Com Amor E Ódio, Katerina escrita por Gabrela


Capítulo 3
Capítulo III - Lua de Sangue




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No meio da noite, algo tira-me o sono. Acordei assustada, parece que tive um pesadelo. Não me lembro de absolutamente nada !

Estivera eu sonhando com Niklaus ?

Meu Deus, meu primeiro pensamento de hoje foi Niklaus ? Eu não pretendia dizer aquilo, disse aleatoriamente.

Levanto-me da cama e vou à janela para ver se realmente acordei no meio da noite ou de manhã cedo.

Lá fora estava um breu, se não fosse pela luz prateada da Lua , que hoje está em fase Cheia, não conseguiria enxergar absolutamente nada.

Fiquei observando a beleza da Lua por um bom tempo. Do nada, ouvi um uivo parecido com de um lobo. Deve ser apenas um cachorro, seu uivo é parecido com o de um lobo. Não consegui tirar os olhos da janela, fiquei curiosa para saber se era realmente um cachorro ou um lobo.

Agora ouvi algo diferente, era alguém berrando. Um homem, pela voz grossa. Ele gritava por ajuda.

Corri para o quarto de minha mãe e a acordei.

– Mamãe, ouviu ?

Minha mãe, com olhos inchados de sono, me diz :

– Ouvi o que Katerina ? Está no meio da noite, o que faz ainda acordada ?

– Mamãe, eu ouvi um homem gritando, juro por Deus que ouvi !

– Volte a dormir Katerina!

Olhei para o lado esquerdo da cama, estava vago.

Papai.

– Meu Deus, papai. Onde ele está?

– Trabalhando. Esqueceu que todas as noites seu pai trabalha ? Agora volte a dormir, isso tudo é de sua imaginação, deve estar morta de sono. De manhã seu pai estará de volta !

– Sim mamãe.

Voltei para meu quarto e fui fechar as cortinas de minha janela. Antes que eu a fechasse completamente, vi duas coisas vermelhas, pareciam olhos ... Não Katerina, não são olhos ! Devem ser insetos noturnos, como vaga-lumes, só que com o brilho vermelho.

Deitei em minha aconchegante cama e fui dormir, mesmo depois desse mal entendido eu ainda pensava em Niklaus. Só de pensar no nome dele, já sinto arrepios e calafrios.

Por mais surpreendente que seja, consegui dormir.

Já é de manhã, minha mãe vem me acordar.

Preocupada, ela pergunta :

– Katerina, seu pai ainda não seu chegou ?

Achei estranho pois logo antes do sol surgir meu pai já estava em casa.

– Não vi ele chegar. Deve ter pegado no sono lá no celeiro.

Os olhos de minha mãe estavam aflitos. Ela pediu para que eu me trocasse e fosse ao celeiro para procurar meu pai, ela precisava alimentar Dhara.

Troquei minha camisola de seda rosa por um longo vestido verde esmeralda, não tive tempo de pentear meu cabelo, precisava ir fazer o que mamãe pediu, ela parecia meio aflita. Fui ao celeiro para ver se meu pai estava por lá.

Abri um pouco da porta do celeiro e chamei por meu pai.

– Papai, o senhor está aqui ?

Ele não respondeu, então o chamei outra vez.

– Papai, me responda, onde está ?

De novo, ele não respondeu. O celeiro estava quieto demais, os animais, que sempre faziam muito barulho quando alguém estava por perto, ficaram em silêncio absoluto. Fiquei tão preocupada que entrei correndo para ver o que tinha acontecido.

Meu pai estava caído em meio ao feno.

Fui até ele e o virei, já que ele estava de costas. Quando o virei, ele estava todo ensanguentado. Parecia ter sido mordido e seu coração parecia ter sido arrancado.

Tirei as mãos do corpo frio de meu pai, fiquei gélida naquele momento. Comecei a gritar por minha mãe feito uma louca.

– MAMÃE, VENHA ATÉ O CELEIRO ! MAMÃE, POR FAVOR !

Devo ter assustado minha mãe, mas precisava dela para ver isso.

Sentei no feno e comecei a chorar.

Minha mãe entrou no celeiro e também gritava :

– MEU DEUS KATERINA, O QUE ACONTECEU FILHA ?

– Papai. Ele está morto.

Minha mãe levou um susto, quase caiu para trás.

– Katerina, não brinque com essas coisas !

– Não estou brincando mamãe, olhe para ele. Todo ensaguentado e com um buraco no peito. Eu disse que ouvi alguém gritar, se tivéssemos vindo ver, ele ainda estaria vivo, é nossa culpa ele estar morto.

Minha mãe correu para onde o corpo de meu pai estava. Ela não conseguia acreditar que ele estivesse realmente morto. Foi uma cena de cortar o coração, mamãe estava abraçando o corpo morto de meu pai. Eu fiquei parada, só chorando.

