A Caçada Final escrita por J Luna


Capítulo 7
Capítulo 7 - Um visita surpresa


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora para postar.
Não sei se por ser fim de ano e ter acontecido muitas coisas, ou por ter tido um certo bloqueio mental, mas este foi o capítulo mais difícil de se escrever.
Espero que gostem.



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Hermione ainda ficou um bom tempo brigada com Rony, apesar de ter voltado a falar com ele. Gina recebia a tal coruja branca com amarelo toda semana, mas Harry ainda não tinha certeza se seria Rockwood.

Certo dia, ao andar pelos jardins d`A toca viu Hermione e Gina conversando em um dos bancos.

– Como está Ian? – Perguntou Mione.

– Bem. Ele teve que entrar pela porta dos fundos da casa dele para que seu pai não visse seu nariz. Apesar dele ter limpado a roupa e ter feito o nariz parar de sangrar. – Respondeu Gina com uma pontada de dó.

– E vocês? Esta gostando dele?

– Não sei Hermione. Ainda não sei bem. Aquele dia, no casamento, foi bom. Dançar com ele, conversar. Agora entendo porque você sempre disse que ele é um ótimo amigo.

– É sim. – Confirmou Hermione. – Às vezes eu o procuro em Hogwarts para conversar. Ele entende coisas que Harry e Rony não.

Gina ia falar algo, mas uma coruja cinza passou por elas, em direção a casa. As duas se olharam: - Hogwarts!

Harry teve que se esconder rápido para não ser visto pelas meninas que dispararam para a casa.

– Vejam meninos! Suas cartas chegaram! – Disse a Sra. Weasley pegando as cartas da coruja e entregando a todos. – Hermione...Gina...Harry...Rony.

Ansiosos todos abriram suas cartas.

– Ah, por Merlim! Sou monitora chefe! – Disse Hermione pulando de alegria.

Rony abriu sua carta, esperando que saísse um distintivo como o de Hermione, mas não tinha nada dentro. Não se decepcionou, não queria mais ser monitor chefe como Gui, ou capitão do time como Carlinhos. Ele já fizera e ainda faria coisas mais incríveis dos que todos os outros.

No outro dia à tarde, foram todos ao beco diagonal comprar o livros novos e os outros materiais.

– Hum, preciso passar no Gringotes.

– Tudo bem Harry, te esperamos na Floreios e Borrões. – Disse a Sra. Weasley.

– Eu também. – Disse Hermione. – Estou apenas com dinheiro trouxa.

Os dois seguiram para o banco enquanto os outros foram para a livraria.

– Ah, Mione. Pode me responder uma coisa?

– O que Harry?

– Bom, sabe...Gina... Ela, ela está namorando? – Harry perguntou isso olhando para todos os lados da rua de pedra, menos para a amiga.

– Bom Harry. Acho que não sou a pessoa certa para você perguntar isso. – Respondeu Hermione tentando desviar o assunto. Mas o assunto também estava na rua de pedra.

– Olá Mione! Boa tarde, como você está? – Ian Rockwood também viera comprar seu material. Estava sozinho. Usava vestes pretas e o cabelo muito bem arrumado. Harry não podia deixar de admitir, Ian era bonito.

– Oi Ian! Vou bem e você. – Agora ali, longe da formalidade do casamento, os dois se abraçaram, como velhos amigos.

– Boa tarde Potter.

– Boa tarde Rockwood.

– Vieram comprar o material?

– Sim viemos. Iamos trocar dinheiro no Gringotes.

– Trocar dinheiro? – Ian parecia não ter compreendido o que Hermione tinha dito. De repente arregalou os olhos. – Por Merlim Mione, quase me esqueci que sua família é trouxa. Bom, eu também tenho que pegar algum dinheiro. Podemos ir juntos? Se importa Potter?

– Não Rockwood, não me importo. – Harry começava a se arrepender de ter ido ao Gringotes.

Os três entraram juntos e foram ao mesmo balcão.

– Boa tarde. Gostaria de trocar algum dinheiro. – Disse Hermione ao duende.

Hermione entregou o dinheiro ao duende, que examinou atentamente, contou alguns galeões, sicles e nuques, colocou todos em uma pequena bolsa e entregou a Hermione.

– Gostaríamos de retirar dinheiro. – Disse Ian, se adiantando.

