27 De Novembro escrita por Akane Schiffer


Capítulo 1
Sorrisos e Memórias Esquecidas no Tempo.


Notas iniciais do capítulo

Então... Yeoboseyo, é o que digo ao renascer das cinzas, kks. (Like a Fawkes. Geehe~.)
Enfim, eu sempre quis escrever uma fic Original, mas nunca tive a inspiração. Bem, agora eu tive! Não sei o que irão achar dela, mas eu fiz com todo o carinho, nee? Apesar de eu tê-la achado meio idiota... Bem, fazer o que. As fics espelham os escritores. Ashuashua'.
Ah, este Park Kyung da história tem o nome completamente fictício, ok? (Não inspirei ele em ninguém, não pensem errado, haha'.)
Certo, quanto ao presente que o Jongshi dá ao Kyung. O presente, na realidade, tem vários simbolismos em relação ao Jongwoon. Um deles será explicado na história (em relação ao formato do pingente) e já digo que isto é um fato real. Bem, o presente é um cordão pelo fato de que os cordões tocam a pele mais do que outras jóias/bijuterias/etc. Além disso, eles ficam em torno do pescoço, então há algo com um simbolismo pelo fato de o amor e a morte serem bem próximos. Não no sentido literal, mas o amor pode tanto machucar terrivelmente alguém como salvar esta pessoa (No caso, alguns acreditam que um puxão no colar pode matar alguém, o que não deixa de ser verdade; mas o usam por ser algo bonito e que chama a atenção). Quanto às cores, o Jongwoon teria mencionado uma vez à Jongshi que a cor preferida dele era o preto, então...
Vocês podem considerar o fato das simbologias do Jongwoon no presente do Kyung como o fato de o Jongshi não ter esquecido-o. Mas a verdade será explicada na fanfic, então é só esperar.
Bem, beijos e até mais.
Akane Schiffer, a autora.



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Respirou fundo algumas vezes antes de tomar coragem e empurrar os grandes portões de vidro à sua frente. Ignorou a recepcionista, caminhando rapidamente pelos conhecidos corredores brancos. Nunca entendera o porquê de eles serem daquela cor, mas não faria diferença se soubesse o motivo de tal; aquele lugar sempre lhe seria incômodo.

Parou em frente a uma porta tão alva quanto tudo ao seu redor. A mochila desgastada parecia pesar dez quilos a mais do que realmente pesava; suas mãos suavam de nervosismo, embora escondesse isto as mantendo no bolso de sua calça. Jogou sua franja para o lado com um meneio, encarando seu próprio moletom, pensativo. Decidiu-se.

Certo. Eu irei entrar neste quarto, entregar o presente e o álbum, e irei embora. – Afirmou, mexendo a cabeça para cima e para baixo instintivamente.

Posicionou uma das mãos delicadas na maçaneta, arrepiando-se ao sentir o quão gelada ela estava. Girou-a e, tão logo adentrou o recinto, percebeu que não seria capaz de cumprir o que prometera a si mesmo.

Porque o rapaz de cabelos acobreados o encarava tão feliz, que não teria coragem de arruinar sua felicidade.

Porque amava aquele garoto infantil que sorrira quando se sentara ao seu lado.

Porque o trabalho que deveria entregar naquele dia perdera total importância quando o homem lhe fez meia dúzia de perguntas idiotas, e seu cansaço se esvaiu quando ele segurou suas mãos em um gesto de agradecimento.

Simplesmente, porque era o aniversário de Park Kyung, a pessoa pela qual se apaixonara.

Era dia 27 de Novembro.



– (Mudança de P.O.V) -



Parabéns! – Pude ouvi-lo dizer em sua voz melodiosa usual. Era óbvio o fato de que ele estava cansado, e isso me deixou ainda mais emocionado por saber que mesmo assim ele viera.

Obrigado por vir, hyung! – Exclamei entusiasmado. Sabia que meus olhos brilhavam, pois sentia as lágrimas que teimavam em tentar escorrer. Ele sentou-se ao meu lado; e quase gargalhei de felicidade nesta hora; pegando um álbum e mais algo em sua mochila e singelamente entregando para mim. – O que é isto? – Perguntei ao receber o presente, mesmo que pudesse abri-lo com facilidade. – Onde você comprou? Não gastou muito dinheiro, gastou? Eu disse que não precisava de nada... Falando nisso, como você lembrou-se do dia? Achei que nem se importasse. De qualquer forma, dê uma dica! O que eu posso fazer com isso? Qual o material? Você acha que eu vou gostar? – Continuei a fala tão rapidamente que quase me embolei em minhas próprias palavras.

