I Miss You escrita por Yngrid


Capítulo 65
Ainda aceita se casar comigo?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Sumi, né? Pois é. Me desculpem. Fiquei completamente sem tempo.
Enfim, adorei escrever esse capítulo :) Mas é o penúltimo capítulo :(
Boa leitura :3



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Pov. Germán

Sim, estava realmente acontecendo. Angie estava acordando. Depois de 2 anos e meio ela estava ali, praticamente acordada. Era quase inacreditável. Cheguei mais perto dela e acariciei seu rosto, que ainda estava um pouco pálido.

–Angie?- Ela tentou dar um sorriso, não era aquele sorriso completamente alegre que ela sempre dava, mas ele conseguiu melhorar meu dia.

Saí apressado do quarto. Precisava achar um médico rápido e isso não foi difícil, difícil mesmo vou os fazer irem lá porque bem... Eles achavam que era só mais uma coisa da minha cabeça, afinal, eu os fiz ir lá à toa umas 2 ou 3 vezes mês passado. Mas dessa vez era verdade! Ela estava lá, com os olhos abertos! E ainda tentou dar um sorriso... Ou não? Seria mais uma vez coisa da minha cabeça?

Tentei falar com mais médicos até que um, aquele mesmo que me deu a notícia sobre Angie, resolveu ir lá. Assim que chegamos ao quarto ele deixou sua prancheta cair no chão. Era tão surpreendente assim? Se bem que eu também fiquei surpreso no início, mas ele é um médico! Situações como essa acontecem sempre.

O médico saiu do quarto e aparentemente foi chamar outros. Eu fui obrigado a sair do quarto e ir para a sala de espera. Mais uma vez eu teria de passar por isso, ficar esperando por notícias da Angie, mas dessa vez tudo indicava que daria certo.

Mandei uma mensagem para todos, eles pareciam animados, mas não tanto quanto eu estava. Eu tremia, estava ansioso demais. Precisava saber imediatamente o que estava acontecendo e poderia ser bem simples se algum médico aparecesse aqui e dissesse o que estava acontecendo, mas não, como sempre vou ficar aqui, ansioso.

Ficar esperando é uma coisa que definitivamente odeio, mas eu acabei acostumando com isso. Comecei a pensar em alguns momentos meus e de Angie, mas não da forma que pensei nesses últimos anos, foi de uma forma mais... Feliz. Nós poderíamos reviver momentos parecidos ou até mesmo melhores.

Estava completamente perdido nos meus pensamentos quando sinto alguém pulando em cima de mim.

–Ei! O que faz aqui, garotão?-Era George, mas o que ele estaria fazendo ali? O peguei no colo.

–A Vilu, ela disse que eu vou poder ver minha mãe... É verdade?-Ele perguntou. O que eu iria responder? Nem eu sabia a resposta.

–E cadê a Violetta?-Resolvi mudar o assunto.

–Não sei, deve estar em algum lugar do estacionamento-Ele disse dando de ombros.

–Como assim? Você não podia sair sozinho por aí-Tentei parecer bravo, mas de algum jeito, eu não conseguia.

–Ué! Ela não precisa da minha ajuda para fechar o carro ou coisa do tipo, pode muito bem fazer isso sozinha-Ri do que ele falou.

–Mas você não deveria...-Eu ia dizendo, mas Violetta apareceu desesperada.

–Meu Deus! George! Como você sai correndo assim? E se você caísse? E se...-George abaixou a cabeça enquanto ouvia um sermão de Violetta até ela começar a me fitar e mudou seu olhar de preocupação para alegria- Pai? É verdade? A Angie...

–Tudo indica que sim, Violetta-Ela me abraçou e só nos separamos quando George começou a puxar minha perna.

–Ei! Por que estão se abraçando?-Ele me cutucava.

–Nada não, George-Disse e peguei-o no colo.

–Tem que ter um motivo-Ele insistiu.

–É por causa da sua mãe, George-Vilu disse.

Ótimo! Não era para ela ter dito, na verdade não sei nem ao certo porque ela veio aqui com George. Nem sei ao certo se Angie se recuperou de verdade. Resolvi deixar quieto e esperar mais um tempo. Não foi nada fácil. Pelo menos não com George perguntando toda hora sobre a mãe.

Um tempo depois um médico apareceu e me chamou. Senti meu coração acelerar. George queria muito me acompanhar, mas não podia. Respirei fundo e fui à direção do médico. Por um momento a cena daquele dia terrível veio a minha mente... Quando o médico me deu a notícia sobre a Angie. Mas dessa vez era diferente, era uma notícia boa que estava por vir. É o que eu espero.