– Os senhores tem as chaves?

Harry e Ian entregaram as chaves de ouro ao duende.

– Pois bem. Grampo!

Harry reconheceu o duende que o levou a seu cofre a primeira vez que esteve ali. Ele conduziu os três a passagem estreita e juntos embarcaram em um carrinho. Chegaram ao cofre 687 e Harry entregou a chave ao duende. Retirando a quantia de que precisava foram juntos ao cofre de Rockwwod.

A cada curva que o carrinho fazia parecia que iam mais para baixo.

– Onde fica seu cofre Ian? – Perguntou Hermione, parecendo que ia desmaiar a qualquer minuto.

– Fundo Hermione, bem fundo!

Ao virarem à direita Harry viu uma labareda e depois um barulho e não teve dúvidas, era um dragão.

Desceram do carrinho e entraram em uma passagem estreita. Grampo tirou do bolso um sino e começou a toca-lo.

– Isso afasta o bicho. – Disse Grampo se sentindo importante. Ian seguia-o de perto.

Ao virarem Hermione soltou um grito. Era um rabo córneo que estava ali parado, olhando para eles.

Grampo sacudiu o sino e o animal começou a se afastar, até entrar no que parecia uma caverna. Pararam em frente ao cofre 2004 e Ian entregou a chave de ouro ao duende. O duende abriu a primeira porta e uma segunda porta esperava por eles.

– Puxa! – Admirou Harry.

– Este é o setor mais seguro de todo Gringotes. – Disse Grampo. – Apenas duendes mais experientes acompanham bruxos até aqui. – E alisou com seu dedo a porta para que ela se dissolvesse. – Os cofres desse setor pertencem as mais antigas e influentes famílias de bruxos.

Harry não resistiu e olhou para o interior do cofre, assim como Hermione. Os dois não puderam deixar de admirar. O cofre era grande, em uma das paredes tinha estantes com objetos valiosos, no fundo pilhas e mais pilhas de moedas muito bem organizadas, milhares de galeões, sicles e nuques. Agora Harry tinha certeza de que Ian era mais rico do que imaginava.

Ian entrou no cofre e retirou uma boa quantidade de moedas e colocou em um saquinho.

– Hum... acho que agora temos um segredo. – Disse Ian apontando para o cofre e olhando para os dois.

– Não vou espalhar por ai quanto dinheiro você tem Rockwood! – Disse Harry um tanto zangado.

– Não espero que faça isso Potter, afinal, não somos tão diferentes!

Ao subirem de volta ao beco diagonal Harry esperava que fosse se separar deles, mas isso não aconteceu.

– Vamos à Floreios e Borrões agora Ian, que ir?

– Ah sim Mione. Tenho que comprar meus livros de Hogwarts e também quero comprar alguns títulos interessantes, quer que eu te mostre?

– Claro!

Os três seguiram para a livraria e a cada passo Harry entendia melhor o porquê Hermione gostava de Ian. Ele era tão inteligente quanto ela.

– Ian!

– Gina. Como está?

Ian e Gina se abraçaram na livraria e Harry achou que devia olhar os livros em outro corredor.

A tarde estava agradável e após as compras todos passaram em uma sorveteria.

– Isso aqui vive cheio! – Disse um bruxo ali perto.

– Bem pudera, é uma delicia! Os trouxas as vezes sabem o que é bom. – Disse outro.

Gina ainda conversava com Ian, mas agora acompanhados por Hermione.

– Sobre o que será que estão falando? – Perguntou Rony a Harry.

– Hogwarts.

– Hogwarts?

– É. Estão falando sobre alguns segredos do castelo, sobre o livro, sobre as aulas... E Hermione está muito preocupada com os N.I.E.M`s.

Os dias passavam lentamente. Hermione já se preocupava com os estudos, lia cada vez mais. Agora, a coruja branca com amarela de Ian chegava com duas cartas, uma para Gina, outra para Hermione.

– Hermione está se correspondendo muito com Ian depois daquele dia no beco diagonal. – Disse Rony enquanto desgnomizava os jardins com Harry.

– Parece que estão discutindo coisas sobre os N.I.E.M`s. Eles ficaram muito tempo em um dos corredores da Floreios e Borrões olhando livros.

Já de noite os membros da ordem começaram a chegar para o jantar que a Sra. Weasley iria oferecer. Era uma espécie de despedida dos meninos, mas parece que havia outro proposito para ele. O trio descobriria isso em breve.

