O Vizinho escrita por JJ Gleek


Capítulo 30
O real assassino




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O investigador do caso de assassinato do Sr. Johnson decide reunir todos o presentes na festa em que a vítima foi cruelmente morta na mansão Johnson.

Ao reuni-los no local do crime diante de um burburinho infernal, pede silêncio. Sem sucesso, grita:

– Silêncio!- neste memento, todos param de conversar e o escutam, extasiados. – Reuni-os aqui para informá-los a conclusão do inquérito. – continuou ele.- Após um penoso trabalho de investigação, cheio de barreiras, prisões equivocadas, perícias, coletas de depoimentos e autópsias, cheguei à conclusão de quem é a real assassino de Harry Johnson. Na fatídica noite em que Harry morreu, havia uma festa na mansão. O Sr. Johnson, preocupado com o fato de o champanhe ter acabado, foi até a adega da mansão. O assassino encontrou-o e o ameaçou . Por um longo período de tempo, Harry suplicava ao assassino que não o matasse. Como o Sr. Johnson estava demorando muito, Alexandra foi até a adega da mansão, procurá-lo. Ouvindo gritos de súplica, entrou no cômodo sorrateiramente. Mesmo contra luz, viu o assassino se aproximando de Harry e injetando, em seu pescoço, um veneno letal através desta seringa – falou o oficial, estendendo o objeto aos olhares dos presentes.- Instantaneamente, o Sr. Johnson morreu, com os olhos ainda abertos, demonstrando imenso pavor. Assim que o cadáver se desfaleceu, o assassino plantou pistas falsas, afim de enganar a polícia, para que prendêssemos outro em seu lugar. Com um pequeno morcego silvestre, furou a veia jugular do corpo. Cuidadosamente, espalhou o sangue, cobrindo o minúsculo furo feito pela agulha da seringa, e sujando o resto do corpo. Alexandra, horrorizada, não conseguiu se controlar, e soltou um pequeno gemido embargado de choro. O assassino se virou para trás lentamente, porém ela já havia fugido, com medo de ser morta, para assim, ser silenciada. Contudo, antes de fugir, pôde ver, de relance e em meio à escuridão, o rosto do assassino. Quando colhi o depoimento de Henry, ele me disse que Ana, a enfermeira, havia perdido uma de suas seringas, para a medicação de William, dias antes do assassinato. Isso nos leva a concluir que o crime foi premeditado, e cometido por alguém próximo à família. Pode não parecer, mas a denúncia de Morten para a Interpol tem tudo a ver com o assassinato de Harry. A mesma pessoa que o denunciou, mandou matar o Sr. Johnson. Para não levantar suspeitas, ligou para a polícia assim que todos avistaram o cadáver, e fingiu, como ótima intérprete, que estava fraca, indefesa, e, para minha sorte, colaborou muito em seu primeiro depoimento. O verdadeiro assassino de Harry Johnson é Gabriel Marques!- declarou o detetive, chocando a todos. – Gabriel Marques é amante de Emily Johnson a muito tempo. Ele trabalhava aqui como cuidador dos cavalos da mansão. Como os dois são de classes diferentes, Emily, que se importa muito com isso, não poderia assumi-lo, mesmo se separando de Harry. Juntamente com o amante, planejou o assassinato do marido, para que a fortuna recaísse sobre seu filho e não tivesse mais problemas com Harry, que já desconfiava da traição. Gabriel, que ainda trabalhava na mansão, dias antes do crime, roubou uma das seringas de Ana. O veneno não foi muito difícil de conseguir, assim como o morcego. Na fatídica noite da festa, conseguiu, pela tarde, ser demitido por Harry. Assim, com o assassinato do patrão, não seria obrigado a depor.

– Então por que queriam me culpar? – disse Morten, confuso. Ainda tentava absorver a enorme quantidade de informações ditas pelo detetive.

– Simples! Emily é prima de Jack Magne! Ela o denunciou para o primo,que veio até o Brasil e ficou hospedado aqui. Jack queria arruinar sua vida, pois tem um ódio enorme por você! Emily propôs culpá-lo, pois precisava de alguém para a polícia desconfiar, e acabar por prender a pessoa errada. Eles já haviam planejado tudo, mesmo antes de ele vir até aqui. Emily, Gabriel e Jack: estão presos!- disse o investigador, enquanto policias algemavam os três crápulas.

– Não acredito! Minha própria mãe! Não pode ser! Ela mandou matar meu pai!? E ainda tinha um caso com o Gabriel!? Tenho nojo de vocês! Corja de vermes! –disse Henry, aos gritos, se dirigindo aos três algemados.

– Morten, a polícia brasileira e a Interpol querem se desculpar imensamente com você! O prendemos três vezes, mesmo não sendo culpado de nada! O que podemos fazer para reparar este erro terrível?- disse o delegado local.

– Já sei! – disse Morten, animado.


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