O Final Que Eu Sonho ... escrita por Denise Reis


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem... Escrevi com muito cuidado e carinho...
Tomara que não tenha passado do ponto... Hêhêhê



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— Pois é, Kate. Os médicos, por vezes, encontram o amor dentro do próprio hospital onde trabalham. Então a história dos seus pais está se repetindo com você, mais romântico ainda, pois eu sou chefe da sua equipe de residentes, sou seu professor desde a época da faculdade e o dono deste hospital. – ele sorriu para ela de forma travessa. - Então, vá para casa e fale para seu pai que vamos ter um jantar de noivado hoje. Eu passo para pegar vocês às 19:30h. Não se preocupe, Annie e Alexis vão ser ótimas amigas e seu pai e minha mãe também assim espero. Último detalhe, Kate. – Ele a colocou de pé e segurou suas mãos. – Quando eu colocar o anel de noivado na sua mão direita, eu vou te dar um beijo e não quero que todos percebam que será o nosso primeiro beijo, portanto, temos que treinar. – Richard mal terminou de falar e já se apossou dos lábios de Kate que não teve nem tempo de recuar. No início houve uma recusa, mas só no início, pois foi vencida facilmente, haja vista que sentia muita atração por ele, fato que nunca iria revelar. Jamais. Houve um embate sensual de línguas. Richard afastou-se por um instante, olhou-a nos olhos como se para confirmar se era a mesma pessoa que estava brigando tanto com ele e depois retomou ao beijo, desta vez sem nenhuma resistência inicial. Foi um beijo eletrizante. Kate sentiu como se uma flecha de fogo estivesse entrando no seu peito e explodisse em mil pedaços. Separaram-se porque não tinham mais ar. Richard mordiscou levemente o lábio inferior de Kate e o puxou, carinhosamente soltando-o. Em seguida, deu-lhe um selinho, apaixonado. Olharam-se. Kate ficou totalmente sem graça diante da rendição. E Richard se sentia vitorioso e falou contente – eu tenho certeza que vi passar por aqui aquela moça do hall do elevador.

— Eu não a vi. – Kate falou mordendo os lábios.

— Tudo bem. Eu prometo que vou encontra-la e não vou deixa-la escapar. Vá para casa, Kate. Eu nem preciso dizer para você se arrumar e ficar bem bonita. Isso não é problema para você. – Ele a puxou novamente e deu-lhe outro beijo arrebatador, deixando-a tonta.

Quando a soltou, ela teve que se sentar para não cair e ele não conseguiu segurar o riso. Ele se agachou em frente a sua poltrona, segurou suas mãos e disse – Eu te disse que vi aquela moça do hall do elevador passar por aqui.

— Isso não vale, Richard. - Ela disse bem baixinho.

— Vale tudo, minha linda. Eu não mudei as regras. Não tenho culpa se aquela moça do hall do elevador passou por aqui. Agora vá.

— Espere um momento, eu estou com as pernas tremendo. – Kate sussurrou.

— Ah, está com as pernas tremendo é? Porque será?

— Talvez porque eu esteja com muita raiva de você, Dr. Castle.

— É, eu percebi que você está com muita raiva de mim, Katherine Beckett. – ele disse zombando dela tomando as mãos dela entre as dele.

— Dr. Richard Castle. Isso não é assunto para um cavalheiro falar.

— Mas neste exato momento eu não sou um cavalheiro, Dra. Beckett, eu sou seu noivo sou apaixonado por você. – dizendo isso, ele a carregou e a levou para o sofá. Sentou-se e a colocando no seu colo. Fez carinho no seu rosto e em seguida beijou-a longa e calorosamente com muita sede de amor. Interromperam o beijo a muito custo. - Katherine Beckett. – ele respirou fundo disse - Se você não sair daqui agora, talvez não haja mais noivado esta noite, não porque eu não queira, mas porque não conseguiremos chegar a tempo. – piscou para ela de forma despudorada, mas que ela ficou com calor, de tanto fogo.

— Eu não quero casar com você mesmo. – Ela sussurrou bem baixinho.