Estavam todos sentados na sala, conversando sobre como seria o ano letivo, como estavam os acontecimentos no mundo trouxa e no bruxo.

– Espero que tenhamos um ano letivo tranquilo!

– Você ainda tem essa esperança Rony? – Hermione olhou para Rony com uma expressão divertida. Parece que já tinha esquecido a cena no casamento.

De repente alguém bate a porta.

Shaklebolt, Lupin e Tonks se levantam de um salto com as varinhas em punho.

– Não falta ninguém para chegar! – Disse Lupin aproximando-se da porta.

– Deve ser amigo. Nenhum comensal bateria na porta. – Falou Tonks indo atrás de Lupin.

A Sra. Weasley que estava na cozinha não percebeu a movimentação na sala.

A Ordem colocara-se em posição de defesa como haviam “ensaiado” no inicio das férias. Harry colocou-se ao lado de Gina, com a varinha em punho. Lupin ergueu a varinha e abriu a porta.

– Boa noite senhores. Pretende me atacar Sr. Lupin? Não se preocupe, não vou fazer nada contra vocês.

– Minerva! Me desculpe, entre por favor. – Disse Lupin dando passagem a Profª. McGonagall e fechando a porta atrás dela.

– Minerva, que bom que chegou. – Disse a Sra. Weasley saindo da cozinha.

– Boa noite Molly. Boa noite meninos.

Todos voltaram a se sentar na sala, ansiosos para saber o motivo da visita da professora.

– Minerva, o jantar já esta pronto. Prefere que conversamos ou vamos comer primeiro?

– Bem Molly, pelo olhar dos meninos é melhor comermos primeiro.

O jantar correu de forma tranquila, apesar de todos estarem ansiosos para saber o motivo da visita surpresa da professora de transfiguração.

– Então, o que a trás aqui professora? – Perguntou o Sr. Weasley entregando a ela uma xicara de chá.

– Vim falar com vocês um assunto muito importante. – Disse a professora olhando para Harry, Rony e Hermione.

– Com a gente? Mas o que professora? – Perguntou Hermione.

– Bem senhorita Granger, eu prefiro, por enquanto, falar a sós com os três. Tem um lugar Molly?

– Ah sim Minerva. Vocês podem conversar aqui. – Disse a Sra. Weasley abrindo a porta para uma segunda saleta.

Os quatro entraram. A professora trancou a porta com um feitiço e logo depois conjurou um feitiço silenciador.

– Assim será melhor! – E virando-se para os quatro. – Bem meninos. Sentem-se, acho que nossa conversa será longa!

O dia 1º de setembro chegou com muitas incertezas para Harry e seus amigos.

– O que irá acontecer agora? – Perguntou Rony aos amigos enquanto tomavam café da manhã.

– Não sei. Temos que descobrir onde estão as horcruxes e destruí-las.

– Quer dizer, eu tenho que descobrir né Mione.

– Harry, admita você não vai sozinho!

– Vão aonde? – Gina acabara de entrar.

Os três se olharam, sem saber o que responder, mas a Sra. Weasley entrou na cozinha.

– Todos prontos? Vamos, tomem seu café rápido! Não querem se atrasar não é?

Harry ainda pensava se voltaria ou não para Hogwarts este ano, mas se lembrou da visita da professora Mc Gonagall. Não sabia o porque, mas tinha que voltar.

– O que você tem Harry?

– Nada Hermione.

– Tem certeza?

– Estou pensando no que a professora Mc Gonagall disse. Que temos que retornar, pois Hogwarts precisa de nós. E que nós precisamos de Hogwarts! É como se ela quisesse dizer algo a mais com isso.

– Sim Harry, ela quis dizer que Hogwarts irá nos ajudar! Ela sabe o que vamos procurar Harry. Toda a Ordem sabe! Eles sabem e querem que nós encontremos.

Harry terminou o café da manha ainda pensando no que Hermione tinha dito. A Ordem estava em peso n`A Toca aquele dia. Toda segurança era necessária para levar os meninos até a plataforma.