–Então doutor... O que aconteceu?-Perguntei enquanto ele olhava alguns papéis em uma prancheta.

–Bem... Ela realmente está recuperando- Me senti feliz, era o dia mais feliz da minha vida. Ele desviou seu olhar dos papéis para mim- Mas não uma recuperação total.

–Como assim, doutor?-Perguntei.

–Ela não se recuperou totalmente, entende? Quando ela acordou foi um grande passo para sua recuperação, mas ainda não foi cem por cento-Ele voltou a olhar os papéis na prancheta- Ela simplesmente não vai levantar normalmente e andar e do nada voltar a ter a vida que ela tinha. Vai tudo ficar mais complicado. Afinal, ela não ficou apenas dois dias em coma, foram dois anos e meio- Eu sabia que Angie não poderia simplesmente sair andando por aí normalmente. Não, claro que não. Mas ouvir aquilo do médico foi tão devastador.

–Claro, eu sei disso... Então Angie vai ter de continuar mais aqui no hospital?

–Sim, acredito que ainda demorará um tempo para que ela volte para casa.

Pronto. Minha felicidade foi embora. O que falo para George? E Violetta? Preciso dar um jeito nisso. Antes do médico ir embora eu pedi para que ele me deixasse levar George para ver Angie. A resposta era obvia: Não. Insisti mais e mais. Não o deixei ir embora antes dele permitir que George pudesse ver Angie. Depois de muito insistir ele me deixou levar George, mas teria de ser o mais rápido possível.

–Vamos lá, George-Disse o pegando no colo.

–Aonde?-Ele me perguntou.

–Ver sua mãe-Ele abriu um sorriso enorme e ficou muito animado.

Antes de irmos para o quarto de Angie falei com Violetta, ela ficou muito feliz, mas por algum motivo, que não sei qual, ela não quis ir entrar para ver Angie. Eu não insisti com ela porque George me apressava, ele estava tão ansioso que achei que melhor deixa-lo andar sozinho ao invés de leva-lo no meu colo.

Fui em direção ao quarto de Angie, que continuava sendo o mesmo, e entrei com George. Olhei para o rosto de Angie, aquele sorriso que vi mais cedo deu lugar para uma expressão vaga, ela não parecia estar entendendo nada-Acho que eu também não entenderia depois de tanto tempo. Seu olhar era distante, ela parecia estar tentando descobrir o que estava acontecendo, mas sem sucesso. Acho que ela não tinha percebido nossa presença.

Desisti de deixar George a ver, seria terrível. Angie parecia tão chocada que não seria bom George a ver daquele jeito, mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa para sair do quarto ele já estava indo na direção da cama.

–George!-Tentei o chamar, mas já era tarde. Angie percebeu nossa presença.

–Pai! Me ajuda aqui-Ele queria ajuda para subir na cama. Agora, que Angie já tinha nos visto, ela não estava mais tão “distante”. Me lembrei de que teria de ser rápido e acabei pegando George no colo e o aproximei mais dela.

–Então, esse é o nosso garotão-Disse e sentei George do lado de Angie.

A partir daí ninguém falou mais nada. Ficou um silêncio enorme. George, que eu achava que irei fazer o maior escândalo, ficou quieto analisando a mãe. Angie deixou uma lágrima cair quando o viu. Talvez fosse tristeza ou então alegria. Eu não conseguia identificar. Eu acabei deixando uma lágrima cair também, mas a minha eu tinha certeza que era alegria. Estávamos ali reunidos de novo, a família Castillo novamente junta. Faltava apenas Violetta.

O silêncio, o melhor silêncio de todos, foi quebrado quando o médico entrou. Ele disse que era melhor levar George para fora naquele momento. Não tinha como eu protestar então fui para a sala de espera. Violetta estava conversando com alguém no telefone e eu acabei escutando parte da conversa.

–Precisamos terminar logo. Ela finalmente vai poder ver-Violetta falava.

–Com quem está conversando?-Cheguei por trás dela e ela desligou o telefone rapidamente.

–Pai? O que faz aqui? Não estava lá dentro? Como está Angie?-Ela se enrolava.

–Ela está bem. Com quem estava conversando?

–Com... Ninguém! Vamos, George! Precisamos ir buscar a Maria Clara , lembra?-Ela pegou na mão dele.

–Ei! Espera! Com quem estava conversando?

–Tchau, pai! Depois eu venho aqui de novo-Ela começou a acenar para mim.

De novo ela está me escondendo alguma coisa. Não pode ser outro namorado, ela e Leon estavam muito bem. O que seria? Ela teria de viajar? Quem finalmente poderia ver? O que ela tinha de terminar logo? Tentava descobrir isso enquanto voltava para o quarto de Angie. Queria ficar o tempo todo com ela.

