Amizade Colorida escrita por Fran Carvalho


Capítulo 11
Um certo doutor Rodrigo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, to escrevendo pelo celular, tá uma tristeza ;A;



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P.o.v Laura

As águas de Copacabana se ondulavam em minha frente. Eu estava sentada na areia da praia, dividindo os olhares entre o mar e o livro que ganhara de Edgar a um tempo atrás.

Era meu último dia no Rioamanhã bem cedo eu e minha família estaríamos em um avião em dez horas.

– Gostou do livro? - a voz perfeita que eu amava veio aos meus ouvidos exatamente na hora que uma sombra veio aos meus olhos.

Ergui a cabeça. Edgar vestia uma bermuda preta apenas. Arfei, surpresa com a bela visão. Sorri pra ele, sem conseguir disfarçar.

– Tá tapando meu sol - brinquei.

Ele riu, sentando ao meu lado na areia.

– Comprou o sol, foi? - ele ironizou - Belo biqini.

Baixei a cabeça, ruborizada. Usava um biquini preto e branco, com bojo e curtininha na parte de baixo. Queria pegar uma cor antes de me afundar de vez na selva de pedra.

– Então, amanhã é o grande dia - ele faloucom um tom de indiferença, mas estava claro em sua expressão que isso lhe doía.

– Acho que sim - falei, com indisfaçada tristeza.

Ele percebeu, me olhou, enrugou a testa e fez que não, como se me achasse louca.

– Eu vou ser tão feliz por lá como sou por aqui, tenho certeza - sorri pra ele, o olhando.

Tínhamos agora os olhares um do outro, os rostos em três minutos de distância. Seus olhares sorriram pra mim, e eu fiquei hipnotizada pelo colorido deles. As costas da mão dele tocou meu rosto e meu coração deu um pulo.

Mas que droga. Não posso me apaixonar pelo meu melhor amigo.

– Eu te amo - Laura - ele soru de canto - Não estou pedindo que fique. Só que a gente mantrnha contato, é pedir demais?

Eu gargalhei. Ele quebrou o clima. Bom.

– É isso que quer? Um pacto de amizade? - brinquei - Tem algo que corte aí?

Ele riu de mim. Mas tirou do bolso uma chave de carro.

Não vou me cortar com isso, seu idiota - eu estava provocando, mas como uma amiga faria.

Ele ergue a sobrancelha, tirando uma lâmina de dentro do cortador de unha, com aquele olhar de "O que foi que você disse mesmo?

Era idiotice, mas eu entrei na brincadeira del. Cortei o dedo com a lâmina e ele fez o mesmo.

– Pacto de amizade- eu pisquei e depois gargalhei.

– Foi a coisa mais feminina que já fiz - ele balançou a cbeça, rindo.

– Foi a coisa mais idiota que fiz também - eu ri.

Ficamos rindo por uns segundos.

– Me promete uma coisa - ele disse, serio agora - Promete que a gente vai se falar todo os dias?

– Como melhores amigos?

Ele fez que sim, com carinha de piedade. De cachorro sem dono. Eu gargalhei.

– Você é um bobo, cara - eu disse - Tudo bem, eu prometo.

Estava selando uma amizade que não acabaria.

***

P.o.v. Edgar

Fazem quatro meses que ela foi embora. Ela cumpriu o prometido, claro. Mas ouvir a voz dela sem vê-la parece ainda pior.

Hoje é meu casamento. Com Catarina. Concordamos que isso seria melhor para o bebê, viver em uma família com estrutura. E eu e ela nos daríamos bem, mesmo que sem amor.

Agora sabiámos que ia ser uma menina. Eu escolhi o nome dela. Melissa. Melissa Vieira.

Catarina estava linda, com o vestido branco curto que dava evidência a barriga de cinco meses. Eu sorria.

Podia não ser minha Laura. Mas não iimportava agora.

Ela estava com a família dela. E eu com a minha.

***

P.o.v Laura

Muita coisa aconteceu em quatro meses. Eu andei ocupada.

Hoje é o casamento de Edgar e Catarina. Aprendi a gostar dela. Estou feliz por elea. Mas preferi não ir ao Rio assistir a cerimônia. Não estou preparada pra isso.

Eu ainda estou perdidamente apaixonada por ele. Não devia, mas estou.

Quando cheguei ao Rio, Beto já tinha se apaixonado pela gaúcha de Gramado. Mas ninguém imaginava que era Ana Stolh, a tenista campeã do mundo.

Na primeira noite que os que os dois tiveram logo no primeiro encontro, Ana engravidou. Está com três meses e é uma das grávidas mais lindas que já conheci.

Elias nunca esteve tão feliz. Ainda mais que a Ana o trata como filho. Ele torce por uma menina. E eu quero a vontade dele, claro.

– Tia! - Ele gritou - Vovó disse que se não descer agora, não vai jantar.

Eu ri. Típico dela.

– ok, eu já vou, pequeno - segurei-o pela cintura e beijei a cabeça - e para de correr, Elias.

Eu estou trabalhando em uma ONG para crianças com necessidades especiais, junto combAna. É a coisa mais legal que já fiz.

E mamãe está feliz.

***

– Qual é a boa? - era Beto, chegando do hospital. Meu pai conseguiu um emlrego pra ele de segurança por lá. Ele trabalhava de terno, o que não combinava com ele.

– Nenhuma- dei de ombros.

– Pois eu tenho, maninha - ele sorria - Sabe quem eztá trabalhando no hospital? O dono da ONG onde vocês tralham.

Enrugeui a testa.

Doutor Rodrigo? - sempre ouvira falar dele, mas nunca o vi. Ele morava em São Paulo.

– Precisavam e um neuro, e ele queria vir cuidar da ONG. Então deu certo.

Ele liscou. Não soube o que ele queria dizer.

***

( Narrador

Doutor Rodrigo Cambará era bem conhecido na região, mas nunca parava por lá. Era um homem bonito, metido a conquistador e canalha nato.

Muitas mulheres morriam de amores por elw.

Não se sabe por que ficou tão rapidamente amigo de Beto. Eles simplesmente se estranharam, tomaram uma cerveja juntos no fim do dia e se tornaram confidentes.

Foi num dia de finados, quando ele tocava vião na praça da ONG que viu Laura. Se encantou logo de cara, e desde então, apostou com o amigo segurança que ia casar com a irmã dele.

– Já falou com ela, cara?

– Não

– Ela viu você?

– Nunca

– Ela goata de você?

– Não sei.

Beto olhou e riu. Esse doutor Rodrigo era uma figura


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