Himmel Und Holle escrita por ChibiMeron


Capítulo 2
Capítulo 1 - Degustação




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Sophia

 

    Acordei lentamente, espreguiçando-me e abrindo os olhos depois. Em meu quarto, grande o bastante para quatro camas de solteiro, que na verdade era uma suíte, há um grande armário que fica de frente a uma grande cama de casal, com dois criado-mudos e abajures de cada lado. Nas laterais do quarto, há duas portas. No ponto de visto de quem está na cama, a da esquerda é a saída e a da direita dá para o banheiro. Ao lado da saída, mais para lado da cama, há uma grande janela com uma cortina bege que a cobria, e que estava sempre fechada por minha preferência de isolamento do mundo exterior. Divido meu quarto e, consequentemente, a cama com minha irmã Samantha. Levantei-me e abri a gaveta do criado-mudo que ficava a minha esquerda, então de lá peguei meu relógio de pulso que marcava as horas em números romanos. Era 8h45min. Desliguei o abajur, debrucei-me na cama e com o braço cuidadosamente por cima da adormecida Samantha, eu desliguei o outro abajur. Minha irmã tem medo escuro, por isso a necessidade da luz. Andei cuidadosamente até o banheiro para não acordá-la, na ponta dos pés. Tomei um banho de banheira e saí enrolada em uma toalha. Na tentativa de pegar as roupas que estavam contidas no armário, ouvi bocejos baixos.

- Bom dia, Sophia – disse minha querida irmã, com uma voz de cansaço e seu jeitinho de criança de coçar os olhos ao bocejar.

- Bom dia, mana – vesti-me e andei até a cama parar abraçar Samantha. – dormiu bem, meu anjo?

-Sim!- disse com entusiasmos, e se aninhou em meus braços. Meu coração disparou.

- Vá tomar um banho., Sam. Irei pedir que lhe façam panquecas.

- Não, Sophia. Fique aqui – ela soltou-se de meus braços e andou até o banheiro – logo irei sair – entrou e fechou a porta.

    Tornei a me deitar em minha cama, completamente desforrada ainda. O quarto completamente frio, causado pelo refrigerador ligado. Mantive meu olhar fixo no teto de cor violeta, cuja cor eu e Sam escolhemos. Eu iria ficar ali por um bom tempo, pois minha irmã sempre demorava ao banho, então tratei de enrolar-me, pois minhas vestimentas – um short jeans claro e uma camisa regata branca – não ajudariam. È segredo, mas eu amo Samantha mais do que como uma irmã. Sam e eu faremos 17 anos semana que vem; somos gêmeas univitelinas, por tanto idênticas. Ela tem 170 cm, cabelos longos de cor loiros médios que se estendem até sua cintura, são ondulados e com alguns cachos nas pontas, olhos castanho médio – olhos atraentes e completamente hipnotizantes-, sua pele branca e bochechas rosadas, pequenos lábios vermelhos. E seu corpo – ah, seu corpo!- perfeitamente esculpido como se houvesse sido feito pelo próprio Michelangelo. Devo dizer que olhá-la é como estar de frente a um espelho. Passados minutos dos quais, imersa em pensamentos, até que notei a porta lateral da direita se abrir, e meu anjo apareceu. Enrolada em uma toalha, buscou por roupas no grande armário do qual dividíamos. Nada é “meu” entre nós, mas sim “nosso”, e isso se aplica a roupas também. Suas delicadas mãos passearam por cada roupa que havia no closet até que acharam uma ideal. Tomando-a em suas mãos, começou ali a trocar suas roupas. Imediatamente tornei a olhar o teto. Eu não poderia ter tais pensamentos impuros a respeito de minha doce irmã.

-Sophia, o que acha? – sentei-me para olhá-la. Ela estava com meu vestido preferido. Um vestido de verão azul-marinho com algumas pequenas flores desenhadas. E dava uma volta para que eu pudesse ver.

- Está lindo, Sam! – fiquei feliz por vê-la com aquele vestido – É o meu preferido! – ouvi-a dizer algo, ainda que houvesse abaixado a cabeça. – O que disse?

 - Ah, nada! – ela abriu aquele lindo sorriso que fazia meu coração pulsar – Vamos, antes que tirem a mesa. – ela correu até mim e puxou-me pela mão até a saída, passando lentamente pelo imenso corredor repleto de portas.

    Eu tinha certeza de que ela havia sussurrado no quarto “eu sei, por isso vesti”. Eu devia estar enganada. Devo dizer que moramos em uma mansão, nossos pais são milionários, mas isto é irrelevante agora. Andamos até a grande escada que ficava no meio do corredor, e então descemos do terceiro ao último andar. No final das escadarias, estava Anna, uma das faxineiras. Ela aparentava ter 23 anos, apesar dos 30

- Bom dia, Srtªs Bledel – ela nos fez reverência.