Assim que cheguei ao quarto, ainda estava sem respostas, Angie estava com aquele olhar distante de novo. Estava preocupado com ela. Cheguei mais perto e me sentei na cadeira ao lado dela. Coloquei minha mão em cima da cama e comecei a analisa-la. Ela ainda estava com o olhar distante, pelo menos até ela segurar minha mão forte como se estivesse com medo. Comecei a acariciar seu rosto e a expressão de susto foi indo embora.

Fiquei mais um tempo a observando e acariciando seu rosto em certos momentos quando um olhar assustado voltava, não sei exatamente o motivo, mas eles voltavam frequentemente. Um médico apareceu e pediu para que eu saísse do quarto. Algo me dizia que a recuperação total dela seria breve.

2 meses depois...

Estávamos incrivelmente bem. A recuperação de Angie estava indo muito bem e hoje mesmo ela já poderia voltar para a mansão. Descobri que quando ela ficava assustada era porque ela se lembrava da cena daquela noite, mas já estava um pouco melhor.

Estávamos completamente animados com a volta de Angie e resolvemos fazer uma pequena “festinha”. Só estaria eu, Vilu, George, Maria Clara, Pablo e Jade lá, por isso não seria nada demais. Violetta disse que tinha uma surpresa para mostrar à Angie, mas também serviria para mim, e eu também tinha uma surpresa. Enquanto Violetta terminava de arrumar tudo com a ajuda de Olga eu fui buscar Angie no hospital. Estava ansioso.

Peguei o carro e fui direto para o hospital. Fui à recepção e me disseram que Angie poderia aparecer logo. Tive de ficar esperando. Passou um tempo e fiquei preocupado até ver uma loira vindo do corredor acompanhada de um médico. Sabia quem era aquela loira, era a minha loira. Ela estava andando com um pouco de dificuldade, mas nada que a impedisse de vir na minha direção. Assim que estávamos bem próximos, não consegui me conter e a beijei, o primeiro beijo depois de tudo.

–Sentia falta disso-Ela disse ao finalizarmos o beijo.

Sorrimos um para o outro. Como sentia falta disso.

Escutamos alguns últimos conselhos do médico, alguns consultas extras, uma dieta e outras coisas, e fomos para casa. Queria ver a reação de Angie ao ver todos lá a esperando completamente ansiosos.

Logo chegamos à mansão e entramos. Mal pisamos na sala e Angie foi atacada por abraços. Todos estavam com saudades, exceto Maria Clara que nem a conhecia. Nós apresentamos as duas e logo Maria Clara perdeu vergonha.

–Então, Angie- Violetta disse-Eu queria te mostrar uma coisa. Vamos ali para a sala-Fomos todos para a sala e nos sentamos no sofá, eu e Angie em um, George e Maria Clara no chão e Pablo e Jade no outro sofá, enquanto Violetta ligava a TV e colocava um DVD, acho que era a surpresa dela- Eu e o Leon, que não teve como vir hoje, fizemos esse vídeo para você, Angie, mas como teve uma época que o papai ficou bastante abalado com tudo o que aconteceu deve ser bom para ele também-Ela deu play e começou a passar um vídeo- Espero que gostem- Ela se sentou no sofá e ficou do outro lado de Angie.

Estranhei. Eu não sabia ao certo o que era. Pelo menos não até começar a passar imagens de George menor-um ano, mais ou menos. Nessa época, eu não estava tão mal e aparecia em alguns vídeos, inclusive quando George falou mamãe pela primeira vez... Violetta estava filmando tudo, não conseguia acreditar. Quando começou a passar outros vídeos-George com, mais ou menos, dois anos- eu não aparecia, foi a época em que eu fiquei muito mal e me trancava no quarto. Era por isso que esse vídeo também era para mim. Tinha imagens de Maria Clara bem menor também. Voltei a aparecer mais quando mostrou o vídeo do dia em que Pablo e Jade vieram aqui. Foram quase todos os momentos desde que Angie estava nos hospital, desde alguns dias depois do sequestro até dois dias atrás.

Era por isso que hora ou outra eu via Violetta por aí com uma câmera, aquele dia que ela estava no celular... Era isso, ela estava planejando tudo para que Angie soubesse de tudo o que aconteceu com George. Violetta se importava muito com Angie. Quando o vídeo terminou, percebi que Angie havia chorado e muito, mas não só ela, Jade e Vilu também.

–Vilu, foi perfeito... Eu não tenho palavras para o que eu acabei de ver-Angie limpava algumas lágrimas.

