Gênesis escrita por Mielly Milena


Capítulo 15
Abrindo velhas feridas.


Notas iniciais do capítulo

Ah gente outra linda,perfeita e incrível recomendação. Serinho, eu chorei aqui poxa muito obrigada Sarah, por ter se interessado a tal ponto não posso fazer muita coisa para mostrar o quanto eu agradeço. Por isso esse cap é dedicado a vc sua linda!
ps: eu gostaria de agradecer aos lindos comentarios...nossa gente eu fico super emocionada com o carinho de vcs, obrigada de coraçao!



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As sensações, o sabor,o toque, os gestos....

Acho que tudo parecia bem melhor pelo tempo que estávamos sem nos tocar, meu corpo parecia, sem sombras de duvidas altamente sensível ao toque dele, era como se ele estivesse esperando que nicolae o tocasse, éramos dois corpos, se movendo em uma sincronia única.

Deve se estar perguntando se eu tentei resistir. A resposta é não. Não tentei, pois eu não queria, não importava qualquer esforço que eu tentasse fazer sabia que eu era feita para fazer amor com ele, nossos corpos se encaixavam com perfeição, e naquele momento, eu o queria tanto quanto ele me queria, então deixei que ele tivesse aquela pegada bruta e sensual.

Nicolae me amarrou na cama, torturando-me com a boca, distribuindo beijos por tudo meu corpo, fazendo-me contorcer com o fato de ter meus pulsos presos e não poder tocá-lo apenas entregue as sensações que ele me proporcionava.

– tu diventa il proprietária della mia vita!

O que significava? Não me preocupei com aquilo no momento, pois ele disse enquanto se movia dentro de mim.

Quantas vezes em minha vida vou dizer que odeio o sol? Mas hoje em questão, ele me pareceu estranhamente bom e aquecido, talvez pelo fato dele não ter me acordado, pois eu já estava acordada, olhando-o dormir, de um jeitinho ao calmo e passivo, ele parecia a vontade. Passei os dedos delicadamente sobre o seu rosto, remarcando os traços do seu rosto angelical, meu dedo indicador sobrevoou sobre as olheiras arroxeadas,ele não andava dormindo direito.

Era extremamente errado estar com ele eu não deveria estar ali, deitada, olhando para ele, enquanto dormia. Só que eu o queria de forma que o fizesse feliz.

Droga. Eu estava chorando. Sentei-me na cama. Por que eu fazia isso comigo mesma? Eu me sentia estranha, estava cansada de colocar todos acima de mim e sempre ficar para baixo. Estava dividida entre o amor e a razão.

E de novo, eu escolhi a razão. Pequei minhas roupas de fininho e me vesti silenciosamente, dei uma ultima olhada em nicolae e sai. Eu devo ser masoquista.

Fui direto para o refeitório, eu estava com tanta fome que conseguiria comer uma montanha se ela fosse feita de comida devido ao meu dia sem comer e minha noite com muito esfoço, coloquei minha digital e um robô me deu uma bandeja, de acordo com minha função, peso, altura e idade. Não me pareceu muita comida e ela desapareceu rapidamente, me deixando com cara e vontade de quero mais.Levantei insatisfeita vendo a mesa se impulsionada para cima e voltar completamente limpa. Fui para meu laboratório, fiquei pensando se eu havia tomado a melhor decisão, será que eu deveria te-lo deixado?

Ainda estava na duvida.

– o que esta fazendo Amanda? – John estava me olhando de modo engraçado perto do berçário.

– eu já disse – tentei sorrir – tentando fazer contato com a nave mãe.

– venha aqui etezinha – John me ofereceu a mão - quero te mostrar uma coisa.

Me aproximei, ele estava em frente a incubadora do orangotango, ele parecia tão pequenino, frágil e... estava chupando dedo? Pronto agora me derreti de verdade.

– oh meu deus – toquei o vidro sintético aquecido – eu não acredito.

– é serio – John colocou a mão sobre meus ombros – ele esta assim a manhã inteira.

Senti algo quente descendo por meu rosto, eu estava chorando de novo. Mais qual era o motivo? O orangotango ou nicolae?

Não. Pare com isso Amanda. Você não é uma garotinha. É uma mulher forte e tem atitude, pare com isso.

Passei as mãos freneticamente por meus olhos.

– o que é isso em seus pulsos Amanda? – John apontou para onde nicolae me amarrara – você foi amordaçada?

Corei fortemente.

– não é nada. Eu bati.

Voltei ao trabalho o mais rápido que consegui, não iria responder perguntas de aparência constrangedora.

Estava quase no horário do almoço quando me lembrei que havia esquecido o papel para o comandante ou sargento no quarto de nicolae, provavelmente ele estaria no trabalho, então eu poderia passar La rapidinho e voltar correndo, ele nem notaria que estive La.

Esperei ate minha hora do almoço, xingando-me internamente por não comer algo primeiro, era inevitável, eu algum dia, morreria de fome.

Parei em frente à porta do quarto dele me lembrando de um pequeno, porem importante detalhe, e se ele mandara tirar minha digital dentre os permitidos entrarem automaticamente? Minha mão ficou pairando sobre o scanner, então deixei cair sobre ele. Quando acendeu uma luz verde, senti um misto de adrenalina e tristeza.

