Paradoxo escrita por Sky Salvatore


Capítulo 14
Capítulo 13 - Ashes and Wine


Notas iniciais do capítulo

Bom dia Shadowhunters ;3

Sorry pela demora, espero que gostem !

A música do capítulo é A Fine Frenzy - Ashes and Wine

Boa Leitura ♥



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POV Clary

Jace queria procurar Tessa junto com Isabelle, mas todos concordamos que era melhor esperar o dia amanhecer. Então eu e Jace fomos para o seu quarto. Era tão organizado que me fazia ter vergonha de ser tão desorganizada, alguém como o Jace parecia ser bagunceiro mas, ele definitivamente não era.

Desde que cheguei no instituto algumas memórias vem me assombrando. Eram lembranças que eu pensei ter vivido, mas não vivi. Era estranho mas, enquanto eu pudesse guardar isso dentro de mim faria assim.

Estávamos deitados na sua cama. Jace me abraçava de forma carinhosa e gostosa, eu sabia que poderia permanecer ali eternamente e não hesitaria em ser sua. Nós dois não falávamos, apenas as mãos de Jace se entrelaçavam nas minhas fazendo uma leve pressão.

-Em que está pensando? – perguntou em função do meu repentino silêncio.

-Em nada – menti, ele não precisava saber que eu estava pensando nele.

Depois de anos vivendo em um lugar. Trancada. Sozinha. Eu estava próxima de conhecer a verdade, de saber como tudo isso aconteceu. Eu tinha medo, medo como uma criança.

-E isso é mentira dona Wayland – disse sorrindo – O que está se passando dentro dessa cabecinha ruiva?

-Eu estou com medo – confessei.

-Do que de eu te deixar? – perguntou convencido – Fique tranquila porque isso é impossível.

-Não é isso Jace – disse séria.

-Então o que é?

-Eu tenho medo de que eu descubra algo sobre mim mesma que no fundo eu não queira saber – disse – E se, seja lá quem for, me fez esquecer porque sou perigosa? Porque tentei machucar vocês? Porque sou louca? Já pensou nisso? Que talvez o problema disso tudo seja eu?

Falei tão rápido, que quase perdi o fôlego.

- Primeiro não acho que você tenha culpa em qual quer coisa, segundo eu não me importo – disse Jace – Eu estou pouco ligando para o que você fez no seu passado, eu penso no agora. Adoro uma garota confusão.

-Jace isso é sério – falei enquanto o encarava – Talvez, seja melhor esquecermos disso.

-Vai mesmo dar para trás? Precisamos descobrir porque fizeram isso com nós todos. E se você foi mesmo perigosa, sinto muito Clarissa mas, acho que ninguém aqui se importa – informou-me – Até mesmo Alec gosta de você, acho que essa é chance de você descobrir seu verdadeiro eu.

Suspirei. Talvez, mas, só talvez Jace estivesse certo.

-É pode ser – sorri.

-Ótimo adoro ter razão – disse.

Jace me beijou suavemente com carinho e ternura. Logo depois, caí no sono presa em seus braços.

[...]

-Vamos lá Clarissa – disse Jace me forçando a abrir os olhos – Tenho planos para nós dois hoje.

-Devo levar isso na malícia? – perguntei enquanto bocejava.

-Talvez devesse – sorriu.

-Hum, talvez devesse mesmo.

Jace iria me dizer mais alguma coisa, mas fora interrompido pelas batidas barulhentas vindo da porta.

-JACE, JACE, JACE – gritava Isabelle do outro lado.

-Porra Isabelle, o que você quer? – perguntou o Jace.

-Viu Alec, eu disse que ele estava aí – falou ela vitoriosa – É impossível o Jace ter sumido, a Clary apenas seqüestrou ele.

Jace deu uma risadinha e beijou minha bochecha.

-Eu não seqüestrei ninguém – sorri gritando com Isabelle.

-Claro que não docinho, mas agora nós precisamos do Jace – disse Alec.

-Espero que seja algo muito importante – reclamou Jace.

-Por Raziel! Parem de gritar e conversem no mesmo cômodo como pessoas normais – disse Maryse que certamente passava no corredor.

Todos nós rimos, parecíamos malucos mesmo.

-A porta está aberta – falou Jace.

