Com Amor E Ódio, Katerina escrita por Gabrela


Capítulo 7
Capitulo VII - À Luz da Lua


Notas iniciais do capítulo

Mais um pouco de Kalijah pra vocês, espero que gostem rs



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Quando saio de casa me deparo com a figura pálida de Rebekah sentada embaixo de um enorme Salgueiro. Caminho até ela e me sento ao seu lado.

– Rebekah, por que está tão pálida?

Ela deu de ombros.

– Rebekah, você está bem? - Perguntei-lhe novamente.

Rebekah me olhou e me deu um longo abraço. Ela estava chorando.

– O que aconteceu com você?

– Niklaus me expulsou de casa.

Abracei-a mais forte e ela retribuiu.

– Por que ele fez isso?

– Nós brigamos - ela suspirou - ele disse que eu era uma vergonha para a família e me expulsou de casa.

Eu não posso acreditar que esse seja Niklaus. Ele não me parecia ser bruto ou algo do tipo.

– Mas por que vocês estavam brigando? E por que seus pais permitiram isso?

– Porque ele me maltrata muito e eu já estava farta, então eu gritei com ele. Meus pais não disseram absolutamente NADA! O "Alfa" de lá é o Nik e ninguém o desafia.

– Bom, Rebekah, se você quiser pode ficar em minha casa. Só preciso conversar com minha mãe antes.

Rebekah me olhou nos olhos e sorriu.

– Muito obrigada, Katerina. Mas acho que vou sair daqui por um tempo. Estou pensando em ir para Itália, talvez. Quero dar um tempo da família e conhecer novos ares.

– Tudo bem, mas se você desistir dessa ideia louca pode me procurar. Minha casa vai estar sempre de portas abertas para você.

Levantei-me e a ajudei a levantar.

– Rebekah, eu tava indo à sua casa agora. Quer que eu busque algo para você?

– Peça minha mãe para arrumar minhas coisas, por favor. Vou ficar esperando aqui, não quero ver aquela casa nunca mais!

– Tudo bem. Já volto.

Enquanto Rebekah se sentava em um banco perto do Celeiro de nossa vizinha, eu fui me distanciando.

Não posso acreditar no que ela disse que Niklaus fez. Eu não quero acreditar.
Ele parece ser um homem tão bom e gentil. Não consigo nem imaginar Niklaus gritando com alguém. E por quê os pais deles o deixaram expulsá-la de casa?
Deus, tenho que parar de pensar no problema dos outros.

Eu me perco em meus pensamentos e quando me dou conta já estou em frente à casa de Elijah.

Aproximo-me da porta e bato levemente a fim de não incomodar .

Elijah abre a porta e fica me olhando. Ele abre um sorriso torto muito encantador
e diz :

– Olá...Katerina... - Gaguejou Elijah.

– Olá, Elijah. Bom te ver novamente - Eu estava sorrindo também.

– Ent...então...veio a procura de alguém?

– Bom, eu vim lhe chamar para uma caminhada mas encontrei Rebekah em frente à minha casa e ela me pediu para que buscasse algumas de suas roupas.

– Ah sim, claro. Vou pedir para minha mãe separar as coisas de Rebekah. Você quer entrar enquanto espera?

– Ah...não, eu estou bem aqui fora. Vou me sentar perto do lago.

– Sim, como quiser. - Elijah sorriu novamente e se atrapalhou ao fechar a porta.

Sentei-me em um banco de madeira que ficava à margem do lago e fiquei observando a sombra das folhas das árvores se mexerem no chão enquanto o vento balançava os longos galhos do enorme Carvalho Branco. Fiquei tão distraída olhando para a sombra das folhas que nem reparei que Elijah estava ao meu lado com as coisas de Rebekah. Quando me virei para olhá-lo ele disse :

– Katerina, ainda quer dar uma caminhada?

– Bom, Elijah, eu estava pensando em fazermos um pique-nique. Eu não comi nada ainda e gostaria de passar o resto do dia com você. Que tal?

– Sim, claro. É uma ótima ideia - Elijah sorriu e mordeu os lábios - vou preparar uma cesta para nós. Ei, você gosta de maçãs?

– Sim - eu sorri de volta para ele.