— Não. – Richard ironizou - Eu sei que não. Eu senti agora a pouco que você não quer nada comigo. – Ele falou divertido e a beijou novamente com nova explosão de sentimentos, embate de línguas, mordiscadas, lambidas. Pararam por falta de ar. Ele se levantou e a colocou em pé. – E agora, já tem condições de ficar de pé? Já pode andar? – perguntou fazendo carinho nas suas faces e nos seus longos cabelos e piscando maliciosamente para ela.

— Você se acha muito engraçado não é? – Ele sorriu diante daquela explosão dela.

— Não, Kate, eu só sou muito apaixonado por você. Vá, Kate ou não respondo mais por mim. Quanto a sua documentação, traga-a amanhã que vamos juntos ao cartório para darmos entrada nos papéis do nosso casamento. E quando os nossos pais perguntarem quanto tempo estamos namorando, não vamos estabelecer um tempo: vamos apenas dizer que nos apaixonamos desde que você era minha aluna na faculdade e pronto, ok?

Ela foi embora, mas antes procurou o espelho do escritório dele, retocou o batom que não tinha mais nenhum vestígio, arrumou os cabelos com os dedos. Foi em direção à porta. Chegando lá, estacou, procurou pelos olhos dele, olharam-se por uns segundos e em seguida, destrancou a porta e saiu.

No caminho para casa meditou sobre tudo que acontecera naquele início de tarde e não estava acreditando que iria se casar com aquele bonitão por quem era apaixonada. Não estava acreditando também que ele não só conseguira descobrir o problema que estava incomodando seu pai como também o solucionara. Ele era realmente um homem de garra. Meu Deus! Que homem. E que beijo! Que mãos!

No hospital, Richard ficara meditando e também não estava acreditando que tinha dado certo o plano de se casar com Kate. E as coisas estavam saindo melhor do que tinha esquematizado, pois ela, ao que tudo indicava, também nutria uma paixão secreta por ele, por mais que tentasse disfarçar. Mas ele iria derrubar aquele disfarce, ah, se ia. Ela era mesmo que lava derretida em suas mãos. Só em pensar nela ele perdia o controle.

Richard foi em direção da sala de sua mãe no hospital. Quando a localizou fechou a porta. – Mamãe, preciso falar com você.

— Darling, agora não, sorry. Estou ocupadíssima. Pode ser depois? – disse ela cheia de papeis na mesa e algumas pastas além de um notebook.

— Não, mamãe. Tem que ser agora. – E sentindo que teria que ganhar a atenção da mãe. – Mamãe, hoje é o jantar de meu noivado.

Com esta bomba, Martha soltou os papéis, fechou o notebook e olhou fixamente para o filho. – Richard, parece que eu não escutei direito. Será que você pode repetir, Darling?

— Você escutou direito, sim, mamãe. Hoje é o dia do jantar do meu noivado onde eu vou pedir a mão da mulher que eu amo em casamento e preciso que você esteja do meu lado, até porque você vai ser apresentada a ela e a família dela.

— Oh, meu Deus! Meu filhinho vai se casar novamente. Meu amor, eu não sabia nem que você estava namorando. Quem é ela, filho?

— Ela é uma médica residente da minha equipe, mamãe. O nome dela é Katherine Beckett. Ela é a mulher mais linda que existe neste mundo e eu estou loucamente apaixonado por ela, mamãe.

Oh, Vivez l'amour ! La vie est belle ! Eu sei quem é ela meu filho. Ela é realmente de parar o trânsito. – Martha sorriu e piscou para o filho. – Eu já a vi passando pelos corredores do hospital, querido, e ela é tão bonita que me chamou a atenção, tanto que eu perguntei quem era ela. Realmente é linda. Ela sabe que você é viúvo e tem uma filha de quatro anos?

— Ela sabe mamãe, assim como eu também sei que ela tem uma filha, hoje com três anos, cujo pai, um ex-namorado de faculdade que nem quis registrar a garotinha.

— Oh, filho. Viva o amor e viva as coincidências. Darling, conte-me os detalhes deste jantar, o horário, o local que eu estarei lá, como sem falta. Eu não irei com você. Irei de taxi. Não perderei um momento deste por nada neste mundo. Na hora de ir para casa é que iremos juntos, ok, meu filho preferido?

— Mamãe, eu sou seu único filho, lembra-se?

— Por isso mesmo, darling. Agora deixe-me só que tenho que terminar isso porque tenho prazo, amor. – disse Martha dando um beijo estalado na face do filho.

