Lendo: O Diário De Katherine escrita por Andie Black Salvatore


Capítulo 6
Presentes e Despedidas


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOOIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII Demorei mais voltei
Espero que gostem
Boa leitura.



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– Quem vai ler? - perguntou Afrodite.

– Eu - disse Remo Lupin pegando o livro.

– Capitulo 3: Despedidas e Presentes

– Nossa. Parece ser um capitulo triste - disse Héstia.

– Só um pouquinho - respondeu Kate.

Kate ainda estava paralisada. Seus pais estavam preocupados com ela, mas não falaram nada. A filha merecia esse momento. Depois de 5 minutos de silencio, Lola não se aguentou.

– Fale alguma coisa - ela pediu a filha. - Grite, chore faça um escandalo. Mas, por Merlin, reaja!

– O que é ser um semideus? - ela finalmente perguntou.

– É uma pessoa metade humano e metade deus - explicou Andrew.

Todos olharam céticos em direção ao livro.

– Sério? Nunca teria percebido - falou Johny sarcastico.

Katherine o olhou cética

– Eu já percebi isso, papai.

– Então eu ainda sou seu pai? - ele perguntou esperançoso.

Ela revirou os olhos.

– Você sempre será meu pai - ela sorriu e o abraçou. Quando se separaram ele deu um beijo na testa dela.

– Eu amo você, minha pequena.

– Eu também amo você, papai.

– Ahhhh que lindo - a maioria das garotas, e dos garotos que queriam ser garotas, exclamaram. Afrodite era de longe a mais escandalosa.

– Kate - chamou Lola receosa -, como eu te contei você é filha de Poseidon.

– Mas, Poseidon não pode ter filhas, segundo os livros que eu já li - ela falou. Ela era apaixonada por mitologia grega.

– Poisé - continuou Lola. - Ele não pode. Só que você é a única exeção disso.

Kate piscou boquiaberta.

– Está dizendo que eu sou a única menina filha dos deus dos mares?

– É isso mesmo.

– Nossa - ela sorriu -, eu sabia que era única e especial, mais não a esse ponto - Lola e Andrew reviraram os olhos. Modéstia passou longe dessa aí.

Todos a encararam.

– Que foi? - perguntou ela. - Modestia não é pra mim não. Volte a ler, Lupin.

– Você não manda em mim - ele disse rebelde.

Kate o encarou.

– Agora - ela falou entredentes.

– Por causa disso, os deuses decretaram que você, quando fizesse cinco anos de idade, iria morar com eles no Olimpo - disse Andrew.

– E porque eu faria o que os deuses mandam? - perguntou Katherine cética. - Eles não mandam em mim.

– Hã, querida - disse Lola nervosa. - Por favor quando estiver lá, respeite os deuses.

– Se não?

– Eles fulminam você.

– Tá bom mamãe - disse ela impaciente. - Eu prometo que vou tentar não fazer da vida deles um tormento.

Os deuses a encararam.

– Você não cumpriu essa promessa - disse Hades estreitando os olhos. Ela deu um sorriso inocente.

– Que isso Tio Hades. Eu fui um anjo.

– Pelo menos isso - resmungou a ruiva olhando pra filha.

– Quem chegou? - perguntou Kate. - Quem vai me levar para o cabaré dos deuses?

Kate mordeu os lábios e fechou os olhos com força segurando o riso enquanto os deuses a fulminava com olhos. Pequenos raios a atingiram.

– Ei, tio Zeus! - ela exclamou rindo. - Tá querendo me matar?

– Sim - ele respondeu e ela ficou indignada.

– Mas eu sou sua sobrinha preferida.

– Quem te disse isso?

– O senhor - respondeu ela marota. - Eu nunca disse nada - disse rindo.

– Mas eu sei que senhor me ama e que eu sou a preferida.

– Cof cof convencida cof cof - Johny figiu tosse.

– Volte a ler, Lupin - disse ela fulminando o marido com os olhos.

– Kate! - Andrew e Lola a repreendeu. Lola continuou. - Quem veio te buscar foi um centauro. O nome dele é Quiron.