–Você merecia saber cada passo do que acontecia com George, eu pensei que talvez fossem apenas algumas semanas ou até alguns meses e no final acabou sendo anos... Mas eu não deixei de filmar cada passo, ou a maioria, de George- Vilu a abraçou.

Acabamos fazendo um abraço grupal. Até George e Maria Clara a abraçou. Foi um momento perfeito. Estávamos, dessa vez, todos reunidos.

Almoçamos e Angie nos contou o quanto queria voltar para casa e que não aguentava mais o hospital. Ela disse também que se não tivéssemos contado para ela que tinham se passado anos, ela não saberia. É estranho escutar isso.

A tarde passou em um piscar de olhos, foi uma das melhores tardes de todos os tempos. Jade e Pablo foram embora e deixaram Maria Clara, já que ela dormiria aqui e George dormiria lá amanhã. Violetta ficou os dois enquanto eu levava Angie para o nosso antigo quarto. Estava na hora da minha surpresa.

–Então, o que tem entre George e Maria Clara?-Angie perguntou quando já estávamos no quarto.

–Não sei ao certo, acho que tem uma conexão entre os dois... Mas ele tem apenas três anos e ela dois, é cedo para pensar em qualquer coisa.

–Também acho-Angie disse- Eu quero tomar um banho.

–Consegue fazer isso sozinha?

–É claro, Germán!

–Então está bem, né?- Ela riu.

Enquanto Angie tomava seu banho eu arrumei a minha surpresa, talvez não fosse uma coisa tão bonita quanto a de Violetta, mas acho que Angie gostaria.

Não demorou muito e Angie saiu do banho. Ela se vestiu e eu fui a sua direção.

–Então, acho que o que eu vou fazer pode não ser muita coisa, mas acredito que irá gostar- Angie pareceu não entender nada- Lembra-se daquele nosso beijo no quarto da Violetta? Antes mesmo de namorarmos? E depois tivemos uma pequena discussão?- Ela balançou a cabeça afirmando- Lembra que você disse que eu poderia me casar com quem eu bem entendesse? E que eu era bem grandinho para tomar minhas próprias decisões?-Ela riu se lembrando daquela cena- Aquele tempo que você ficou no hospital eu pensei que talvez pudesse te perder. Pensei que você pudesse estar enganada... Se eu não me casasse com você, eu não me casaria com quem eu gostaria ou bem entendesse- Fui em direção ao guarda-roupa e peguei um livro- Se lembra disso?- Entreguei o livro a ela.

–Como eu poderia esquecer?-Ela abriu o livro e assim como naquele dia o papel caiu e ela o catou e começou a lê-lo em voz alta- “Pensei que desistiria, mas não sabia que seria tão rápido, eu te vigiei a tarde toda e aquela mensagem colaborou ainda mais comigo. Sabe essa nossa última briga? Ficamos quatro dias brigados, mas para mim pareceu ser quase um mês. Foram os quatro piores dias da minha vida. É horrível ficar longe de você e por isso já planejei tudo. Eu quero que você saiba que você é a pessoa mais importante da minha vida e que nada nem ninguém vai mudar isso, quero que você saiba que sem você eu não sou nada. Eu te amo Angeles Carrara”

–Realmente sem você eu não sou nada. Aqueles quatro dias não foram tão ruins quanto esses dois anos e meio. Eu não sei como consegui ficar esse tempo todo longe de você, sem poder te beijar, sem poder sentir você me tocando e sem poder ver seus olhos verdes- Cheguei mais perto dela e segurei seu rosto- Eu ainda te amo, Angeles Carrara.

Sem esperar mais um segundo a beijei novamente. Foi um beijo calmo e simples. Mas a surpresa ainda não tinha acabado.

–Lembra que tinha uma cordinha com um anel?-Perguntei quando finalizamos o beijo.

–Lembro- Ela deu um sorriso.

–Ainda está aí-Disse e apontei para o livro.

Ela puxou a cordinha e o anel, o mesmo anel, estava amarrado lá. Só que dessa vez a frase era um pouco diferente. “Você ainda quer se casar comigo?”.

–Aceita?-Perguntei assim como daquela vez.


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Notas finais do capítulo

Gostei de escrever esse final. Quando eles tiveram a discussão foi o capítulo 16 (Voltei lá atrás kkkkk).
Gostaram? Foi o penúltimo capítulo. Vocês querem que eu faça uma segunda temporada? Queria saber a opinião de vocês, porque se eu for fazer já preciso ir pensando e escrevendo. Ou preferem que eu comece outra fic? Para mim tanto faz, mas queria saber o que vocês preferem.
Enfim, espero que tenham gostado e comentem :3



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