Richard saiu da sala de sua mãe e foi direto para a Joalheria de sua preferência, onde escolheu um lindo anel de noivado.

Kate chegou em casa. Encontrou sua filha brincando de bonecas no quarto de brinquedos, colocou-a nos braços e a encheu de beijos e em seguida saiu a procura de seu pai para contar as novidades sem se preocupar em disfarçar sua felicidade. Ela não podia demonstrar esta felicidade toda para Richard, pois era muito orgulhosa, mas para seu pai, para Annie, a Sra. Lewis e Lanie, ela não disfarçaria.

— Papai, papai, onde o senhor está?

— Estou aqui no escritório, querida.

Kate foi em direção ao escritório. Chegando lá deu um sonoro beijo na face do pai e disse. – Papai nós temos um jantar muito importante esta noite.

— É filha. – disse meio assustado – Qual o motivo deste jantar tão importante, Kate?

— Papai, é o meu jantar de noivado. – Jim arregalou os olhos.

— Filha, eu não sabia nem que você estava namorando, quanto mais que ia ficar noiva esta noite.

— Mamãe – interrompeu Annie que ouvia a tudo, mas não entendia nada. – O que é noivado?

— Noivado é uma ocasião que acontece antes do casamento, entendeu?

— Não, mamãe. Quem é que vai casar?

— A mamãe, meu amorzinho. A mamãe vai casar. – disse Kate dando um beijo estalado na face da garotinha.

— Mamãe, – Annie arregalou os olhos de puro contentamento. – A senhora vai casar com seu professor? Ele vai se o meu papai? Eu vou ter um papai igual a minhas amiguinhas da escola?

— É minha princesinha, a mamãe vai casar com o Richard e ele vai ser o seu papai. E sabe de uma coisa muito bacana, minha bonequinha linda, o Richard tem uma filhinha igual a você, ela tem quatro anos, o nome dela é Alexis e ela vai ser sua nova irmã. Vocês vão ser amigas. O que é que você acha disso?

— Mamãe, eu estou muito contente. Eu posso levar a Nany para mostrar para a Alexis? Eu vou deixar a Alexis carregar a Nany.

— Oh, sim, meu amor, você pode levar a Nany.

Jim via e ouvia a tudo atento. – Kate quer dizer que a Annie sabia sobre o Richard e eu não sabia nada.

— Pai, eu não queria falar nada para não preocupar o senhor. Na verdade nós já éramos apaixonados, mas só agora resolvamos nos casar. Pronto. – disse Kate de maneira simples, sorridente e feliz.

— Quem é ele?

— Ele é o professor da mamãe, vovô e é o chefe dela também. – disse Annie, alegre.

— É o chefe da minha equipe de residência do hospital, é o diretor e dono do hospital, pai. – completou Kate.

— E porque esse casamento assim tão rápido, filha. Vocês... Como é que eu posso dizer... Já estão aumentando a família?

— Não papai. – respondeu Kate rapidamente – Duas filhas já é suficiente, pelo menos por enquanto. – sorriu constrangida – Quem sabe mais para frente o que Deus vai nos reservar? Vamos casar porque estamos apaixonados e não queremos esperar mais porque a vida é muito curta, papai.

Jim entendeu a felicidade da filha só de olhar nos seus olhos brilhantes. Kate foi procurar a Sra. Lewis que ficou muito contente com as novidades.

Em seguida subiu para dar banho em Annie e a preparou para o jantar. Resolveu vesti-la com um sobretudo-trench coat - na cor areia, de tecido bem encorpado e macio, com bolsos laterais com duas fileiras de grandes botões escuros frontais e cinto largo, calça colada de malha grossa da mesma cor do sobretudo e um par de botas cano médio da mesma cor. Utilizando modelador elétrico, conseguiu fazer cachos nas pontas dos longos cabelos loiros da garotinha e colocou um gorro de lã vermelha e uma echarpe vermelha com pás brancas enrolada no pescoço com as pontas para dentro do sobretudo. Depois que a arrumou, colocou-a para assistir a um filme divertido na companhia da Sra. Lewis e foi se arrumar.

