O Vizinho escrita por JJ Gleek


Capítulo 26
Contestações




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– O que será isso!?- disse Jack, surpreso.

– Esses são os meus amigos e toda a cidade!- respondeu Morten, erguendo a cabeça pela primeira vez desde que entrara na cela.

– Felipe, estão fazendo uma manifestação em sua delegacia! Você os deixará impune!?- disse Jack, gritando, para poder ser ouvido pelo delegado local.

– Ah... Tenho coisas mais importantes a fazer... – murmurou baixinho Felipe- Esse policial da Interpol é muito chato! Carne de pescoço, vice!? – disse ele, saindo de seu escritório e indo em direção à fachada da delegacia.

– Ei! Parem com essa barulheira! – disse ele. Leu os cartazes e continuou - Bem... Se têm algo sério a manifestar perante a sentença do caso, podem entrar! Não todos! Somente o advogado e mais uma pessoa!

Ao avistar Henry e Silas se aproximando, o delegado disse:

– Dirijam-se até a sala do investigador, por favor.

Ao chegarem no estreito e mal iluminado cômodo onde se situava a sala do investigador, sentaram-se rapidamente.

O investigador sentou-se na cadeira atrás de sua mesa, rapidamente.

– O que vêm fazer aqui!?- disse ele.

– Queremos contribuir no caso em que Morten está envolvido.- disse Silas.

– Queiram me dar licença, pois esta não é minha área. Só cubro os crimes locais. – disse ele, calmamente. - Jack, venha até aqui! Esses dois têm algo para você! – gritou.

Rapidamente o investigador saiu, dando entrada na sala Jack, o policial da Interpol responsável pelo caso de Morten.

– O que querem? Qualquer contribuição será inútil! O caso já está encerrado e a sentença já está sendo cumprida. –disse ele. “Aquele delegadinho de merda! Era para prendê-los por vadiagem, e não deixá-los interferir no caso!”- pensou Jack.

– O que temos a dizer é importante. O senhor não me é estranho!- disse Henry, tentando observar o oficial, apesar da fraca luz vinda da única lâmpada do cômodo.

– Nunca o vi na vida! O que tanto querem dizer? – disse Jack, olhando para os dois com certa impaciência.

– Se todas as evidências apontam que o crime foi cometido por Morten: as marcas nos cadáveres, o canivete e as roupas sujas de sangue, a herança de Hela e o fato de ele e as vítimas serem os únicos presentes, porém ele não confessa sua culpa, porque não tentam ouvi-lo, já que era a única testemunha!?- disse Silas.

– O que está querendo dizer?

– Se Morten, o único presente além dos falecidos, diz que não é o assassino, fala que morcegos os morderam, por quê não acreditam nele ou, pelo menos, tentam provar que ele está errado?

– Onde quer chegar com isso!? - disse Jack, um tanto quanto exaltado.

– O que Silas quis dizer é: se Morten diz que mordidas de morcegos nas artérias carótidas de seu filho e esposa os mataram, apesar de todas as evidências apontarem que ele é o assassino, por que a polícia não tentou desmentir sua versão? Por que não fez testes laboratoriais com o sangue dos mortos, para que, caso os resquícios da toxina de morcego fossem encontrados, ele fosse liberto? Por que simplesmente o prenderam sem nenhuma reserva, sem nem, ao menos, verificar este detalhe essencial?

– Olhando por este ângulo, vocês estão certos. Mas não pensem que será fácil libertá-lo! Vocês podem recorrer em quantas instâncias quiserem, mas ele é o culpado, e não há a menor dúvida sobre isso!

– E quanto à situação de Morten? Apesar de sabermos que é inocente, gostaríamos de saber como fica sua liberdade em relação a esta nova peça do quebra-cabeça. – disse Henry.

–Por enquanto, Morten está preso preventivamente.

– Irá requerer os testes laboratoriais?- perguntou Silas.

– Sim. Vamos fazer testes no sangue de Hela e Uklar e verão quem tem razão!- disse Jack, saindo da sala , com a porta batendo atrás de si.

Animados, Silas e Henry saíram da delegacia e contaram logo a novidade a todos os que marcharam até ali: o caso será revisado com base nos testes laboratoriais do sangue das vítimas. Morten ainda tem uma esperança de ver-se livre desta condenação.


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