- Bom dia, Ann!

- Bom dia, Ann – ainda que papai nos advertisse, nós gostávamos de manter intimidade com os empregados. Para falar a verdade, eles eram mais mãe e pai do que os próprios. Eram mais presentes.

    Anna subiu as escadarias enquanto viramos à direita, indo em direção à sala de jantar onde havia uma grande mesa com muita comida e posta para duas pessoas. Sentamos-nos ao lado uma da outra, com Samantha na cabeceira. Das variadas comidas e sucos, pegamos poucos, mas o bastante para estarmos satisfeitas. A grande sala, enfeitada com belos quadros, logo recebeu mais um visitante. Era a governanta, Elize. Ela se aproximou delicadamente com suas roupas formais – uma blusa branca e saia colada marrom até os joelhos e saltos pretos – cabelos castanhos presos em um coque e belos olhos verdes.

- Bom dia, Srtªs Bledel – novamente, mais uma que nos reverencia.

- Bom dia, Srtª Jane.

- Bom dia, Srtª Jane – Ela nós temos de chamar formalmente pelo sobrenome ou seremos repreendidas pela própria.

- Por que não me avisaram que viriam comer? – ela pegou o sino que havia em cima da mesa, e o tocou.

- Não! – tentei impei-la – Não é necessário, Srtª Jane.

- Sim, já estamos comendo – Sam defendeu minha causa – Não precisa incomodar os empregados. – ao terminar a frase, Anabel e Marillyn apareceram, duas das cinco empregadas da casa, usando o uniforme – o típico vestido de empregada e sapato preto.

- Bom dia. O que as Srtªs Bledel desejam? – disse Anabel.

- Bom dia, Ana – falei gentilmente -, Marillyn.

- Bom dia – respondeu Marillyn.

- Na verdade, não era necessário.

- Como não? – interrompeu-me Elize – Fiquem aqui, no caso de precisarem de algo. – Ela deu meia volta e dali saiu. Elize é legal, embora seja um fantoche de papai. Quando não houve mais sinal de Elize, Samantha opinou.

-Anabel, Marillyn. Podem ir. – ela falava baixinho, mas não o bastante para que não conseguíssemos ouvi-la – É da coisa da Elize, vocês sabem.

- Está bem, Srtª – disse Marillyn, que saiu acompanhada de Anabel.

    Fez-se silêncio e a única coisa da qual eu e Sam fizemos foi aproveitar a comida. Devo dizer que os croissants estavam ótimos, terei de elogiar Jean, nosso chief, por isso. Quando acabamos, recolhemos tudo o que havia na mesa como garotas mal-criadas que somos, e levamos tudo para a cozinha – da qual uma das portas era ao lado da sala de jantar. Lá, Jean e seu ajudante, Mark, descontraíam jogando poker na pequena mesinha da cozinha.

- Ora, senhoritas! – Jean levantou-se rapidamente e pegou os pratos que carregávamos – Não sabem que é feio privar as pessoas de seus trabalhos? – após pôr tudo no lugar, ele voltou e nos deu tapinhas nas mãos. Nós rimos inclusive Mark.

- Tem lugar nesta mesa, ou as garotinhas têm medo de perder? – disse Sam. Todos nós rimos novamente.

- Claro, peguem duas cadeiras e venham perder! – retrucou Mark.

- Oba! Estava com saudade de ver vocês chorarem – soltei um risinho – Ah, e, aliás, os croissants estavam ótimos, Jean.

- Mercy. Agora venham aqui humilharem-se. – ele deu um sorriso sarcástico.

    Sentamos à mesa e jogamos poker como fazemos sempre que podemos. Jean ganhou duas vezes, eu e Sam e Mark ganhamos uma vez. Jurei vingança contra Jean. O jogo acabou quando deram onze horas, hora de prepararem o almoço – papai e mamãe são exigentes quanto à comida. Sam e eu fomos para o jardim – que era imenso e com muitas flores por sinal –, e ficamos nos balanços de madeira, ao lado do canteiro de rosas. Enquanto nos balançávamos, jogávamos conversa fora. Falávamos de coisas como filmes, músicas e livros. Sam parecia voar por alguns instantes, no momento em que parava no alto. Seus longos cabelos balançavam pelo vento que seu movimento criava. Geralmente pessoas que nascem em família ricas são solitárias, depressivas. Mas nunca serei solitária, tendo Samantha comigo. Não existe melhor companhia para mim. Alguns minutos após, vimos Lucy – a quinta empregada da casa – aproximar-se, andando rapidamente, porém mantendo a elegância. Era uma bela mulher. Morena, olhos verdes, e um cabelo preto preso em coque. Paramos com os balanços e ela ficou de frente para nós.

