Gênesis escrita por Mielly Milena


Capítulo 30
Num mundo em que ela não exista!


Notas iniciais do capítulo

Oi povo... eu estou postando hj em agradecimento a todas as ameaças os chingamentos, e as promessas de morte imediata de minha pessoa!!
Espero que gosteem!!!



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- não – gritei.

Os médicos estavam a minha volta, preparando as coisas, arrumando a veia.

- amanda – sacodi seu corpo inerte – não, por favor acorde, acorde pequena, você está aqui, não me abandone.

Pela primeira vez desde que meu pai morreu eu estava chorando, as lagrimas caiam livremente pelo meu rosto e eu não conseguia evitar.

- doutor ela está sem pulso – ouvi a enfermeira gritar – majestade me perdoe mas o senhor tem que sair.

Eu não conseguia me mover, meus braços pareciam grudados em sua volta, só consegui me mover quando senti Vincent me levar de lá, eu não conseguia pensar, meu mundo, meu pequeno mundo, minha pequena havia morrido.

Tive a sensação de estar sendo colocado sentado, não sei quantas horas passei ali, só queria ficar sozinho com a minha dor, eu me esforçará e no final não adiantou.

Vincent parou a minha frente.

- nicolae olhe para mim – ele pediu – podemos vinga-la, o que nós fizemos não foi totalmente em vão.

- o que quer dizer com não foi totalmente em vão? – me ouvi perguntar.

- pegamos ele – Vincent sorriu – a guerra acabou, pegamos ele.

Me pus de pé.

- onde ele está?

- está encarcerado não...

Ele não consegui terminar. Minhas pernas estavam me levando diretamente para o cárcere. Ele haviam nos alcançado pois haviam usado as galabils e agora o homem responsável pela morte de minha pequena estava bem na minha frente. Senti meu corpo esquentar com o ódio que tomava conta de mim.

Assim que percebeu alguém se aproximando, ele levantou a cabeça parecia que havia apanhado, não o suficiente para mim.

- e então, a menina já está sendo curada?

Joguei meu corpo para cima dele, já não me importava mais com minha mão quebrada, ou com a outra descolada, eu precisava bater nele até mata-lo assim como eu precisava da vida, era a única coisa que me mantinha respirando.

Mal senti minha mão caindo sobre ele, uma, duas, cinco, quinze, trinta vezes. Bati tanto que finalmente quando me separaram dele meus punhos estavam sujos com sangue, meu e dele, bati tanto que havia aberto os nós dos meus dedos. O homem jazia inconsciente, mas com certeza eu não tinha terminado, não estava nem começando o que ele iria sofrer.

- nicolae controle-se – Vincent me segurava firmemente – precisamos dele para terminar a guerra.

Eu não estava ouvindo, tentei me soltar novamente, eu queria ver o corpo daquele homem pelo avesso.

Senti meu corpo ficar mole junto com uma picada no meu pescoço, então eu apaguei.

Só entrei em minha consciência, o que me pareceu dias depois, só haviam passados algumas horas, estavam de noite, me levantei e notei que minhas mãos estavam enfaixadas, e connor estava sentado do meu lado, seu rosto branco estava vermelho, me dando consciência de que ele já sabia.

- hey camarada – ele cumprimentou – como você está?

- não tenho consciência ainda de que isso aconteceu – murmurei – não consigo acreditar.

- gabriella acordou – ele sorriu de canto.

- e por que não está com ela?

- fui expulso – vi uma lagrima indigna descer pelo seu rosto e ele limpou rapidamente – ela não quer me ver, não quer ver a ninguém, ela se culpa pela morte dela, só me diga, quem não se sente culpado pela morte dela, amanda era tão solida, era minha base, eu sempre achava que enquanto ela estivesse a nossa frente eu era capas de fazer qualquer coisa.

O que eu poderia dizer? Me sentia totalmente inútil, se bem que eu não tinha certeza de que sentia alguma coisa.

De alguma forma eu sabia que eu era a pessoa que ela precisava ver, senti meu corpo caminhado mas era como se eu me visse por cima, bati na porta.

- me deixe sozinha connor – ouvi uma voz entrecortada – sei que é você.

Entrei dentro da barraca e gabriella estava sentada em cima da cama, com o rosto enfaixado e uma caixa de lenços na mão, me sentei perto dela.

- o ruivinha –murmurei.

Para a minha surpresa gabriella subiu no meu colo, agarrando meu pescoço, fiquei estático com a ação dela, que parecia extremamente infeliz, seu corpo, menor que o de amanda sofria convulsões com o choro, incessante, depois de algum tempo coloquei delicadamente a mão em suas costas.

- é culpa minha, é tudo culpa minha, se ela não tivesse vindo, se eu não fosse tão inútil ela não teria precisado vir – seu corpo estremeceu – eu sinto muito, me desculpe nicolae.

Senti minha blusa ficar molhada com as lagrimas.

- não foi culpa sua – murmurei com meus olhos querendo voltar a chorar – se ela não tivesse se envolvido comigo nunca pensariam em sequestra-la.

- tem razão – ela se afastou do meu pescoço fungando – a culpa é sua.

- connor também está sofrendo – falei – deixe-o te apoiar, vai precisar acredite.

Ela sorriu e concordou de leve.

Olhei para a ruiva a minha frente, ela sorria de leve.

Finalmente ela pareceu se dar conta que estava sentada no meu colo e abraçada a meu pescoço. Gabriella ficou tão vermelho como seus cabelos, saindo de cima de mim.

- meu deus – ela se encolheu – me desculpe, eu...eu...

Coloquei a mão em seu ombro.

- tudo bem. – tentei dar um sorriso mais acho que saiu como uma careta – eu também não sei como viver sem ela.

- majestade – um soldado entrou correndo preciso que me acompanhe.

- eu sinto meu colega - murmurei – mas...

- Tenente Vincent mandou chamar.

Me levantei, se Vincent quisesse matar aquele homem eu o ajudaria, minha única meta de vida por enquanto era cumprir minha promessa.

Continuei andando até entrar na mesma barraca que ele, havia várias pessoas no recinto.

- Vincent – chamei – o que está acontecendo?

Os reconheci quando viraram em minha direção, eram os médicos. Eles se moveram e ao fundo conseguia ver uma maca.

Rezei internamente para que fosse Vladimir amarrado.

- o que pretende fazer a longo prazo na sua vida nicolae?

- o que eu pretendo? – ri sem o mínimo humor – acho que você não entendeu que assim que matar aquele homem o mais dolorosamente possível eu vou me juntar a amanda.

- o que? – ele arregalou os olhos para mim.

- não vale a pena viver num mundo que ela resolveu deixar – murmurei.

- acho que vai ficar por esse mundo camarada – Vincent me puxou pelo braço – pois seu plano a longo prazo vai ser cuidar dela.

Finalmente entendi o porquê das pessoas, elas estavam cuidando de alguém, mas não qualquer um, era minha pequena, ela estava om a cabeça e as mãos enfaixadas, com alguma coisa envolvendo suas pernas e a cintura. Não me importei com o fato dela estar inchada o estar praticamente toda coberta por ataduras. A única coisa que chamou minha atenção naquele momento foi o aparelho ao lado dela, que fazia um pequeno barulho, toda vez que seu coração batia.


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Notas finais do capítulo

Siiiim, ela está viva uhuuuul kkkkk mas ela realmente tinha morrido!