Nosso Tempo. escrita por Calis


Capítulo 1
Capítulo Único.




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“Um tempo de erros”.

Yuri apenas sentia-se sozinho.

Sozinho, apenas sozinho. Um silêncio arrasador, enquanto apenas olhou o teto, cansado de tudo aquilo que sentia em seu coração.

Uma adaga atravessando seu peito, arrancando o seu coração do peito. Solidão era amiga, mas naquele momento era uma inimiga – o som ecoou, ele apenas apreciou o doce som da chuva que ecoava de seu quarto na nave, a decoração era gótica, neutra sem qualquer tipo de humor expresso nela, vazia, seria uma das mil definições que fez – estava cansado, um pouco deprimido e seriamente tenso.

Deprimido? Yuri bufou com aquele pensamento insano, suspirou com isso, enquanto tentava ignorar seus pensamentos e dos outros, mas a sensação era de puro tédio.

Está tudo bem, Lee?

A voz o despertou de seus devaneios. O homem apenas arqueou as sobrancelhas, os olhos negros sem vida e opacos, enquanto franziu a testa com a presença do azulado.

Jelly, o que faz aqui?

Havia sarcasmo em sua voz, mas uma ambiguidade que Jellal nunca ouvira na vida, ele apenas observou os olhos de Yuri que estava sem vida, parecia duas bolas ocas, enquanto pigarreou.

–Eu vim vê-lo, ao que parecer o senhor deixou Meredy preocupada...

Yuri apenas levantou uma sobrancelha, não estou surpreso, apenas levantou-se da cama, enquanto ajeitou a camisa branca, sua pele exposta cheias de cicatrizes por seus braços, enquanto apenas olhou o azulado.

Diga Meredith que estou ótimo... – ele apenas viu a chuva do lado de fora – Meu humor mudar com o tempo, por isso, eu estou ótimo...

Sorriu (in) feliz com isso, enquanto os olhos de Jellal se estreitaram com isso.

Como sempre mentir tão bem, mas Raisu me disse que mentiria... – o azulado apenas passou as mãos pela cabeça – Estamos preocupados, Ultear e você estão se ignorando há dias, isso tem que acabar cara...

Ele arqueou as sobrancelhas, os lábios franzidos.

Não, isso e insano... – ele riu-se amargo, mas revirou os olhos – Não seja louco, eu estou bem, eu tenho certeza que Ultear está ótima, e não precisar de mim...

Jellal apenas recostou-se na parede, apenas movendo os lábios, e revirou os olhos com isso.

–Tão imprudente... – retrucou com um ar sério – Deixe de seu orgulho, Yuri, você e humano...

–Tem certeza? Por que arrancara o meu coração... – o sarcasmo tingiu a sua voz, e revirou os olhos – Poupe-me, Jelly, isso não e da sua conta...

Ele passou as mãos desesperado por seus cabelos, aquele sentimento o perseguia, enquanto a imagem de Ultear se formou em sua mente, trincou os dentes.

Yuri, eu...

–Não fala nada Jellal... – irritou-se, sua voz seca – Erza e você são perfeitos, um para o outro eu digo, mas eu e Ultear? Somos totalmente incompatíveis...

Jellal apenas o olhou enquanto o rapaz apenas suspirou, enquanto Yuri virou-se de costa, cansado, estava farto disto.

–Não foi isso que Meredith me disse... – pigarreou – Não acho que seja incompatível, só são temperamentais...

Yuri apenas revirou os olhos – sua face era uma careta – enquanto apenas sentou-se na cama, olhando o rapaz.

Deve falar com ela, por favor, Yuri?

Ele riu e a sua risada sem humor nenhum enquanto apenas olhou o nada.

Nosso tempo já se foi, Jellal, fora só erros...

x

Estava frio.

Enquanto Ultear apenas olhava o céu nublado e tempestuoso, sozinha, apenas isso.

Acabar com a vida de uma pessoa é fácil, tão fácil quanto respirar...

