O Vizinho escrita por JJ Gleek


Capítulo 28
Liberdade ou prisão?




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Dias depois, em pleno almoço de domingo, na casa de Silas, tudo indicava uma perfeita harmonia: Mrak e Dorcha cantando no karaokê, Vanderlucy e Henry morriam de rir dos amigos que não sabiam falar e cantar em Português, e Mörk e Alexandra namorando num canto da varanda, próximo à churrasqueira.

Silas, incomodado com a cena da “irmã” com o namorado, resolveu interrompê-los um pouco. Aproximou-se e estacou. Não percebendo nada, os namorados continuaram a se beijar. Silas, sem paciência, limpou a garganta em alto e bom tom. Alexandra, percebendo que o “irmão” gostaria que eles parassem, disse:

– Vou ver Mrak e Dorcha no karaokê. Pelas altas risadas de Vanderlucy, deve ser hilário.

Silas, aproveitando a saída de Alexandra, disse:

– Então, como vão os preparativos para o noivado?

– Que noivado!?- disse Mörk, desconversando Silas.

– O seu e de Alexandra. Precisam noivar logo, ou acha que vão namorar para sempre!? Já é hora de assumir um compromisso mais sério!

– Não vamos nos casar. Tanto ela quanto eu não queremos isso. Quando a hora certa chegar, vamos morar juntos. – O que, aliás, já estamos fazendo, desde que Morten foi preso pela primeira vez aqui.

– O que!? – disse Silas, boquiaberto.- Vocês dois estão amasiados?

– Sim. Gostamos de viver assim. Não quero me casar, assim como ela. E, como já temos a intimidade necessária para morar juntos, o fazemos. – disse Mörk, tranquilo.

– Alexandra! Venha aqui agora! – disse Silas, aos gritos.

Quando a “irmã” chegou, o esposo de Vanderlucy disse:

– Que história é essa de viverem amasiados!?

– Eu e Mörk não queremos nos casar, e já temos intimidade para morar juntos.

– Sabe que Harry não gostaria disso! Vocês têm que assumir um compromisso!

– Harry não daria a mínima! Você não gosta disso! A vida é minha! Eu quero viver assim, e irei! Faço o que quiser da minha vida!- disse ela, aos berros.

– Você está certa! Cansei disso! Sempre tento protegê-la o tempo inteiro, e você só se mete em mais perigos! Já chega! Se quiser viver assim, viva! Seja o que quiser! A vida é sua! Estrague-a como quiser! - gritou Silas.

– Não briguem! Este almoço é para nos aproximar, e não desunir! Os dois: abraço mútuo. – disse Vanderlucy, se aproximando deles.

– O que!? – falaram Silas e Alexandra, em uníssono.

– Abraço! Agora!- Repetiu ela.

– Você está louca!?- disse Silas.

– Pirou na batatinha!?- falou Alexandra.

– Não. Só queria algo para acalmar seus ânimos. A tática do “abraço mútuo” nunca falha! – disse ela, rindo.

– Tem um policial na porta! Disse que Jack nos chamou para averiguarmos algo no caso de Morten! – disse Henry, ofegante. Afinal, correu o percurso todo da sala até a varanda da casa.

Mörk, Silas, Vanderlucy, Alexandra , Mrak e Dorcha, tiveram que voltar na delegacia novamente. Porém, agora, acompanhados de Henry, que ainda se recusava a saber qualquer coisa ligada ao assassinato do pai. Dessa vez, o progresso era no caso de Morten.

Ao chegarem à delegacia, foram recebidos pelo delegado, que disse:

– Jack os espera em minha sala.

Chegando na sala do oficial, encontraram Jack sentado na cadeira atrás da mesa. Entediado, girava um envelope no tampo da escrivaninha.

– Chamei-os aqui para abrirmos o envelope com o resultado da autópsia do sangue de Hela e Uklar, apesar de já saber que Morten é o culpado.

– O senhor poderia abri-lo logo, por favor!?- disse Silas, ansioso.

– Sim.- disse Jack, com indiferença.

Ao abrir o envelope, leu o resultado silenciosamente. Chocado, leu –o novamente. Não poderia acreditar!

– Pela cara dele, já posso supor que estávamos certos! – disse Silas, animado.

Sorrateiramente, Mörk pegou o papel da mesa e leu-o aos amigos, traduzindo tudo instantaneamente.

– Segundo os laudos do laboratório, os sangues de Hela e Uklar continham a toxina de morcego. Nosso amigo está livre! – disse ele, triunfante.

Jack, relutante, libertou Morten. Era a única coisa que ainda poderia fazer.

– Eu disse que nunca cometi crime algum! Sou inocente! – disse Morten, não se aguentando de felicidade.- Obrigado por provarem minha inocência! Muito obrigado mesmo! – continuou, abraçando todos os seus amigos.

Passado um tempo, todos se desvencilharam do abraço. Vanderlucy, resoluta, se aproximou lentamente de Morten. Abraçou-o novamente, sussurrando:

– Me desculpe! Fui uma idiota com você desde o começo! Desculpe por não ter acreditado em você, quando me contou a verdade!

Após o abraço, Morten disse, também sussurrando:

– Tudo bem, isso são águas passadas. Somos amigos agora! E amigos não guardam ressentimentos uns dos outros!

Ao voltarem para a casa dos forasteiros, fizeram uma festa animada. Cheia de comidas, bebidas, e muito Marilyn Manson.


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