Antes que eu me distraísse com a sombra das folhas novamente Elijah já estava de volta com a cesta. Ele se ofereceu para carregar as "malas" de Rebekah e eu carreguei a cesta pois estava mais leve.

Rebekah estava no mesmo lugar que a encontrei quando saí de cara porém não estava tão pálida quanto antes. Elijah entregou-a suas "malas" e ela lhe disse que iria ficar hospedada na casa de algum parente por um tempo e depois pretendia ir para a Itália e ele simplesmente lhe deu um beijo na testa e lhe desejou Boa Sorte. Depois disso ela pegou suas coisas e foi andando, então Elijah olhou para mim e disse baixinho:

– Espero que ela fique bem.

– Eu também - eu disse.

E então ele pegou minha mão e fomos andando juntos para um riacho que passava por trás da casa de Ripper, uma velhinha que cuidara de mim quando eu era pequena e estava muito doente. Elijah estendeu uma toalha grande debaixo da sombra de uma árvore e nós nos sentamos cada um em uma ponta da toalha. Elijah me contou de suas viagens quando pequeno enquanto tirávamos as coisas da cesta e colocávamos sob a toalha. Quando Elijah e eu fomos pegar um copo nossas mãos se tocaram e senti minhas bochechas corarem. Ficamos conversando a tarde toda, até que me dei conta de que o sol já estava se pondo e que eu precisava voltar para casa.

– Elijah, está escurecendo. Eu preciso voltar pra casa.

– Por que não passamos a noite juntos? Quer dizer, podemos ficar olhando para as estrelas - ele desviou o olhar para o riacho.

– Minha mãe nunca deixaria que eu passasse a noite com você.

– Mas você não precisa pedir a ela...

– Mas ela vai ficar preocupada se o eu não voltar para casa e além do mais, é perigoso ficar fora de casa durante a noite.

– Olhe, sua casa está aqui perto. Eu vou até lá e aviso a sua mãe que vamos ficar aqui fora para olhar as estrelas. Qualquer coisa eu digo que Rebekah ficará conosco, assim ela não vai pensar que tenho más intenções, eu realmente não tenho.

– Hm...tudo bem então. Mas e seus pais?

– Eu já os avisei quando saímos para o pique-nique...

– Elijah!

– Desculpe - ele riu - mas eu queria passar esta noite com você - Eu apenas sorri em resposta.

Elijah demorou menos de 10 minutos para ir à minha casa e voltar. Quando ele chegou, perguntei o que ele havia dito para minha mãe e o que ela havia respondido. Ele disse "Senhora, Katerina pode passar a noite comigo? Vamos ficar deitados à margem do lago observando estrelas" e ela disse "Mas de jeito nenhum. Como você me pede para que eu deixe minha filha sozinha com você lá fora?" e ele disse "Senhora, está tudo bem. Rebekah, minha irmã, vai ficar conosco também. Não tenho más intenções com Katerina, apenas gostaria de ver as estrelas com ela. Rebekah também faz questão que ela fique conosco. Não vai acontecer nada de mais, confie em mim" e por fim, ela disse "Tudo bem, mas voltem amanhã cedo" e Elijah lhe deu um beijo na bochecha.

Elijah já tinha planejado tudo. Junto com a toalha e a comida, ele havia trago almofadas e um cobertor enorme - a cesta era grande, por isso coube tudo.
Ele ajeitou as almofadas e colocou o cobertor por baixo de nós para que a grama não ficasse nos espetando e por fim, nós nos deitamos. Estávamos tão perto que eu podia sentir o hálito quente de Elijah enquanto ele me falava o nome das constelações. Enquanto ele me mostrava Órion, aproximei-me dele e o abracei. Elijah encostou sua mão minha, como se estivesse esperando minha aprovação para poder segurá-la, então nossos dedos se entrelaçaram e ele me beijou.

Não foi a mesma sensação que eu tive quando ele me beijou pela primeira vez. Dessa vez, eu não me senti culpada nem envergonhada. Ao invés de me saciar, os beijos tinham um efeito contrário que me faziam querer beijá-lo ainda mais e por mais tempo. E foi isso o que fizemos. Trocamos inúmeros beijos e apenas as estrelas foram testemunhas. E naquele momento eu me apaixonei ainda mais por Elijah.


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