– Quiron? O Quiron da história? Aquele que treinou Hércule? Esse Quiron? - a pequena perguntou extasiada. Lola confirmou com a cabeça. - Legal. Mas, puxa, ele veio da Grécia só pra me buscar?

– O Olimpo não fica mais na Grécia. Ele continua lá, mas, os deuses mudam de acordo com a civilização. Onde a chama brilhar mais forte lá estão os deuses. E hoje eles ficam no Estados Unidos, é claro.

– É claro - resmungou Kate. - Onde exatamente?

– Empire State, 600° andar - disse Andrew. - Agora desça para tomar café, enquanto nós arrumamos suas coisas.

– Ah meu Deus! - ela exclamou. - Como eu pude esquecer de tomar café.

E saiu correndo. Lola e Andrew se entreolharam e riram.

Katherine saiu correndo, porém, quando chegou no alto da escada, ela parou. Ajeitou o vestido e o cabelo, sua postura ficara ereta, seu rosto ganhou uma mascara de indiferença e seus olhos ficaram superiores, frios e desdenhosos.

Todos, tirando Kate e Doréa, ergueram as sombrancelhas inquisitivos, principalmente Narcisa, Sirius e Regulus.

Com os pais e a irmã, ela agia normal e alegre como toda criança. Na frente de outras pessoas, agia como uma perfeita Black.

– Herdeira dos Black - disse ela.

– O que? - perguntou Sirius.

– Eu era conhecida como a Herdeira dos Black - explicou ela. - Eu era mais velha que Dorea um ano e mais velha que Walburga, Cygnus e Orion alguns meses.

– Ah.

– Volte a ler, Lupin.

Desceu as escadas lentamente, passando a mão pelo corrimão. Sua mascara de indiferença foi pelos ares quando ela viu o visitante.

– Ah meu Merlin - gritou ela. - Você é mesmo um centauro. Eu achei que meus pais estivessem mentido.

Ele sorriu.

– Não eles não estavam mentindo - ele estendeu a mão. - Sou Quiron.

– Katherina Black - ela apertou a mão dele. - Como o senhor chegou até aqui e ninguén notou que o senhor... é um centauro? - ela hesitou por um segundo porque o pensamentou dela era: Como ninguém notou que esse homem tem um uma bunda de cavalo?

Os deuses explodiram em risadas junto com os outros. Até mesmo os sonserinos tinha dificuldade pra esconder o riso.

– Katherine! Isso lá é coisa pra se pensar - disse Hera rindo.

– Lembre-se, Quiron é seu meio tio - disse Hades em meio a risadas.

– Credo tio Hades - ela fez uma careta. - Não precisava ficar me lembrando disso.

– Você fala como se não gostasse do Quiron - Atena apontou.

– Na verdade, eu adoro o Quiron. Só que é... estranho - ela franziu a testa. - Essa familia é toda estranha, na verdade.

– Está nos chamando de estranhos? - Zeus estreitou os olhos.

– Titio, vocês são a minha familia - ela fez cara de sofrida e pos a mão no peito. - Acha que eu os chamaria de estranhos? - na sua frente? ela completou no pensamento.

– Acho - disse ele.

– Pois o senhor está certo - a garota deu de ombros. - Volte a Lupin.

– É só isso que eu escuto - resmungou Remo. - Volte a ler Lupin - ela o encarou e ele voltou a ler rapidinho.

Ele apontou para uma cadeira de rodas que estava no canto da sala.

– Uma cadeira de rodas? - ela perguntou cetica olhando pra ele com a sombrancelha levantada. - O senhor tá me dizendo que seu disfarce é uma cadeira de rodas?

– Sim criança - respondeu ele calmo.

Ela olhou do centauro pra cadeira e da cadeira pro centauro. Abriu e fechou a boca várias vezes e vez ou outra olhava disfarçadamente para parte de trás de Quiron desconfiada.

– É melhor eu ficar quieta - ela disse finalmente.

