O Mistério no País das Maravilhas escrita por GhostWolf


Capítulo 5
A Mensagem de Alice Smurther


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada, me desculpem por ter deletado o último capítulo.
Eu editei umas coisas "extras" nos antigos capítulos, sugiro relerem para entender certas coisas não neste capítulo em específico, mas nos futuros ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/412721/chapter/5

– Socorro! - Dizia uma menina de 7 anos correndo em uma sala no escuro. - Socorro! Socorro! Socorro! - Ela continuou correndo, até se ver no meio de 4 espelhos. Nos 3 primeiros, haviam três meninas idênticas, porém diferentes. A primeira menina tinha uma aparência de ser uma foto de 10 anos atrás. A segunda menina, de 7 anos atrás, e, a terceira menina, de 5 anos atrás. O quarto espelho estava vazio, e, no meio da escuridão, ouviu-se uma horrível risada.

– Alice! Alice! - Disse docemente a voz, pertencente a uma sombra que estava se alimentando das sombras - Alice! Alice! Alice! Alice! - Ele começou a gritar - Por que está batendo no Tempo, Alice? Alice, Alice Alice, Alice! Alice... Alice...

As três Alices do espelho gritaram, a primeira parou de gritar depois de 10 segundos. A segunda parou de gritar depois de 7 segundos depois da primeira Alice. Mesmo depois de 5 segundos depois da segunda Alice, a terceira continuou gritando.

– Me deixe em paz! - Disse a Alice que não estava através do espelho - Eu só quero sossego!

– Sossego! - Gritou o homem - Pisca, pisca, ó morcego! - Quando ele falava pisca, o preto piscava e tudo virava vermelho-sangue - Que aqui quero sossego! - Ao falar sossego, a primeira Alice caiu. Depois de 7 segundos, a segunda Alice caiu. Mesmo depois de 5 segundos, a Alice, que estava jovem, continuou gritando e em pé. - Por sobre o mundo você adeja, qual chá numa grande bandeja, pisca, pisca, pisca, pisca, pisca, pisca, Alice, Alice, Alice, Alice, Alice, Alice, Alice..... - E ele continuou com Alices, até que a terceira Alice, já velha, perdeu a voz, e, de velhice, caiu.

Novamente, a escuridão reinou e houve o silêncio, e o mesmo grito agudo e feminino de uma menina de 7 anos me despertou.

– Bom dia, Watson! Meu Deus! Mas que rosto é este? - Dizia Holmes, lendo papeladas, - Outro pesadelo? Você não precisa focar-se tanto com Alice, ou ler tanto Edgar Allan Poe. Agora, venha tomar seu desjejum. Daqui a algumas horas, Lestrade irá nos levar à cena do crime.

Eu agradeci e me sentei, para desfrutar o maravilhoso café da manhã com divino gosto irlandês preparado por nossa senhoria, a Sra. Hudson. - Bom dia, Holmes. Obrigado pela sugestão, mas eu quero visitar a cena do crime, assim como quero acabar de ler todos os livros de Poe.

Ficamos conversando sobre assuntos diversos, até eu me olhar de longe a papelada que Holmes lia. Ele percebeu minha curiosidade.

– É sobre o psicopata que escapou da prisão? - Holmes enfureceu-se ao lembrar disto.

– Maldita seja a Scotland Yard! Confundiu as papeladas sobre o que queriam ajuda, e me mandaram este caso errado! Nunca foi resolvido, mas faz cerca de 15 anos que aquele homem escapou. Irei-me concentrar todos os neurônios nas Alices, mas não que seja de grande ajuda. Digo, faz 10 anos que Smurther foi morta, enforcada. Ao saber da notícia do "suicídio", as únicas pessoas restantes da família Smurther (que seriam seus pais) se mataram. Por não ter ninguém, a Scotland Yard deixou o corpo em preservação, congelado. Na última autópsia, acharam espermas, o que provou que o homem estuprou da menina.

– Maldito seja este Chapeleiro! Estuprou uma menina de 7 anos! Por Deus! - Logo enfureci-me, ao pensar em meu irmão, Henry. Ele não era estuprador, claro, mas tive memórias dele com seus 7. Lembrei que Smurther morreu por causa que o Chapeleiro estava com uma garrafa de bebida que bateu na cabeça do guarda. Henry morreu por problemas de bebidas, o que apenas me entristeceu, tanto na hora que o lembrei, ou agora que escrevo para vocês. Que Deus o tenha.

– E não acho que ela foi a única. - Holmes disse, interrompendo minhas boas memórias, - Mas não sei se devo ir, fazem anos que este caso aconteceu.

– O tempo é indiferente para seus métodos! Depois pode entender o caso do psicopata, se quiser. - Holmes sorriu, mas olhou ao relógio e desesperou-se.

– Por Deus! Por Deus! Já são 11h23! Rápido, banhe-se e arrume-se! Lestrade irá passar aqui 12h.

***

Eram 12h13, e Holmes estava raivoso, até ver Lestrade.

– Mil perdões, mil perdões! - Ele dizia, - Me atrasei. - Ele sabe o quanto Holmes detestava atrasos. Então nos sentamos e fomos até a cena do crime.

Nós nos sentamos e fomos à cena do crime, uma larga casa vazia cujas únicas decorações eram sangues secos na parede. Lestrade nos explicou que, como o caso foi abandonado, os móveis foram vendidos, com uma certa "exceção". Além disso, o sangue foi visto como B positivo. Holmes pegou sua lupa e foi olhar perspicaz todo o seu redor e, cerca de 30 minutos depois, entediei-me, e decidi olhar o apartamento.

Havia um cômodo com uma cadeira, uma corda presa no teto, e uma mensagem no chão, com apenas vogais.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!