Kyung, apenas abra. – Disse ele, revirando os olhos, e dei-me conta de minha estupidez. Ri levemente, e peguei suas mãos nas minhas agradecendo. Sua pele era quente, não deixei de reparar.

Rasguei a pequena embalagem prateada da caixinha com cuidado, desfazendo os nós do laço com uma paciência que achava não ter. Quando, finalmente, pude retirar a tampa de papelão que resguardava o resto da caixa, senti a vontade de chorar de alegria voltar a mim. Como ele sabia de minha fixação desmotivada por aquele número?

Era uma corrente fina, de ouro branco, com um pequeno e bem feito pingente com pedras negras formando o número '21'.

Não contive minha felicidade e abracei-o, apertando seu corpo pequeno contra o meu anormalmente grande com força. - Obrigado. – Sussurrei em seu ouvido.

Veja o álbum agora. – Falou ele, aparentemente mais por falta do que fazer do que por qualquer outra coisa.

Estendi meus braços, alcançando o objeto com facilidade. Ao simples toque da superfície negra em meus dedos, reconheci a textura agradável sob eles. Passei minhas mãos pela camurça escura, repuxando seus pelinhos para cá e para lá divertidamente. Levantando levemente meu rosto, corei ao deparar-me com um olhar inquisitivo de Jongshi. Voltando meu olhar para baixo, examinei o álbum minuciosamente. Uma pequena placa dourada estava localizada minuciosamente no centro de seu revestimento, com algumas palavras gravadas.

“Kwon Jongshi & Park Jongwoon.

2008 - ?”

Ri levemente ao reparar que o ponto de interrogação estava riscado e que, logo abaixo dele, escrita espremida no espaço restante, estava uma palavra claramente feita depois e grafada incorretamente; escrita em uma letra terrível com um marcador preto. Acho que quem escreveu deve ter querido dizer:

“Forever”

Dedilhei a plaqueta, correndo meu toque até alcançar as costuras áureas e, então, a fita crócea que – muito provavelmente – servia para marcar as páginas. Abri, então, o livro, deparando-me com páginas amareladas e desproporcionalmente gastas se comparadas a seu envoltório. Estas ditas folhas enchiam-se, repletas de memórias. Inúmeras fotos cobriam sua maioria, mas ainda havia declarações, cartas, desenhos e até mesmo impressões feitas à tinta. Eram duas mãos, uma ao lado da outra, logicamente pertencentes aos donos do álbum.

Uma delas, pequena e delicada, descobri pertencer a meu visitante quando ele apoiou sua palma em cima da pintura. A outra, bem maior e claramente mais máscula, parecia dar um ar solitário à cena.

Ele voltou a sentar-se, indicando nas fotos um homem mais alto que o normal, com cabelos cor de caramelo e orelhas avantajadas. Alguém que me parecia levemente conhecido.

Sabe, Jongwoon sempre foi meu melhor amigo. Nós fazíamos tudo juntos e ele sempre esteve ao meu lado quando precisei. Era alguém realmente gentil, sempre pronto para ajudar e com um sorriso no rosto. O sorriso dele era lindo... – A este ponto, seus olhos já lacrimejavam. Soluçou, apoiando a face nas mãos e controlando-se. Tentei confortá-lo com um abraço, mas não sei se foi de muito uso. Logo, ele recomeçou a falar. – Éramos realmente próximos. Sempre dizia que seu número favorito era o ‘vinte e um’, e se alguém perguntasse o motivo, respondia que era por ser o dia em que nos conhecemos. Foi também o dia em que me pediu em namoro. Tão desnecessariamente romântico. – Jongshi riu fracamente, claramente triste. – Ele tinha várias coisas em comum com você, na verdade. Você também gosta do vigésimo primeiro número, e a cor favorita de ambos é a preta. Têm as mesmas alergias inúteis e fixação por animais, além de sorrirem por tudo. Já te disse que o sorriso dele é lindo? O lema dele era: “Não importa o quão difícil seja, eu sempre sorrio como um idiota”. E realmente era verdade, aquele estúpido...! – Reclamou sem muita necessidade, tentando impedir as lágrimas de caírem. Senti-me triste por sua história, mas fiquei ligeiramente enciumado pelo modo como a contara. Ele ainda amava aquele homem?