Eu cavei a minha própria cova com isso. Escapar das memórias é mais difícil, elas te rondam de modo constante e não há como se esconder, ela riu da ironia com isso, enquanto ajeitou o cabelo para o lado, escapar não e uma opção, concluiu. Nem mesmo em seu sono, o trovão ressoou. Um momento de distração e lá vem todas as lembranças que te aterrorizam todo maldito dia. Nem sequer um dia de folga, era como trabalho escravo antigamente: desagradável, desgastante e em um deslize você é castigado.

Ela sabia melhor que ninguém, riu da ironia ao ver o trovão ressoar em alto e bom som em seus ouvidos, enquanto ouvia o farfalhar baixo, a nave estava longe, mas encolheu-se com aquele frio que se abateu sobre si.

Para ela só há dois modos de escapar: dormindo ou lutando contra guildas negras, tentando redimisse com seu passado obscuro ao qual fugia. Só um modo é realmente eficaz já que pesadelos existem e eles sempre a deixam com olheiras profundas debaixo dos olhos disfarçados para a sua filha, Meredith não merecia saber sobre a dor que a bruxa ainda carregava em si por causar dele. Então a melhor opção era lutar com seres tão negros quanto ela até não aguentar de tanto cansaço — um fator irritante que facilitava a entrada dos seus fantasmas interior sobre os quais sempre precisava lutar. Lutar pelo o que? Pensou em meio aos seus devaneios.

E perdia feio essa batalha. Sempre os deixava entrar de novo e de novo e mais uma vez.

Chuva caia fina sobre a sua cabeça – ouviu-se o farfalhar da chuva ao redor de si, nada mais havia por ali, estava só com seu amargo oco – enquanto deu um meio sorriso com isso. Meredith está hora estava dormindo, Jellal em algum lugar perambulando pensando em Erza e ele.

Apenas suspirou, por que ainda pensava nesse homem que mal falava consigo nos últimos sete anos sem nenhum típico sarcasmo? Claro, ela provocara isso, estava arrependida, mas ainda assim...

Por que ainda se importava com ele? Yuri Lee, por quê? Aquele maldito nome voltava em sua mente a cada cinco segundos, como carma maldito que tinha que carregar pelo resto de sua vil existência.

Pensando na morte, Ultear...

Ela virou-se automaticamente, falando no diabo.

­-Yuri, o que faz aqui?

Ele coçou a barba por fazer – um sorriso no rosto dele, falso e feliz – não havia nenhum brilho especial nele, apenas olhava a morena que estava sentada sentindo a chuva em seu rosto.

Vim vê-la, Meredy me pediu... – explicou – E Jellal, também, Raisu está com eles.

Ultear arqueou as sobrancelhas, os dois aqui, aquilo era novidade enquanto viu o rosto do outro contraísse.

–Precisamos conversar Ultear.

A voz soou morta, sem vida alguma, Ultear levantou-se num movimento brusco enquanto apenas olhou para ele, ela franziu o cenho.

Yuri, o que faz aqui? Não precisamos...

O homem riu, os olhos fixos em si – os lábios franzidos – enquanto apenas se aproximou, acariciando o rosto dela.

Você me parece bem cansada... – ele deu um meio sorriso, enquanto colocou as mechas do cabelo dela atrás da orelha – Mas está linda como sempre.

Ultear se afastou, sentindo o seu rosto quente enquanto engoliu a seco.

Para que isso? Falar seu imbecil.

Ele riu, enquanto puxou para si, seus corpos se chocaram enquanto ela sentiu aquela sensação de novo, sensação de pertencer apenas há ele, seus olhos negros com um brilho diferente, desejo, apenas puro e simples desejo por ela, Ultear sentiu os lábios nos seus.

Ela sentia falta destes lábios.

x

Os corpos se conheciam.

Não houver conversa. Tanto ela quanto ele não queria mais saber do passado e nem de barreira ou desculpa alguma que pudessem impedi-los de ficarem juntos como almejavam, o beijo foi violento, enquanto a mulher sentiu o gosto de sangue não se importando apenas correspondendo com avides e necessidade nunca sentida antes por outro ser humano. Se alguém os visse não saberia descrever aquele beijo desesperado que ambos compartilhavam, apenas veria que ambos eram violentos com seus toques sem pudor, ele está mais selvagem...