– É melhor mesmo - disse Andrew descendo as escadas com duas malas, uma em cada mão. Colocou as malas perto da cadeira de rodas e olhou pra filha -, assim você não fala besteira e arruma confusão.

A expressão de Kate se fechou.

– Eu não tenho culpa se as pessoas não surportam ouvir a verdade - ela cruzou os braços e fez bico.

– Você aguentaria ouvir a verdade sobre você? - perguntou ele.

– E qual é a verdade sobre mim? - perguntou ela. - Que sou linda, rica, sangue puro, tenho os melhores pais e irmã do mundo e herdeira de uma das mais antigas familias bruxas? Isso eu e todo mundo já sabe - ela revirou os olhos entediada. - Vou tomar café, tô com fome.

– Precisamos de um lugar maior - disse Charlus olhando em volta do Salão Principal.

– Pra quê pai? - perguntou James.

– Pra caber a Kate e o ego dela - ele riu da cara de tacho da morena.

– Maninha querida - começou Kate. - Você ficaria triste se eu matasse seu marido? - ela o fuzilou com olhar.

– Sim, eu ficaria - respondeu Dorea. - Eu preciso de um marido e James precisa de um pai.

– Só dessa vez, Potter. Por ela.

– Você me ama, não seria capaz de me matar - ele disse convicto. Mas o olhar assassino dela dizia outra coisa. - Ou seria?

– O quê que você acha? - ela perguntou sarcastica.

– Que você está pensando nas piores maneiras de matar.

– Então você está certissimo - ela virou-se para Lupin. - Volte a ler, garoto. E não reclame.

E saiu.

Quando chegou na sala de jantar, ela viu uma das pessoas que mais amava no mundo tomando café; sua irmã mais nova, Doréa, que quando a viu saiu correndo e a abraçou.

Kate sorriu pra irmã que sorriu de volta.

Doréa era diferente de Katherine. Ela era ruiva de olhos castanhos claros. Tinha a doçura da mãe, enquanto Kate puxou um pouco a frieza dos Blacks.

– Eu não sou fria - disse ela indignada.

– Não, imagina - disseram os deuses, Johnattan Minerva, Dorea e Charlus ironicos. Com raiva, ela fuzilou todos eles com os olhos.

– Eu odeio todos vocês - ela cruzou os braços e fez bico. John riu e beijou sua testa.

Poseidon pigarreou.

– Vamos voltar a leitura - todos prenderam o riso por causa do ciume dele para com a filha.

– Kath - ela gritou animada.

– Dory, que vestido bonito - Dorea vestia um vestido marfim que entrava em contraste com seus cabelos escuros. Era sempre assim, os cabelos dela sempre combinava com o vestido que usavam. Ora estavam escuros, ora estavam em sua cor original, vermelhos.

Dorea balançou os cabelos escuros tornando-os vermelhos outras vez.

– Esse é um dos motivos pelo qual eu me apaixonei por ela - Charlus falou.

– Por que ela pode mudar a cor do cabelo? - Lily perguntou incrédula.

– Não - ele sorriu. - É porque ela é ruiva.

– O que isso tem a ver? - a garota estava confusa.

– Os Potters tem a tendencia de se apaixonar por ruivas. Principalmente ruivas dificeis.

– Sério?

– Aham. Cada Potter tem sua ruiva problema. Tem sido assim há seculos.

– Sei bem como é - James murmurou olhando pra Lily.

– Como assim há séculos? Que dizer que todos os Potters se apaixonam e casam com ruivas?

– Sim, senhorita Evans. Foi um ''Maldição'' - ele fez aspas com a mão - lançada pela própria Morgana. Ela estava devendo um favor a um Potter e esse Potter foi o primeiro da geração ruiva. Ele estava tão apaixonado por uma mulher que em troca do favor ele fez um pedido; que todos os Potters homens se apixonassem por ruivas naturais. Ruivas dificeis de se conquistar.

– Por que?

– Ele alegou que que era para que os homens Potters dê valor á mulher amada. Vem sendo desse jeito há muito tempo.