– Muito bem. Todos aqui por favor. – Disse Lupin na sala. – Fred e Jorge estão no beco diagonal para despistar então temos duas pessoas a menos hoje. Eles não poderiam simplesmente fechar a loja em pleno 1º de setembro. Por toda a estação assim com próximo a entrada da plataforma temos aurors posicionados desde cedo. Vamos sair daqui juntos e aparatar em um banheiro da estação que está estratégicamente em reformas.

– Hermione sabe aparatar certo? Consegue chegar onde te levei ontem a noite – Perguntou Tonks. Hermione fez que sim com a cabeça. – Ótimo, acredito que pode levar Rony com você. Gina, você vai comigo. Harry com Lupin. Molly e Arthur irão conosco. Moody e Kim estarão logo atrás de nós. Não podemos aparatar todos de uma vez ou vão levantar suspeitas. Então, temos dois pontos de aparatação. Iremos todos para o mesmo ponto.

– E se estiverem na estação? – Perguntou Rony.

– Bem, o local onde aparataremos não é muito longe da plataforma. Não corremos tanto risco com os aurores vigiando. – Respondeu Lupin. – Agora vamos.

Todos se posicionaram de acordo com as ordens de Tonks e dupla a dupla aparataram.

A estação estava cheia de trouxas como sempre. Andavam para um lado e para o outro preocupados demais com suas vidas para reparar nas pessoas paradas ao longo da estação, nem nas que saiam dos banheiros em reforma.

Juntos os dez seguiram para a plataforma 9 ½.

– Logo estarão em Hogwarts, sãos e salvos. – Disse Arthur em voz baixa.

– Tonks, e se o trem for atacado? – Perguntou Gina de repente.

– Não se preocupe Gina, eu e Lupin assim como vários aurores estarão no trem para garantir uma viajem tranquila a todos os alunos.

De repente, uma voz conhecida é ouvida.

– Gina!

– Ian! Oi.

Gina e Ian se cumprimentam de uma forma nada agradável para Harry. Ian cumprimentou a todos quando o grupo olhou para tras e colocou-se de certa forma, em alerta.

– Rockwood. – Disse Lupin.

– Lupin! – Respondeu o pai de Ian. – Arthur.

– Atila. – Cumprimentou-o o Sr. Weasley. – Senhores, senhoras.

O pai de Ian era tão educado quanto o garoto, era possível perceber com quem ele tinha aprendido. Era alto e loiro. A pele branca dava a ele uma aparencia um pouco fantasmagórica. Tinha os cabelos curtos, tão bem cortados quanto os do filho. Estampava um sorriso encatador e tinha uma voz bela, sedutora. Ao seu lado estava um linda mulher, também alta, de pele branca e cabelos quase tão loiros quanto o dele.

– Arthur, não sei se conhece minha esposa, Morgana Rockwood.

– Prazer. – Respondeu a mulher.

– Acho que já a vi em algum lugar. Muito prazer. Esta é Molly, minha esposa.

– Muito prazer. – Diz Rockwood. - Sim Arthur, acho que a conhece do Ministério. Ela trabalha no quarto nível.

– Ah sim. E o que a senhora faz? – Pergunta o Sr. Weasley parecendo interessado.

– Sou chefe do Departamento para a Regulamentação de Criaturas Mágicas.

– Oh, sim. Um departamento díficil de chefiar, imagino.

– Um pouco, no início. O principal a se fazer é proteger as criaturas e deixá-las a salvo dos trouxas.

– Bem é melhor irmos. – Disse Ian.

– Tem razão, está quase na hora. – Concordou Hermione.

– Onde vai ficar Gina?

– Ainda não sei Ian.

– Bom, irei para o vagão dos monitores no início, mas te encontro pelo trem depois.

– Não vai me dizer que é chefe dos monitores? – Perguntou Rony já advinhando a resposta.

– Sou sim. Vamos? Tchau pai, tchau mãe.

Todos se despediram na porta do trem e entraram. Os Rockwood foram embora antes do trem partir, dizendo que tinha um compromisso importante.

– Não sei não. O que o Rockwood quer com Gina Arthur? – Perguntou Lupin.

– Bom, eles são amigos. Ele foi no casamento n`A Toca.

– Sim, lembro dele lá. Conversei um pouco com ele também. Um garoto brilhante, muito inteligente mesmo. Mas os pais me preocupam.

– Por que diz isso Lupin? – Perguntou a Sra. Weasley preocupada.

– Vamos conversar longe daqui Molly. Assim que voltarmos de Hogwarts.


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