Apenas o desejo insano que falava mais alto naquele momento, os suspiros e gemidos ecoava – apenas isso – enquanto as bocas travavam uma batalha entre, línguas se enroscavam numa dança erótica e perigosa, as unhas marcavam cada pedaço de pele enquanto chupões iria aparecer no dia seguinte, mas nenhum deles ligava, apenas queria saciar os seus desejos secretos.

Ele rasgou a calcinha, o material leve rompendo-se com facilidade contra seu corpo. Antes que pudesse perceber o que ele estava fazendo, foi içada para cima por seus braços com as pernas ao redor de sua cintura. Era intenso demais, um desejo insano – enquanto os gemidos ecoavam em alto e bom som pelo cômodo– ele ainda conhecer o meu corpo melhor que ninguém, ninguém fez sentir tal coisa, por que eu estou aqui mais uma vez a mercê deste idiota? Por quê? Não pode pensar muito, enquanto apenas gemeu mais alto. Agora, se esqueceria de tudo e aproveitaria o momento nem que fosse apenas por aquela noite, mas aquela noite seria intensa enquanto consumiriam todos os desejos secretos que tinham.

Ouviram-se mais gemidos desconexos da mulher.

As mãos dele continuavam espalmadas nas costas dela e ele podia sentir seus músculos se contraindo por inteiro a cada toque dos lábios frios na pele quente dela, enquanto os suores se misturavam numa batalha cheia de violência. E quando pensou que não poderia perder mais a cabeça, ouviu a voz dela gemendo seu nome.

Enquanto suor escorria por seus corpos, unidos.

Yu-ri... – a voz saiu desconexa.

Quer mais, Ultear?

A voz dele soou rouca pelo desejo, a mulher apenas arrepiou-se – os olhos dele percorriam sem pudor algum o corpo dela – apenas tomou os lábios com violência, era isso violento, um jogo perigoso que dois podiam jogar.

Ele sabia que não tinha mais volta.

Não tinha mais como se controlar, não com ela, enquanto mordicou o pescoço, deixando marcas vermelhas enquanto sentiu unhas se cravarem em seu peito, enquanto uma a uma as peças de roupa sumiam em movimentos rápidos e precisos.

Yuri!

Aquele grito ecoou. O rapaz esboçou novamente o sorriso malicioso em seus lábios. Estavam mais ofegantes do que nunca. Pelo visto ela queria mais, muito mais, enquanto apenas torturou com seus lábios. Ela clamou, o som ecoou pelo quarto. Beijava e chupava seu ombro, pescoço e quando atingiu a pele delicada próxima da orelha, deu uma mordida.

Puxou-o pelo cabelo. Ela não era gentil. Mas ele também não era. Arrancou a cabeça do seu pescoço e fundiu os lábios. Estava com fome. Faminta dele. E parecia que não podia conseguir o suficiente. Nunca era, enquanto os dedos delgados apenas arranhavam.

Aquilo não era nada que Ultear pudesse imaginar acontecer com ela algum dia, nem jamais poderia imaginar sentir algo tão forte assim por alguém, ainda mais sendo esse alguém seu maior inimigo – em tese – enquanto apenas gemeu mais alto. Mas naquele momento nenhum dos dois estavam preocupados com questões tão sem importância como essas. Tudo que eles pensavam era em aplacar a necessidade que estavam um do outro.

Num único movimento, ele a empurrou contra uma parede e arrancou seu sutiã bruscamente, rasgando a peça e jogando-a em qualquer canto do quarto, cobrindo os seios com sua boca e fazendo-a gemer alto, enquanto as mãos estavam em seu corpo, tocando de um jeito brusco e rude, mas ela clamava por mais.

Era apenas o começo da noite.

Fim¹.


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Notas finais do capítulo

Olá, povo lindo...
Mas um one-short.
Espero realmente que gostem, nãos sei se saiu legal.
Principalmente a Neko-chan, espero que ela goste, já que ela pediu u___u
Atrasada, mas FELIZ ANIVERSÁRIO!
Opiniões sempre bem-vindas.
Comentários? Sugestões? Dicas? Elogios? Críticas? Ou apenas Oi, tô lendo? Enfim,
Bacios.