– Uau - a menina suspirou admirada. - Nunca houve uma... quebra na maldição?

– Não - ele balançou a cabeça negativamente. - Sempre ruivas naturais, de opinião própria e dificeis de conquistar. Mas nós, Potters, sempre conseguimos domar a fera. Não importa o quão dificil ela pode ser. Se um Potter consegui a sua ruiva ela não precisa se preocupar com traição. Ela só terá olhos pra ela e sempre será só dela - ele terminou olhando para a esposa.

– Que lindo - Afrodite disse já com lágrimas nos olhos.

– Eu sou ruiva viu - disse uma menina da Corvinal que era mais rodada que prato de microondas olhando maliciosa pra James.

– Garota você não tem mais nada que fazer não? - perguntou Katherine.

– Como é? - a vadia perguntou com cara de enjoada. - Não vai me dizer que você tá afim do James? Aposto que é pela grana dele. O Malfoy estava certo. Certo você é uma vadia de primeira.

– Ela não falou isso - Hermes sussurrou de olhos arregalados.

Querida– os deuses, Johny, Dorea, Charlus e Minerva ficaram em alerta quando ela disse isso. Principalmente o tom frio e debochado na voz dela. - Você já viu o meu marido? Ele é lindo, maravilhoso e muito bom de - ela viu a cara que Poseidon estava fazendo - Bom, deixa pra lá. Eu sou muito bem casada. E porque eu precisaria de dinheiro? Você é burra ou a água oxigenada afetou seu cérebro? Porque você não é ruiva natural nem aqui nem no Tartaro meu bem. Não sei se você percebeu, mas eu sou uma Black dos dois lados da familia. Só isso me faz ser mais rica que muitas patricinhas e mauricinhos por aqui - ela olhou pra garota com desprezo tipico dos Blacks e sonserinos. - Não sei porque o Chapeu Seletor te colocou na Corvinal, já que, pelo jeito, o cérebro você não usa. Agora, da próxima vez que você me chamar de vadia, eu faço questão de mostrar tudo que eu aprendi nos meus treinamentos com o Ares. E querida, você não vai gostar nadinha do que eu vou mostrar à você. Aliais, vou testar em você tudo que eu aprendi.

– Você não seria capaz - ela disse com medo.

– Tenta a sorte então - ela sorriu maligna. Estava prestes a mandar Lupin voltar a ler quando se lembrou. - Só pra lembrar, o James aqui já encontrou a ruiva dele. Que, com toda a certeza, não é você. Volte a ler, Lupin.

Vendo o clima tenso, Remo Lupin voltou a leitura.

– Obrigada. Eu soube que você vai ter que ir embora? - seus olhos castanhos ficaram magoados. - É por minha causa? Você não gosta mais de mim? - lágrimas escorreram pelos olhos dela.

– Dory não chore. Você não tem culpa de nada - ela pediu e a ruivinha parou de chorar. - A culpa é toda minha.

– Como assim, Kath? - só Dorea tinha a permissão de usar esse apelido.

– Eu sou diferente. Não sei como explicar isso a você, mas, eu preciso ir embora pela minha segurança. Papai e mamãe vai te explicar tudo.

– Quando?

– Um dia.

– Nunca irá me abandonar não importa o que aconteça?

– Sim Dory, nunca vou te abandonar.

– Jura? - ela levantou o dedo midinho.

Katherine riu já com os olhos cheios de lágrimas. Ela também ergueu o dedo midinho e enrrolou no da irmã.

– Eu prometo Por Merlin, Deus, deuses e juro pelo Rio Estige que nunca vou abandonar Dorea Elizabeth Black, minha irmã mais nova, não importa o que aconteça e sempre a protegerei de tudo e de todos - a promessa foi tão verdadeira que um fio de luz azul, Branca e dourada selou a mão das garotas. Um barulhos de trovões se fez apesar do céu claro. A promessa foi selada. Katherine a abraçou. - Eu te amo irmãzinha.

– Eu te amo, Kath - ela sussurrou.