Kate tomou uma ducha rápida e fez uma maquiagem bem leve, esfumaçando o blush, ressaltando apenas os olhos com delineador preto que ressaltava seus espertos olhos esverdeados e enormes e espessos cílios negros. Usava batom nude. Escolheu vestir-se com uma calça preta de lã grossa colada ao corpo e uma blusa de malha fria com gola careca de mangas compridas. Por cima um sobretudo-trench coat verde escuro, encorpado, com bolsos laterais e duas fileiras de grandes botões escuros frontais e cinto largo. Usava botas de salto agulha altíssimo. Para completar, uma echarpe de listras em vários tons de cinza, lilás, preto e azul marinho e com uma amarração própria que deu um glamour todo especial ao traje.

Depois de pronta, Kate mirou-se no espelho e ficou satisfeita com o que viu. Ficou mais tranquila. Passou os dedos pelos cabelos longos que iam até a cintura e sacudiu os cachos loiros. Em seguida desceu as escadas para ficar com Annie para impedir que a garotinha dormisse, pois queria que ela fosse para o jantar de noivado e ficasse bem esperta.

Exatamente às 19:30 horas Richard toca a campanhia e a própria Kate abre a porta. Eles ficam se olhando como se o mundo tivesse parado de girar e só houvesse os dois. Mais ninguém. De repente, Richard vê surgir por trás de Kate uma garotinha com um gorro vermelho, linda e loira e puxar o seu sobretudo e perguntar – Mamãe, é este que é o seu professor? O médico bonitão que vai ser o meu papai? – Kate fecha os olhos, momentaneamente, fica vermelha como um pimentão.

Ao abri os olhos verdes, Kate se depara com os olhos azuis sorridentes de Richard.

Mas nenhum dos adultos fala nada porque junto de Richard está uma garotinha ruiva, linda com a pele translucida, parecendo uma boneca de louça, vestida com um sobretudo azul turquesa cinturado de lã que ia até o joelho, com gola alta e com duas carreiras de botões grandes. Por baixo, Alexis usava uma calça legging preta justa e uma bota também azul turquesa, modelo tipicamente infantil, com o cano em lã bem felpuda e um laço no tornozelo e outro na parte de cima da bota.

A ruivinha também faz uma pergunta constrangedora – Papai, você tinha toda razão.... – Alexis estava pasma com a beleza de Kate – Ela é linda, papai. Parece uma princesa! Então é essa a médica linda que vai ser a minha nova mamãe, não é? – Então tanto Kate quanto Richard não conseguem mais segurar o riso e começam a rir sem nenhum constrangimento. Sendo interrompidos por Jim que chega.

— Boa noite. Que alegria. Eu também posso participar dessa farra?

— Oi, papai. Papai, esse é Richard Castle. Richard, este é meu pai, Jim Beckett.

Os dois se cumprimentam formalmente e apertam as mãos.

— Prazer em conhecê-lo Dr. Beckett.

— Prazer em conhecê-lo meu rapaz. Pode me chamar de Jim.

— Oi, Annie, eu sou o Richard e esta é minha filha Alexis. Alexis, esta é a Annie, filha da Kate. Eu e a Kate queremos que vocês sejam amigas, não é, querida.

— É sim. – disse Kate meio constrangida com a forma de tratamento utilizada por Richard para se dirigir a ela: ‘querida’.

As duas meninas ficam encabuladas e ficam se olhando, ambas agarradas nas pernas de seus respectivos pais.

Neste momento, Richard a pegou desprevenida e deu-lhe um selinho estalado nos lábios, em seguida, perguntou – Pronta? – Kate assentiu.

As meninas olharam uma para outra e Anne preguntou baixinho para Alexis – Seu pai beijou minha mãe, você viu? Eca!

— É, eu vi. Foi na boca. Coisa de namorado mesmo. – e as duas riram porque acharam muito engraçado os dois adultos trocarem aquele beijo. Já tinham virado amigas.

Enquanto isso, Rick pegou a mão de Kate e a levou para o elevador. As meninas vieram logo atrás e o avô em seguida. Todos foram confortáveis no carro de Richard. Uma Mercedes-Benz preta, GL Class, GL350, último modelo. As meninas foram no banco de trás, junto com Jim, cada uma sentada num adaptador específico para crianças da idade delas. Kate ficou sensibilizada por Richard ter providenciado um adaptador para Annie. Foram conversando durante o trajeto.


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Notas finais do capítulo

E ai?????
Gostaram?????
Comentem, please........