Logo puxei o edredom para cima de mim, Jace nem ao menos deixou eu me vestir e mandou que seus irmãos entrassem enquanto eu ainda estava de pijama. E digamos que a camisola que a Izzy me comprou não era das mais compridas.

-Digam – pediu Jace.

-Temos uma boa e uma má noticia – falou Isabelle.

-Quero a boa primeiro – falou Jace.

-A boa noticia é que a Clave reconheceu a Clary como caçadora de sombras, mamãe falou com eles e oficialmente ela pode viver aqui com a gente e até treinar como nós – disse Alec – A má noticia é que o papai não volta mais para casa, mamãe não entrou em detalhes mas, eu ouvi a briga dos dois pelo telefone e ele disse que ela passou dos limites e blá, blá, blá.

-E porque vocês não podiam esperar para me dizer isso?

-Porque papai está chegando de Idris e eles querem conversar conosco – explicou Isabelle – E o Max, teve um surto de raiva por causa disso.

Jace deixou o sarcasmo de lado, fiquei com pena do Max.

-Me dêem alguns minutos, já estou saindo – disse Jace.

Ambos os irmãos saíram do meu quarto, Jace me olhou e beijou-me novamente.

-A propósito não tinha visto sua camisola ontem a noite, muito bonita – disse rindo.

-Para com isso Jace – falei ficando vermelha.

-Vai precisar de mim hoje à noite também? – perguntou safado.

-Sem dúvida – murmurei.

[...]

Os Lightwood tinham saído, menos o Max que estava sentado no canto do sofá emburrado brincando com um de seus bonecos de ação.

-Max? – chamei ao entrar na sala.

-Não quero falar com você – disse ele.

Mesmo assim me sentei ao seu lado, o garotinho com aqueles óculos enormes parecia bem mais novo do que realmente era.

- Você vai falar a mesma coisa que eles me disseram? Que nós não tivemos nada a ver com isso?

Max quase chorava.

-Max, você e seus irmãos não têm nada a ver com isso – disse – Seus pais sempre vão ter vocês como um amor incomum e isso nunca vai mudar. Mas, talvez eles não se amem mais como antes para ficarem juntos.

Ele apenas me olhava.

-Seu pai onde quer que ele esteja vai continuar amando você igual.

-Seus pais viviam juntos, Clary?

-Eu não conheci a minha mãe – disse forçando um sorriso – Mas, meu pai sempre reforçou que ela me amava e talvez amasse mesmo. E o pouco que eu vivi com ele foi o suficiente para amá-lo para sempre.

-Acha que ele me ama?

-Quem não amaria você, Max? – perguntei sorrindo.

Maryse entrou sorrindo na sala, tinha a impressão de que ela estava escutando nossa conversa.

-Max, Simon chegou – disse ela – Ele falou que vocês combinaram de ir a loja de gibis.

Max se levantou e deu um beijo no meu rosto e saiu saltitando, logo escutei a porta batendo.

-Você leva jeito com crianças, Clary – disse Maryse sentando-se em um dos sofás – Max, dificilmente dá atenção a alguém como deu a você.

-Eu só escolhi o jogo de palavras certas – sorri – Max, é um bom menino.

Ela sorriu, algo em Maryse me era tão familiar mas, eu não sabia o que. Talvez não fosse nada e eu só estivesse com parafusos a menos como sempre.

-Isabelle me contou que você estava procurando suas verdadeiras origens, ou melhor como foi parar naquele lugar – disse despreocupada – Achou algo?

-Para ser sincera não tenho procurado – respondi – Aqui é tudo tão bom, eu nem sei como lhe agradecer por me deixar ficar. Se você não tivesse deixado, eu nem sei aonde eu estaria essa hora, provavelmente morrendo.

Maryse sorriu.

-Oh, querida um caçador de sombras é sempre um caçador de sombras e é um prazer acolher alguém que se de tão bem com os meninos – disse ela – O instituto é grande e tão vazio.

Ela me olhou e pousou as suas mãos em seu colo.

-Quando Jace me contou sobre você depois de ter chegado, procurei nos registros e encontrei algumas fotos em que Michael está com uma menininha creio que seja você – falou Maryse – Gostaria de ver?

Abri um sorriso e concordei com a cabeça.


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Notas finais do capítulo

Eai curtiram? Querem mais ?