Gênesis escrita por Mielly Milena


Capítulo 20
Trapaças.


Notas iniciais do capítulo

Gente linda to triste, fiquei escrevendo hoje o dia inteiro pra poder postar rápido pra vocês, ai quando fui entrar no modo editar descobri que tenho 30 pessoas acompanhando minha fic e só metade favoritaram, a historia está tão ruim assim???



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/412363/chapter/20

- o que está fazendo? – entrei dentro da barraca bem atrás dela.

- se você quer está nesse pelotão deveria te comportar como uma soldado.

Será que eu conseguiria odiá-la mais um pouco?

- claro – puxei a aba da porta – agora se retire.

- não vou sair – ela pegou um dos colchões infláveis – essa é a minha barraca.

- não, não é, gabriella vai dormir aqui comigo, não você.

- eu mudei ela de lugar.

- o que – fiquei chocada -e por que?

- porque precisamos conversar – ela se sentou à minha frente.

- não quero conversar com você – revirei os olhos.

- sente-se amanda – Vicentini me olhou seria – é uma ordem.

Me sentei num banco a frente dela e cruzei os braços.

Ela respirou fundo e ficou me olhando nos olhos, parecia triste.

- quero falar com você – sua voz estava rouca – sobre o motivo deu tê-la abandonado.

- não quero saber – fiquei desconfortável.

- mas eu preciso te falar, amanhã eu posso morrer e você precisa saber a verdade – ela ficou quieta por alguns minutos – quando perdi seu pai, eu entrei em pânico de uma forma em que eu nunca imaginei entrar.

- Vicentini – interrompi.

Mas ela levantou o dedo me fazendo parar.   

- eu não sabia o que fazer, nunca havia cuidado de uma criança, eu não fazia ideia de como cuidar de uma menininha, cheguei a tal pânico que teve um momento que quase matei  você – seu olhar estava marejado – a rainha precisava de mim então ela me deu a sugestão de doar você e.... eu estava apavorada que disse sim, assinei um contrato dizendo que eu não te queria mas.... mas depois, quando você nasceu e era a coisinha mais linda que eu já havia visto, se parecia tanto com seu pai e nesse momento eu soube que você tinha que ser minha, eu disse isso a eles, mas o contrato já estava assinado e me disseram que você não poderia ficar comigo.

- queria ficar comigo?

- me desculpe por não conseguir te pegar de volta – ela começou a chorar de verdade e isso não era algo que eu nunca pensaria dela – eu juro que eu tente, mas não consegui, contratei advogados, entrei no conselho real, mas como  a rainha em pessoa me aconselhou ela não quis dar o braço a torcer

Não sabia o que esperar, sempre julguei minha mãe e nunca pensei nela como mãe de verdade.

- nicolae me disse que te impediu em um aborto – murmurei.­­­

- eu devo muito aquele garoto - ela me olhou nos olhos – mesmo que ele me irrite profundamente as vezes, eu ainda devo muito a ele, era apenas uma criança, e duvido se sabia o que significava aborto, mas ele sabia o que significava morte.

Ficamos em silencio, parecia que era minha vez de dizer alguma coisa, mas as palavras estavam entaladas na garganta.

- o que você quer que eu faça?

- não precisa ser hoje amanda – ela suspirou cansada – mas que me perdoe um dia.

- não costumo guardar rancor –tentei sorrir

- então isso significa que vai mesmo me perdoar?

- um dia Vicentini. – brinquei – no dia em que me pedir desculpas por me fazer passar vergonha na frente de enzo.

- isso nunca – ela se levantou abruptamente – não gosto daquele rapaz.

- não deveria se intrometer com quem eu saio.

Ela sorriu de forma doce.

- posso te dar um abraço? Sempre quis fazer isso.

- claro – estendi os braços – venha.

Ficamos um tempo abraçadas, eu não contei o quanto, me sentia segura nos braços da minha mãe, ela poderia ser irritante, mais ainda era minha mãe.