Dhara me surpreendeu. Ela apareceu na porta do celeiro e perguntou :

– Mamãe, por que a senhora e Katerina estavam gritando ? O que aconteceu ?

Eu não queria que Dhara visse papai morto, ela iria ficar arrasada . Levantei e corri para abraçá-la.

– Irmã, por que está chorando ?

Precisava inventar uma desculpa.

– Não estou chorando, entrou um cisco em meus olhos.

– Mas parecia que você estava chorando.

Ainda chorando, sorrio para ela.

– Que tal nós entrarmos e eu fazer uma linda trança no seu cabelo ?

– Claro, aposto que vai ficar mais bonita que a da mamãe.

– Claro pequena, vamos entrar.

Deixei minha mãe sozinha com meu pai e levei Dhara para dentro.

Levei ela para meu quarto e comecei a trançar seu cabelo. Dhara, muito curiosa como é, ficou perguntando o tempo todo o que mamãe fazia no Celeiro e porque ela não entrava com papai. Tive que distraí-la cantando músicas de cantiga e jogando jogos antigos que minha mãe me ensinará. Tive a louca ideia de levar Dhara para brincar com Henrik, irmão de Elijah. Enquanto os dois brincaram, eu conversava com Elijah.

– Dhara, quer ir à casa de Elijah para brincar com Henrik ?

– Sim, eu quero! Mas antes tem de pedir permissão para papai, não é ?

– Sim , vamos lá.

Segurei a mão de Dhara e fui ao Celeiro. Da porta eu gritei para minha mãe que iria ir à casa de Elijah para que Dhara brincasse com Henrik.

Dhara saltitava e cantarolava enquanto íamos à casa dos Mikaelson. Era uma casa enorme e ficava perto de um lago enorme.

Chegando lá, bati na porta e esperei que abrissem. Uma mulher com a pele negra, que por sinal era de um tom deslumbrante, abriu a porta.

– Posso ajudá-la senhorita ?

– Ah, claro. Elijah está ?

– Sim, quer que o chame ?

– Sim, obrigada. Vou esperar aqui fora.

– Como quiser.

A Mulher fechou a porta. Minutos depois, Elijah surgiu pela porta com um enorme sorriso no rosto. Perguntei-lhe se Henrik estava e se poderia brincar um pouco com Dhara, ele me disse que sim e foi chamá-lo.

Pouco tempo depois, Elijah trouxe Henrik. Ele e Dhara foram brincar perto do lago.

Olhei para Elijah. Ele deve ter percebido a tristeza em meus olhos. Abracei ele com todas as minhas forças e comecei a chorar novamente. Curioso, ele perguntou :

– Katerina, o que houve ? Por que está em prantos ?

– Meu pai Elijah, ele está morto !

– Perdão, como ?

– Exatamente o que você ouviu, ele está morto Elijah, morto !

– Como isso aconteceu Katerina ?

– Eu não sei, quando o vi ele estava ensanguentado e parecia que seu coração foi arrancado do peito !

– Quando ele morreu ?

– Suponho que esta madrugada. Ouvi um uivo de um lobo e logo após ouvi um homem gritar, eu acordei minha mãe e disse que poderia ser meu pai, mas ela disse que não e me mandou ir dormir. Elijah, estou com medo, me ajude.

Elijah pediu para que eu me acalmasse e pediu para que eu entrasse em sua casa.

Ele me levou até a sala, onde haviam sofás confortáveis e uma enorme lareira.

– Sente-se e sinta-se a vontade. Em breve voltarei, vou pedir para que Henrik e Dhara entrem e fiquem brincando por aqui.

– Claro, como quiser.

Elijah me deixou sozinha naquela sala enorme e quente. Sentei-me em um dos sofás e fiquei esperando-o voltar com Henrik e Dhara.

Ouvi uma voz grave e sedutora atrás de mim :

– Posso sentar-me ao seu lado ?

Olhei para trás e lá estava Niklaus, me fitando com aqueles lindos olhos azuis.

– Claro, afinal, a casa é sua. - Sorri.

Niklaus sentou-se ao meu lado e me perguntou o motivo de eu estar tão triste. Contei-lhe o que havia acontecido, não contive o choro. Ele me abraçou e começou a me consolar pela morte de meu pai

Escutei um barulho de porta batendo, era Elijah com as crianças. Ele pediu para que Henrik levasse Dhara para seu quarto para que os dois pudessem brincar.

Ele se aproximou de onde Niklaus e eu estávamos, quando viu Niklaus me abraçando pareceu estar enfurecido.

– Niklaus, o que está fazendo abraçado com Katerina ?

[...]


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