Lola e Andrew sorriam com orgulho e carinho. Lola chegou até a limpar as lágrimas de emoção. Eles tinham as melhores filhas do mundo e tinham orgulho de falar isso.

– Isso é muito lindo - disse Alice Smith enxugando as lágrimas. - A amizade de vocês duas, o carinho que uma sente pela outra é tão fofo.

As duas irmãs riram.

– Vocês querem saber de um segredo? - perguntou Dorea com um meio sorriso.

– Dory - alertou Katherine em um tom reprendendor.

– Sim - todos exclamaram.

– Ela nunca descumpriu a promessa - ela sussurou em tom que todos escutaram. Ela abriu um sorriso para a irmã com os olhos lacrimejados. - Mesmo longe, mesmo com os problemas dela, eu sempre soube que ela cuidava de mim.

– Eu ainda cuido - disse a morena. - Não importa o que aconteça, você sempre será minha irmã mais nova e eu sempre cuidarei de você. Afinal, Nuca mexa com um Black...

– Pois os outros irão atrás de você - completou ela e por incrivel que pareça, Sirius, Régulus e Narcisa juntos.

– Vamos voltar a ler - disse Sirius. - Se não isso não termina nunca. Volte a ler...

– Se disser volte a ler, Lupin, eu faço você engolir esse livro - o loiro ameaçou fazendo todos o olharem assustados e Kate rir.

O cheiro de café chegou até ela.

– Vamos tomar café - disse Doréa e as duas foram se sentar. Um elfo apareceu.

– Bom dia Nikky - Doréa e Katherine cumprimentaram o pequeno elfo.

– Boa dia senhoritas Black - cumprimentou de volta fazendo uma reverencia.

Nikky, o elfo doméstico, era pequeno, tinha a cara amassada e nariz de bolota. Era um elfo jovem, assim como sua irmã gêmea, Izzy estava na familia Black desde o nascimento das irmãs Blacks. Izzy era o elfo pessoal da Doréa e Nikky pertencia à Kate.

– Que saudade do Nikky - suspirou a morena.

Ele colocou o café de Katherine e Dorea voltou para o seu café da manhã. Lola terminava de arrumar as malas da morena e Andrew conversava com Quiron. Depois do café da manhã, Katherine subiu e escovou os dentes tomando cuidado para não sujar o vestido. Quando saiu sua mãe a esperava no topo da escada.

– Está na hora Kate - havia tristeza em seus olhos e Katherine se sentiu péssima por isso.

– Não fica assim mamãe - Kate a abraçou. - Eu vou ficar bem. Vem, quero me despedir do papai e da Dory. - e saiu puxando a mãe pela mão.

Ao descer viu seu pai e sua irmã sentados no sofá e Quiron em sua cadeira de rodas. Assim que Doréa viu Kate ela deu um pulo do sofá e correu abraçando a irmã com intensidade. Katherine retribiu o abraço com o mesmo fervor.

– Vou sentir sua falta - sussurrou a pequena Doréa.

– Eu também vou sentir sua falta - Kate era maior que Doréa, então ela se ajoelhou até ficar do tamanho da irmã a olhando nos olhos. - Eu vou sempre escrever pra você, tá bom? Eu prometo.

– Também vou escrever pra você, Kath.

– Eu amo você, irmãzinha - Kate disse com lágrimas nos olhos.

– Eu amo você, Kath.

– Kate - chamou Lola delicada. Era um momento lindo, mas iria ser uma viagem longa e os monstros já estavam à espreita. Ao ouvir sua mãe, Katherine se afastou da irmã e se jogou nos braços da mãe. Não queria se separar, mas se esse era o único jeito de sua familia ficar segura, ela faria sem pensar duas vezes. Mesmo tendo que enfrentar a dor de ficar sozinha depois.

– Isso é tão altruísta - Lily comentou emocionada.

– Pela pessoas que eu amo eu faço qualquer coisa - disse a morena.

Depois do abraço apertado, seu pai a esperava com os braços abertos e Katherine lançou-se em seus braços com força. Não a importava se ele não era seu pai de sangue, ela sempre o amaria dessa forma. Ninguém iria roubar o seu lugar.

