamente o que acontecia.

– Elas ainda não foram embora. Apenas se calaram. – Disse Hook observando do timão as sereias que nadavam ao lado do barco.

O que aconteceu a seguir foi muito rápido: Emma debruçou-se na borda para tentar ter uma visão melhor do mar e uma sereia saltou da água, rodeando o pescoço da loira com os braços e a puxando, fazendo-a cair do navio.

– Emma!! – O grito de Mary foi estridente e desesperado. Os quatro correram para a borda do barco, vendo a loira lutando contra a sereia que a agarrava, ainda na superfície da água.

– Emma! – Foi a voz de David que chamou a atenção da filha. – Pegue a corda!

David pegou uma corda e jogou no mar para a filha, tentando fazer com que ela a alcançasse. Enquanto ele fazia isso, Emma nadava para mais perto do barco e, quando estava próxima de agarrar a corda, os demais assistiam a sereia se aproximar da loira mais uma vez, surgindo diante dela, porém agora não houve resistência por parte da mesma.

Ela sorria e acariciava o rosto da sereia. Hook logo soube do que se tratava, mudando seu rosto para uma expressão séria. A criatura estava de costas, mas ao avaliar a prefeita um segundo, debruçada ao lado de Snow na borda do navio, o pirata experiente matou a charada.

– É um encanto de ilusão. – Ele sussurrou, chamando a atenção dos outros três.

– Eu já passei por isso. – David se pronunciou. – Uma sereia no Lago Nostos uma vez tentou se passar por Snow para me levar até o fundo. – Ele encarou o rosto de sua mulher e depois o do pirata. – Pensei que sereias não pudessem tomar formas de homens.

– E não podem. – Hook disse em tom sério. – Mas elas podem tomar a forma do seu verdadeiro amor. – Ele encarou os três diante de si.

– Mas, se não podem se tornar homens... – Snow parou um momento, tentando raciocinar. – Quem ela se tornou?

– Regina. – Hook encarou a rainha, que foi pega pelos olhares de Mary e David também sobre ela. A morena estava paralisada com a notícia.

– Ah não... Você não! – Snow gaguejou, se dirigindo à morena.

– Eu não sei de nada! – Ela respondeu a outra friamente. Não era uma total mentira, ela não sabia que Emma nutria sentimentos por ela, embora saber daquilo tivesse mexido profundamente com suas próprias emoções. E então voltou seus olhos para dentro do mar. – Emma! – Ela gritou ao ver que a loira começava a afundar.

David imediatamente puxou a corda de volta ao navio e foi amarrando-a em volta da cintura, dando instruções para a esposa segurá-la enquanto ele mergulharia atrás de Emma. E assim eles fizeram.

O homem se jogou na água atrás da filha, que afundava cada vez mais em direção à sereia diante dela, que a puxava pelo pescoço com um enorme sorriso no rosto. O príncipe pode distinguir com perfeição a silhueta da rainha. Sim, era mesmo a forma de Regina que a sereia havia tomado.

Ele conseguiu alcançar Emma e puxar a perna da loira, mas a criatura não largava de seu pescoço. Os pulmões do príncipe ardiam, ele imaginava o sufoco que a filha estava passando. Conseguiu segurar, finalmente, na cintura da xerife e deu uma forte mordida na mão da sereia que se mantinha na nuca de Emma. A criatura a soltou, então ele deu um forte puxão na corda, como sinal para que os de cima começassem a puxar.

Eles haviam acabado de chegar à superfície quando a sereia os alcançou. David mal teve tempo de recuperar a respiração antes de ela puxar os dois novamente para dentro da água, fazendo com que as duas mulheres do lado de cima arfassem para segurar o peso e impedir que a sereia os afundasse mais uma vez.

Hook encontrou um velho arpão e, quando Regina e Mary conseguiram trazer os dois de volta para a superfície, o pirata jogou o arpão na sereia assim que ela apareceu. A arma atravessou o pescoço da criatura e manchou a água com um tom forte de vermelho. David jogou Emma sobre o ombro e, com ajuda dos três no barco, conseguiu subir de volta a bordo.

Emma estava esbranquiçada, seu rosto tinha um tom levemente arroxeado e os cabelos loiros pareciam algas marinhas com o tom leve de verde que adquiriram. Snow agarrou a filha assim que David colocou a jovem no chão do convés.

– Emma. – Ela acariciou o rosto da loira. – Minha filha. – A mulher tentava conter o choro em sua face fechada pela preocupação.

