Era a segunda fase do Chuunin Shiken. Haveriam mortes naquela fase. Animador, não?

A vila da areia ainda não havia chegado na torre. Ela já tinha os pergaminhos. Era noite. Discretamente, Gaara saiu do acampamento de sua equipe. Subiu em uma árvore, na esperança de ver a lua. Na metade do "caminho" vê uma garota vagando sozinha pela floresta. O ruivo deduzira que ela estava fazendo um turno noturno.

O garoto sentiu o velho espírito demoníaco. Mais uma vítima. Olhou para a garota atentamente, tentando descobrir mais sobre a sua vítima. Deu um sorriso demoníaco: ela tinha olhos perolados. Mataria uma Hyuuga, do clã de honra de Konoha. Seria interessante a forma que a morte daquela garota afetaria Konoha. Gaara aumentará seu sorriso com essa expectativa.

Desceu à clareira em questão de segundos. A garota parecia apavorada. Gaara se alegrou com aquilo. Em questão de segundos, a areia foi liberada, e a garota envolvida.

***

A garota não conseguia pensar uma maneira de sobreviver. A areia a apertava. Estava a ponto de se entregar para a morte. Afinal, ninguém sentiria sua falta se ela morresse. Mas ela não queria desistir. Talvez por causa da determinação de Naruto, o garoto que tanto a inspirava. Estava resolvida a viver.

Sua cabeça girava, ela vasculhava todo canto de seu cérebro atrás de uma resolução. Pela proximidade da morte, acabou pegando a primeira opção que apareceu: falar com ele. Ela sabia seu nome, afinal. Juntou toda sua coragem e sussurrou:

– Gaa- Gaara-kun, por favor...

***

– Gaa- Gaara-kun, por favor...

Essas palavras atingiram Gaara como granadas. Era uma das primeiras vezes que não o chamavam por Gaara-sama. Era uma das primeiras vezes que não o viam apenas como um monstro. Aquela garota era diferente. A areia se dissipou e a garota caiu de joelhos no chão, tentando recuperar o fôlego perdido.

Gaara foi até ela e se ajoelhou ao seu lado. Agora desejava saber mais sobre a antiga vítima. A que não o vira como um monstro, aquela que o chamara de "Gaara-kun". Levantou o rosto da garota, segurando seu queixo. O ruivo perguntou:

– Como sabe meu nome?

– S-se importa com isso, Gaara-kun?- ela respondeu dando ênfase na última palavra, pois sabia que o afetava. Ela dava um sorriso tímido, e já estava completamente corada.

– Não...- ele parou para pensar, tentando se lembrar do nome da garota. Após alguns segundos ele completou a fala com um sorriso triunfante- não é, Hinata-chan?

A garota sorriu, estava cada vez mais corada. Ambos estavam em silêncio. Mesmo estando sozinhos, a garota sussurra de forma que só ele ouça:

– Por que não me matou, Gaara-kun?

A resposta também veio em um sussurro. Um sussurro baixo, pois ele não queria que Hinata o ouvisse. Não queria que ela soubesse de sua fraqueza.

– Não consegui.

Ela o abraça,corada. Ainda não entendia completamente.

– Arigatou...- ela sussurrou. Ela se sentia obrigada a agradecer. Pela oportunidade de continuar vivendo, pela nova chance.

Gaara não sabia o que fazer. Afinal, a garota estava praticamente em cima dele. Ele tenta retribuir o abraço... Mas fica meio...à la Gaara. Ele corara levemente com o gesto.

Eles sentaram lado a lado. Observaram a lua por uma brecha entre as àrvores. A luz pálida os atingia

– Hinata-chan... Sinto que posso ter certeza que você sobreviverá... Você conseguirá superar essa barreira...- foi a única coisa que Gaara conseguiu pensar para quebrar aquele silêncio constrangedor. Ele não achou que ajudou muito.

A garota sorriu, corando. Ficou de joelhos, para ficar da altura do garoto, que estava sentado.Depois, ela beijou a bochecha do garoto, que corou instantaneamente. Ele deu um leve sorriso.

Ele se virou para ela, a olhando nos olhos. Eles estavam perto demais. O garoto segura a cintura da garota e a puxa para perto, eliminando o espaço que ainda havia entre eles.

A

A garota se surpreendeu com o gesto, acabando por aceitá-lo. Pousou as mãos sobre o pescoço do ruivo.

Depois de um tempo, horas que pareceram segundos às conversas e beijos do casal, o sol começava a nascer,iluminando-os . Logo se separaram. Suas equipes logo sentiriam sua falta. Eles precisavam voltar logo...

Eles ainda estavam muito perto, suas testas estavam encostadas.

– Nos veremos de novo, Hinata-chan- ele sussurrou para ela.

– Tenho certeza disso, Gaara-kun- ela respondeu, estava completamente corada.

Eles tomaram caminhos opostos, os caminhos para seus acampamentos.

– Hinata-chan! Aishiteru...?-Gaara disse, como se não soubesse se estava dizendo a coisa certa

– Gaara-kun... Aishiteru...?-Hinata respondeu com o mesmo tom de incerteza.

Então, eles ficaram um de costas para o outro, prontos para irem à seus acampamentos. Não aguentaram. Precisavam de uma despedida melhor. Se viraram e correram um na direção do outro, Hinata praticamente se jogou nos braços do ruivo. Eles deramum "último" beijo.

Depois, ambos voltaram às suas respectivas "pontas" da clareira. Levantaram a mão em um aceno e correram.