Poseidon abaixou a cabeça, decepcionado.

– Ei pai - Kate chamou. - Não se preocupe, eu também amo você.

Um largo sorriso enfeitou o rosto do deus.

– Ah, minha bonequinha - suspirou ele. - Eu vou sentir muito a sua falta.

– Também sentirei sua falta pai - ela olhou nos olhos castanhos do homem.

Ela se afastou deles, pegou um casaco e o vestiu. As malas já haviam siado mandadas por uma chave de portal, mas Katherine deveria ir do jeito trouxa. Uma regra imposta pelos deuses. Ao vê o momento familia, Quiron se afastou e saiu da mansão.

Katherine olhou para as pessoas que mais amava no mundo. Sua mãe e sua irmã choravam e Kate queria por tudo no mundo consolá-las, mas não podia. Iria ser perda de tempo já que Kate não iria ficar.

– Foi muito dificil pra você dizer adeus não é? - perguntou Hera baixinho.

– Foi doloroso - concordou Kate. - Mas valeu a pena.

Hera sorriu para sobrinha e a olhou com orgulho.

– Não chorem - ela sussurrou com a voz rouca. Pigarreou e completou. - Eu vou ficar bem. Eu não sei quanto tempo eu ficarei por lá, mas, eu escreverei todos os dias.

– Contando tudo? - perguntou Andrew.

– Claro.

– Seus presentes! - disse Lola subitamente.

– Como eu pude esquecer os meus presentes de aniversário? - Kate perguntou a si mesma.

Todos reviraram os olhos.

Lola balançou a varinha e três pacotes vieram voando até ela. O primeiro era um pacote rosa, era o dela.

– Kate, isso é um diário. Ele serve para você contar o que acontece com você, suas emoções, tudo - ela explicou quando a menina abriu o pacote e viu um caderno roxo com uma pena da mesma cor.

– Obrigado mamãe - ela a abraçou em agradecimento. - ele vai ser muito útil.

– De nada, querida. - Kate - Andrew se aproximou com uma caixa preta de veludo nas mãos. - Isso vem passando de geração em geração na familia Black.

Ao abrir a caixa, Kate se deparou com um lindo colar de prata com uma pedra azul nela. A garota ficou boquiaberta e de olhos arregalados.

– Papai - ela sussurrou. - É magnifico. Eu adorei. E que pedra é essa?

– Que bom que gostou querida, pois agora é sua - se possivel a olhos da garota se arregalaram ainda mais. - E essa pedra se chama lapis lazuli e é muito rara. - ele explicou colocando o colar no pescoço da garota.

– Devia ser lindo o colar - comentou Marlene.

Kate mexeu nas suas vestes e de lá tirou um lindo colar prata com uma lapis lazuli incrustada nela. Todas as garotas ficaram boquiabertas. Algumas tinham cobiça além do normal no olhar e Kate ficou incomodada.

Vendo o incomodo da esposa, Johnattan pediu para que prosseguissem a leitura.

Ela o abraçou com força.

– Obrigado papai, eu adorei o presente.

– Não tem de quê, minha bonequinha - ele alisou o rosto da garota e se afastou dando espaço para Doréa se aproximar.

– É um presente muito simples - ela se desculpou. - Você não vai gostar.

– Como eu posso não gostar de alguma coisa que vem de você? - ela perguntou fazendo a irmã sorri. - Posso? - ela perguntou estendendo a mão para o presente e Doréa a entregou.

Quando Kate rasgou o embrulho lilás e retangular, ela viu o melhor presente que iria ganhar na vida. Era um porta-retrato. e nele tinha uma foto das duas. Essa foto fora tirada pelo pai das garotas, quando estavam em um parque perto de casa. Nela as duas davam risada enquanto brincavam de ciranda e do nada elas se abraçam rodando e caindo na lama.

Kate sorriu. O que Doréa não sabia é mesmo depois daquele tempo, ela ainda tinha aquela foto.