Regina assistia a tudo, em pé ao lado de onde os pais velavam o corpo inerte da filha. Ver aquela cena estava mexendo intimamente com ela, o estado de Emma, ela sentia-se culpada de alguma forma, sentia-se desesperada pelo medo de perder a loira. Porém sua teimosia a impedia de se aproximar.

Hook havia voltado a assumir o timão, navegando o mais rápido possível para longe dali. Ele sabia que o sangue da sereia morta poderia atrair outras criaturas. Assim que Regina notou que Snow não faria nada e viu a pele de Emma ganhar uma cor ainda mais pálida e sua boca um tom mais forte de roxo, ela não conseguiu ficar parada.

Ajoelhou-se diante da loira, surpreendendo Snow e David. Ela precisava tentar, talvez se Regina a beijasse, aquilo pudesse acordar Emma. Afinal, pelo que a morena entendeu, ela era o amor verdadeiro da xerife, embora ainda estivesse confusa sobre aquilo. Ela empurrou levemente Mary Margaret e assumiu a posição anterior da princesa, segurando Emma em seus braços. Ela se inclinou e roçou seus lábios contra os da loira, pegando outra vez o casal de surpresa.

Mary estava prestes a se revoltar e começar a dar um chilique sobre a ousadia de Regina, quando a morena ergueu a cabeça com lágrimas nos olhos.

– Ela ainda tem pulso. – Disse e esboçou um leve sorriso. – Mas não está respirando. – Sua face se tornou aflita.

David checou a pulsação da filha e constatou que a prefeita dizia a verdade. Entretanto, sua felicidade durou bem pouco.

– Eu não sinto mais. O pulso dela... se foi. – Ele disse com os olhos arregalados.

Regina foi rápida, ela deitou Emma no convés e posicionou suas mãos sobre o peito da xerife. “É claro que um beijo não funcionaria, sua idiota. O que estava pensando? Isso é um afogamento, não uma maldição.” A rainha se repreendia enquanto fazia massagem cardíaca na loira. Após a contagem exata, ela se posicionou para a respiração boca a boca. Embora parecesse estranha aquela cena, Snow e David torciam para que funcionasse.

Algumas repetições depois e Emma tossiu, jogando para fora dos pulmões toda a água que tinha engolido. Regina a virou de lado e caiu sentada para trás, um sorriso largo nos lábios e lágrimas escorrendo por seu rosto. Snow e David praticamente atacaram a filha, quando esta abriu seus belos olhos verdes para a vida outra vez.

A morena assistiu aos dois se esquecendo completamente de sua existência naquele momento. Aquilo a magoou, não demonstraram nenhuma gratidão por ela ter salvado a filha deles. Ela se ergueu e se afastou sutilmente do lugar onde os três estavam, descendo para as cabines. Hook viu tudo de onde estava, ele travou o timão na direção correta e desceu atrás de Regina.

– Está tudo bem? – Ele não bateu na porta, apenas entrou, e encontrou a rainha chorando.

– Estou ótima. Por que não estaria? – Ela engoliu suas lágrimas e se recompôs rapidamente.

– Porque todos precisam de reconhecimento. – O pirata disse, tentando se aproximar, mas a morena se afastou dele.

– Me deixe sozinha, por favor.

Ele ergueu as mãos em rendição e saiu, fechando a porta atrás de si. Dez minutos depois que ele saiu, Snow bateu na porta e, ao receber uma resposta de “entre”, adentrou o pequeno quarto.

– Regina, eu estava te procurando, você sumiu depois que Emma acordou. Hook me disse que estava aqui.

– O que quer, Mary? – Ela olhou impaciente para a mulher a sua frente.

– Regina, abaixa a guarda. Eu vim em paz. – Ela se aproximou um pouco mais da rainha. – Na verdade, vim te agradecer. Se não fosse por você eu teria perdido a coisa mais importante da minha vida.

– Eu fiz porque era o certo a se fazer. – A morena tentou fingir que não tinha tanta importância.

– Eu sei, mas isso não diminui o que você fez. David e eu seremos eternamente agradecidos. – Ela sorriu para a rainha e se aproximou em um abraço que pegou a outra de surpresa. – Não precisa se fazer tão fria, somos uma família agora. Eu não esqueci o que falei na mina.

Regina sorriu, ela simplesmente não conseguiu evitar. De seus olhos castanhos rolaram lágrimas de felicidade. O momento foi interrompido por David, ele entrou no quarto que permanecia com a porta aberta e, só então, bateu na madeira para chamar a atenção das duas mulheres.