Porque não estão mais juntos, então? – Questionei, genuinamente curioso.

Aconteceu... Um acidente há dois anos. Ele foi atropelado enquanto entrava em seu prédio. Um motorista bêbado perdeu o controle do carro e acabou subindo na calçada, e ele... – Suas palavras ficaram presas, percebi. Chorava dolorido, sem som. Sua agonia ao reviver aquilo era quase palpável. – Entrou em coma, a pancada em sua cabeça foi forte demais. Quando ele acordou, foi como se todas as memórias tivessem desaparecido com o tempo em que ficou desacordado. Antes de desmaiar aqui no hospital, porém, ele pediu aos médicos um papel e escreveu-me um bilhete pedindo-me para seguir em frente. Aquele idiota, pensando que ia morrer. Mas, de qualquer forma, como ele espera que eu siga em frente sem ele?

Talvez você devesse seguir o conselho dele, sabe? Seguir em frente, digo. – Disse hesitante, não querendo machucar seus sentimentos.

Eu fiz isso. Tentei. Mas não foi exatamente como se eu tivesse conseguido, entende? – Respondeu-me, bem mais comedido. – De todo modo, eu era apaixonado por Park Jongwoon, agora, quem eu amo se chama Park Kyung.

Surpreendi-me. Corado, mas extremamente feliz, passei mais uma página do álbum e deparei-me com um pequeno papel ali colado. Era uma folha branca, manchada de sangue, e logo constatei que deveria ser o bilhete do qual falara.

A escrita era praticamente inintengível, portanto, folheei o resto do encadernado. Apenas páginas vazias.

O bilhete diz para eu completar o álbum com o resto de minha vida e felicidade após sua ida. Só que eu não fui feliz depois disso. É triste visitar alguém importante e esta pessoa sempre te perguntar “quem é você?”. – De uma só vez, Jongshi respondeu meu par de perguntas mudas. Sabendo do que se tratava, estranhamente, tornei-me hábil a ler a mensagem; algo no final, contudo, parou-me.

O que diz aqui? – Perguntei, indicando as duas últimas palavras, no canto do recado.

Park Jongwoon, sua assinatura. Como estava com dor e quase desmaiando, ela tornou-se este algo horrendo. Nem os médicos com aquelas letras terríveis deles foram capazes de entender, então acabaram colocando o nome errado em sua ficha e todos o chamam assim até hoje. Demorei um tempo a me acostumar, mas finalmente o chamo pelo nome certo. – Riu ele, inclinando-se sobre mim e confidenciando-me algo ao pé do ouvido. Continuou com seu discurso levemente melancólico em seguida, não obstante, prestei nenhuma atenção.

Suas palavras colocaram-me em choque e, pelo modo como parara bruscamente seu monólogo, também a ele. Talvez ele não devesse ter induzido minha mente desta forma, mas agora, era tarde de mais.

Eu lembrara.

Não foi com muita facilidade, mas ligando a óbvia fala dele com alguns pontos perdidos em nossos tantos diálogos anteriores com citações sobre Park Jongwoon, eu percebi que eu conhecia aquele garoto bem mais do que eu pensava, afinal. E ele sabia disso, é claro. Se não o soubesse, porque teria me contado tanto sobre ele? Mas, também sabia que eu perdera a memória, então por quê? Tempos depois de perguntar-me isto, ainda sem resposta, desisti de encontrar uma. Tive, contudo, vontade de rir ante a teimosia de o pequeno ser à minha frente.

Jongshi era realmente alguém interessante.

Eu lembro-me de tudo agora, Jongshi. E, por sinal, também amo você.

E eu não consegui refrear um sorriso ao ver o olhar surpreso e feliz em seu rosto iluminado. Sorri bobamente, como sempre, e ele sorriu de volta.

Se ele dissera que o sorriso daquele garoto - Jongwoon - era bonito, eu não mais deixaria de sorrir.

Afinal, eu era Park Jongwoon.






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Notas finais do capítulo

Espero poder saber o que acharam. Na verdade, eu realmente não sabia o que escrever lá em cima e ainda não sei o que escrever aqui... Haha'.
E sinto muito pela capa péssima, eu fiz correndo e de última hora.
Esta fic foi postada no Anime Spirit com outros personagens. Não é plágio, ok?
Bem, mata ne. *acena*
Saranghae yo! (amo vocês).



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