– É pra você sempre se lembrar de mim - sussurrou a pequena envergonhada. - É um presente horrivel e... - ela não terminou porque Kate abraçou forte.

– Eu amei, foi o melhor presente que eu já ganhei, muito obrigado - ela sussurrou chorando.

Ela se desfez do abraço e olhou nos olhos da irmã. De todos era dela que era sentiria mais falta.

Afrodite soltou um soluço alto.

– Isso é tão lindo - ela fungou e as garotas concordaram. Johnattan riu, Hades revirou os olhos e Kate tampou o rosto envergonhada.

– Ai meu Deus do céu - ela se lamentou. - Quem chamou vocês mesmo, hein? - perguntou ela desconfiada. - Como você sabiam da leitura dos livros? Andaram me espionando?

– Eu e a Perséfone não sabiamos até o Hermes nos chamar - explicou Hades e Perséfone concordou com a cabeça.

– Eu também não sabia - falou Poseidon.

– Nem eu - adiantou Atena.

– Nem eu - disse Hermes.

Ali, a Katherine e o Johnattan já tinham uma uma certa noção de quem os vigiava.

– Eu também não Kate - Demeter explicou.

– Nem nós - disse Dionisio com Ariadne concordando.

– E nem eu - disseram Ares, Héstia, Ártemis e Hefesto juntos.

– Nem eu - disse Zeus e se virou para Hera. - Foi você, querida?

– Não.

Johnattan e Kate olharam para Afrodite e Apolo que encaravam a mesa da Grifinória.

– Papai - chamou Johnattan e Apolo o olhou com vergonha.

– Foi idéia da Afrodite - ela apontou para a deusa do amor que levantara a cabeça para encarar o deus do sol.

– Traidor.

– A-fro-di-te - Kate a chamou entredentes. Quando a deusa olhou ela teve medo. A castanha tamborilava os dedos na mesa ( coisa que ela fazia quando estava nervosa), o pé acompanhando o ritmo e a olhava com uma cara nada boa. ( N/A: tipo a cara da Katniss na cena do elevador do filme Em Chamas). - Explique-se.

– Eu tava curiosa pra saber como era sua vida no mundo bruxo - Katherine arregalou os olhos. - E bom, eu convenci o Apolo e então...

– Vocês ficaram me espionando - a semideusa completou com raiva.

– Não tivemos oportunidade daquela vez, Kate - sussurrou o deus do sol. - Estavamos curiosos. Queriamos saber como era seu mundo sem a gente. Nos perdoa vai.

Katherine suspirou derrotada. Se existiam pessoas na sua vida que ela não conseguia ficar com raiva por muito tempo, os deuses estavam entre elas, principalmente aqueles dois.

– Ok Dite e Apolo. Eu perdoo vocês dois - ela sorriu para segundos depois fechar a cara. - Mas seu eu souber que vocês andam espiando a minha vida de novo, vocês vão ver. Ela olhou para Lupin que entendeu o recado.

– Mais uma coisa, querida - disse Lola enquanto Andrew trazia uma caixa de madeira escura retangular.

– O que é isso? - Katherine perguntou curiosa.

– Kate, seu pai quando soube que eu estava gravida de você, ele mandou fazer uma coisa pra você se denfender - ela falou entregando a caixa para a garota. - isso vai te ajudar muito.

Quando a garota abriu a caixa, não acreditou no que viu. Ali tinha um punhal de prata. A faca tinha uns desenhos incrustados, no punho, especificamente na parte de segura-lo era de couro. Na ponta do punho, que terminava de fosrma arredondada tinha um pequenino rubi encrustado.

– Uau - suspirou Sirius. - Deve ser linda. Queria ver.

Kate sorriu e puxou a manga da capa e do sueter e dabotou o punho da camisa social do uniforme deixando o braço esquerdo a mostra. Todos ficaram assustados quando viram o que tinha ali.

– Que cicatrizem são essas? - perguntou James.

– Isso, são marcas de batalha - ela sorriu para o marido.

– Vida de semideus não é nada facil - ele falou.