Entrei e a primeira coisa que notei foi o cheiro forte de bebida. Estranhei. Nicolae não estava ali à uma hora daquelas, olhei na estante em que eu o vira assinando o papel, mas ele poderia ter caído, pois fizemos amor ali também, corei com a lembrança. Procurei pelo chão, dentro das gavetas ate finalmente encontrá-lo ao pé da suíte principal. Devíamos telo deixado cair no processo de sair da mesa e ir para o quarto. A porta dupla que dava a suíte estava entreaberta e o cheiro de bebida parecia vir forte dali, franzi o cenho, estranho, não me lembro de ter esse cheiro quando saí.

Abri a porta devagar até encontrar o quarto na mesma bagunça em que havíamos deixado aquela manhã e ainda havia alguém deitado La, curvilíneo de mais para eu supor que era nicolae, o cabelo preto molhado jogado sobre o rosto só me confirmou quem era, senti uma repulsa tão grande dentro de mim que senti uma vontade interminável de vomitar ali mesmo.

Fechei a porta com força, eu precisava sair dali, no instante em que abri a porta, nicolae saiu do escritório, seus cabelos estavam molhados assim como os dela, deviam ter se divertido bastante e olha que eu havia saído há só 4 horas.

Assim que me viu na porta ele abriu um lindo e maldito sorriso calorosa para mim. Que morreu rapidamente assim que ele notou minha expressão, seu olhar foi de mim para a porta do quarto e ele me olhou assustado.

– Amanda.

Mas eu já tinha ido, corri o mais rápido que consegui para o quarto da única pessoa que eu sabia que almoçava sempre no quarto, eu fui direto para ele, estava chateada, ferida internamente e precisava dele o mais rápido possível, bati com força na porta sem esperar que me abrissem automaticamente, John abriu a porta assustado com a boca suja de bolo.

Não deixei que ele falasse, entrei fechando a porta, pulei em seu colo entrelaçando minhas pernas em sua cintura e comecei a beijá-lo com força, o bolo era de prestigio. John perdeu o equilíbrio momentaneamente, mais assim que se apoiou na poltrona, abraçou minha cintura e retribuiu o beijo na mesma intensidade.

Eu desci do seu colo, ainda alcançava sua boca, sem parar de beijá-lo, o empurrei até a cama, tirei minha blusa, agradecendo aos céus por estar com um sutiã sexy, subi em cima dele, subindo minha mão enquanto retirava sua blusa.

Duas mãos morenas me impediram no meio do caminho, John interrompeu nosso beijo e me olhou meio que sorrindo.

– uau – ele murmurou ofegante – isso foi incrível. Agora já chega, antes que você se magoe e não queira nunca mais falar comigo.

– o que?

– não sei o que ouve com você na hora do almoço- ele se afastou de mim – mas deve ter sido algo serio para merecer esse tipo de ataque.

Me encolhi na cama.

John se aproximou e passou o braço sobre meus ombros.

– seu eu fizesse isso , você inconscientemente ficaria me comparando a ele, em cada toque, em cada beijo – ele levantou a sobrancelha de forma sexy - ai você se arrependeria e não conseguiria olhar na minha cara, então nossa amizade acabaria por bobeira e tem mais, eu chamei aquela sua amiga de cabelos de cabelos roxos para sair , seria antiético dormir com alguém, horas antes de um encontro.

– espera – interrompi – então por que me beijou?

– por que não sai com ela ainda – ele sorriu travesso – e se houver qualquer coisa eu digo que você me atacou o que é verdade.

– você é bom – sorri de leve – mas como pode saber que eu acabaria te comparando a nicolae? Como sabe que ele esta envolvido?

– por causa disso - ele pegou meu pulso – deve ter sido bem selvagem.

Fique vermelha novamente.

– sabe – ele se levantou e voltou logo em seguida com um pote de sorvete – pelos meus cálculos de amigo, você não precisa de uma relação amorosa, precisa de um ombro amigo e de sorvete, agora coloque sua blusa porque não consigo me concentrar.

Nós dois nos sentamos em frente a lareira, apoiei minha cabeça no ombro de John, e ficamos conversando sobre coisas idiotas, eu não queria falar sobre o que tinha acontecido, e ele também não me perguntou, para a minha felicidade, éramos dois amigos jogando conversa fora e comendo sorvete.

Mas havia uma pontinha de escuridão dentro dessa felicidade toda, aquela parte da dor que faz você sofrer em silencio. Já estava cansada de tudo isso, amar nicolae fora um erro, desde o começo, era errado ainda quando ele fora meu professor, e eu sabia que não daria em nada, mas teimara com o inevitável, nicolae era 7 anos mais velho do que eu, isso pode não parecer muita coisa, só que realmente diferencia, estávamos vivendo fases diferentes em nossas vidas, e agora eu estava disposta a esquecê-lo.sem choros ou manhas, eu só iria apagá-lo da minha vida.

Definitivamente.


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Notas finais do capítulo

sou ma eu sei...nao me matem!



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