- Bom dia, Srtªs – abaixou um pouco a cabeça, em respeito, mantendo as mãos em frente ao corpo. Desejamos-lhe um bom dia também.

- Seus pais acabam de passar pelo portão da frente, então peço que se arrumem para recebê-los. – ao terminar, fez sinal de respeito novamente e então saiu. Entreolhamos-nos.

    Lucy particularmente odeia quando corremos, mas ainda assim o fizemos. Podemos ouvir alguns resmungos, e isso nos fez rir. Rimos e corremos feito crianças que se divertem ao jogar esconde-esconde ou pega-pega. Do portão da frente até em casa eram vinte minutos de carro. Ao chegarmos à porta, abri-a com cuidado para que a mesma não fizesse barulho, e então corremos nas pontas dos pés para que nossa governanta não nos ouvisse. Nas escadas, lá estava Elize descendo-as. Passamos correndo por ela, e então ouvimos Elize gritar algo sobre não correr em casa. Podemos ter quase dezessete anos, mas por que as coisas divertidas são deixadas apenas para as crianças. Isto não está certo. Fomos até nosso quarto, pegamos nossos materiais de banho e Sam foi tomar banho em nosso banheiro e eu no banheiro do segundo andar. Se fosse ao começo, quando Elize chegou para trabalhar conosco, ela certamente diria a papai sobre a correria em casa. Com o tempo ela foi virando nossa aliada.

    Em poucos minutos sai do banheiro e fui para meu quarto. Sam já estava pronta, com um vestido azul-claro sem estampas, um decote em forma de V e a saia até os joelhos, sapato alto preto, o cabelo em rabo-de-cavalo e a franja que ia até as bochechas, solta em frente ao rosto, e uma pulseira combinando com o colar e o brinco de ouro que nós ganhamos de aniversário de quinze anos de alguns amigos de mamãe. Eles são capazes de vender o próprio fígado se isso impressionar Annelise e Richard Bledel – mamãe e papai. Peguei um vestido vermelho até os joelhos, sem decote e sem alças – popular tomara-que-caia -, um salto vermelho fechado na frente, e para enfeitar uma pulseira combinando com colar de ouro branco com diamantes que ganhei de minha irmã. O cabelo solto até a cintura – o secamos claro. Ou Annelise falaria pelos cotovelos sobre isso. Quando estávamos descendo as escadas, Marillyn estava subindo.

- Estava indo chamar as senhoritas. Seus pais estão esperando-as. – ela deu meia volta e a acompanhamos.

    Na sala de jantar, lá estava os grandes investidores e donos de uma grande cadeia de hotéis, Sr e Sr ª Bledel, com todos os empregados ao lado, é claro. Mamãe em um lado da mesa, com seu longo cabelo castanho em rabo-de-cavalo e olhos azuis, blazer e calça cinza; papai de frente para mamãe – mas no lado da parede, como o soberano da casa -, cabelo preto curto e olhos castanhos, com um paletó e calça também cinzas. Quando nos sentamos à mesa, eu e Samantha de frente uma para a outra, os empregados abriram as bandejas, revelando-nos as comidas. O almoço começou, e nada foi dito além do nome das comidas que nos apresentavam. Nada que não tivesse relação com a comida poderia ser dito no almoço, apesar de que domingo era o único dia que almoçávamos com nossos pais.

    Após o almoço, íamos todos comermos alguns bolos e doces em uma mesinha e cadeiras brancas que ficava no jardim, mas teríamos que pôr roupas mais suaves para a ocasião. Regras de mamãe. Samantha e eu, mamãe e papai, fomos para nossos quartos respectivamente no terceiro e segundo andar. Eu e Sam descemos com vestidos de verão dos anos ’50, respectivamente branco e azul com flores bordadas, cabelos soltos e fomos até a mesinha do jardim. Lá estava mamãe, com seu longo cabelo solto e um vestido amarelo até os joelhos, e papai com sua camisa pólo de cor rósea e calça marrom. Anna e Anabel estavam ao lado, lhes servindo chá, bolos e outros doces. Nós nos sentamos junto a eles, eu de frente a mamãe e Sam de frente a papai. Desejamos boa tarde a Annelise e Richard, que nos responderam com “Boa tarde, Sophia e Samantha”. A verdade era que eles não sabiam nos diferenciar, por isso nunca citavam nossos nomes quando a outra não estivesse presente.

- Como vai a escola, garotas? – disse mamãe, com sua voz aveludada, servindo-se de outro gole de chá em seguida.