Havia uma coisa de couro marrom no braço dela que ninguém soube identificar.

Ela puxou do antebraço, uma adaga de prata com um pequeno rubi incrustado no no cabo arredondado. Todos ficaram boquiabertos.

– É lindo - comentou uma garota da Lufa-lufa.

– Obrigado - Katherine agradeceu guardando a adaga de volta no braço e tampando com as roupas.

Lupin retornou a leitura.

– Uau papai - sussurrou ela admirada. - É tão linda e delicada.

– É pra você se defender. Nunca se desfaça dessa adaga Katherine - alertou sua mãe.

A garota assentiu. Crianças normais ganham brinquedos, doces e roupas. Eu ganho uma arma. Ela pensou sorrindo.

Todos riram.

Ela guardou o presente e abraçou todos eles mais uma vez. Ao abrir a porta de casa ela voltou o olhar.

– Tchau mamãe, tchau papai - ela sussurrou. Com um nó na garganta virou-se para sua irmã. - Tchau baixinha. Amo vocês.

– Tchau magrela - a ruivinha sussurrou e a morena riu.

E, dando um passo decidido para fora, Katherine saiu. Quiron a esperava com sua mochila nas mãos. Ela colocou a mochila nas costas. Estava pronta. Seu olhar dizia isso. E sem olhar para trás ela partiu. O que ela não sabia éra que ela estava partindo para uma aventura.

– Acabou, finalmente - suspirou Lupin fechando o livro. - Olha na frente do livro tem uma foto! - ele exclamou chamando a atenção de todos.

– Somos nós - exclamou Afrodite surpresa. - Somos nós e a Katherine.

– Essa menina fofa e bonita, com cara de anjo é você? - perguntou Johnattan tirando sarro da cara da esposa.

– Eu sou linda desde sempre meu bem - ela jogou os cabelos castanhos para trás.

– Por hoje já chega - anunciu Dumbledore. - Alunos, pra cama. Continuamos a leitura amanhã a noite depois do jantar.

Lupin foi até ele e lhe entregou o livro. Depois, voltou para juntos de seus amigos.

Lucius que passava por ali falou.

– Você vai me pagar por aquilo que você disse Cullen. Me aguarde.

– Nossa tô morrendo de medo - ela falou entediada.

– Pessima noite, Cullen. Espero que você tenha pesadelos - ele desejou azedo.

Ela e Johnattan riram como se aquilo que ele tinha dito fosse uma piada particular dos dois

– Espero que você seja sonambulo e se jogue da Torre de Astronomia - ela falou sorrindo. - Você não iria fazer falta.

Ele fechou a cara e saiu.

Ela se virou na direção dos deuses.

– Nós já vamos - eles se levantaram enquanto Hera dizia. - Boa noite querida.

– Boa noite tia, boa noite deuses, boa noite pai.

– Eu também já vou, Kate - disse Johnattan.

– Já? - ela muchou.

Ele sorriu.

– Tenho plantão no St. Mungus - ele explicou e eles se beijaram.

– Isso aqui não é motel não - disse Hades.

– Não atrapalha tio Hades - ela ficou idignada quando seu tio a interrompeu. Ainda rindo o deus dos Mortos e os outros deuses desapareceram em nevoas

– Bom plantão meu amor. E me avise se uma daquelas infermeiras ficar dando em cima de você.

– Pode deixar - ele riu. - Eu te amo.

– Eu também te amo.

– Tchau mana - disse a morena abraçando a senhora Potter depois da mesma se despedir dos Marotos. - Tchau cunhadinho.

– Tchau Kate - disseram os dois. Johnattan puxou uma colher do bolso que começou a emitir um brilho azulado. Dorea e Charlus seguraram a Chave de Portal e juntos os três desapareceram.

Com um suspiro Kate voltou ao Salão Comunal da Grifinória, destinada a terminar o livro que estava lendo. Um Amor Para Recordar do Nicholas Sparks.


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Notas finais do capítulo

Adaga da Katherine
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Gostaram?????????????????????????



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