– Emma está consciente e quer te ver, Regina. – Ele falou com um sorriso. A rainha se soltou de Mary e foi em direção à porta, quando o príncipe a segurou com gentileza pelo braço. – Obrigado. – Ele sorriu e a soltou. Ela sorriu de volta e seguiu seu caminho.

Assim que entrou no quarto, ela se deparou com Emma sobre a cama. Seu rosto estava bem mais corado e ela parecia tomar um chá quente. Seu corpo coberto até os seios por um grosso cobertor e os cabelos enrolados em um pano para secar. Regina pode notar as íris verdes brilhando com sua presença.

– Regina. – Ela sorriu, a voz de Emma parecia tão doce e ainda um pouco rouca devido a tudo o que aconteceu.

– Sim, Emma. Queria me ver? – A rainha se aproximou e sentou-se na beirada da cama, ao lado da loira.

– Eu queria te agradecer. – Ela sorriu. – Meus pais me contaram.

– Disponha, Miss Swan. – O tom de Regina não era nem um pouco frio, tinha um leve ar de divertimento em suas palavras. – Era o certo a se fazer. – A rainha sorriu novamente.

– Não foi certo me puxar para o fundo daquele mar, Madam Mayor. – Emma riu, deixando Regina claramente confusa e surpresa com suas palavras.

– Mas eu não... – Ela começou, perdida nas palavras, mas foi interrompida.

– Eu sei que não era real... – Emma olhou fundo nos olhos castanhos. – Mas era tentador demais para que eu pudesse resistir.

Regina corou com diante do olhar e da declaração de Emma. Ela se mexeu sobre a cama e suspirou, voltando a encarar a loira.

– Você realmente me viu lá embaixo? – O tom da rainha era cuidadoso, mas seu olhar estava cheio de esperanças por uma confirmação.

– Sim, eu vi. – A resposta foi curta, mas as palavras estavam carregadas de sinceridade. Emma não desviou o olhar das íris castanhas um segundo e, quando notou a tensão que se instalou na rainha, ela completou a frase. – Meu pai está de prova, se você acha que eu estava alucinando. Ele também te viu. – Emma riu.

– Eu acredito em você, Emma. – Ela sorriu e um enorme sorriso brotou nos lábios da loira, que começava a sentir-se convencida, então Regina completou. – Até porque o Hook foi o primeiro que notou, além de você, é claro. – A rainha riu. Que lindo era aquele som para os ouvidos de Emma.

– Então acredita mais no pirata do que na mãe do seu filho, Madam Mayor? – A loira a encarou, erguendo uma sobrancelha em sua direção com um charme que fez o coração de Regina acelerar.

– Na verdade... Nesse barco, Miss Swan, você é a pessoa em que mais confio. – Ela se interrompeu, desconfortável por um segundo em admitir aquilo, mas estava na hora. A morena suspirou e continuou. – Talvez a única em quem eu realmente confie. E me importe. 

O sorriso da loira se abriu e seus olhos se iluminaram de felicidade ao ouvir aquelas palavras. Não era o tão desejado “eu te amo”, mas era uma versão muito próxima a isso, se tratando de Regina. Porém, Emma não conseguiria e nem queria mais se conter, não depois de tudo pelo qual passou. Ela endireitou-se na cama, se aproximando mais da morena.

– Você sabe por que eu te vi? – A voz de Emma era baixa e delicada.

– Não. – Regina mentiu, encarando os olhos verdes cada vez mais próximos dela.

– Porque eu te amo. – A voz da loira era só um sussurro. – Porque eu te desejo há muito tempo. Porque eu me pego imaginando como seria a minha vida ao seu lado. E isso é mais forte do que eu. – Ela terminou suas palavras, encarando o belo rosto da rainha bem próximo do seu. Seus olhos se focaram naqueles lábios carnudos e avermelhados. – Não me deixe viver na ilusão, Regina. – Ela se aproximou mais, suas respirações se misturando. – Eu preciso ter o real.