Depois que nos separamos ficamos conversando sobre o tempo que ficamos separadas, ela me contou sobre suas missões e de como ela quase havia morrido várias vezes. E então chegou minha vez.

- posso te fazer uma pergunta? – ela me olhou seria.

- faça duas.

- ainda ama sua majestade?

Quase me engasguei.

- o que?

- me ouviu.

- eu...- nossa o que dizer – sim, parece que sim.

- já dormiu com ele?

- que?

Dessa vez era verdade, tinha algo preso na minha garganta.

- responda – ela pegou minha mão – perdi 18 anos da sua vida e quero ser sua mãe de verdade.

- eu não sei.

- não sabe se trazou com um homem? – ela levantou a sobrancelha – acho que isso é algo perceptível.

Fiquei em silencio.

- então isso é um sim?

- estou começando a te odiar de novo.

- responda.

- sim ok? –não era o tipo de coisa que se conta para a mãe – dormimos juntos algumas vezes.

- algumas?

- várias vezes – quase gritei -  foram muitas vezes. Não ia ser só duas perguntas?

- não sei se digo que você está crescendo ou se volto para aquela cidade e quebro o nariz dele.

- diga que eu estou crescendo.

- perdeu a virgindade com ele?

- ah...sim.

- ele machucou você alguma vez?

- chega – me levantei, aquilo era constrangedor – vamos dormi, sabe acho que já passou da hora, foi um bom recomeço mas não vamos forçar a barra ok?

- tudo bem – ela sorriu identicamente a mim – vamos dormi soldado.

Deitei no meu saco de dormir que automaticamente ficou na temperatura ambiente, me permitindo adormecer rapidamente, ai está uma coisa que eu nunca pensei que um dia fosse acontecer, eu perdoar minha mãe poderia entender ela agora e sabia o motivo pelo qual de certa forma me abandonara, ela era minha única parente e eu não ficaria desperdiçando meus laços com brigas idiotas, ela se arrependera do que fizera e eu estava bem, não havia motivo para guardar rancor.

- vamos seus molengas acordem – uma voz estridente me deixou surda – até minha avó levanta mais rápido que isso, parecem um bando de lesma velhas, vamos, vamos, vamos levantar.

Que vontade de dar um tiro naquele comandante, me vesti correndo e fui para a ala de alimentação, minha mãe já havia se levantado então fui sozinha.

- sabe – enzo sentou ao meu lado com sua própria bandeja – sua vida é meio agitada, um noivo paranoico, uma mãe durona, como consegue?

- dar-se um jeito.

- chega de conversa – o mesmo oficial se aproximou gritando – a hora da brincadeira acabou, vamos desmontar acampamento, vamos voar em 20 minutos, acelerando.

Não comi, engoli o resto da comida e fui desmontar minha barraca e depois fui ajudar gabriella com a dela, posicionei minha moto de modo que ficasse sempre ao lado dela, e não a perdesse de vista.

- vamos voar – ouvi pelo comunicador.

E subimos, pelos meus cálculos deveríamos estar perto deles, o lugar onde eles estavam deveriam se perto das grutas em que nicolae e eu formos resgatar gabriella, pois me pareceu que estávamos seguindo o mesmo caminho.

Foi como um tapa na cara, era isso, como eu não percebera antes? Era o mesmo caminho, se já estávamos no segundo dia de viagem, já deveríamos ter chagado nos...

- espere – gritei no comunicador – é uma armadilha.

Mas já era tarde demais, o pelotão em que minha mãe estava foi jogado de um lado para o outro numa fúria imensa dos ventos, que brincavam com as galabils como se fossem brinquedos de criança. Eles fizeram de proposito, alguém deveria tê-lo dito que estávamos vindo pelo céu e eles escolheram o justo local em que nossos veículos seriam inúteis.

Vi com desespero o veículo de minha mãe pifar nos ventos uivantes e descer em direção a areia numa velocidade mortal junto com outros mais.

- mãe – gritei descendo em sua direção o mais rápido que pude.

E então começaram os tiros.   


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A proposta inicial de paz foi pra cucuia!