- Está muito bem, mamãe. Com os amigos de sempre, e nossas notas sempre máximas – devo dizer que Sam herdou a bela voz de Annelise.

- Fico feliz em saber – disse por fim, novamente sem citar o nome, por não saber com quem estava a falar.

- E então, estão interessadas em alguém? – quando papai terminou a frase, Samantha engasgou-se com o pouco de chá que estava a tomar. Anabel e eu corremos para ajudá-la. Quando recobrou o fôlego, riu falsamente, e então respondeu a pergunta, como estivesse tentando não gaguejar.

- Não, papai. – deu uma pausa – não há ninguém. – Sam falou com certa insegurança. Papai caiu na gargalhada, enquanto mamãe continha o riso. Samantha abaixou a cabeça, com seu rosto corado.

    Tenho que admitir que senti uma pontada de tristeza e ciúmes, mas não foi nada que eu já não esperasse. Eu sempre soube que esse meu amor era proibido demais para ser correspondido. Tentei disfarçar minha tristeza com sorrisos e risos falsos ao longo da conversa. Passamos o falatório de amigos à comida, futuro emprego à bolsa de valores; e assim a conversa estendeu até as 15h30min, quando os bolinhos acabaram e mamãe descansou a xícara no pires de novo, e disse em seguida “é hora de voltarmos ao trabalho”. Papai se levantou e puxou a cadeira de mamãe, e em seguida sua mão para ajudá-la a levantar. Despedimos-nos com abraços e beijos no rosto, e boas tardes e também “até a noite”. Annelise e Richard voltaram para casa, para logo voltarem aos seus trabalhos; Anna e Anabel arrumaram a mesa, eu e minha irmã fomos andar elo jardim.

    Andamos até um banco de praça, feito de madeira em um belo tom escuro, debaixo de uma fileira de arcos de madeira cobertos por belas flores de jasmim. Ali nos sentamos, uma ao lado da outra. O silêncio surgiu e ali ficou, enquanto o vento suave balançava de leve nossos cabelos, e nos trouxe o doce cheiro do jasmim. O silêncio decidiu não mais dali sair, mas ainda assim me senti bem. Para que este momento fosse ainda melhor, apenas se a noite caísse e o belo véu de estrelas se mostrasse conduzidos pela lua cheia. Mas eu poderia contentar-me com a idéia de que, se ali ficássemos por mais um tempo, contemplaríamos as lindas cores alaranjadas do crepúsculo. Senti a tristeza pousar em meus ombros, e então não resisti.

- Quem é a pessoa que você gosta, mana? – o silêncio se rendeu. Pude enxergar a apreensão voltando ao rosto de Sam.

- Não há ninguém, mana – ela olhou nos meus olhos ao dizer. Eram olhos mentirosos.

- Não minta para a sua irmã – ainda que aquilo tenha me deixado ainda mais triste, minha voz saiu em um tom calmo e suave – Eu o conheço?

- Sim. – disse após uma pequena pausa, e então abaixou a cabeça, com uma expressão triste no rosto – Me desculpe por não ter dito, é que não há como eu ser correspondida. – eu não podia entender quem seria idiota o bastante de recusar seu amor.

- tudo bem, mana – a abracei com força. Eu podia sentir a maior dor do mundo, mas os abraços de Samantha seriam sempre a cura. Ela retribuiu meu abraço.

- Te amo mana. Obrigada por tudo – as palavras que faziam meu coração palpitar, mesmo que tivesse o consentimento de que não eram da firma que eu queria, foram ditas num tom fraco e trêmulo, como se lágrimas estivessem prontas para transbordar.

- Mana? – a afastei, para olhá-la. E lá estavam as lágrimas, na beira de seus olhos. Abracei-a novamente – Certamente ele é burro por não lhe corresponder, então não chore.

    Quando me dei conta, o sol estava pronto para se pôr. Todas aquelas cores em tons de rosa, vermelho e laranja invadiram o céu. As cores foram se variando durante alguns minutos que pareciam não acabar, mas acabaram.  E ali surgiu a lua, iluminando o céu. Era dia de lua crescente. Samantha deu me deu um beijo, do tipo que ela dizia ser um “beijo de irmã”. Um selinho. Meu coração acelerou. Lutei contra a minha vontade de prolongar aquele beijo. Voltamos para casa de mãos dadas, como boas amigas. Assistimos a filmes, jantamos e logo fomos dormir. Naquela noite de lua minguante, dormi com Sam aninhada em meus braços. Ainda que eu saiba que meu amor proibido jamais será correspondido, eu era feliz apenas por Samantha existir.

 


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Notas finais do capítulo

Peço desculpas pela demora, e obrigada por lerem :D
Reviews me faríam muito feliz, e críticas construtivas são muito bem vindas.



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