Mal as palavras de Emma passaram por sua garganta, ela sentiu os lábios de Regina sobre os seus num beijo cheio de ternura e paixão. Ela não se conteve em puxar a morena mais para si, praticamente a deitando na cama ao seu lado. Regina não resistiu e nem mesmo poderia, foi ela quem começou o beijo pois estava cansada de lutar contra seus sentimentos, ela precisava esclarecer aquela confusão em sua cabeça e ouvir seu coração. As duas se separaram quando o ar se fez necessário, a loira puxou a rainha para seu colo e a mesma se aninhou junto ao corpo de Emma, deitando sua cabeça no ombro da loira e deixando sua mão descansar sobre a barriga dela. A xerife tinha o braço por baixo do pescoço de Regina e acariciava os cabelos da morena, enquanto a puxava mais para si com o outro braço rodeando sua cintura. Regina sentia-se confortável ali, sentia-se segura e completamente protegida.

– Emma... – Ela ergueu a cabeça e parou por um segundo, buscando a atenção da loira.

– Sim, Regina? – Emma sorriu, acariciando o rosto da morena com a mão agora livre.

– Eu te amo. – Regina corou levemente ao dizer aquelas palavras, mas seu coração se aqueceu como nunca.

– Eu te amo mais. – A loira sorriu, os olhos brilhando de felicidade, e puxou Regina para um novo beijo, calmo e apaixonado.

– Garotas, já é noite, eu estou preparando o jantar, nos vemos daqui a meia hora, ok? – A voz de Mary Margaret surgiu adentrando a porta e paralisando ao ver a cena romântica entre a filha e a rainha.

Regina logo tentou se afastar do beijo, mas Emma a prendeu pela cintura e a segurou contra o seu corpo. A loira nunca havia visto a rainha tão corada e, para ser bem sincera, nem mesmo Snow lembrava-se de tal visão. A situação só piorou quando David adentrou o quarto, parando ao lado da esposa e encarando as duas na cama.

– Hum... Eu vim aqui para saber como você estava, Emma, mas pelo visto já está bem melhor. – Ele riu.

– Estou sim, obrigada. Diga ao Hook que agradeço pelo chá. – Ela mal terminou de pronunciar as palavras e o pirata parou ao lado de David na porta.

– Não há de quê, Swan. – Ele também riu e devorava as duas com um olhar malicioso que só ele tinha. Aquilo foi a gota d’água que Regina podia suportar, mas ela não tinha como fugir dos braços fortes de Emma a prendendo contra si.

– Bem, vamos deixá-las meninos. Elas ainda tem muito o que conversar. – Disse uma Snow que segurava uma gargalhada. – Não se esqueçam, o jantar sai em meia hora. – Ela riu finalmente e saiu, fechando a porta atrás de si.

As duas mal ficaram sozinhas e Regina enfiou a cara entre os cobertores de Emma, morrendo de vergonha, arrancando da loira uma sonora gargalhada.

– Emma, isso não tem graça! – Ela se irritou. – Todos me viram aqui com você, nessa... situação.

– É bom que se acostume porque eu não pretendo me desgrudar mais de você. E eles também. – Ela puxou a rainha para mais um beijo, mas logo que se afastaram a mesma a encarou e ela não conteve o riso. – Eu fiz de propósito, tá legal? Eles já sabiam que eu tentaria fazer você dar uma chance pra nós e aceitaram numa boa. Eu só precisava fazer com que você aceitasse. – Ela tornou a rir.

– Emma! – Regina lhe deu um olhar de repreensão e um forte tapa no braço. – Sua idiota, convencida... – Ela encarou o rosto da xerife, que não se importava com seu sermão e ainda ria. – Se eu não te amasse tanto, eu te jogaria de volta para aquela sereia. – A morena deu um leve sorriso, rendendo-se ao charme da salvadora.

– Mas você me ama e eu amo você. – Ela disse enquanto posicionava seu corpo sobre o da rainha. – E falando em sereia, eu ainda quero provas de que isso é real. – Ela sorriu de forma maliciosa e passou a beijar o pescoço da morena, que soltou um leve gemido com a boca quente de Emma no ponto exato onde causava a ela um arrepio de excitação maravilhoso.

– Você tem vinte e cinco minutos, Miss Swan, antes que sua mãe volte para nos chamar para o jantar. – A voz de Regina era um ronronar no ouvido de Emma. – Vinte e cinco minutos para me fazer sua. – A ultima palavra foi dita num sussurro sexy e seguida por uma leve mordida na orelha que fez a loira estremecer.

– É tempo suficiente, Madam Mayor. – A loira sorriu e permitiu se perder no corpo da morena pela primeira vez, deliciando-se em tornar a sua ilusão na própria realidade.


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Notas finais do capítulo

E aí, galera, o que acharam? Se merecer, reviews são sempre bem vindos!! xD